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História Forbidden Love - Season 4 - Begin Again - You got me as your enemy


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


Oláaaaaa
gente, eu acabei de descobrir q além de escritora eu tbm sou vidente...
Como eu descobri isso? Assistindo o 4x13 de The Originals... Chorei tantoooooo...
Mts referências do tipo: Becks dando um colarzinho com M pra Hope, New York... Estou chocadaaaaa!
Foi, na minha opinião, o capítulo mais triste de td a série... Ansiosa para a 5ª temporada...
Maaaas, isso já é com a tia Julie, né?!
Agr, vamos com a tia Je aqui...
Nesse cap vai ter um confronto q vcs estavam esperando tantoooo...
Vamos ver quem sequestrou a Naty e o q vai acontecer com essa pessoa...
Vai ter a volta de um personagem q mt gente deve ter esquecido... Eu, particularmente, gostava dele em TVD quando ele apareceu... Até fiquei meio tristinha quando o Elijah matou ele... Eae? Já sabem quem é?
E temos mais pistas da Fe...
Ah, e não podemos esquecer... Uma pequena referência à 13RW... É uma referência da minha cena preferida e a música dessa cena vai aparecer tbm... Não na hora da referência, mas vai aparecer...
E é isso... Quem ainda não assistiu o 4x13 de The Originals, vá assistir, tá mt bom (dps de ler, é claro...) e quem ainda não assistiu 13RW (será q tem alguém q ainda não assistiu essa série?) vá assistir tbm...
Boa leitura, bjs!!

Capítulo 10 - You got me as your enemy


 

POV-KOL

Estava de noite e Ansel ainda não havia voltado. Fui para a cozinha e quando abri a porta, fui parar no bar em New York novamente. Olhei para frente e vi a garota loira indo embora novamente. Tentei impedi-la, mas senti algo me puxar com força. Como uma multidão.

Tombei para trás e fechei os olhos conforme me aproximava do chão. Quando os abri novamente, eu estava embaixo d’água, me afogando. Eu tentava nadar até a superfície, mas algo me puxava para o fundo, como tijolos em meus pés.

Eu me debatia e me desesperava conforme a necessidade de respirar aumentava. Fechei os olhos e gritei o mais alto que consegui.

(MÚSICA = CLOSING IN – RUELLE)

Abri meus olhos novamente e continuava embaixo d’água, mas quase não sentia a falta do oxigênio. Estava sentindo meus olhos pesarem e meu corpo ficar mole. Era assim que alguém se sentia quando morria afogado?

Antes que meus olhos se fechassem totalmente, vi novamente aquela loira a quilômetros de distância de mim. Ela afundava cada vez mais e parecia estar inconsciente.

Eu queria salva-la, mas mal tinha força para nadar até a superfície. Não conseguiria salva-la. Via seus cabelos loiros, de um lado para o outro, enquanto ela afundava, a caminho da morte.

Aquilo me devastou de tal forma... Eu assimilei aquela loira à Hope. Eu faria de tudo para salvar Hope. E se aquela fosse Hope?

Com o pingo de força que eu ainda tinha, comecei a nadar, mas novamente os tijolos pesaram. Continuei nadando, tentando chegar até a loira. Então, tudo ficou embaçado e em seguida, escuro.

Acordei na margem de um rio. Olhei em volta e vi que era o pântano. Me levantei, encharcado. Ouvi um barulho e então vi Elizabeth correndo.

– Volte aqui! – Gritei indo atrás dela. – Elizabeth!

Eu a perdi de vista.

– Você não conseguiria salva-la. – Olhei para trás e vi Elizabeth. – Você não vai conseguir salva-la.

Usei minha velocidade e prendi Elizabeth contra uma árvore, segurando seu pescoço.

– Não sei como você pode estar viva, mas acho bom você sair da minha cabeça, antes que eu me irrite de verdade. – Ameacei.

– Ah, Kol... Sempre tão impulsivo. – Ela disse rindo. – Enquanto você está aqui, me ameaçando, se perguntou o que aconteceu com aquela garota que estava se afogando? Se perguntou quem seria ela?

– Por que eu perderia meu tempo perguntando isso? Isso é só uma alucinação! É apenas você, brincando com a minha mente. Muito original, considerando que foi assim que Lavínia anunciou sua volta! – Falei apertando mais ainda seu pescoço.

– Mas essa alucinação pode significar algo, não acha? – Elizabeth pergunta. – Eu, obviamente não conseguiria entrar na sua cabeça. Mas existem bruxos que conseguem. Enquanto meu bruxo está aqui, te passando o meu recado, eu posso estar fazendo coisas terríveis com aquela loira.

– Você está mentindo! – Falei nervoso. – Nada está acontecendo com Hope agora!

Elizabeth ri.

– Ela te pegou de jeito! Hope é realmente a única loira que te importa? Eu consigo pensar em várias outras. – Elizabeth diz. – Se acha que estou mentindo, veja por si mesmo. – Ela diz.

Quando percebo, estou no chão da cozinha, que estava molhado. A torneira estava aberta, e havia trasbordado.

Me levantei e a fechei.

Me lembrei do que Elizabeth havia dito.

(MÚSICA = GOTTA LOVE IT – RUELLE)

– Merda! – Exclamei. – Hope! – Saí pela casa gritando por ela. – Hope!

– Mas que porra! – Lavínia aparece descendo as escadas. – Quer parar de gritar?!

– Onde a Hope está? – Perguntei.

– Eu não sei! – Ela diz. – Provavelmente com a Nataly.

– O que está acontecendo? – Klaus aparece e logo atrás dele estava Hope.

– Graças a Deus! – Fui abraça-la.

– Tuudo bem. – Ela diz. – O que aconteceu?

– Uma maluca disse que iria te machucar. Obviamente era mentira. – Expliquei.

– Eu conheço a maluca? – Hope pergunta.

– Não. E pro bem dela, espero que continue assim. – Falei.

– Ela me conhece? – Hope pergunta.

– Não pessoalmente. – Falei. – Só de vista.

– Então, por que ela disse que queria me machucar? – Hope pergunta.

– Ela não disse exatamente você. – Falei. Foi quando me lembrei do que ela disse sobre outras loiras com quem me importo. – Droga! Liguem para Freya e Rebekah! Agora!

– Eu acabei de falar com Rebekah. Ela disse que todos estavam bem. – Klaus disse. – O que está acontecendo?

– Nataly! Onde ela está? – Perguntei.

– Está lá fora. – Hope responde.

Corri até o lado de fora da mansão e todos me seguiram.

Quando chegamos vi Elizabeth. Um homem ao lado dela.

– Você foi rápido. – Elizabeth disse.

– Ah meu Deus! – Lavínia exclama. – Impossível!

– Onde ela está? – Perguntei.

– Longe daqui. – Elizabeth responde. – Achou mesmo que eu atacaria Hope Mikaelson? Eu até queria, admito, mas ela é filha de Klaus e ainda por cima, ouvi dizer que tem uma baita voz.

– Se não devolver minha filha, vai ter que ouvir minha baita voz. – Falei.

– Seu marido deveria ter pensado um pouquinho antes de me matar com tamanha crueldade. – Elizabeth disse. – Eu tomava um pouco de sangue de vampiro todos os dias. Quando você me matou, eu estava com sangue de vampiro em meu organismo, Kol. Infelizmente meu irmão não teve a mesma ideia. – Ela anda em minha direção. – Agora que eu posso volta a vida quantas vezes eu quiser, posso finalmente vinga-lo.

– Se tocar um dedo em Nataly eu vou fazer da sua vida um inferno. – Ameacei.

