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História Forbidden Forest - Chapter 4


Escrita por: UnnieChoa

Notas do Autor


Demorei? Demorei. Me desculpem e não me joguem pedras... Só uma coisinha, tenho até o capítulo 8 pronto, então não vou mais demorar e vou compensar o atraso... 😘😘 Não esqueçam de comentar hein seus delicinhas

Capítulo 5 - Chapter 4




Assim que terminamos a refeição, o ajudei a limpar tudo e arrumar a cama. Fui até o banheiro da mansão para jogar um pouco de água no rosto e lavar as mãos. Tenho que decidir o que farei e para onde irei. Enquanto me limpava, senti o colar no pescoço e não evitei sorrir quando olhei para ele. Nem me lembrava que eu o estava usando. O moreno entrou no cômodo e sua atenção logo se direcionou ao colar em meu pescoço.

-Como você conseguiu esse colar?

                    ∆.  ∆.  ∆.

Surpreendi-me com sua pergunta, foi algo bem inesperado e estranho. Meus pensamentos viajaram para o dia em que eu estava na floresta com a minha irmã, lembro de ter o encontrado no meio das folhas secas no chão. Lembro-me do brilho da pedra me chamando atenção para o colar.

-Achei na floresta, no meio das folhas. – Falei sem desviar a minha atenção do espelho que eu usava para ajeitas os fios bagunçados do meu cabelo. Eu precisava de um banho urgente e a oleosidade no meu cabelo me mostrava isso. – Por que esse seu interesse repentino no colar Jongin? – Falei agora olhando em seus olhos com uma expressão de duvida.

-Por nada, é que esse colar é desse vilarejo. É um colar de lobisomens. Mas pode ser bom pra ajudar a se camuflar aqui dentro- Falou se movendo para trás de mim, agora se olhando no espelho do cômodo. Dei lhe um sorriso e ajeitei o vestido azul. Lembrei-me imediatamente dos meus pais ao passar as mãos pelo tecido macio, lembrar o propósito desse vestido me trazia um sentimento, uma mágoa. Lembrava-me de como fui oferecida como uma ovelha para um banquete de lobos.

-Não precisarei me camuflar, vou procurar um lugar para ir por uns tempos. De preferência sem lobisomens mortais. –Falei com uma risada sem graça no final, realmente tenho que fugir da morte iminente que me assombra nesse vilarejo.

-Você não pode ir Minhee, lá fora é perigoso para uma menina sozinha, aqui pelo menos eu posso te proteger bruxinha. - Falou preocupado segurando meus ombros enquanto me olha pelo reflexo do espelho. Sua aproximação me fez arrepiar e isso fazia eu me sentir ainda mais uma boba.

Ele é tão gentil e carinhoso, não sei como eu pude ter duvidado dele, um cara maravilhoso e super protetor. Seu gesto me fez sorrir, eu gostei de saber que ele se preocupa comigo, pode se dizer que eu gosto um pouco dele, só um pouco.

-Tudo bem Jongin, mas eu não quero te incomodar. Acho que sua família ficaria preocupada se você sumisse e ficasse comigo aqui até eu arranjar um lugar para ir. –Falei agora lhe encarando de frente, seus olhos se mantinham ligados aos meus e tínhamos um palmo de distancia entre nossos rostos.

-Não vou ficar longe da minha família Minhee, você vai para a minha casa comigo, ninguém sabe que você é bruxa e eu vou poder te proteger. – Falou colocando suas mãos em meu rosto e aproximou nossas faces, nossas respirações se misturavam e o espaço diminuía mais,  o cheiro de frutas me atraia para mais perto, quando eu pensei que ele fosse finalmente me beijar, ele deslizou os lábios para minha testa e deixou um selar lá e logo se afastou.

-Termine de se ajeitar e me encontre na sala, vamos para a minha casa. –Falou e andou até a porta, saindo e se dirigindo para o primeiro andar. Minhas bochechas queimavam e só agora eu percebi que eu tinha corado com apenas um selar na testa. Que boba que eu sou. Ele me deixa boba, para falar a verdade.

Lavei o rosto novamente para ver se esfriava o calor das bochechas e dei uma ultima olhada no espelho, não estava impecável, mas dava para o gasto. Caminhei pelos corredores em busca das grandes escadas para a sala do andar de baixo e depois de andar me perder pelos corredores algumas vezes, consegui achar.

