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História For Your Eyes Only (Girly) - Memórias


Escrita por: Danii50tons

Notas do Autor


Espero que gostem do capítulo. Um beiju, lindonas e lindooss...

Capítulo 10 - Memórias


Fanfic / Fanfiction For Your Eyes Only (Girly) - Memórias

"Eu pego o nosso vídeo, da tarde de domingo. A felicidade preenchendo o ar."
                                                (Nosso Vídeo - D'Black)

Lucy

~ Quanto tempo vocês pretendem ficar?

Perguntei ao abraçar a minha mãe de lado. Estávamos todos na minha pequena cozinha; mamãe, Papai, Kimberley e eu. Breno havia decido para pegar alguma coisa no carro. Eu não sei bem se estava feliz, depois de todos os eventos da semana, mas estava bem disposta á enxergar as coisas da melhor maneira possível.

~ Mais uma semana. Seu irmão tirou uma folga no trabalho, e a Kim também. Queremos ficar um pouco com você. ~ Mamãe falou, sorrindo para mim.

~ Te vigiar, para ser mais exato.

Ela lançou um olhar chocado para o papai, o que fez nós todos rirmos.

~ Fico feliz que estejam aqui. 

Apertei mamãe, ignorando o seu olhar. Ela era a única ali que sabia o porquê de os meus olhos estarem enchados, embora não soubesse nem da metade da história. Após a conversa que tive com Louis, ele quis me persuadir a ficar com ele no seu apartamento, e mesmo que eu quisesse usar da companhia dele para facilicar as coisas para mim, seria covardia. Além do mais, eu tenho uma vida para administrar. Tenho que cuidar do meu apartamento, do meu emprego... e agora, do meu casamento. 

Casamento. Eu ainda não digeri bem essa ideia.

~ Pra quando vocês marcaram o casamento?

Kimberley perguntou, quase como se estivesse lendo meus pensamentos. Soltei mamãe, e me sentei encarando o meu prato de panquecas pela metade.

~ Ainda não sabemos. Louis queria que fosse em breve, no começo do próximo ano. Mas eu o convenci a esperar, vamos ter muito tempo. ~ Balancei a cabeça. ~ Além do mais, já temos um casamento marcado.

Kim sorriu. Embora eu a conhecesse pouco, já gostava muito dela. Breno é um ano e meio mais novo que eu, e no tempo em que eu morava em casa tudo no que ele pensava era pegação e videogame. Nunca o vi com uma garota mais de uma vez, e Kimberley com certeza deve ter laçado o coração dele. Mas fico feliz, feliz por saber que ao menos a vida amorosa do meu irmão não é tão desastrosa quanto á minha.

~ Sim. Casamos em Dezembro. Dia 14.

~ Que ótimo. E onde vai ser?

~ Na casa dos seus pais. ~ Mamãe abriu um sorriso radiante. ~ Breno insistiu muito.

~ Nem imagino o porquê. ~ Olhei para mamãe, ela ainda sorria.

Nesse momento Breno entrou, trazendo consigo uma caixa grande de papelão. A colocou na sala, perto do sofá, e fez uma careta. Se alongando como se sentisse dor.

~ O que é isso?

Perguntei descendo do banco e levando meu prato até a pia.

~ Seus presentes de aniversário. Ficaram no salão, achei melhor levar para casa.

Meu aniversário. A lembrança fez meu estômago embrulhar.

~ Ah, tudo bem. Obrigada, Breno.

Niall

~ Não, eu não quero outro tipo de terno. Preciso de um terno italiano, com lapela alta, preto fosco. Será que é difícil? ~ Gritei, pela terceira vez, com a atendente pelo telefone. Ela concordou, e eu desliguei exasperado. ~ Que droga.

Rodei o olhar pela sala, Scott tinha parado de afinar a guitarra, e me encarava com um meio sorriso.

~ Scott, até você? Essa guitarra tem que ficar perfeita. Será que eu tenho que fazer tudo sozinho?

~ Niall, você tem que se acalmar.

Ele disse, ainda sorrindo, e então levantou e caminhou até mim. Suspirei, não resistindo aos seus belos olhos castanhos. Apoiei as mãos em seu pescoço, enquanto ele segurava a minha cintura.

~ Eu sei, me desculpa. ~ Soltei o ar. ~ Ando meio estérico.

~ Não é só o show de hoje á noite, é?

Olhei para ele novamente, gostava da sua capacidade de me entender.

~ Liam saiu para ir trabalhar hoje de manhã e ainda não me ligou. Tenho medo de como ele está lidando com tudo isso. Ele me diz que está bem, mas quem é que estaria?

