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História FORA DO RINGUE - A Ligação.


Escrita por: brunaalbrecht

Capítulo 6 - A Ligação.


Fanfic / Fanfiction FORA DO RINGUE - A Ligação.

Acordo com vovô Coop me puxando da cama desesperado:
" - Acorda Bea! Vamos, você vai se atrasar!".

Zonza de sono e sem entender o que estava acontecendo simplesmente me levanto trançando as pernas.. quando abro o olho esquerdo vovô Coop ja separou um vestido lindo que ganhei da minha tia Danielle, e um par de sapatos nude com bicos tão finos que toda vez que os calço me faço uma promessa de só usar flats pro resto da vida.

Internamente sei que estou mentindo.. afinal tenho 1,65 m e um certo complexo de altura. Minhas prateleiras de sapatos são compostas por 95% de saltos de no mínimo 15 centímetros. Mas, voltando a realidade, decido criar coragem pra perguntar:

" - Vovô o que está acontecendo? Pra onde vamos?"

" - Se a senhora estivesse prestando atenção, ja teria entendido.  Falei com a miss Davis, afinal, não desperdiçaría meu nobre cordeiro ao vinho por algo inexistente, um equívoco. Miss Davis me pediu mil desculpas, que por conta de nossas inúmeras mensagens trocadas tarde da noite ela se equivocou no email sobre a entrevista e escreveu o horário errado. Na verdade a entrevista é em meia hora, as seis da tarde ".

" - O QUE??? Meu Deus meia hora? Minha maquiagem tá uma bagunça, meu cabelo se misturou com as lágrimas e esta completamente horrível, acho que não consigo em meia hora vovô".

" - Você esta chorando e se lamentando por isso desde as 7:00 AM. Então a senhora vai nessa entrevista nem que seja de pijama. Agora pare de choramingar e coloque essa roupa já".

Toda minha base de argumentação aprendí com vovô, e pelo o que vocês puderam ver as vezes alguns argumentos não são rebatíveis. Reconhecendo meu fracasso no caso, resolví me arrumar com o melhor que eu podía em 30 minutos. No caminho fui pensando no que falaria naquela entrevista, tudo que eu tinha planejado por dias se dissolveu. Minha cabeça estava em frangalhos.

Cheguei no prédio, internamente procurando por Tyler, e me pego criando diálogos na cabeça pra caso o encontrasse.. sería simpática? Sería fria e profissional? Ou simplesmente o ignoraría? Sempre há a opção de fingir que não o conheço, já que agora tenho a possibilidade de trabalhar com seu pai, me contorço ao lembrar da cena da bolsa.

Chego na ante sala do Mr. Bistle e reconheço uma senhora ruiva de óculos de grau com seu terninho. Ela me olha com um sorriso curioso no rosto: "- Beatrice?".

"- Sim, miss Davis?"
" - Prazer em conhecê-la querida, me desculpe pelo incoveniente anterior. Gostaría de lhe pedir para não mencionar isso com mr. Bistle, ele não lida muito bem com erros deste gênero".

" - Ok, miss Davis. Não se preocupe não será mensionado." Ela me libera para entrar e eu respiro fundo e vou. Futuro aí vou eu.

De cara Mr. Bistle parece muito sério, porém com uma olhada no meu histórico escolar e cinco minutos de conversa, decide que a vaga é minha. Me sinto como se um caminhão tivesse saído das minhas costas.. ao falar-lhe sobre meu sonho de cursar Direito vejo seus olhos brilharem, Mr.Bistle conta que sempre sonhou que seu filho cursasse Direito.  Internamente me contorso novamente pensando em quão encrencada estaría se Mr. Bistle descobrisse sobre o que houve mais cedo. Porém, não me aguento de curiosidade e acabo perguntando:

" - E ele cursa o que? Tendo crescido em uma faculdade, acredito que a escolha de curso não tenha sido um problema já que provavelmente ele sempre teve acesso as aulas...?" Falo meio em tom de pergunta, não sei porque.

O olhar do Mr. Bistle se dissolve em um misto de decepção e culpa, pelo seu tom de voz Tyler é um assunto delicado.