Assim que eu cheguei ao primeiro andar pude ver o moreno sentado em um sofá, antes coberto por um pano branco. Ele estava distraído mexendo em alguma coisa, o que me fez conseguir chegar por trás sem ser percebida. Quando eu ia lhe dar um susto, o mais velho puxou meu braço e me jogou no sofá rindo da minha cara.

-Pensou que me pegaria de surpresa bruxinha- Falou ainda rindo com a mão direita presa em meu braço, nossos rostos estavam ainda mais próximos e eu já sentia minha bochecha esquentar novamente. Meus olhos percorreram sua face e se focaram em seus lábios, eu imaginava o sabor doce que eles possuíam, o doce sabor de frutas frescas.

-Deixa de ser idiota, eu só ia te dar um sustinho. Como você é chato Jongin. – Falei agora me entregando ao riso e me levantando do sofá. Andei até a porta e abri a mesma. Estava um pouco impaciente, pode se dizer nervosa, para conhecer a família de Jongin. Será que eles vão querer me matar se descobrirem que eu sou uma bruxa do Vilarejo do Sol? Será que eles vão me aceitar lá?

O moreno se levantou e veio até a porta, parando ao meu lado e segurando a minha mão, acho que ele notou que estou nervosa e está tentando me acalmar. Sempre tão preocupado e atencioso. O mais velho me puxou pela mão, fechando a porta logo atrás de nós e saiu caminhando pela trilha que tínhamos seguido ontem à noite. O vilarejo deles é tão parecido com o meu que eu até me sinto em casa.

Caminhamos pela trilha até chegar a uma parte onde havia restos de uma fogueira, onde devia estar acontecendo o festival de ontem.

Andamos mais alguns minutos, passando em frente á algumas casas e comércios, tudo tão simples e aconchegante, me passava à sensação de estar em um lar. Eu sempre imaginei os lobisomens como monstros apavorantes sem piedade e que viviam como animais em volta de uma fogueira. Eles são tão iguais a nós, chega a ser familiar para mim. O vilarejo deles é infinitamente maior que o nosso, sua extensão abrange milhares de vezes a nossa pequena vila.
Logo chegamos à frente de sua casa, na verdade uma mansão, tão grande e majestosa como um palácio vitoriano, todo feito em pedra e mármore, esplêndido. Minha atenção era puxada pela obra de arte á minha frente, tão incrível. Procurei Jongin pelo canto de olho e vi que ele me observava, sorrindo. Permiti-me sorrir e alcançar sua mão, apertando a mesma entre meus dedos finos.

Nós nos entreolhamos e dei o primeiro passo, mostrando que estava pronta para o que der e vier pela frente. Seguimos em passos lentos e curtos até a entrada daquele magnífico palácio, o que me fazia pensar sobre a importância da família dele, o que me deixou ainda mais nervosa e aflita. Meu cabelo estava bagunçado e minhas roupas já não estavam mais tão apresentáveis. Senti-me envergonhada e insegura.

Mesmo com todas as situações possíveis invadindo minha mente, continuei andando em frente até a entrada, que logo foi aberta pelo moreno sorridente ao meu lado. Ele segurando minha mão me passava um tipo de segurança e conforto, me fazia-me sentir mais relaxada.

Ao adentrarmos pude notar como é ainda mais majestosa por dentro, seu pé direito alto revestido em mármore e seu lustre de cristal a deixavam ainda mais elegante. Sofás de camurça banhados á ouro, móveis de madeira maciça clara, quadros de altíssima qualidade espalhados pelas paredes, cristalheiras abarrotadas de louças finas, tapetes de pele animal, tantas coisas que iluminavam a minha vista. O que mais me chamou atenção, por incrível que pareça, não foi o lustre de cristais ou a prataria, foi a escada de mármore com os corrimões de ouro maciço.

Jongin segurava firmemente minhas mãos e me guiava pelo cômodo, subimos as escadas majestosas e eu me sentia em um labirinto de corredores. Andamos por um tapete bege até um corredor abarrotado de portas de madeira clara, umas vinte ou mais, e seguimos até o fim dele.
Passamos pela porta adentrando o que eu deduzi ser um quarto, o mais alto me guiou para uma espécie de banheiro, dentro do mesmo possuía uma banheira de mármore e pedra e Jongin saiu me deixando ali sozinha sem falar nada. Senti-me perdida, mas resolvi não me aventurar pela casa, o palácio mais parecia um labirinto para mim.

