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História Jet black heart - Prólogo


Escrita por: elleolins_

Notas do Autor


Heeey
Finalmente eu estou postando essa fic. Eu escrevi ela já tem um tempinho,mas não sabia se devia postar ou não.Enfim tomei coragem e espero que vocês gostem.
Eu nunca sei o que escrever aqui ashuashua

Enjoy

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Jet black heart - Prólogo

Mas diga que você ficará
Para sempre e mais um dia
Durante o tempo de minha vida
Pois eu preciso de mais tempo

 

Maíra POV'S

Eu estava deitada em minha cama,com as costas no colchão e as pernas apoiadas na parede.Ao som da melodia de Cristina Aguilera eu tentava segurar as lagrimas,ainda era tão difícil entender que ela não estava mais no mesmo plano que eu.

Meu coração estava totalmente quebrado e meu psicológico destruído.Ainda tentava juntar os cacos que sobraram da minha existência,mas sinceramente nem sabia se algum dia iria viver de novo.Eu estava desolada e perdidamente entrando em parafusos,estava indo para um caminho sem volta e pra falar a verdade não queria mesmo voltar.Ódio me consumia e fervia em minhas veias.No começo eu tentei de todo jeito imaginar minha vida sem ela e tudo que veio em minha mente foi tristeza e um tremendo vazio,onde nada era sentido ou falado,um lugar onde não havia mais sentimentos,é uma grande ironia isso estar mesmo acontecendo,afinal eu não imaginava que era mesmo real e na verdade era,assim como em minha imaginação eu criei aquele mundo doentio que emanava escuridão e vejam só,é onde eu estava.

Meu porto seguro tinha 19 anos,um sorriso contagiante,uma paciência assustadora e tinha uma alma que chegava a reluzir com tamanha transparência e acima de tudo era minha irmã.Ainda é muito difícil pensar nela como um passado,pra mim ela nunca vai ter um fim,nossos pequenos infinitos iriam comigo para o meu túmulo,coisa que ansiava.

Eu queria poder dizer aqui que isso tudo é apenas uma farsa e que Melissa está viva,vai se formar na faculdade,se casar e ter filhos como ela sonhava,mas infelizmente eu não dito as ordens por aqui e seja lá quem estiver no comando não é a pessoa mais justa.Simplesmente não me conformo com o fim que ela teve.Uma pessoa que viveu intensamente todos os dias,sempre sorrindo e enxergando algo positivo nas coisas merecia morrer bem velhinha,apenas depois de colher todas as coisas boas que plantou durante a vida.Um fim em um trágico acidente de carro,em um cruzamento em que passava todos os dias era no mínimo ridículo.

  Ainda ouvia a voz acolhedora dela ao se despedir de mim,dizendo que voltaria em um minuto e então me ajudaria a estancar o sangue que escorria dos cortes profundos em meus braços.E eu esperei,como esperei ela voltar.Terminei de limpar meus braços e fiquei esperando ela passar por aquela porta me abraçar e dizer que tudo bem, ela estaria comigo.Mas ela não voltou e não voltaria jamais.Quando bateram na porta eu fui correndo atender pronta pra me atirar em seus braços e dizer que eu a amava,mas não era ela quem batia.Tomei um susto ao me deparar com o delegado local,ao me ver seu rosto estava carregado de tristeza.

-Por que eu vou ser presa agora?-Perguntei com sarcasmo.

-Eu sinto muito Maíra,mas as noticias não são boas. - falou  com total piedade.

-O que aconteceu?-Imediatamente minha respiração falhou e eu fechei os olhos  –Por favor...-murmurei.

-Eu sinto muito mas sua irmã acaba de perder a vid...

-Não,ela vai voltar...E-ela me disse que voltaria - Interrompi o que ele estava  dizendo – Ela  vai voltar não vai? – Ele baixou os olhos e não respondeu e nem precisou.Sai de casa correndo,nem me importei ao deixar a casa sozinha,tudo que importava era a Melissa.