– Não, Kol. Sou eu quem vai fazer da sua vida um inferno. – Elizabeth diz. – Começando agora. Mande lembranças para Joe.

Quando eu ia ataca-la, Elizabeth some com o homem ao seu lado.

(...)

– Como assim ela sumiu?! – Miguel pergunta. – Nataly estava aqui agora mesmo!

– Ela tinha um bruxo. – Lavínia diz. – Não vamos conseguir encontra-la com um feitiço localizador.

– E o que devemos fazer? Sentar e esperar? – Hope pergunta. – Temos que fazer alguma coisa! Eu tenho que fazer alguma coisa!

– Hope, nós vamos. – Lavínia diz tentando acalma-la.

– Então por que estão todos parados?! – Hope grita. – Minha filha está desaparecida! E Ansel... Ah meu Deus e se ela o levou também?

– Quem levou quem? – Ansel chega. – O que está acontecendo aqui?

– Ansel... Vá para o seu quarto. – Falei.

– Pai, o que está acontecendo? – Ansel pergunta se aproximando.

– Eu te explico mais tarde, apenas vá para o seu quarto. – Insisti.

– Pelo amor de Deus, apenas diga logo o que aconteceu! – Miguel disse. – Uma ex do seu pai voltou e ela sequestrou a Nataly.

– O quê?! – Ansel pergunta.

– Miguel! – Lavínia o repreende.

– Temos que fazer alguma coisa. – Ansel disse. – Um feitiço localizador.

– Não podemos. Eles devem estar camuflados. – Kate disse.

– Então... Eu... Eu não sei, alguma coisa! – Ansel disse.

– Eu cansei! – Hope diz. – Eu sou Hope Mikaelson! Eu posso fazer tudo o que eu quiser e se eu quiser achar essa vadia maldita é isso que eu vou fazer. Nem que eu tenha que invadir cada casa dessa cidade.

Ela sai de casa.

– Alguém deveria ir atrás dela. – Kate diz. – Se essa vadia for atrás dela...

– Ela não vai. – Lavínia diz. – Elizabeth York uma vez me disse que a ganancia podia destruir um belo plano. Ela poderia ir atrás de algo tão importante para o Kol quanto a Nataly é, no caso a Hope, mas ela sabe que Hope a derrubaria sem problemas. A vadia não vai arriscar.

–Quando ela te disse isso? – Klaus pergunta.

– É sério, o nome não te diz nada? Elizabeth York. – Nataly aparece. – Deus, você não poderia ter escolhido alguém que use o cérebro?

– Elizabeth era a irmã de Duque York. – Falei. – Eu estava a seduzindo para reinar New York.

– Não estou surpreso. – Klaus disse. – Perceberam o quanto New York tem nos trazido ainda mais trabalho?

– O que isso quer dizer? – Lavínia pergunta.

– Que da próxima vez vocês deveriam me contar quando começarem um reinado em algum lugar. – Klaus diz e sobe as escadas.

– Ele vai mesmo ficar bravo comigo? Eu não tenho nada a ver com isso. Estava dormindo! – Lavínia diz indo atrás dele.

– 17 anos depois e eles continuam na mesma. – Kate comenta.

– É o casal Blackson. Sua marca é serem tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidos. – Falei.

– Blackson? – Nataly pergunta. – Deus, quantos anos vocês tem?

POV-LAVÍNIA

Entrei no escritório logo atrás de Klaus.

– Temos que criar uma estratégia. – Ele diz. – Devemos começar agora e quando tivermos uma localização só precisamos seguir o plano.

– Isso antes ou depois de você criar uma DR sem motivo? – Perguntei cruzando os braços.

– Eu não disse nenhuma mentira, disse? – Ele pergunta.

– Não... Nós erramos, mas você não precisa ficar jogando na cara. – Falei. – Pense bem em todas as coisas que eu teria para jogar na sua cara.

– Lavínia Black, eu não estou no clima para brigas. – Klaus diz enchendo um copo de Bourbon. – Em fato, eu não estou no clima para nada. – Ele se senta na cadeira atrás da mesa.

– Eu também não estou no clima para as suas birras, Klaus Mikaelson. – Falei. – O que diabos está acontecendo com você hoje?

– Eu não sei. Acordei inspirado. – Ele diz se levantando e vindo até mim. – Estamos perto de fechar essa passagem. Mas e quanto à todos que já passaram e estão apenas esperando o momento certo para nos atacar?

– Eles vão sumir. Não vão arriscar depois que a morte voltar a ser algo preocupante para eles. – Falei. Klaus se aproxima mais.

– E o que eles vão fazer enquanto estiverem longe? – Klaus pergunta.

– Planejar uma vingança. – Falei entendendo onde ele queria chegar.

– Exatamente. Eles estão recebendo uma segunda chance. Vão nos estudar, pensar em todas as maneiras que existem para nos destruir e então vão fazê-lo. – Klaus disse. – Mas eu não vou deixar que isso aconteça. Eu tenho um plano brilhante. E tenho certeza que você vai gostar tanto quanto eu. – Klaus sorri.

(...)

POV-NATALY

Acordei em um lugar escuro, minha cabeça doía. Tentei me levantar, mas acabei voltando para o chão, pois fiquei zonza.

Eu não conseguia enxergar nada. Cerrava os olhos tentando descobrir onde eu estava, mas não conseguia.

Respirei fundo e tentei novamente. Daquela vez, consegui ver que estava em um tipo de galpão. Uma porta se abre e eu me escondo atrás de umas caixas.

– Não se esconda, Nataly. Eu consigo ouvir seus batimentos. – Uma voz feminina diz. – Vamos lá, não irei te machucar.

Continuei atrás das caixas.

A mulher vira um vulto e derruba as caixas, fazendo eu me assustar e recuar para trás.

Olhei para ela, com medo do que ela poderia fazer comigo.

– Quem é você? – Perguntei.

– Incrível. Eu realmente havia me esquecido que você era parte lobisomem. – Ela diz olhando para mim. Olhei para o chão onde havia uma poça de água. Vi meus olhos num tom amarelado. – Não sabia que já tinha ativado sua maldição.

– Quem é você? – Perguntei novamente.

– Quando aconteceu? Quando você quebrou a sua maldição? – Ela pergunta.

– Eu não a quebrei. – Falei.

– Então, você não matou ninguém ainda? – Ela pergunta.

– Não... – Falei. Então me lembrei dos gêmeos que eu e Ansel matamos quando nossa mãe ainda estava gravida. – Ah meu Deus!

– Exatamente. Eu acho que não a quebrou totalmente. – Ela disse. – Só uma teoria. Soube que gosta de teorias.

– Quem é você?! – Perguntei pausadamente.

– Sou Elizabeth York. – Ela diz. – Sou uma ex-namorada do seu pai.

– O que vai fazer comigo? – Perguntei.

– Eu honestamente não sei. – Elizabeth responde. – Ainda.

– Quer uma sugestão? Me deixe ir. Você conhece meu pai, mas não faz a mínima ideia do que a minha mãe pode fazer. – Falei. – Honestamente, nem eu sei. Mas se quer uma pista, até mesmo no inferno ela é temida. Quer mesmo cruzar o caminho dela?

– Nataly, eu estou observando sua mãe e toda a sua família muito antes de você nascer. Eu sei que sua mãe tem essa coisa de ser o diabo em pessoa quando se trata de proteger quem ela ama. – Elizabeth diz. – Mas assim como qualquer um, ela tem uma fraqueza. – Elizabeth tira um frasco de seu bolso. O frasco tinha um liquido vermelho que eu julgava ser sangue.

– O que é isso? – Perguntei.