Acabei contando a história para o Scott, não me arrependo, pois confio nele o bastante. Além do mais, acabaria explodindo se continuasse a guardar tudo isso para mim.

~ Você não falou mais com a Lucy?

Lucy. O nome dela me trouxe automaticamente a briga horrível que tivemos na sua festa de aniversário. Eu tive pesadelos durante essas duas noites com o olhar que ela me lançou enquanto eu ia embora. Minha amiga...

~ Estou tentando parecer mais forte do que sou. A verdade é que esse foi o meu último recurso, eu tinha que fazer algo para que ela percebesse a burrice que vai fazer.

Scott inclinou a cabeça, me olhando com precisão.

~ Niall, eu aprecio essa sua vontade de fazer o melhor para os seus amigos. Mas está na hora de aceitar que eles são adultos, que eles precisam tomar as próprias decisões, e errar com elas, se for preciso. Se Lucy quer se casar com o Louis, você precisa dar á ela o benefício da dúvida. 

Fitei seu olhar novamente, não querendo admitir que as suas palavras eram muito sábias.

~ Mas... Ela ama o Liam.

~ E talvez também ame o Louis. Por acaso já perguntou isso á ela?

~ Bem, não. ~ Balancei a cabeça, me sentindo súbitamente cansado.

~ Deixe ela fazer suas escolhas. Você já fez demais pelos dois, está na hora de apenas torcer de fora.

A ideia de estar impotente em relação á tudo me magoava, mas sabia que era o melhor a se fazer. No entanto, eu era cabeça dura o bastante para não voltar atrás no que fiz com a Lucy. Embora me doesse, e me doesse muito, ter que afastá-la.

Liam

Eu estava muito concentrado naquelas planilhas, de tal forma que acabaria tendo uma dor de cabeça se continuasse á ser tão preciso nas minhas análises. Já se passavam das 10h da manhã quando a minha assistente, Vera, anunciou que o Sr. Presidente queria falar comigo. Aquele babaca, pensei.

~ Mande ele entrar, Vera.

Coloquei o computador de lado, ajeitei a gravata e enrijeci a postura no assento macio, esperando para vê-lo entrar. Usava um terno escuro, mal olhou para mim enquanto caminhava para dentro da sala e se sentava á minha frente.

~ Bom dia. ~ Disse friamente.

  ~ Não vamos ser hipócritas ao ponto de ceder ás formalidades. ~ Murmurei, também friamente, e ele me olhou. ~ A gente se odeia, Tomlinson, e isso não é algo discutível.

~ Temo que devo concordar com você. 

Suspirei, relaxando falsamente na cadeira.

~ Suponho que ela tenha conversado com você.

~ Por que acha que eu estaria aqui?

Forcei um sorriso.

~ Vai me colocar para fora? Faça isso logo, e poupe á nós dois.

Eu estava pronto para ir embora, estava pronto para isso desde aquela festa.

~ Não, não vou te despedir. ~ Olhei para ele surpreso, ele me lançou um sorriso frio e distante. ~ Prometi á Lucy que não o faria. E, pensando bem, que bem me faria destruir sua carreira... ~ Ele pausou, seus olhos carregados de diversão. ~ quando já tomei tudo o que queria de você?

Me levantei, e ele fez o mesmo. Estávamos á um pequeno movimento de começar uma briga selvagem, não fosse pela mesa que nos separava.

~ Quer que eu faça isso. ~ Afirmei. ~ Que eu te deixe com um belo olho roxo, assim Lucy teria mais um motivo para me odiar.

~ Bem, isso me agradaria muito.

~ Sinto te desapontar então, presidente. Mas me recuso.

Virei de costas, indo na direção da janela. Ouvi ele rir baixo, e os seus passos me seguirem.

~ Nesse caso. ~ Me virei, apenas para capturar sua mão indo em direção ao meu rosto. O golpe me atingiu forte no maxilar, fazendo com que eu caísse por cima de uma pequena mesa de vidro próxima á janela. Senti o local latejar quando atingi o chão. Pûz a mão na boca, e esta voltou com uma marca vermelha do meu próprio sangue.

~ O fato de eu deixar que permaneça na empresa, não é, nem de longe, um tratado de paz. Odeio você, como você mesmo colocou, e isso é apenas um aviso do que vou fazer se você não deixar a Lucy em paz.

Sorri, ciente de que meus dentes estariam todos sujos pelo sangue. Vi seu rosto endurecer ainda mais.

~ Você tem medo de mim. Isso de me bater foi para conscientizar a si mesmo... Sabe que ela me ama. ~ Ele ficou vermelho, podia ver o sangue bombeando na veia de seu pescoço. ~ Aposto que ela te disse com todas as letras.