Fui em direção ao escritório dos meus pais e ao chegar ao maldito cruzamento eu vi.O  carro estava completamente detonado,pedaços estavam por todos os lados.O que um dia fora lindo,agora se encontrava em estado deplorável,toda a beleza havia se esvaído e com ela levou a vida da pessoa que mais importava.

Não dormi em casa naquela noite,na verdade nem dormi,passei a noite vagando pela cidade.Fiquei passando todas as cenas felizes que passamos e por incrível que pareça não derramei uma única lágrima.Acho que eu estava em um estado de choque tão grande que acabei não sentindo nada,nem frio,nem tristeza,apenas um vazio consumindo meu interior.De manhã quando voltei pra casa encontrei duas viaturas e vários carros estacionados em frente ao jardim.Naquele momento eu me senti tão confusa,não sabia o porquê de tanta gente estar na minha casa.Quando entrei pude ouvir o delegado dando algumas notícias aos meus pais que estavam bem abalados por algum motivo.

-...Procuramos nas redondezas e nada,acredito que ela precisava de um tempo pra pensar e logo estará de volta.

-Ryan não vou suportar isso.Uma filha...–Minha mãe soluçou como se não conseguisse dizer em voz alta. – E a  outra perdida.

-Quem está perdida? – Falei e minha mãe se jogou em cima de mim. – O que você esta fazendo,me solta.

-Graças a Deus filha achei que tinha te perdido também. - Aquilo foi totalmente bizarro.

-Do que está falando?-Perguntei franzindo o cenho.

-Você não se lembra? – Meu pai entrou na conversa com os olhos marejados,a essa altura já tinha um aglomerado de gente ao nosso redor,o que só me deu mais raiva.Balancei a cabeça como um sinal de que não tinha a menor idéia do que eles estavam falando. –Ontem perdemos sua irmã,não se lembra que o Sr.Cortez esteve aqui?

Meu coração errou uma batida,logo eu estava alheia de tudo que acontecia em minha volta.E então eu lembrei,lembrei da despedida,do carro destruído e lembrei que ela tinha partido.Senti uma dor rasgar o meu coração,uma pontada forte em meu estomago  me acordou para a vida real outra vez.Eu não tinha percebido mas parentes distantes e próximos estavam ali,vizinhos que nunca se importaram com ela me olhavam cheios de pena.Senti o sangue ferver em minhas veias.

Depois tudo aconteceu rapidamente,em um minuto eu estava prestes a explodir com toda aquela falsidade e em outro eu estava sendo abraçada por uma tia,que me levou para a cozinha e preparou um chá.De inicio eu achei aquilo estúpido,eu não queria chá nenhum,queria minha irmã,mas ao olhar em seu rosto percebi o quanto ela devia estar cansada e ela não me olhava com pena.O olhar dela me lançou uma corrente de paz,ela queria dizer que me entendia e silenciosamente foi o que disse.Eu fiquei a tarde toda ali,olhando pro vazio e aquilo bastou.

Depois de horas sentada em um banco na cozinha,finalmente ouvi chamarem meu nome e despertei de mim mesma.Olhei pro rosto da minha tia e entendi que era a hora.Levantei de onde estava e me dirigi ao banheiro,ao me encarar no espelho não me surpreendi ao ver minhas olheiras profundas,rosto pálido e cabelo totalmente desgrenhado.Dei um sorriso fraco para meu reflexo e enxuguei uma lágrima,em seguida eu me vi lentamente caminhar para enterrar um pedaço de mim.

Durante o torturante caminho até o cemitério uma fina e gelada garoa começou a cair,eu lentamente olhei pro céu recebendo algumas gotas geladas em meu rosto.

-Onde quer que esteja Melissa,eu estarei com você.


Notas Finais


Então o que acharam?
Nos vemos no próximo cap :)


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