– Uma coisinha que eu peguei da sua cobertura em New York. Levou um bom tempo para chegar lá, já que Rayna Cruz está bem atenta aos vampiros na cidade. – Elizabeth diz balançando o frasco. – Se eu injetar isso em sua mãe, ela vai ter um surto. O pior de todos. Um que nem mesmo Lavínia conseguirá impedir. O surto final. É o momento em que sua mãe decide se irá controlar ou se será controlada.

– É o sangue de Abaddon. – Falei.

– O último frasco. – Elizabeth diz. – Eu estou procurando um jeito de ter mais.

– Se fizer isso, você está ferrada. – Falei. – Ela vai ser ainda mais poderosa do que já é.

– Eu sei disso, mas a Hope sombria não tem motivos para me matar. – Elizabeth diz. – A Hope sombria não se importa com ninguém. – Elizabeth diz. – Nem mesmo com você. – Ela ri e deixa o galpão.

Eu tinha que achar um jeito de falar com eles. Minha mãe não poderia chegar perto de Elizabeth, ou todos estariam fadados à morte.

POV-ANSEL

– Tem certeza que isso vai funcionar? – Carolyn pergunta. – Mesmo se encontrarmos Nataly, como iremos salva-la? Não somos suficientemente preparados para isso.

– Temos que tentar. – Miguel diz. – Tudo bem, Ansel, eu tenho um mapa, o sangue de Ansel e o feitiço localizador. Isso tem que funcionar.

– Não perca seu tempo. – Kate entra no escritório. – Ouviram Lavínia. Elizabeth tem um bruxo. Provavelmente ele fez um feitiço de camuflagem.

– E o que nós devemos fazer então? – Perguntei.

– Nós? Esperar. Você? Eu tenho uma ideia do que você possa fazer.  – Kate pergunta. – Ansel, você já ouviu falar naquela coisa de que gêmeos são conectados? Se um está triste, o outro vai sentir e vice-versa. Naturalmente, gêmeos são algo místico no mundo humano. O quão místico não pode se tornar quando se trata do mundo sobrenatural?

– Aonde quer chegar com isso? – Perguntei.

– Eu segurei vocês quando nasceram. Eu senti a conexão que vocês têm. É forte. E pode ficar ainda mais forte. – Kate diz. – Ansel, você pode encontrar a sua irmã. Pode conversar com ela estando à milhares de quilômetros de distância.

– Como ele pode fazer isso? – Miguel pergunta.

– Ele precisa achar o nó. Onde começou essa incrível conexão. Uma lembrança que os conectou pela eternidade. – Kate disse e olhou para mim. – Está disposto à fazer isso?

– Eu não sei se consigo. – Falei. – Nataly era quem estava pegando essa coisa de bruxo. Eu não vou conseguir.

– Sim, você vai. – Olhamos para a porta. Richard estava lá. – E eu vou te ajudar. Todos vão.

(...)

– Tudo bem, Ansel, se concentre em todas as memórias que você e Nataly têm juntos. – Kate disse.

– Eu sou péssimo em me lembrar das coisas. – Falei e fechei os olhos.

– Procure por uma lembrança feliz. – Richard disse.

Comecei a pensar nas coisas pelas quais nós já passamos juntos.

Flash Back

– Ansel, você arrasou! – Nataly disse enquanto estávamos à caminho da lanchonete.

– Ele sempre arrasa. – Minha mãe completa.

– Gente, é só xadrez. – Falei.

– Às vezes xadrez pode virar um monstro de sete cabeças. – Minha mãe disse como se quisesse dizer algo mais.

– Que tal pararmos de falar e simplesmente comer? – Meu pai sugere.

– Eu estava pensando que talvez fosse melhor parar agora. – Falei e os três me encararam. – É que as próximas fases serão mais difíceis e talvez eu não as vença.

– Meu irmãozinho... Sempre tão pessimista. – Nataly disse. – E qual será o problema se você perder? Pelo menos vai ter tentado.

– Naty está certa. – Meu pai diz.

– E você sabe que não importa o que aconteça nas próximas fases, você vai ter sempre o apoio a sua mana aqui. – Nataly disse e sorriu.

Nataly começou a desaparecer, assim como meus pais e toda a lanchonete.

Acordei em um susto.

– Achou alguma coisa? – Carolyn pergunta.

– Achei. A lembrança errada. – Falei.

– Vamos continuar tentando. – Kate diz. – Você realmente não tem ideia? Não houve nenhum momento em específico em que vocês se tornaram tão próximos que até te assustou?

– Não que eu me lembre. – Falei. Foi quando me lembrei de algo de quando tínhamos 8 anos. Fechei meus olhos e me deixei levar por aquela lembrança.

Flash Back

Passei pelo corredor para ir até o meu e, consequentemente, passei pelo de Nataly. A porta estava entreaberta e ela estava soluçando.

Olhei pelo vão da porta e vi Nataly, sentada na beira da cama, chorando.

– Nataly, o que aconteceu? – Perguntei entrando em seu quarto.

Nataly começou a secar as lagrimas, tentando disfarçar que estava chorando.

– Nada. Volte a dormir. – Ela diz.

– Nataly, você estava chorando. O que aconteceu? – Perguntei.

– Eu já disse que nada aconteceu! – Ela grita. – Vá para o seu quarto, você sabe que mamãe odeia que fique perambulando pela casa de madrugada.

– Eu não vou à nenhum lugar até que me diga o que está acontecendo. – Falei.

– Não é nada demais. – Ela diz engolindo o choro. Vi que ela estava escondendo algo atrás de si.

Puxei sua mão e peguei um papel. O papel era uma prova de história, na qual ela tinha tirado 4,5.

– Estava chorando por causa disso? – Perguntei.

– Eu disse que não era nada. – Ela puxa o papel da minha mão.

– Naty, eu sou ótimo em História. Por que não pediu ajuda? – Perguntei.

– Porque eu queria provar para mim mesma que eu poderia ser tão boa quanto você. – Ela diz. – Mas eu estava errada. É impossível ser melhor que você em algo.

– Estava chorando por inveja? – Perguntei.

– Você não entende. É claro que não entende. Mamãe e papai estão sempre te venerando. Eles têm orgulho de você. Pelo menos em ciências eles podiam se orgulhar de mim. Mas você começou a ser bom nisso também. – Nataly diz. – É a única coisa que eu sei fazer, por favor, não roube isso de mim!

– Nataly, isso é ridículo. – Falei.

– Pra você talvez seja, mas pra mim significa muito. – Ela diz. – Apenas vá embora. Eu quero ficar sozinha.

– Nataly... – Ela me interrompe.

– Vá embora! Me deixe em paz! – Nataly me empurra e então se senta na cama, tapando o rosto enquanto chorava.

(Música = Empire – Ella Henderson)

– Eu não vou embora. – Me agachei para olha-la nos olhos. – Eu te amo e por isso eu não vou embora. Nem agora, nem nunca. – Eu a abracei. Nataly retribuiu o abraço. – E se você quer saber, você também é incrível. Você é engraçada, inteligente, boba, mas incrivelmente bondosa. Mamãe e papai podem não se orgulhar de você por conta das suas notas em história, mas eles se orgulham pelo seu caráter. Isso já é uma grande coisa.

Assim como da ultima vez, Nataly desaparece, mas dessa vez quando tudo desapareceu, eu fui parar em um lugar escuro. Um galpão.

– Naty? – Chamei por ela.

POV-NATALY

Comecei a procurar por uma saída, mas não conseguia ver nada no galpão.

Estava tudo silencioso, apenas o barulho das goteiras.

– Naty? – Ouvi a voz de Ansel. – Naty?

– Ansel. – Falei esperançosa.

Comecei a procurar por ele na escuridão.

– Naty! Onde você está? – Ele pergunta.

