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História Forbidden Love - Season 4 - Begin Again - True friends stab you in the front


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


OLÁAAAAAAA MEUS AMOREEEEES
Eae? Sentiram a minha falta?
Tenho muitas novidades... Uma dela é q eu estou escrevendo uma fanfic nova... Uma original... Quem gosta de PLL vai gostar, pq a fanfic é inspirada em PLL...
Vou postar ela ainda hoje, mas não se preocupem, não vou acabar com Forbidden Love pra focar naquela fanfic... Na vdd, eu vou postar apenas o primeiro cap e o próximo sai só quando eu tiver td pronto para Forbidden Love...
Eu espero que gostem desse cap de Forbidden Love e da fanfic nova!
BEIJOOOOOOOS

Capítulo 11 - True friends stab you in the front


 

Ninguém respondeu meu pai. Eu e Lavínia continuávamos nos encarando.

– Eu fiz uma pergunta. – Meu pai diz. – O que está acontecendo aqui?

– Sua esposa está sendo egoísta, de novo. – Falei ainda olhando para Lavínia.

– Sua filha está sendo mimada, de novo. – Lavínia diz.

– As duas estão me irritando. – Meu pai disse. Ele olhou para Nataly, que ainda estava desacordada no sofá. – O que aconteceu com ela?

– É o que queremos descobrir. – Falei. – Mas quem disse que Lavínia Black permite que as pessoas tentem resolver problemas que não são os dela?

– Eu não estou te impedindo de descobrir o que aconteceu com ela. Estou apenas sugerindo uma segunda alternativa. – Lavínia disse cruzando os braços.

– Ansel ativou seu lado negro, mas Nataly não. Eles são gêmeos e provavelmente essa diferença na balança deve ter causado tudo isso. – Kate explica. – Nós não sabemos como ajudar Nataly ou sequer o que aconteceu exatamente com ela.

– E o único que pode nos dar alguma resposta é o Scott. – Miguel completa.

– E Lavínia decidiu que agora eles são parentes. – Falei. – Ela não vai deixar que eu o acorde.

– E por quê? – Meu pai pergunta parando atrás de Lavínia.

Ela ri e se vira para ele.

– Você ainda pergunta? – Ela diz. – Mesmo que ele possa nos ajudar, acham que ele vai fazer isso sem pedir algo em troca?

– Se esse é o problema, eu mesmo posso resolver isso. – Meu pai disse. – Nada que uma bela surra não vá resolver.

– É claro. Porque lidar com ele foi sempre tão fácil, não é? – Lavínia disse olhando para o meu pai. – Vocês estão se esquecendo que estamos falando do diabo em pessoa. Ele não vai dizer nada se ele não quiser e não há tortura no mundo que vá fazê-lo mudar de ideia!

– Isso é engraçado, não era você quem um dia fez um discurso que não deveríamos ter medo de Scott? – Meu pai pergunta.

– Eu fiz um discurso, mas enquanto eu fazia o discurso, nunca passou pela minha cabeça que alguns meses depois eu perderia a esperança e seria possuída por um demônio, graças ao Scott. – Lavínia disse. – Eu só não quero entrar em outro pesadelo sem ter acordado desse ainda.

– Scott não vai fazer nada. – Falei.

– E quem me garante isso? Você? Hope, ele nos torturou por dois anos! E nós perdemos tantas pessoas por culpa dele! Estamos um andar acima do local onde ele matou Joe na minha frente. – Lavínia diz. – E você sabe que no segundo que o acordamos, ele vai achar um jeito de nos destruir, de novo. Ele sempre acha!

– Lavínia, nós conseguimos prendê-lo uma vez. Demorou dois anos, mas nós conseguimos achar o ponto fraco e o colocamos em um caixão no nosso porão. – Falei. – Acha mesmo que eu seria louca de acordar Scott se houvesse uma única chance de que ele pudesse escapar e nos machucar mais uma vez? Machucar os meus filhos? Machucar o meu irmão?

– Não te acho louca. Te acho ingênua. – Lavínia disse. – Eu não quero que nada aconteça com a Nataly, mas eu não vou deixar que você acorde Scott. Não podemos correr o risco.

– E se a vida dela depender dele? Vai deixa-la morrer por causa do seu medo? – Perguntei.