" - Tyler cursou alguns anos de Administração, é muito bom com números.. mas por inúmeras razões desistiu. Bom criança, acho que já acabamos por aqui. Agora vá aproveitar seu sábado pois seu estágio e seu curso começam em duas semanas. Espero que nos demos bem."

Irei trabalhar diretamente com Mr. Bistle então nos darmos bem é essencial. Se depender de mim, não teremos problemas com isso. E acho que dele também não.
Saí dalí revigorada, exatamente o oposto de como eu saí ha algumas horas atrás.

" - Tchau miss Davis. Vejo a senhora pro jantar haha".

" - Tchau querida, pelo sorriso vejo que tudo se saiu bem". Disse miss Davis com um misto de vergonha pelo comentário do jantar e alívio da entrevista ter ido bem para ter o que falar durante o jantar ".

" - Sim miss Davis, graças a Deus e ao vovô Coop".

Vou embora sorridente, meu celular esta tocando na bolsa e demoro séculos até achá-lo. Provavelmente deve ser a minha mãe que não está se aguentando de ansiedade pra saber como foi. Atendo sem olhar no identificador e simplesmente respondo:

"- Mãããe consegui!!! Você está falando com a futura dr. Galighan, agora sim! Espero que o bolo ainda esteja intacto e a faixa também hahaha".

" - Parabéns Dra. Galighan, acho que deu tudo certo então..  - gelo ao ouvir aquela voz -      Haha fico feliz por você. Inclusive gostaría da sua participação em um caso de agressão que aconteceu comigo hoje de manhã.. a senhora poderia me ajudar? Estou com medo de sair na rua desprotegido". - abusado demais-

A voz masculina do outro lado, faz meu coração saltar pela boca.. como ele descubriu meu número???? Quero falar mil coisas e ao mesmo tempo não consigo dizer nada.

" -  Como você .. como você tem meu número? - finalmente consigo cuspir essas palavras -   E sim gostaría de te ajudar no seu caso, mas primeiro teríamos que ouvir a outra parte para ponderarmos sobre o que realmente aconteceu senhor". Minha voz soa surpresa e ao mesmo tempo alegria.

" - To gostando muito mais da Beatrice de agora do que a de de manhã. Até a sua voz está bem melhor de ser tolerada haha.. mas respondendo sua pergunta, peguei seu número com a miss Davis. Tentei argumentar com ela sobre o que aconteceu com você e ela simplesmente se lembrou que por um "descuido" marcou o horário errado. Se não fosse o erro dessa mulher minha cabeça não estaría latejando agora.."

" - Meu Deus como é dramático! Sim miss Davis se equivocou com o horário mas meu avô e ela conseguiram resolver tudo a tempo.. Se tiver tão ruim sua cabeça eu posso te ajudar de alguma maneira, agora que sou fucionária do seu pai eu não gostaría de ter nada que pudesse me colocar em um situação difícil com Mr. Bistle.

Ouço um silencio pertubador do outro lado da linha.

" - Ainda está aí?" Falo quase que sozinha.
" - Disse algo de errado? Só estava tentando me desculpar.. na verdade realmente me desculpe por tudo que falei e a maneira como agí quando você tentou me ajudar hoje.."

" - Tô aqui sim linda. Não tem problema todos temos nosso dias de fúria. E hoje de manhã também estava no meu. E quanto ao meu pai.. acho que ele adoraría se você me batesse mais vezes.. haha inclusive podemos arranjar isso.. eu adoro uns tapas de vez enquando.."

Não acredito que ele disse isso!  Penso comigo mesma vermelha por fora e por dentro. Ele não sabe o quão inapropriado isso soou? E eu tenho namorado, que absurdo, sou assistente do pai dele. Meu Deus tenha modos!

" - Acho que a sua cabeça deve ter ficado com alguma sequela de hoje de manhã mesmo pelos seus comentários. - tento falar soando o mais profissional possível- agora tenho que ir Tyler. Mais uma vez obrigada pela ajuda. Aproveite seu sábado".

" - Se você estivesse comigo pensaría em várias maneiras de aproveitarmos juntos haha mas calma dr. Beatrice, eu sei esperar..."  E assim Tyler desliga o telefone e me deixa de boca aberta em frente ao carro no estacionamento. Tenho a sensação de estar brincando com fogo.
E estou adorando.



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