– Estou aqui! – Respondi. – Ansel, como você veio parar aqui?

– Não faço ideia. – Ele diz. – Mas eu estou aqui e nós vamos te salvar. Mamãe já deve estar à caminho.

– Não! Nossa mãe não pode vir aqui. – Falei. – Ansel, eu posso esperar, mas você não pode deixar que nossa mãe chegue aqui. Entendeu?

– Por quê? – Ansel pergunta.

– Eu explico depois, mas agora, isso é tudo o que você precisa saber. – Falei.

– Eu prometo que vou te tirar daí. Seja lá onde esse lugar for. – Ansel disse.

– Eu sei. – Falei. – Nem por um segundo eu duvidaria de você.

(...)

POV-ANSEL

Acordei no escritório. Todos me encararam como se eu fosse louco.

– Você a encontrou, não é? – Miguel perguntou.

– Acho que sim. – Falei. – Como sabe disso?

– Você estava chamando por ela e então começou a conversar com alguém. – Kate diz.

– Ela disse que não podemos deixar nossa mãe encontra-la. – Falei. – E não disse por quê.

– Então vamos ter que agir por conta própria. – Richard disse.

Todos o encararam.

– Sei que vai parecer que eu talvez não goste de você, e talvez seja isso mesmo, mas você não virá com a gente. – Miguel disse. – Quer dizer, você acabou de descobrir sobre tudo isso! Vai demorar um tempo para pegar o jeito da coisa.

– Você nunca pega o jeito da coisa. – Kate disse. – Toda ajuda é bem-vinda, Richard. Mas apenas não morra. Eu sou a adulta responsável e toda a culpa viria para mim.

– Kate, ele não recebeu nenhum treinamento. – Miguel insiste.

– Ele jogou no Wildcats. Se bobear ele vai se sair ainda melhor que você que recebeu treinamento. – Kate disse.

– Wildcats são do High School Musical. – Carolyn disse.

– Eu joguei nos Timberwolves. Não sou melhor que Mason, mas era um dos melhores. – Richard disse.

– Ótimo. Nós te ligaremos se precisarmos jogar uma partida de futebol americano depois de salvarmos Nataly. – Miguel disse. – Isso se seu irmão não atender primeiro, claro!

– Miguel, eu acho que você está com medo de acabar sendo inútil se eu for. – Richard diz. – Não se preocupe. Eu deixo você dizer que foi você quem a salvou.

Segurei o riso, assim como Kate e Carolyn.

– Eu diria isso mesmo de você não deixasse. Mas sabe o que eu não vou dizer? Que eu te salvei. Porque se você precisar, vou ter o prazer em te deixar morrer. – Miguel disse. – Mexam essas bundas. Temos um ovo para salvar do porco verde.

– O quê? – Perguntei.

– Nataly é o ovo e Elizabeth o porco verde. – Miguel explica. Todos continuaram confusos. – Deus, vocês nunca jogaram Angry Birds?

– Não, eu nunca tive tempo. Você sabe, sempre malhando e jogando... Enquanto isso você jogava Angry Birds se empanturrando de salgadinho e doces. – Richard provoca. – Ainda acha que eu vou ter que ser salvo?

Miguel deixa o escritório batendo o pé.

– Você calou a boca de Miguel Black Mikaelson... Ganhou meu respeito. – Kate disse indo atrás de Miguel.

– Você sempre teve meu respeito. – Carolyn disse fazendo uma mini reverência para Richard e saindo do escritório também.

Richard riu e então olhou para mim.

– Vamos? – Perguntei.

– Vamos. Mas pra onde exatamente? – Richard pergunta.

(...)

POV-HOPE

Bonnie e eu tentávamos fazer um feitiço localizador, mas não conseguíamos encontrar nada.

– Hope, está mais que óbvio que ela está camuflada. – Bonnie disse.

– Eu sei disso. – Falei. – Mas pensei que se usássemos muita magia, talvez nosso feitiço localizador ficasse mais forte que a camuflagem.

– Talvez fique. – Bonnie disse. – Mas não comigo.

A encarei curiosa.

– O que quer dizer com isso? – Perguntei.

– Hope, seu irmão é um bruxo original. – Bonnie disse. – Quer mais magia do que isso?

– Miguel não tem controle. – Falei. – Vai consumi-lo.

– Vai consumi-lo se ele fizer o feitiço sozinho, o que não é o caso. – Bonnie diz. – Você vai guiar o feitiço, então não haverá perigo.

– E se eu for consumida? – Perguntei.

– Achei que esse medo de não se controlar já tinha acabado. O que você tem feito desde que voltou de New York? Você tem salvado todos usando magia. – Bonnie me lembra. – você está sob controle. Você sempre esteve.

– Obrigada pela ajuda e pela dica. – Falei saindo da mansão dos Salvatore para voltar para casa.

Entrei no carro e respirei fundo. Às vezes, no meio dessa loucura, precisamos achar um momento para respirar fundo e então continuar fazendo nossas loucuras.

Assim que me recuperei, girei a chave para ligar o carro. O carro não ligava. Desvirei a chave e antes que eu pudesse tentar ligar o carro novamente, uma mão tampa minha boca e eu sinto algo perfurar meu pescoço.

Faço um movimento com a minha mão e quebro a mão de quem quer que fosse aquela pessoa.

Consigo sair do carro e logo a pessoa também o faz.

Era um homem que eu não conseguia reconhecer de nenhum lugar.

– Me desculpe, mas eu precisava fazer isso. – Ele diz. – Ela me pediu.

Percebi que sua mão estava voltando ao normal.

– Quem é você? – Perguntei.

– Você não me conhece. – Ele disse.

Me irritei e o fiz cair no chão de joelhos no chão enquanto parava a circulação de seu corpo.

– Você não respondeu minha pergunta: quem é você? – Perguntei novamente.

– Trevor. – Ele diz. – Eu servi sua família em 1492. Fui eu quem ajudou Katherina Petrova a fugir.

– O que você injetou em mim? – Perguntei.

– Você realmente não sabe ou só quer que eu fale em voz alta? – Ele pergunta tirando sarro.

– Por ter servido minha família então sabe como as coisas funcionam. Você não precisa saber por que eu quero o que eu quero, você só precisa me dar o que eu quero. – Expliquei.

– O ultimo frasco do sangue de Abaddon. – Ele diz. – Eu o peguei de seu apartamento antes que Elizabeth York o fizesse.

– Quem te mandou fazer isso? Você disse que “ela” te pediu. Quem? – Perguntei agora fechando suas vias respiratórias. Ele continuou sem responder enquanto puxava o ar. – Ela seria Fe? – Trevor continuou calado. – Me responda!

– Sim! – Ele diz com dificuldade. – Ela pediu para que eu roubasse o frasco e injetasse em você...

– Por quê? – Perguntei.

– Ela... Precisa de mais... Tempo. – Ele fala pausadamente.

– Para quê? – Perguntei.

– Para passar pela passagem. – Ele responde. – Isso é tudo que eu sei, por favor... Me deixe ir.

– Por que está seguindo as ordens dela? – Perguntei.

– Eu... Eu... – Percebi que ele estava ficando roxo e então abri suas vias respiratórias, mas ainda o segurava de joelhos no chão. Trevor puxa o ar e respira profundamente. – Ela disse que enrolaria a guardiã das passagens para que eu pudesse passar. Mas se eu chegasse aqui e não fizesse o que ela me mandou, então ela mesma faria com que eu voltasse para o mundo dos ancestrais.

– Ela pode fazer isso? – Perguntei.

– Eu não sei ao certo, senhorita Mikaelson, mas não seria eu o doido de desafia-la. – Trevor diz.