Outro golpe, dessa vez ele me deu chute. Firme na região do meu estômago, por um minuto eu senti o ar fugir dos pulmões.

~ Ela disse sim, pouco antes de afirmar que estava disposta a te esquecer. E então aceitar novamente se casar comigo.

Capturei o seu falso sorriso, antes de ele arrumar a gravata, e sair da sala. Maldito! Cambaleei e consegui ficar de pé, Vera entrou, e caminhou assustada quando me viu machucado.

~ Senhor, o que houve?

~ Só me traga uma bebida.

~ Não é melhor chamar um médico?

~ EU PEDI A PORRA DE UMA BEBIDA!

Gritei, e ela se assustou. Virando rapidamente para sair da sala. 

Tudo no que eu conseguia pensar era na soberba do seu tom de voz. "Se casar comigo". A raiva me atingiu, e quando vi tudo que antes estava na minha mesa voou em direção ao chão.

ALGUMAS HORAS MAIS TARDE...

Lucy

~ Eu gosto muito do vermelho.

Revirei os olhos, encarando mamãe me olhar parada em frente ao meu closet.

~ Quantas vezes vou ter que repetir, mãe? Eu não vou á esse show.

~ É o concerto do Niall! Você tem que ir.

Pensei em Niall me dando as costas no banheiro do Hotel, e senti um aperto doloroso dentro de mim.

~ Niall não quer me ver. Ele vai se sair melhor sem mim.

~ Querida, ele pode estar chateado, mas ainda te ama. Sei que ele vai querer que você esteja presente nesse momento tão especial. 

~ Eu iria querer que a minha melhor amiga estivesse comigo, mesmo que eu estivesse magoada com ela.

Kimberley disse, saindo de dentro do banheiro com o meu secador de cabelo. Eu havia contado á ela também, enquanto narrava a história completa para a minha mãe. Para a minha surpresa, ter a Kim do meu lado havia sido ótima. Ela havia acabado de se formar em psicologia, e me disse algumas coisas muito boas de se ouvir.

~ Eu não sei... ~ Murmurei incerta, ainda deitada de costas na cama.

~ Mas eu sei, você vai e pronto. ~ Mamãe decretou, me forçando a levantar da cama. ~ Escolha um vestido bonito, e vá ao show do seu melhor amigo. Você fez uma decisão Lucy, você não pode se esconder das consequências.

Ela tinha verdade.

~ Tudo bem. O vermelho, então?

As duas sorriram, e saíram do quarto para eu ter privacidade. Tinha que admitir que ma faria muito mal não estar presente nesse show, mesmo sabendo que Niall sequer olharia para mim enquanto estivesse naquele palco. Imaginei que talvez ele pudesse enxergar aquilo como um pedido de desculpas, e a ideia me animou um pouco.

Entrei para tomar banho, e enquanto o fazia não consegui deixar de sentir um pressentimento um pouco ruim. Como se a noite me aguardasse mais emoções do que o que eu esperava. Tentei não pensar nisso enquanto me arrumava, e deixar apenas os bons pensamentos na cabeça. Kim me disse que isso ajudaria a aliviar a preocupação, e eu esperava que desse certo.

Escolhi o vestido vermelho, já o tinha guardado há um tempo, mas não me lembrava da última vez em que o tinha usado. Ele entrou com um pouco de dificuldade, e notei o quanto ele havia ficado justo nos meus seios. Não era incômodo, mas sem dúvidas mais sensual do que eu pensei que seria. Era um vestido bonito, notei, com uma camada de renda vermelha por cima do tecido, tinha um decote em V não muito profundo, e apesar de curto, era rodado e contava com um laço de fita vermelha nas costas. Gostava daquele vestido.

Soltei meu cabelo, deixando ele cair em cachos pelas minhas costas. Fiz uma maquiagem mais leve, com um batom vermelho da cor do vestido, e parei em frente ao espelho, meio incerta se estava fazendo a coisa certa. Ainda era cedo, Louis deveria estar indo para casa se arrumar agora. Eu ainda tinha alguns minutos até mamãe e Kimberley entrarem correndo no quarto para ver como eu estava, olhei para a caixa trazida por Breno, e a puxei para perto da cama, me sentando e começando a abrir os presentes.

Eu tinha ganhado muita coisa. O colar de Louis, que eu já tinha guardado, e os convites de Niall, bem, esses não contavam. Papai e mamãe me deram um quadro lindo, que eu já pendurei na parede sa sala, e Breno e Kim me deram o primeiro presente que estava na caixa. Me surpreendi com a delicadeza do objeto, era um caderninho quadrado, todo rosa e com uma espécie de fechadura em forma de coração, vinha com uma chave dourado. E dentro, descobri que as folhas eram todas coloridas, com post-its, e mais alguns adesivos fofos. Era um diário, me vi sorrir, eu não tinha um diário desde os meus 15 anos.

