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História Fora do Gelo - Confiança


Escrita por: Otsumiyamoto

Capítulo 16 - Confiança


— Hoje é aniversário do Sting, e o time vai sair para um bar e provavelmente vamos terminar a noite em casa. Topa ir? – Digo baixinho, já que estamos na aula de ética. Levy me olha de soslaio e retruca.

— Você está me perguntando se topo ir a um bar assistir um monte de jogadores de hóquei enchendo a cara? Por que achou que eu gostaria disso?

— Você tem que vir. Só estou esperando a aula acabar para pegar o resultado da segunda chamada, lembra? O que significa que vou estar comemorando ou lamentando mais tarde. O que quer que seja quero você comigo.

— Não sei não…

— Por favor baixinha? – Insisto

—Tudo bem – ela acaba cedendo depois de um suspiro – Eu vou.

— É assim que se fala. Pego você às oito tá?

— Não, eu tenho ensaio e acho que vai demorar. Encontro vocês lá, pode ser? Só me diz onde vai ser.

— Beleza – Sorrio enquanto a professora anuncia o fim da aula – É agora! Hora da verdade – digo me levantando da carteira. Estou até com frio na barriga.

— Relaxa, você vai se sair bem nessa prova, pelo menos – Levy disse, já ao meu lado – Mas não pense que não vi você trocando mensagens à aula inteira. Não serei sua professora de novo só pra você ficar de namoricos durante à aula.

— Era o Rogue linda, pode olhar. Ele estava precisando de ajuda em um problema – mostro a tela do celular pra ela, que me olha desconfiada – O que foi?

— Linda? O que aconteceu com o ‘gata’?

— Se prefere gata eu posso...

— Não – ela me interrompe – Linda, é uma bela evolução, obrigada – ela diz sorrindo e começamos a ir em direção a saída.

Estou a fim dela, isso é um fato. Mas, ela deixou muitíssimo claro na festa que somos amigos, então preciso ser cauteloso se quiser ter alguma chance com ela.

— Vai lá pegar a prova, te espero lá fora – ela diz e pisca pra mim – Você arrasou, não se preocupe.

— É bom mesmo, já que sua reputação de professora particular está em jogo.

— Eu tirei dez na minha prova. É sua reputação de aluno que está em jogo Gajeel.

Coloco a mão sobre uma costela e finjo dor.

— Aii! Essa doeu.

— Quem começou? – ela sorriu e foi para a saída.

Caminhei até a professora e pedi o resultado da minha prova. Ela vasculhou as folhas em busca do meu nome e me entregou.

Não acredito!

Corro até a saída e fito Levy, que me esperava. Pela minha expressão, ela já deduz o que aconteceu.

— Você passou! – ela exclama.

Sorrio e levanto a prova sobre a cabeça como se estivesse reproduzindo aquela cena do Rei Leão.

— Nota nove, cacete! – quase berro e ela deixa escapar um gritinho de empolgação

— Caramba! Jura?

— Aham – Antes que eu pudesse pensar direito, puxo Levy para os meus braços e a aperto forte. Ela envolve meu pescoço com os braços e começa a rir, quando a levanto do chão e rodo tantas vezes que eu fico meio zonzo.

Nossa ceninha espalhafatosa atrai vários olhares curiosos, mas não me importo.

Quando finalmente a coloco no chão, ela toma a prova da minha mão analisando-a.

Depois de todas as horas que dediquei aos estudos como a ajuda dela, é como se essa prova, essa nota, fosse um pouco dela também.

Meu agora meu peito transborda de orgulho, alegria, entusiasmo e gratidão. Tudo misturado.

— Isso é incrível. Significa que a sua média está de volta aonde deveria estar?

— Pode apostar.

— Ótimo – ela me dá um tapinha – Agora certifique-se de que vai continuar assim.

— E vai… se você prometer estudar comigo para todas as provas e me orientar em todos os trabalhos – digo com um sorriso travesso.

— Ei, nosso acordo acabou, cara. Não posso prometer nada. Mas... – ela sorri, me fitando com alegria – Vou ajudá–lo a manter a nota como um símbolo da minha amizade, mas só quando eu tiver tempo.

Com um sorriso ainda maior a puxo para outro abraço.

— Você sabe que eu não teria conseguido sem você, não é? – Minha voz soa rouca, mas é inevitável, com ela assim tão perto de mim... Ela é tão linda.

Tenho certeza de que a beijaria, se ela não tivesse se afastado.

— Então, acho que hoje você vai comemorar – diz animada.

— E você vem, não vem? – A pergunta sai mais intensa do que eu esperava e sei que ela percebe.

— Não acabei de dizer que vou? – ela resmunga e eu sorrio.

— Escuta… – Faço uma pausa – Queria te perguntar uma coisa.

— Pode perguntar

— Confia em mim?

— Claro que sim – ela diz tão rápido que meu peito se aquece.

— Que bom – meu tom de voz sai baixo, por isso limpo a garganta antes de continuar – Quero que você beba alguma coisa hoje à noite.

— Como assim? Por quê?

— Porque acho que vai ser bom para você. Precisa se divertir sem medo.

— Não me diga que você só me convidou para o aniversário do Sting hoje à noite para me embebedar? – ela sorri sarcástica.

— Não – devolvo sorrindo de leve – Escuta, sou o motorista da vez, não vou beber. Estou me oferecendo para ser mais do que só o seu motorista. Vou ser seu guarda-costas, e mais importante, seu amigo. Me comprometo a ficar de olho em você esta noite, baixinha. Se você exagerar, te levo embora em meio tempo.

— Gajeel, sabe que não sofro por não beber, não sabe?

— Sei que não, sua boba. Só quero te dar certeza de poder escolher, entende? Que se decidir tomar uma cerveja ou duas, não vai precisar se preocupar, porque eu vou estar lá – Faço uma pausa – Posso estar errado, mas tive a impressão, lá na festa do Elfman, de que você já deu algum vexame grande em publico e tem medo que se repita, certo? – Ela me fita indecisa – Olha, eu só quero que saiba que, se quiser beber hoje, prometo que nada de ruim vai acontecer com você.

Ela parece avaliar o que eu disse, com cautela.

— De qualquer forma, é só isso que eu queria dizer. Só… pensa nisso, tá?

— Bom... Vou considerar – ela diz e sorri – Obrigada.

Eu sei que é pouca coisa, mas quero retribuir de alguma forma tudo o que ela fez por mim, tudo o que ela representa pra mim...

Quero que ela veja que pode contar comigo. Quero que ela confie em mim e... que dependa de mim, pelo menos um pouco.. 

Eu gosto tanto dela.

Vou fazer com que ela se divirta de verdade hoje a noite.



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