– Se ela tem tanto poder assim, por que ela mesma não passou pela passagem? – Perguntei.

– A guardiã. Ela está mais atenta. Ninguém tem conseguido passar sem ser denunciado. – Trevor disse. – Não depois que ela tentou passar pela primeira vez.

– O que você quer dizer com denunciado? – Perguntei.

– Vocês realmente não sabem como as coisas funcionam lá, não é? – Trevor pergunta. – Aqui vai uma proposta irrecusável: você irá me proteger de seus familiares e então eu lhes contarei tudo o que sei.

– Ou você pode me contar de qualquer forma. – Falei. – Estou ficando ótima em torturar pessoas.

– Ou eu posso me matar. – Trevor disse. – Eu cumpri minha parte com a garota. E ela disse que se eu morresse no processo, poderia me ajudar para voltar novamente, e dessa vez, eu fugiria para bem longe de você e sua família. Seu tio Elijah pode te dizer o quão bom eu sou em fugir.

– Tudo bem. – Concordei o soltando. – Mas se você fizer qualquer gracinha, saiba que eu mesma irei te matar e todas as vezes em que Fe te ajudar a voltar eu vou estar lá para te matar de novo. Eu fui clara?

– Cristalina. – Trevor disse se levantando. – A primeira coisa que você deve saber é que está amanhecendo.

– E daí? – Perguntei.

– E daí que nem todos os vampiros têm um anel, ou um colar ou qualquer coisa que os permita andar debaixo da luz do sol. – Trevor disse. – Se me quer vivo para te contar todos os segredos por trás das passagens, vai ter que me arranjar um lugar para ficar ou ao menos um anel da luz do dia.

– Entre no carro. – Falei.

Trevor não pensou duas vezes e se sentou no banco do carona. Entrei logo em seguida e me olhei no retrovisor. Vi a picada em meu pescoço, ainda sangrando um pouco. Eu estava ferrada!

(...)

Cheguei em casa e por pouco não pegamos o nascer do sol. Trevor pôde entrar na casa sem problemas.

– E então, posso começar a falar? – Ele pergunta.

– Não. Antes de entrarmos nesse assunto eu tenho que encontrar minha filha e as informações que você tem não são as que eu preciso para encontra-la. – Falei. – Miguel? – Gritei. Nenhuma resposta. – Ansel? – Silêncio total. – Pai? – Nada.

– Acho que não tem ninguém em casa. – Trevor disse.

– É, eu percebi. – Falei pegando meu celular.

– Isso é bom ou ruim? – Ele pergunta.

– Honestamente, eu também não sei. – Falei discando o número de meu pai. No segundo toque ele atendeu. – Graças a Deus! Onde você está?

– Resolvendo alguns assuntos. Aconteceu alguma coisa? – Ele pergunta.

Pensei em contar para ele que eu logo entraria em um surto, mas me lembrei de quando Kate havia tomado sua ultima dose. Ela disse que havia demorado três dias até que o surto acontecesse.

– Nada de mais. – Falei. – Eu encontrei alguém que pode nos ajudar. Ele sabe o que acontece para passar pelas passagens. Coisas que ninguém nos disse.

– Como assim? – Meu pai pergunta.

– Quando você chegar em casa eu te explico melhor. – Falei. – Pai, quem está com você?

– Lavínia. – Ele responde.

– Só ela? – Perguntei.

– Sim. Por quê? – Ele pergunta.

– Nada. Te vejo mais tarde. Te amo. – Desliguei o celular.

– Por que não contou para ele? – Trevor pergunta.

– Nós já temos muita coisa para nos preocupar. O surto vai demorar a acontecer então é algo que podemos adiar. – Falei. – Trevor, você conhece a Fe?

– Não muito. Na verdade eu sequer sabia que Fe era o nome dela. – Trevor disse.

– Não é. – Falei. – Acho que é uma parte do nome dela, mas é assim como nos referimos à ela.

– É melhor do que o nome que os ancestrais usavam. – Trevor disse.

– E qual era? – Perguntei.

– Maldição. – Trevor responde. – Ela também nunca me disse seu nome verdadeiro. Disse o básico. O que eu deveria fazer para ela me ajudar a sair sem ser pego, porque ela queria que eu fizesse isso, o que aconteceria se eu não fizesse isso e...

– E o quê? – Perguntei.

– E que eu dissesse à você uma coisa. – Ele disse olhando para o nada. – Mas eu não me lembro o quê.

– Trevor, pare de brincar comigo! – Gritei nervosa. – O que ela disse?

– Eu juro que não me lembro! – Ele diz. – É um dos efeitos colaterais de voltar à vida. Você leva um tempo para se lembrar de tudo, para digerir tudo. Pelo menos um dia.

– Se estiver mentindo... – Ele me interrompe.

– Eu não estou. Eu juro pela minha grande amiga Rose, que já não está entre nós, que eu não me lembro o que ela disse. – Trevor disse. Senti minha cabeça girar e então me sentei no sofá. – Senhorita Mikaelson, posso lhe fazer uma pergunta?

– Faça. – Falei massageando as têmporas.

– Por que a senhorita se irrita tanto quando se trata dessa garota? – Trevor pergunta.

– Nem eu sei ao certo. – Falei. – Mas eu sinto que ela vai ser uma daquelas pessoas que te fazem questionar tudo o que você sempre soube. E eu não sei nada sobre ela! Sei que ela é uma Mikaelson e isso aumenta aquela sensação.

– Talvez seja uma prima distante. – Trevor sugere. – Não é como se um novo membro dos Mikaelson pudesse aparecer todo dia. São todos vampiros!

– Eu também pensei nisso. – Falei. – Mas uma prima distante não pode mexer tanto com a vida de alguém do jeito que ela está mexendo com a minha. Ela é algo mais próximo que isso, eu consigo sentir. Algo extremamente próximo!

(...)

POV-MIGUEL

– Esse é o sétimo galpão em que entramos, Ansel. – Falei entrando no carro. – Você não pode ser um pouco mais específico sobre os detalhes?

– Estava tudo muito escuro. – Ansel disse.

– Ajudou muito! Vamos perguntar para um cego onde fica, ele não vai ter que procurar tanto. – Miguel graceja.

– Miguel, você está reclamando desde que começamos a procurar. – Carolyn disse. – Se não for dizer nada útil então apenas cale a boca.

– Por que o senhor Troy Bolton não faz algo? Ele não era a estrela do Timberwolves? – Perguntei.

– Acho que você não ouviu a Carolyn. Se não for falar algo útil, então cale a boca! – Kate disse ligando o carro.

– Eu só estou dizendo que enquanto estamos procurando em cada galpão e doca dessa maldita cidade, algo ruim pode estar acontecendo com a Nataly e ninguém está se mexendo para encontra-la. – Falei. – Alguma ideia brilhante, senhor Bolton?

– Primeiro: Troy jogava basquete, eu jogava futebol americano. Segundo: sim, eu tenho uma ideia brilhante. – Richard responde. – Ansel pode entrar em contato com Nataly de novo e fazê-la encontrar algo como ponto de referência.

– Viu, ele disse algo útil! – Carolyn elogiou.

– Ele não teria dito se eu não tivesse pressionado. – Falei. – Então, Ansel, faça essa coisa de gêmeos e fale com ela.

– Eu vou tentar. – Ansel disse e então fechou os olhos.

– Ou, podemos simplesmente farejar. – Carolyn disse.

– O quê? – Perguntei.

Kate freia o carro com tudo.

– Por que fez isso? – Richard pergunta.

Kate aponta para frente e então vemos um lobo.

– Lobos não se transformam apenas na lua cheia? – Richard pergunta.

