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História Forbidden Forest - Chapter 2


Escrita por: UnnieChoa

Notas do Autor


Olha aí quem chegou... Eu msm brigada de nada.

Capítulo 3 - Chapter 2




-Quem é você- Me dirigi ao garoto esguio e musculoso á minha frente, seus olhos pequenos e cabelos escuros chamavam atenção, seus trajes formais também não passavam despercebidos, um lampejo de medo me rondou quando ele falou.
- Não tenha medo...

                 ∆   ∆   ∆

Meus músculos se enrijeceram e o pavor se alastrou pelo meu cérebro, pude sentir a adrenalina correndo pelas minhas veias. A voz era diferente da voz do meu sonho, mas o seu olhar era tão intenso que eu não sabia se queria correr ou continuar vidrada em seus olhos. Hipnotizante. A consciência  me veio como um balde de água fria, eu só pensava em como fugir dali e dessa vez não seria igual meu sonho. Segurei firme no meu colar e levantei-me, a distância entre nossos corpos se mantinha suficiente para me dar uma chance, mesmo que pequena. Varri a floresta com o olhar, em busca de outros, felizmente, estava só ele.
Segurei na barra do vestido e tracei a rota em minha mente, seguiria pela direita até sair da caldeira depois correria para o portão pela trilha. Como um raio, dei partida na corrida pela minha vida, mesmo que ele não tenha nada a ver com meu sonho e tudo isso não passe de apenas uma coincidência, eu não correria o risco. Vai que esses habitantes do outro vilarejo são canibais, ou fazem oferendas com mulheres?  Não serei eu a pessoa a descobrir.
Eu quebrava os galhos com a bota e flashbacks do sonho invadiam minha mente, dessa vez eu não perderia, estava focada demais e ainda tenho a chance de uma luta justa. Pensei em algum feitiço que pudesse me ajudar caso fosse preciso apelar para a magia. Ele logo veio atrás de mim, correndo, com duas pernas. Bom, lobisomem ele não é, ou será?

Quando eu já tinha saído da caldeira e corria em direção ao fim da trilha, sinto uma mão segurar meu pulso com força, era ele. Meu desespero se transformou em lágrimas e sussurrei um feitiço de fogo. Logo as minhas mãos queimavam a pele do meu perseguidor, que gritou desesperado. Um grito agudo e alucinante, mas que foi logo cessado com a quebra de contato. Sua pele se curava sozinha e numa velocidade duvidosa. Afastei-me e o encarei. Estava tão cansada, não conseguiria fugir dele por muito tempo, usarei minha força para lutar com ele e quem sabe assim, aumentar minhas chances de sobrevivência.

Mais ou menos dois metros me afastavam do homem esguio e musculoso á minha frente, ele me encarava com uma expressão neutra, não conseguia distinguir seus sentimentos, seu olhar era obscuro, mas ao mesmo tempo tentador. Eu murmurava preces de proteção para a Deusa do Sol e até para a da Lua, nessa situação qualquer uma está valendo. O rapaz se aproximou com uma expressão mais leve e me estendeu a mão, suas feridas já estavam totalmente cicatrizadas e não restava nem sinal delas.

-Calma, eu não vou te machucar, eu apenas te vi na floresta e fui oferecer ajuda. – Falou suavemente com uma expressão leve e um sorriso pequeno se apossou de sua face. Meu coração que antes estava acelerado, já estava mais tranquilo, minha respiração já se normalizava e mesmo com um pouco de receio eu acreditei na sua explicação.
-O que você faz aqui há essa hora? – Perguntei apreensiva, mas mantendo o tom de voz firme.  Várias perguntas inundavam a minha mente com sede de respostas. Quem é você? O que faz aqui? O que é você? Você vai me matar?
- Era o que eu ia perguntar para você mocinha. – Falou simplório deixando escapar uma risadinha anasalada. Pude ver melhor seu rosto quando a luz da lua pousou no mesmo. Olhos pequenos e escuros, pele bronzeada, cabelos castanhos escuros, maxilar bem marcado e lábios fartos. Tão atraente e tão misterioso. Seu olhar não é transparente como o de Hoseok nem suas expressões são facilmente decifráveis.
-Tive uns problemas e decidi vir dormir na floresta. O que é você? O que faz aqui? Vai me matar?-Falei rapidamente me embolando nas palavras e com um tom um tanto manhoso. Sustentei o olhar nos olhos do rapaz desconhecido á minha frente, mantendo sempre um pé atrás em relação á ele.
-Fique tranqüila, não vou fazer nada com você. Meu nome é Jongin, mas me chame de Kai, eu estava apenas de passagem pela floresta e vi você, na verdade senti seu cheiro. – Falou calmo – E bom, eu sou um lobisomem.

Senti até os fios da nuca arrepiarem. Então a lenda boba para crianças mal criadas na verdade é real, e todo esse tempo em que eu vinha para cá eu estava brincando com o perigo e não sabia?