Ganhei alguns vestidos, de algumas amigas do trabalho. No geral o resto das coisas eram perfumes, joias e produtos de maquiagem. E aos poucos fui esvaziando a caixa, mal percebi um último presente, preso no fundo da caixa, e tive que me enfiar dentro dela para conseguir pegar. Era uma caixa pequena, envolta num papel de presente dourado. Não tinha remetente, cartão ou nada do tipo, o que me deixou curiosa. Rasguei o embrulho, e encontrei um dvd, que também não tinha capa, apenas uma plaquinha com o meu nome. Levantei, agora muito curiosa, e coloquei o dvd no meu notebook. Era uma espécie de playlist, gravada no dvd. Quando a primeira música tocou, senti meu coração parar de bater.

Fique comigo
             Me proteja, me abrace carinhosamente
             Se deite ao meu lado
             E me envolva em seus braços

Eu seria capaz de reconhecer aquela batida há quilômetros de distância. A melodia gostosa que invadia o meu coração, que pulsava com ele. Senti os olhos ficarem carregados de lágrimas, enquanto a letra continuava, como uma doce tortura.

E seu coração encostado em meu peito
              Seus lábios pressionados ao meu pescoço
                        Estou me apaixonando pelos seus olhos, mas eles ainda não me conhecem
                      E com um pressentimento de que esquecerei, agora estou apaixonado

Como uma fita que rebobina, a imagem daquele momento se tornou vívida na minha cabeça. O Parque Nacional, era começo do outono, e as árvores estavam em transição. Algumas cerejeiras ainda carregadas com flores, outras árvores com suas folhas amareladas, se preparando para começarem a cair despreocupadamente. Liam me encarava com um pequeno sorriso, tímido até, eu diria. Dentro de mim, mil borboletas esvoaçavam. Ele me encarou, os olhos brilhando, e me puxou delicadamente para si, não se importando com a grama abaixo de nós, ou as pessoas que passam á alguns metros. Encaixou os lábios nos meus, e então me fez sentir como se todo o mundo estivesse congelado.

Me beije como se quisesse ser amada
             Quisesse ser amada, quisesse ser amada
             É como se eu estivesse me apaixonando
             Me apaixonando, nós estamos nos apaixonando

A música continuou, e flui e então terminou. E eu estava ali, paralisada encarando um grande nada. Ele não deveria ter feito isso, o que pretendia com esse presente? A próxima música começou a tocar, e eu também a reconheci, era uma música da Colbie Cailat, e que tocou no nosso primeiro encontro de verdade, num parque de diversão que ficava perto da casa dos pais dele.

Eu venho esperado por toda a minha vida
             E agora eu te encontrei
             Eu não sei o que fazer
             Eu acho que estou me apaixonando por você

Agarrei o controle do dvd, e comecei a pular as músicas. Tinha a música favorita dele, dos Beatles, minha música predileta do Jason Walker, a música que ele cantou para mim a voz de violão no nosso acampamento de inverno, e um outro tanto de músicas que de alguma forma me lembravam o Liam. Comecei a chorar, mal me importando com a maquiagem, era como se um buraco negro houvesse se aberto no meu peito.

~ Lucy?

Olhei para trás, espantada. Louis me encarava preocupado, já estava vestido, de terno, cinza-claro, e gravata azul. Com o cabelo meio molhado e os olhos azuis apreensivos. Ele avançou na minha direção, pulei mais algumas músicas, sem conseguir encontrar o botão que desligava o aparelho. Ele me segurou pelas mãos, e o controle caiu. Me joguei em seus braços, ainda chorando, e ele me envolveu com delicadeza, mas de forma protetora, como sempre fazia.

Não me perguntou nada, e eu quis agradecer. Aquilo havia sido demais para mim, eu não conseguia mais ver as coisas boas, não havia nada de bom naquilo. Continuei chorando, e tudo o que eu conseguia ouvir era a batida constante do coração do Louis, abafada pela melodia suave que insistia em cantar ao fundo. Era a última música do disco, e a única que eu não conhecia. Mas ao prestar atenção num pedaço da letra, soube o porquê de ela estar ali.

Eu vou esperar, eu vou esperar
             Eu vou te amar como você nunca sentiu
             A dor, eu vou esperar
             Eu prometo que você não tem que ter medo
             Eu vou esperar, o amor é aqui e veio para ficar

~CONTINUA~


Notas Finais


E aí, gostaram? Então deixem nos comentários, ok? Até o próximo amores!


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