– Não se tiver um anel da lua como todos os crescentes têm. – Kate diz.

– Ou se for um híbrido! – Minha mãe aparece atrás do lobo com uma jaqueta de couro pendurada nos ombros.

– Mãe! – Saí do carro. – Vá embora! Se ele te morder...

– Ele não vai me morder. – Ela me interrompe.

– Como pode ter certeza disso? – Perguntei.

– Porque ele é um dos únicos lobisomens em quem eu confio. – Lavínia disse. O lobo toma sua forma humana e eu me surpreendo ao ver Jackson. – Acho que vocês já se conheceram, certo?

– Jackson. – Falei. – Eu te abraçaria agora se você não estivesse nu. – Ele riu.

– Eu sabia que precisaríamos de reforço para achar Nataly sem um feitiço localizador. Seu pai poderia ajudar, mas por mais que ele queira salvar Nataly, ele está ocupado com seu novo projeto. – Minha mãe diz. – Então chamei meu velho amigo para ajudar. – Ela tira a jaqueta de couro dos ombros e coloca em Jackson.

– Como sabia que estaríamos aqui? – Perguntei.

– Eu tenho um lobo. Para a minha surpresa, os pulguentos podem ser úteis. – Minha mãe diz cruzando os braços.

– Lavínia Black e seu orgulho. Você pode admitir que lobos não são tão inferiores à você. Não vai mudar o quão incrível você é. – Jackson disse sarcasticamente.

– Nada pode mudar isso. É um fato! – Minha mãe diz. – Vocês tem algo que pertence à Nataly para Jackson poder farejar?

– Não sei, mas essa parte é fácil. – Falei e então abracei minha mãe. – Obrigado por confiar em mim.

– Não faça eu me arrepender disso. – Ela diz retribuindo o abraço. – Tome cuidado.

Nos soltamos.

– Sempre. – Falei.

– Eu tenho que voltar. Logo o seu pai vai perceber que eu saí. Ele não faz ideia que Jack está aqui então... – Ela sequer precisou terminar a frase.

– Eu sei. Bico fechado. – Completei.

– Não façam nada que eu não faria! – Ela diz e então vira um vulto e então some.

– E então... Por onde começamos? – Jackson pergunta.

(...)

Encontramos uma jaqueta de Nataly no carro – o que fazia sentido, já que era o carro de Kol.

Jackson a cheirou.

– E então... Como funciona essa coisa do anel? – Perguntei.

– Sinceramente, nem eu sei. – Jackson responde. – Eu só sei que essa coisinha faz com que eu consiga controlar a minha transformação.

– Como um híbrido. – Falei.

– É, mais ou menos isso. – Jackson diz. – Eu não preciso me alimentar de ninguém.

– Então... Desde quando você e minha mãe são amigos? – Perguntei. – Quer dizer, ela não gosta muito de lobisomens.

– Assim como eu não gosto nada de vampiros. – Jackson disse. – Antes de conhecê-la de verdade, você pensa que é só mais uma vampirinha egocêntrica. Sempre se achando a melhor. E quando você a conhece, você descobre que ela tem todo o direito de se achar a melhor. Porque ela é a melhor, ou algo do tipo.

– E vocês algum dia já foram mais que amigos? – Perguntei.

Jackson riu nasalmente.

– Talvez por alguns segundos eu quisesse isso, mas desde que Lavínia desistiu de matar sua irmã, ela só tem olhos para o seu pai. – Jackson diz.

– Ah, claro. A grande história de amor de Lavínia Black e Klaus Mikaelson. – Falei revirando os olhos. – Essa parte você pode pular, cresci ouvindo isso.

– E quando teremos a grande história de amor de Miguel Black Mikaelson? – Jackson pergunta.

– Não tão cedo. – Falei. – Costumo dizer que eu sou meu amor verdadeiro.

– É, amor próprio é tudo. – Jackson disse. – Mas se você quer saber, isso soou como alguém que se apaixonará intensamente algum dia. Um tipo de paixão que não vai embora tão cedo e que vai doer.

– Também vai ser um tipo de paixão que não vai chegar tão cedo. – Falei. – Eu sou muito inteligente para cair nessa cilada.

– Pelo seu bem, espero que seja mesmo. – Jackson disse e então tomou sua forma de lobo e sumiu por entre as árvores.

– Se você fosse muito inteligente para não cair na cilada, saberia não tem jeito de não cair na cilada. – Kate disse aparecendo atrás de mim.

– Me desculpe, mas até onde eu sei você é meu exemplo de tia solteirona. – Falei.

Kate ri.

– Pergunte para o seu tio mais tarde. – Ela disse piscando para mim.

– Eu tenho muitos tios, seja específica. – Falei.

– O único que é solteiro. – Kate disse sorrindo.

Fiquei pensando por um tempo.

– Ah, não! Que nojo! – Exclamei. – Deus, agora eu vou ficar com essa imagem na minha cabeça!

Kate sorri satisfeita.

– Toda vez que pensar em me chamar de exemplo de tia solteirona, vai imaginar essa cena. – Kate disse. – E eu acho melhor isso ficar entre nós.

– Eu estou traumatizado. Não é como se eu fosse capaz de falar do meu trauma! – Falei. – Você vai ter que me pagar uma psicóloga!

– Não é problema meu. Talvez devesse pensar bem antes de abrir sua boquinha pra falar sobre amor. – Kate diz. Ouvimos um uivo. – Acho que Jackson achou alguma coisa.

Ela passa por mim.

POV-HOPE

– O que está fazendo? – Trevor interrompe meu feitiço.

– Estou fazendo um feitiço protetor para você. – Falei. – Às vezes eu não consigo convencer meu pai, então para manter nosso trato eu vou fazer um feitiço.

– É seguro que você faça feitiços depois que eu lhe injetei aquele negócio? – Trevor pergunta.

– Desde que eu não a parte negra da minha magia... – Falei.

– E como funciona isso, exatamente? – Trevor pergunta.

– Eu não sei, mas até onde eu sei, eu uso meu lado negro quando estou nervosa. E adivinha: você está me irritando. – Falei.

– Perdão. – Ele disse.

Me concentrei e rapidamente terminei o feitiço.

– Está feito. Nenhum Mikaelson pode chegar perto de você. – Falei.

– E quanto a sua filha? – Trevor pergunta.

– Nada poderia ser mais Mikaelson que a Nataly. – Falei. – Ela não está nem aqui para te machucar.

– Não, eu estou me referindo a acha-la. – Trevor disse. – Não vai procurar por ela?

– Como? Eu não tenho magia suficiente para derrubar a camuflagem e a única pessoa que poderia me ajudar não está aqui! – Falei. – O que eu posso fazer é esperar que ela esteja bem.

– Você pode rezar. – Trevor sugere.

– Ah Trevor... Depois de tudo o que eu já fiz, acho que Deus vai rir da minha oração. – Falei.

– Deus é bom e justo. Assim como a senhorita. – Trevor disse. – Deus entende que a senhorita fez o que fez por um bem maior, assim como a senhorita entenderia se Deus não quisesse lhe ajudar a encontrar sua filha.

– Está querendo dizer que é Deus no céu e eu na Terra? – Perguntei ironicamente.

– Algo semelhante. – Trevor diz. – E se quer saber, Deus com certeza ouviria sua oração e te ajudaria. Talvez a senhorita devesse tentar.

Fechei meus olhos. Se houvesse realmente um Deus, ele me ouviria e traria minha menininha de volta para mim.

Meu celular começa a tocar. Era Miguel.

– Finalmente! – Falei atendendo o celular. – Onde você está?

– Perto de salvar a Naty. Achei que você gostaria de saber.

– Vocês a encontraram? – Perguntei esperançosa.