– Se a vida dela depender disso, então vamos achar outra pessoa que possa ajuda-la. Eu vou até o inferno se precisar para perguntar à Abaddon, mas não vamos acordar Scott. – Lavínia responde.

– Você não pode fazer isso! – Gritei.

– Sim, eu posso! – Ela gritou de volta. – Eu já te disse, Hope. Da minha família, cuido eu!

– Mas você está destruindo a minha! – Gritei.

– Chega! – Meu pai para a briga. – As duas ainda não entenderam? Estamos todos juntos! Não há a sua família, Lavínia, ou a sua família, Hope! É a nossa família. Uma grande e disfuncional família. E sou eu quem controla essa grande família. – Meu pai intercala os olhares entre nós duas. – 12 horas. Vamos procurar uma segunda solução para o problema de Nataly. Se em 12 horas não encontrarmos uma solução, vamos acordar Scott.

– Você não pode fazer isso. – Lavínia diz.

– Sem, mais discussões! – Ele diz. – Se qualquer uma das duas voltar a reclamar, eu vou fazer as coisas do meu jeito, e eu acho que ambas sabem que o meu jeito é o mais violento e doloroso, então eu acho melhor aceitarem o que eu disse.

– E mais uma vez, os Mikaelson ganham. – Lavínia resmunga cruzando os braços.

– Lavínia, chega. – Meu pai diz. – As 12 horas começam assim que chegarmos em New Orleans, então acho melhor pensar em algo para nós começarmos a procurar a segunda solução.

– Nós? – Lavínia pergunta. – Me desculpe, mas acho que todos preferem o jeito mais fácil. Ninguém vai mover uma palha para me ajudar, então acho que não tem um “nós”.

– Você está certa. Todos preferem o jeito mais fácil. Mas graças à sua birra, eu vou perder meu tempo para te ajudar. – Meu pai diz. – Até que a morte nos separe, amor.

Ele sobe as escadas e deixa Lavínia com um pequeno sorriso nos lábios. Ela percebe seu sorriso e então o desmancha, voltando com seu semblante sério e então sai da casa.

– Acha que ela consegue esperar 12 horas? – Carolyn pergunta.

– Eu espero que sim. – Falei. – Porque se ela não conseguir esperar, eu vou ter que apunhalar alguém pelas costas e eu não quero fazer isso.

Foi quando Nataly acordou. Ela respirava ofegantemente.

(...)

POV-LAVÍNIA

Havíamos nos separado nos carros na hora de voltar para New Orleans. A maioria quis ficar no mesmo carro que Nataly.

Tyler iria com Richard mais tarde.

Katherine estava no porta-malas do nosso carro e Davina no porta-malas do carro de Hope. Finn estava desacordado no banco de trás do nosso carro.

Minha mãe iria mais tarde com Kate. Ela queria se despedir de Matthew.

– Já se despediu do seu pai? – Klaus pergunta.

– Você sabe o que eu acho de despedidas. – Falei olhando para o lado de fora.

– Não são despedidas se vocês se encontrarão novamente. – Klaus disse. Continuei quieta. – Lavínia, você não quer me ignorar. Apenas pare de birra.

– Ah, você me julgando por fazer birra? Logo você, o rei da birra? – Perguntei sarcástica.

(Música = Issues – Julia Michaels)

– Eu estou tentando ficar do seu lado nessa situação. Eu não vejo problema algum em simplesmente acordar Scott e acabar com isso. Mas eu estou tentando encontrar outro jeito por você. – Klaus disse.

– Consequências de um casamento. – Gracejei. – A questão, Klaus, é que isso não é sobre mim. Não é minha culpa que isso esteja acontecendo e eu vou ter que pagar por isso quando vocês acordarem Scott. – Falei. – Isso parece justo para você?

– Ah, Lavínia... Você já passou por coisas piores. Nunca é justo, mas não é como se pudéssemos fazer alguma coisa para mudar. – Klaus disse.

– É. Definitivamente não é justo. Eu estou tentando ficar com raiva de você, mas você está sendo romântico e simplesmente perfeito... Não está ajudando! – Resmunguei.

– E quando é que eu ajudo, amor? – Klaus pergunta sorrindo de lado.

– Você está me irritando. Me irritar é a função do Kol. – Falei. – Espera...

– O que foi? – Klaus pergunta.