Minutos depois, entraram duas mulheres trajando o mesmo vestido, devem ser as criadas da família, elas logo foram tirando meu vestido e preparando a banheira com água quente e sais de banho com essência de flores. O cheiro me lembrava a primavera na floresta. Sem pestanejar adentrei a banheira e me deixei ser lavada, sentia minha pele se renovando e meus poros se desobstruindo de todas as impurezas que ali estavam.
Após alguns minutos relaxando na banheira, fui guiada por uma das senhoras até o quarto, envolvida apenas por uma toalha branca. Lá dentro tive meus cabelos secos por uma das mulheres enquanto a outra me ajudava a vestir um vestido rosa claro, quase branco, simples, mas elegante. Após eu terminar de me vestir, a outra senhora que antes me ajudava a trajar minhas vestimentas, agora também secava o meu cabelo e o penteava. Nos meus pés agora eu usava um sapato escuro, que eu percebi ser de camurça, com um salto não tão alto.

Abaixei-me para alcançar o meu colar, que foi retirado junto com as roupas antes do banho. Eu mesma o coloquei e as duas mulheres me encaravam, encaravam o colar, na verdade. Olhei-me no grande espelho do cômodo e me senti bem com a figura refletida. Acho que nunca fique tão bem arrumada na minha vida, eu cheirava a flores, exalava um perfume de jardim.

A porta foi aberta por Jongin que sorria para mim, retribui-lhe o sorriso enquanto o mesmo se aproximava. Ele também estava cheiroso e de banho tomado, suas vestes eram mais formais e o deixavam completamente sedutor, um pecado em carne e osso.

-Vou- lhe apresentar aos meus pais hoje no jantar, nós podemos ir ao jardim matar o tempo, eles só chegarão ao anoitecer. – Falou sorrindo e me encarando, ele fez um sinal qualquer com as mãos e as criadas deixaram o cômodo sem emitir nenhum som. – Você está estonteante bruxinha, está exalando flores. Eu acho que minha irmã não vai brigar comigo depois de ver como esse vestido fica bem em você. – Falou galanteador, o que me fez corar e olhar para meus pés.

-Não quero lhe causar problemas, Jongin. – Falei aflita. – Eu posso usar meu vestido mesmo, ele não está tão mal assim.

-Ela nem se importará, Minhee. Ela tem tantos vestidos que nem lhe fará falta. – Falou suavemente e se aproximou ainda mais de mim, mantendo os nossos corpos á um palmo de distancia um do outro. – E você fica bem melhor nele do que ela.

Nossos corpos já não possuíam mais espaço entre eles, o que me fez arrepiar e minhas pernas ficarem trêmulas. Nossas respirações se misturavam e o cheiro de sua pele estava impregnado em minhas vias nasais, o calor de seu corpo me esquentava, nossos rostos se aproximavam cada vez mais e seus olhos se encontravam pousados nos meus lábios, e os meus olhos nos dele.
Nossos lábios se encontraram com um leve toque, se aprofundando devagar. Sua boca tinha um gosto irreconhecível, mas muito saboroso, eu poderia beijá-lo por horas, sua língua encostou-se a meu lábio inferior, como um pedido de passagem silencioso, que logo foi lhe permitido. Sua língua circulava calmamente por dentro da minha boca, explorando devagar cada canto dela e espalhando seu gosto doce em mim. Meu coração batia acelerado e minha respiração permanecia descompassada, ora calma, ora agitada. Seus braços circulavam minha cintura e suas mãos me apertavam firmemente, quase me fundia em seu corpo, enquanto meus braços se prendiam em seu pescoço, às vezes acariciando seus cabelos macios.
Separamos-nos por falta do precioso oxigênio, o que me fez corar ao lembrar-me do ósculo de poucos segundos atrás. Nossos olhos se mantinham ligados por um fio imaginário e pude notar seu peito subindo e descendo descompassadamente. Um selar breve foi depositado em meus lábios e um sorriso dançou em seu rosto. Minha cabeça não funcionava mais, eu só pensava em como meu primeiro beijo tinha sido perfeito, um mar de sensações. Tenho certeza que eu estava sorrindo como uma boba pela dormência em minhas bochechas, seu gosto ainda se acomodava em meus lábios.

-Seria estranho se eu gostasse de você, Minhee?





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Notas Finais


Não esqueça de comentar hein... 😘😘


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