– Tudo indica que sim. – Miguel responde.

– Onde vocês estão. Eu estou indo até vocês. – Falei.

– Não. Nataly disse que você não pode vir até aqui. Apenas fique em casa, alerta a qualquer coisa. Logo estaremos de volta. – Miguel desliga.

– Nataly disse? Como ela disse alguma coisa se ela foi sequestrada? – Me perguntei.

POV-MIGUEL

Chegamos em um hospital abandonado. Jackson estava parado em frente ao lugar – já na sua forma humana.

– Ela está aqui. – Jackson disse.

– Tem certeza? – Kate pergunta.

Não esperei Jackson confirmar apenas continuei andando, até que bati em uma barreira invisível.

– É. É aqui mesmo. – Falei tocando na barreira. – Kate, podemos derrubar a barreira?

– Não, vocês não podem. – Um homem aparece dentro da barreira. – A barreira está ligada à minha vida.

– Então tudo o que precisamos fazer é te matar? Isso parece fácil. – Falei. – Posso fazer as honras?

– Ah, me matar é a parte fácil. A parte difícil é entrar aqui para me matar. – O homem disse.

– Tenho que admitir. É um baita feitiço. – Kate disse tocando na barreira. – Tem que ter muita magia envolvida. – Ela olha para Richard.

– É a sua deixa, Troy Bolton. – Cochichei para Richard. – Vai Wildcats. Se liga no jogo!

Richard dá alguns passos na direção da barreira e coloca suas mãos na mesma.

Quando percebo, as mãos de Richard começaram a brilhar.

Quando suas mãos pararam de brilhar, o homem de dentro empalideceu.

– Elizabeth nunca mencionou que havia um herege. – O homem disse e começou a recuar para trás.

– É, se eu fosse você pediria um aumento. O herege não estava no contrato. – Carolyn graceja.

– Agora que a barreira não existe mais... – Kate dá um passo à frente, onde a barreira deveria para-la. – Nós podemos te matar.

Kate faz um movimento com as mãos e joga o homem do outro lado do hospital.

– E agora? – Ansel pergunta.

– Vão pegar a Nataly. Eu cuido dele. E pelo amor de Deus, não matem ninguém! – Kate disse e foi atrás do homem.

(Música = 1000 Times – Hamilton Leithauser + Rostam)

Eu não pensei duas vezes e usei minha velocidade para adentrar o hospital. Ouvia Ansel, Carolyn e Richard gritando meu nome, mas minha cabeça tocava o som da voz de Nataly, como uma música no repetir.

Continuava a correr até que passei por duas portas enferrujadas e entrei em um lugar escuro.

– Nataly! – Gritei por ela. – Nataly!

– Isso é tão lindo. – Uma voz feminina diz. Eu não sabia de onde vinha. – Você é tão impulsivo quanto sua mãe quando se trata de amor.

Quando percebo, sou jogado contra uma parede e acabo quebrando uma tábua que tampava uma janela.

A luz do dia iluminou parte do lugar e na sombra, consegui ver uma mulher segurando Nataly pelo pescoço.

Ansel, Carolyn e Richard entram na sala logo depois.

– Vão embora! – Gritei antes que eles percebessem Elizabeth.

Ansel e Richard vieram me ajudar a levantar e Carolyn ficou encarando Elizabeth.

– Vocês são mesmo ridículos. Trouxeram uma humana? – Elizabeth ri com desdém. – Eu deveria ter medo?

– Se você for esperta, sim! – Carolyn corre até ela e chuta sua cara, fazendo-a soltar Nataly.

Ansel corre e puxa a irmã para longe da briga.

Elizabeth se recupera do chute e tenta atacar Carolyn, mas a mesma consegue desviar e pegar um pedaço de madeira no meio de toda a tralha que tinha naquela sala.

Carolyn consegue afastar Elizabeth com a madeira e a empurrou e quando Elizabeth veio com tudo para ataca-la, Carolyn enfiou o pedaço de madeira em sua barriga e escorregou no chão entre as pernas de Elizabeth, que estavam abertas.

– Rápido! Eu tiro a Naty daqui! – Carolyn diz se levantando e vindo até nós.

Entregamos Nataly para ela e as duas foram embora.

– Nós não podemos mata-la! – Richard disse a observando tentar tirar a madeira de si. – Se não, vamos ativar nossa maldição.

– Mas se não a matarmos, ela nos mata! – Ansel diz.

Vejo que Elizabeth ficava cada vez mais na sombra e quando, acidentalmente, passava para a parte iluminada, ela começava a queimar.

– A não ser que ela mesma acabe se matando. – Falei. – Eu tenho um plano. Apenas me sigam.

Elizabeth tira a madeira de sua barriga e se cura. Ela se vira para nós na sua forma de vampira.

– Nós podemos morrer se o plano falar? – Richard pergunta.

– Definitivamente. – Falei.

– E quais as chances de falar? – Ansel pergunta.

– Muitas. – Respondi.

Nos entreolhamos e demos de ombro.

(Música = Hero – Ruelle)

Usei minha velocidade e empurrei Elizabeth na direção do sol, mas ela conseguiu voltar para a sombra.

Ansel entendeu o que eu queria fazer.

– Richard, quando eu contar até três, você vai usar a magia que tirou da barreira para fazer outra barreira. – Ansel disse.

–Mas ao invés de liga-la à sua vida, você precisa liga-la ao sol! – Falei.

Elizabeth provavelmente havia entendido o que queríamos fazer e então enlouqueceu e veio me atacar.

Consigo segurar seus braços e a afastar ao menos um pouco.

– Richard, no três. – Falei.

– O-okay. – Ele gagueja.

Elizabeth fica mais forte e começa a me empurrar em direção à parede.

– Ai caramba... Três! – Gritei.

– O que aconteceu com o um e o dois? – Richard pergunta colocando as mãos aonde o sol batia e fechando os olhos.

Não tive tempo de ver as mãos de Richard brilharem, apenas empurrei Elizabeth para o sol e ela começou a queimar, mas deu alguns passos para frente e conseguiu passar onde deveria estar a barreira feita por Richard.

– Adolescentes idiotas! – Elizabeth disse.

Antes que ela pudesse dar mais um passo em nossa direção ela é impulsionada para trás e cai de costas no chão.

(Música = Beliver – Imagine Dragons)

Olhei para trás e vi Ansel com a mão erguida na direção de Elizabeth.

– Ansel, você não vai aguentar, pare. – Falei. – Richard tem a quantidade exata pra fazer a barreira. Ele consegue.

– Me deixe fazer isso. – Ansel disse.

Elizabeth engatinhava no chão e passou sua mão para a parte onde havia sombra, mas então ela é impulsionada para trás novamente.

– Ansel, pare! – Gritei.

– Nada de ruim vai acontecer, apenas me deixe terminar o feitiço! – Ansel gritou de volta.

Mesmo com sol, um vento forte começou a soprar. Aquilo não era normal.

– O que está acontecendo? – Richard pergunta.

POV-NATALY

Eu e Carolyn estávamos dentro do carro. Eu via as folhas de árvores voando enquanto o mormaço do sol ainda prevalecia.

– O que está acontecendo? – Carolyn pergunta.

Foi quando uma sensação de poder tomou conta de mim.

Saí do carro e Carolyn me seguiu.

As folhas voando esbarravam em mim e o vento soprava cada vez mais forte. E então, senti um pingo de água cair em minha cabeça, anunciando a garoa fina, que veio logo em seguida.

– Algo está acontecendo. – Falei apreciando aquela mudança repentina no tempo.