– Kol... Ele simplesmente sumiu! – Falei. – Hope não notou isso!

– Ninguém notou! – Klaus disse parando o carro no canto da estrada.

– É diferente, eles são casados! – Falei.

– Você notaria se eu sumisse? – Klaus pergunta.

– Na verdade, nesse momento, eu daria tudo para que você sumisse! Eu fingiria que não notei. – Respondi descendo do carro quando ele parou.

Hope havia parado o carro atrás do nosso e desceu também.

– O que aconteceu? – Hope pergunta.

– Esquecemos uma coisinha em Mystic Falls. – Falei.

– Seja lá o que for, pode esperar. Você consegue viver sem um dos seus sapatinhos de cristal, Cinderella. – Hope graceja.

– Não fui eu quem esqueceu. Foi você. E se você quer saber, Cinderella foi um pouquinho menos irresponsável. Ela esqueceu um sapatinho, você esqueceu seu marido. – Falei cruzando os braços.

– Ah, meu Deus! Kol! – Hope disse. – Eu vou ligar pra ele! – Ela pega o celular do bolso.

Vejo um cara de cabelo comprido descendo do carro de Hope. Depois de um tempo o reconheci.

– Por que Trevor está descendo do seu carro? – Perguntei.

Hope tirou o celular do ouvido e encarou Trevor com uma cara de “você é um homem morto!”.

– Eu precisava esticar as pernas. – Trevor disse. Hope continuou a encara-lo com aquela mesma expressão. – Tudo bem, estou voltando. – Ele entra no carro.

– Uma pergunta melhor: por que ele está vivo? – Perguntei.

– Fe o mandou. – Hope disse discando o número de Kol novamente. – Ele sabe algumas coisas que a sua querida mamãe deixou passar.

– Tipo o quê? – Perguntei.

– Tipo que Fe é uma vadia egoísta como você! – Hope grita. – Estou começando a pensar que vocês são parentes.

– É, eu já fui chamada de coisa pior. – Falei. Hope revira os olhos. – Hope, você não tem direito algum de ficar brava comigo! De um jeito ou de outro as coisas vão sair do seu jeito.

– Você não entende, Lavínia! Eu não sei o que vai acontecer com a minha filha! Ela pode morrer. Você sabe o que é esse desespero? Ver a vida que saiu de você, simplesmente desaparecer?! – Hope pergunta.

– Na verdade eu sei. – Falei. Hope percebeu o que havia acabado de dizer e desviou o olhar para o chão. – E é por isso que eu não o quero acordado. Porque ele me proporcionou esse desespero. Eu o senti, Hope. É horrível. Mas não é o que vai acontecer com você. Ou realmente acha que eu desperdiçaria todos os meus sacrifícios para te manter respirando para agora ser a responsável por fazer você desejar parar de respirar?

O celular de Hope começa a tocar.

– É ele. Kol. – Ela olha para mim. – Eu tenho que atender.

Ela não me espera responder e apenas atende o celular se afastando de mim.

POV-HOPE

– Kol, onde você está? Tanta coisa aconteceu. Eu preciso de você agora. – Falei.

– Eu sei. Kate me contou tudo. Estou à caminho de New Orleans. – Kol responde.

– Onde você estava? – Perguntei.

Kol demorou um tempo para responder.

– Eu estava em New York. – Ele responde.

– O quê? O que foi fazer lá? – Perguntei.

– Eu... Eu não sei! Quando Nataly desapareceu, eu só conseguia me lembrar de quando ela se metia em confusão e Jackie sempre conseguia ajuda-la... – Kol disse. – Eu sinto falta daquele tempo...

– Eu também. – Falei. – Mas logo vamos resolver isso. Vamos voltar para New York e viver nossas vidas como antes.

– Nada vai ser como antes, loira. – Kol diz.

– Nós vamos tentar nos acomodar. – Falei. – Pense em nós dois, acordando na nossa cobertura em um domingo. Ansel gritando com Nataly porque ela pegou algo de seu quarto...

– Eu gostaria disso agora. – Kol diz.

– E é o que vamos ter em alguns dias. Estamos perto. – Garanti. – Eu tenho que voltar para o carro. Te vejo em New Orleans. Eu te amo.

– Eu também te amo. – Kol diz.

Desliguei o celular e me virei. Dei de cara com Miguel.

