História Fora de casa - Minha partida

Hoje é dia 28 de dezembro, meu aniversário. Em meus aniversários eu nunca ganhei presente da minha família, na verdade, nunca ganhei presente deles. Mas hoje acho que vai ser um bom dia, pois vou fazer dezoito anos e posso sair desse inferno mais conhecido como casa. Porém hoje é sexta dia de maldade então vai estar cheio de craqueiro na rua, vou ter que tomar mais cuidado. Então não sei se saio hoje ou amanhã, vamos ver o que vai rolar.

         Caminho para o meu computador

-Ai ai - sento na cadeira - Vamos ver uma casa para comprar porque não quero morar em um hotel.

Abro um site com casas, mas está cheio de propagandas

-Pai vai se foder, para de ver pornô no meu pc.

-Não fui eu – Meu pai grita.

-Então quem foi? – Grito de volta para ele.

- Sua irmã – Ele retruca.

-Então ela é lesbica? – Falou para ele.

-SOU, VOCÊ NÃO PERCEBEU, SEU RETARDADO?! - Ela responde com raiva.

-Não - Retruco – Então aquela mulher que veio aqui não era amante do pai?

-Não –Meu pai fala para mim me dando um soco na nuca.

-VAI SE FODER PAI – Grito na cara dele.

-Mas então filho o que você veio fazer no pc?

-Vim procurar uma casa porque quero sair nessa merda.

-Boa sorte para achar, porque aqui ninguém te quer mesmo.

-Eu sei.

Com isso volto a procurar, acho um sobrado perto da minha antiga escola. Nessa escola eu sofria bullyng, roubavam meu lanche, e me excluíam e ficava cada vez pior, mas sempre ia bem não importa o que acontecia eu ia bem.

Minha família me obrigava a ir a aula mesmo que eu passasse no segundo bimestre, já que estamos falando de família vou falar os membros dela que são: minha irmã a capeta que tem 8 anos (Adelíne) o meu pai o traidor que tem 55 (José) e minha mãe a traída que tem 31 (Zenilda). A capeta é lesbica, o traíra fica traindo minha mãe com outras, minha mãe é surda, muda e cega.

         É caro o apartamento e não tenho dinheiro para comprar, pois meu pai não me deu nada até hoje, já que não tenho amigos não tem como como eu morar com eles.

         -Zery vem cá.

         -To indo.

         -Vem logo.

         -Ta bom – vou correndo para o meu quarto que é lá onde meu pai esta – Que foi?

         -Sai de casa, vai embora.

         -POR QUE? – Grito com ele – EU NEM TENHO DINHEIRO PARA IR EMBORA.

         -FODA-SE VAI TRABALHAR.

         -NÃO DA PARA ACHAR UM EMPREGO AGORA.

         -FODA-SE É PARA VOCÊ IR EMBORA.

         -POR QUE?

         -PORQUE NINGUEM TE QUER, VOCÊ NÃO PERCEBEU ISSO AINDA? VOCÊ É EXCLUIDO NINGUEM TE AMA OU TE AMOU SE NÃO TEM LUGAR PARA MORAR MORA NA RUA.

         -Ta eu vou – eu falo decepcionado – Adeus.

         Saio correndo para a rua quase chorando e esbarro com uma mulher.