– É como se estivéssemos experimentando as quatro estações ao mesmo tempo! – Carolyn disse olhando para uma árvore, onde nasciam várias flores brancas. – Está sol, mas está chovendo e ventando, mas ao mesmo tempo estão nascendo plantas em todos os lugares! – Carolyn olha para mim. – Definitivamente, algo está acontecendo.

– E é incrível. – Falei rodopiando na garoa. – É maravilhoso!

POV-MIGUEL

Elizabeth estava em chamas quando começou a garoar, mas nem mesmo as gotas de água eram capazes de apagar as chamas pro todo o seu corpo.

Ansel fez um ultimo movimento com as mãos e então colocou a mão na barreira, que ali estava, cercando Elizabeth.

Vi que plantas cresciam nos cantos das paredes do hospital.

– O que vocês fizeram? – Kate aparece do corredor.

Ansel olhou para Elizabeth em chamas e depois voltou seu olhar para Kate.

– Salvamos o dia. – Ele disse e passou por ela com um olhar frio.

– Ele... – Sequer precisei terminar a frase.

– Sim. – Kate confirma.

POV-CAROLYN

Nataly ria e rodopiava com a garoa. Comecei a achar que não era só o tempo que estava mudando.

– Nataly, acho que devemos esperar dentro do carro. – Falei abrindo a porta do carro.

Nataly parou de rodopiar e ficou a me encarar. Levei um susto quando, do nada, ela desmaiou.

Corri até ela, tentando acorda-la e gritando por ajuda.

– O que aconteceu? – Jackson aparece.

– Eu não sei! – Falei em desespero. – Eu não faço ideia!

(...)

POV-HOPE

Eu já estava impaciente esperando que eles chegassem. Trevor estava observando cada detalhe da casa.

A porta se abre e Miguel aparece com Nataly nos braços.

– Ah meu Deus! – Fui até eles. – O que aconteceu? Ela está bem?

– Não sabemos direito. – Kate aparece atrás de Miguel.

– Não sabem o que aconteceu ou se ela está bem? – Perguntei seguindo Miguel colocando Nataly no sofá.

– Os dois. – Carolyn diz.

– Na verdade nós sabemos o que aconteceu. – Ansel disse.

– Ansel... – Kate é interrompida.

– Apenas diga a verdade. – Ansel disse. – Eu fiz isso. – Em sua cara não havia nenhuma expressão. Ele parecia vazio.

– Do que ele está falando? – Perguntei.

Kate olhou para o chão e depois para mim.

– Ansel ativou o lado negro dele. – Kate diz.

Me coração acelerou naquele momento.

– Como você pode ter tanta certeza disso? – Perguntei.

– Quando um bruxo negro ativa a porcentagem negra de sua magia, a natureza sente. Quando você ativou não houve uma mudança no tempo? – Kate pergunta.

– Eu não me lembro dessa parte. – Falei. – Eu só me lembro da magia percorrendo por mim...

– E foi assim que eu me senti. – Ansel disse. – Poderoso.

– Acho que como são gêmeos, a mudança no tempo foi ainda maior. Ao mesmo tempo em que fazia sol e floresciam novas plantas, chovia e ventava. – Kate explica.

– Nataly estava diferente antes de desmaiar. Ela estava feliz. Como se não tivesse sido sequestrada à pouco tempo. – Carolyn conta. – Espera, se Ansel ativou o lado negro, isso quer dizer que ela também ativou? Então por que Ansel também não desmaiou?

– Porque isso não faz parte do processo de ativar o lado negro. – Falei. – Algo deve ter saído errado. – Me virei para Kate. – Você tem que fazer alguma coisa. Foi você quem me ensinou tudo o que eu sei.

– Mas não é como se eu soubesse tudo. – Kate disse. – A pessoa que me ensinou tudo... Ele me ensinou apenas o básico.

– Quem te ensinou? Podemos pedir ajuda para ele. Quem é? – Perguntei.

– Não é tão fácil assim, Hope. – Kate disse.

– Sim, é fácil! Você só precisa me dar o maldito nome de quem te ensinou a ser uma bruxa negra! Apenas diga o nome! – Gritei.

– Você sabe o nome. – Lavínia chega. – Quem você acha que “ensinou” à Kate que sua única família seria a seita? – Lavínia olha para Miguel. – Qual parte do “tome cuidado” vocês não entenderam?

– Não. Não é ele. Nem todas as respostas que precisamos vão vir dele. – Falei.

– Quem? – Carolyn pergunta.

– Meu amado irmãozinho: Scott. – Lavínia diz.

– Antes de ser pego em Atlanta, Scott encontrou vários bruxos negros pelo caminho e com cada um deles foi aprendendo tudo o que precisava fazer. Se tem alguém que sabe absolutamente tudo da nossa espécie maldita, é o Scott. – Kate disse.

– Tudo bem. Vamos voltar para New Orleans. – Falei. – Conseguimos tudo o que queríamos aqui em Mystic Falls então, não vamos perder nada. Nós voltamos e acordamos Scott. Vou chamar meu pai.

Comecei a andar em direção à saída mas Lavínia bloqueia a minha passagem.

– Me desculpe eu acho que estou interpretando errado. Quando você disse “nós voltamos e acordamos Scott”, você quis dizer o que exatamente? – Lavínia pergunta.

– Eu quis dizer que vamos acordar Scott. Algum problema com isso? – Perguntei.

– Na verdade, sim. – Lavínia diz. – Eu não posso te deixar acordar Scott.

– Não é como se eu estivesse pedindo pela sua permissão. – Falei.

– Ainda bem, porque você ouviria um grande não. – Lavínia disse. – Vamos achar um jeito de ajudar a Nataly, mas não assim.

– Me desculpe, mas vocês estão todos falando de achar outro jeito, mas eu não vejo ninguém fazendo alguma coisa pra encontrar outro jeito! – Falei. – Eu não sou idiota de deixar a vida da minha filha na mão de algum de vocês.

Tentei passar por Lavínia, mas ela me segura.

– Mas é idiota de tentar ir contra mim. – Lavínia disse. – Hope, eu sei o quão forte e corajosa você é, mas não pense por um segundo que assim como os outros, eu vou desistir de lutar pelo que eu acho certo só porque você é contra isso. Eu vou morrer tentando, mas não vou entregar o jogo para você em uma bandeja de prata.

– Você não pode decidir o que é melhor para a minha família. – Falei.

– Eu não estou decidindo nada para a sua família, eu estou decidindo para a minha. Me desculpe, passarinha, mas da minha família, cuido eu. – Lavínia disse.

– Agora Scott faz parte da sua família? – Perguntei soltando meu braço.

– Tecnicamente, o sangue dele corre pelas minhas veias e vice-versa, então sim, agora ele é família. – Lavínia disse cruzando os braços.

– Ótimo. Se é assim... Eu foi deixar algo claro, Lavínia: seu maldito irmão é o único que pode dizer o que está acontecendo com a minha filha, então, se eu tiver que matar você para acorda-lo e salvar a Nataly, isso é exatamente o que eu vou fazer! – Gritei.

Lavínia ficou me encarando por um tempo.

– Então, meus parabéns, Hope Mikaelson. Você acabou de criar uma nova inimiga. – Lavínia diz ficando extremamente próxima de mim, sem quebrar o contato visual.

Todos ficaram em silêncio nos observando até que meu pai entrou em casa.

– O que está acontecendo aqui? – Ele pergunta parando ao nosso lado, nos encarando.

Continua...


Notas Finais


Eae? Gostaram? Deixem nos comentários...
Ah, e uma perguntinha básica: vcs ouvem as músicas q eu coloco? E se vcs ouvem, vcs tão gostando da playlist?
Deixem ai nos comentários também...
Bjs e até o próximo cap!!!


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