– Era o Kol? – Ele pergunta.

– Sim. – Falei. – Ele está à caminho de New Orleans. Vamos encontrar com ele lá.

– Então, vocês vão voltar para New York? – Miguel pergunta. – Não é como se vocês tivessem algo para esconder de nós agora.

– New York é a nossa casa. O nosso reino. – Falei. – Vai ser melhor para todos se tudo voltar a ser como era antes.

– Pra maioria, talvez, mas não pra todos. – Miguel diz. – New York não é a cada de vocês. A casa de vocês é onde a família está. No nosso caso, New Orleans.

– Miguel, New Orleans já nos trouxe tantas coisas ruins. Se ficássemos, quando tempo até que o próximo problema aparecesse? – Perguntei. – Vamos todos viver em paz se tudo voltar a ser como era antes. Mas não se preocupe. Como você mesmo disse, não temos mais nada para esconder de vocês, então vamos visitar mais vezes.

Coloquei a mão no ombro de Miguel.

– Claro. Eu, nem sei porque disso isso. Sempre estivemos separados e era ótimo. Na verdade, bem melhor do que quando nos juntamos. – Miguel tira minha mão de seu ombro e volta para o carro.

Ele estava com um olhar neutro. Uma máscara. Eu conhecia aquela máscara. Era a mesma que nosso pai costumava usar para esconder a dor.

Miguel estava sentindo dor? Doía nele nos ver indo embora?

Afastei esses pensamentos quando senti meus braços formigarem. Ergui as mangas da minha blusa e vi as veias negras subindo. Há quanto tempo eu não as via...

Puxei as mangas de volta e fui para o carro.

(...)

Chegamos em New Orleans. Meu pai e Lavínia sequer foram para casa. Foram direito para o cemitério tentar achar alguma solução para Nataly com a ajuda das bruxas.

Saí do carro e minha mãe veio me abraçar.

– Deus, você está viva. – Ela disse.

– Por que não estaria? – Perguntei.

– Na nossa situação, é sempre bom se preparar para o pior. – Ela disse. – Como está a Naty?

– Ela dormiu a viagem toda. – Falei. – E então, novidades?

– Aurora quase me matou. Duas vezes. – Ela diz.

– Esther quase matou meu pai e Lavínia. Várias vezes... – Falei. – Onde estão todos?

– Estão todos sabendo da situação de Nataly e do acordo do seu pai. Rebekah e Marcel foram falar com um bruxo ancião que, segundo eles, pode saber uma solução. – Minha mãe disse. – Acha que eles vão achar alguma coisa?

– Mãe, não é como se você virasse a esquina e encontrasse um bruxo negro pronto pra ajudar. – Falei. – Scott sabe tudo o que precisamos saber. Não só o que está acontecendo com a Nataly, mas tudo. Nem eu mesma sei o que eu sou e do que eu sou capaz. É como se eu não me conhecesse.

– Você se conhece. Você só não conhece essa sua parte. – Vimos Miguel carregando Nataly para dentro de casa. Logo atrás Ansel, Carolyn e Trevor. – E, honestamente, eu acho que é melhor essa sua parte continuar desconhecida.

Aquilo me lembrou que eu estava prestes a ter o maior surto da minha vida.

– Vamos entrar? – Perguntei mudando de assunto.

Minha mãe faz que sim com a cabeça e nós adentramos logo atrás de Trevor.

– Quem é ele? – Ela cochicha para mim.

Elijah desce as escadas e logo depois de passar pelas crianças, vê Trevor.

– O que esse maldito faz aqui? – Ele pergunta. – Eu te matei.

– É, vocês mataram muita gente e alguns deles estão em um quarto nessa casa. – Trevor graceja.

Elijah se irrita e tenta ataca-lo, mas quando chega perto de Trevor, ele é impulsionado para trás e cai no chão.

Minha mãe vai ajuda-lo a se levantar.

– Uau! Isso é incrível! – Trevor disse olhando para mim.

– Eu sinto muito, Elijah, mas não posso deixar que vocês o machuquem. – Falei.

– Hope, você não o conhece. Ele é um traidor. – Elijah disse se levantando.