-Mas a sua raça não foi extinta? Os sobreviventes vivem no norte, não aqui. –Falei confusa, deve ter um sinal enorme de interrogação na minha cabeça. – Vocês matam bruxas? – Perguntei ainda mais confusa e implorando por esclarecimento
-Não, minha raça não foi extinta, sim nosso povo migrou para o norte, mas devido a uma seca que teve há alguns anos nós voltamos. – Meu cérebro parecia uma esponja tentando absorver toda essa informação – E sim, alguns de nós matam bruxas.
-Você é um deles? Olha, eu sei feitiços muito mais mortais do que aquele, se vier para uma luta saiba da porcentagem  de chance de derrota.- Falei andando para trás com certo temor pelo rapaz, eu não posso confiar nesses cães.
-Se eu quisesse te matar você nem teria me visto- Falou dando de ombros. Realmente, eu estava tão distraída que mal percebi sua aproximação. –Você quer passar a noite na minha casa? Se quiser ir para o seu vilarejo tudo bem, eu te levo lá. - Parei para ponderar sobre a proposta, se eu fosse para casa minha mãe e meu pai iriam obrigar-me a casar com o SeokJin e ainda teria que fazer um pedido formal de desculpas para a família Kim, mas se eu for com esse lobisomem desconhecido para o seu vilarejo repleto de lobisomens poderia ser uma viagem sem volta. Uma viagem suicida...
-Eu aceito, mas só porque eu não tenho escolha. Eu não posso voltar pra casa tão cedo. -Falei a ultima parte em um quase sussurro, mas que o rapaz pareceu ouvir sua expressão tornou-se de curiosidade. –Bem, meu pai quer que eu me case com um rapaz importante do vilarejo, mas eu não quero e resolvi fugir por uns tempos.- Falei e suspirei ao lembrar da minha situação complicada.

O rapaz pareceu entender e foi seguindo em direção à nascente que separa a floresta do vilarejo dele. Ajeitei o meu vestido e segui a figura esguia que se locomovia sem pressa alguma, já eu morria de frio. Cada passo que eu dava em direção ao vilarejo desconhecido, minha consciência me dizia para voltar para casa e minha barriga doía de nervoso.

Na nascente tinha uma ponte de madeira um tanto gasta e nem um pouco confiável. Meu medo de altura paralisou minhas pernas ao ver a distancia entre a ponte e a água banhada de pedras e cascalhos. Uns 5 metros mais ou menos.

-Kai, não tem outro caminho? Pode ser uma trilha mais longa ou algo do tipo. – Falei deixando transparecer meu temor.
-Não tem outro caminho. Você tem medo de altura garota da floresta? – Falou brincalhão enquanto apoiava um pé na superfície de madeira.
- Sim eu tenho e não me chame de garota da floresta, meu nome é Minhee. – Falei com os braços cruzados em frente ao tórax enquanto calculava a distancia exata entre as duas margens.
-Você quer segurar a minha mão? Pode passar de olhos fechados e nem vai notar quando atravessar. – Falou doce enquanto estendia sua mão direita para mim.

Peguei em sua mão e fechei os olhos me deixando ser guiada pelo recém conhecido rapaz. Tentei não pensar na altura e me imaginar em outro lugar. Meus pensamentos me levaram para casa e não pude conter um sorriso ao lembrar-me dos meus irmãos... Eles devem estar preocupados comigo, eu não devia ter saído assim sem avisar a ninguém... O peso na consciência me fez ponderar sobre minhas escolhas.
Lá estava eu sendo guiada por um rapaz que eu acabei de conhecer e que, diga-se de passagem, é um lobisomem, sendo levada para uma aldeia cheia de lobisomens que matam bruxas, eu só posso estar maluca de ter entrado nessa fria.

Abri meus olhos quando senti a terra macia afundar minhas botas, Kai já estava andando e puxava minha mão entre seus dedos. De longe eu avistava o vilarejo desconhecido, tochas e fogueiras iluminavam o território. O frio na barriga me consumia e o desespero e pavor assolavam meus pensamentos. Será que é tarde demais para voltar?
-Não tenha medo Minhee, eles são amigáveis, só não diga que é uma bruxa, alguns de nós guardam rancor- Falou e suspirou, sua atenção estava voltada para o vilarejo, os portões de madeira estavam abertos e o povo festejava algo.

Atravessamos o portão e seguimos para o leste do vilarejo, um caminho silencioso, sua mão ainda se prendia á minha e seus olhos estavam voltados para o chão. Daquele ponto podia-se ver o meu vilarejo, um pesar veio sobre meus ombros ao me lembrar da minha família. Um barulho de passos me assustou e olhei para o Kai, sua expressão era a mesma que a minha. Uma voz rouca me fez estremecer e me virar.

-Quem é ela Jongin?

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