– Um traidor que sabe coisas das passagens que Nataly não nos contou. – Falei. – Trevor fez um acordo com Fe. Depois dela quase ter voltado à vida daquela vez, passando por Finn, Carolyn ficou mais atenta às passagens, não deixando ninguém passar. Fe distraiu Carolyn para Trevor passar.

– Por que ela faria isso? – Minha mãe pergunta.

Trevor olhou para mim.

– Ela quer voltar. E ela achou que Trevor talvez pudesse ajuda-la daqui. – Foi tudo o que eu disse.

– E por que ela confiaria nele, tão cegamente? – Elijah pergunta com rancor.

– Ela não confia. – Trevor disse. – Ela é perigosa e pode dar um jeito para que eu volte, caso eu não faça o que ela me mandou.

– Que seria...? – Minha mãe pergunta.

– Nos parar. – Falei brevemente. – Ela não quer que fechemos as passagens. Não até que ela consiga passar.

– Como ela pretende nos parar? Especialmente com a ajuda dele? – Elijah pergunta.

– Isso não interessa agora. – Cortei o assunto. – Trevor está aqui para nos ajudar, então nem você, nem ninguém vai machuca-lo. Não enquanto eu precisar dele.

Elijah não pareceu convencido.

– Se Fe pode trazê-lo de volta para o mundo dos ancestrais, por que Trevor se arriscaria tentando nos ajudar? – Elijah pergunta.

– Podemos, por favor, acreditar que existem pessoas que podem voltar para nos ajudar ao invés de nos destruir? – Perguntei. – É uma boa ação, apenas aceite-a!

– Eu estou nesse mundo à muito tempo para acreditar em boas ações. – Elijah disse. – Todos fazem algo na intenção de ganhar algo em troca, então, o que Trevor poderia querer?

Elijah era esperto e não era qualquer mentira que o enganaria. Eu tinha que pensar em algo. Em fato, nesse momento, Trevor não estava se arriscando. Ele já tinha feito o que Fe o mandou fazer, mas eu não poderia contar essa parte.

– Ele quer proteção. – Falei. – Minha proteção. O meu feitiço impede que Mikaelsons possam fazer alguma coisa com ele. Fe é uma Mikaelson também. Ela não pode alcança-lo com o meu feitiço.

Elijah pareceu ter acreditado e eu soltei o ar ao perceber que ele não faria mais perguntas.

– Eu posso me controlar até que ele nos conte o que precisamos saber, mas seu pai não aceitará. – Elijah disse ajeitando sua gravata.

– Ele não tem escolha. Se ele quiser acabar com o feitiço, vai ter que me matar. E todos nós sabemos que em hipótese alguma ele me machucaria. – Falei. – Agora, se me dão licença, eu vou ver a minha filha.

Subi as escadas.

POV-LAVÍNIA

Chegamos ao cemitério. Josh estava nos esperando na estrada.

– Então, onde querem que eu os coloque? – Josh pergunta se referindo a Katherine e Finn.

– Você vai esperar Tyler Lockwood. Ele está vindo com o filho e Bonnie Bennett. Eles irão te levar até a casa onde o tal Enzo está. É lá onde você vai deixa-los. – Klaus diz.

– Por que especificamente naquela casa? Não é mais seguro deixar na casa de vocês? – Josh pergunta tirando Finn de nosso carro e colocando no seu.

– A casa tem um feitiço de camuflagem. Extremamente forte. Descobrimos que alguns de nossos inimigos não querem que fechemos as passagens então eles podem tentar algo para nos impedir. – Expliquei. – É sempre bom nos prevenir.

– E Bonnie irá fazer um feitiço para prender as passagens na casa. Alguns deles podem querer fugir. – Klaus completa.

– E quanto à Davina? – Josh pergunta. – Eu deveria coloca-la lá com eles?

Eu e Klaus nos entreolhamos.

– Coloque-a lá. – Falei. – Será mais fácil se todos eles estiverem em um único lugar.

– No caso, terá que passar em casa. Ela está no carro da Hope. – Klaus disse.

– “Ela está no carro da Hope”. Galera, eles não são aquela jaqueta que sempre deixamos no carro. Eles são pessoas. – Josh disse.

– Joshua, apenas vá fazer seu trabalho. – Klaus disse.

– Não é trabalho se eu não sou pago. – Josh disse.

– Seu pagamento é eu permitir que você viva. Agora vá antes que eu decida te despedir. – Klaus disse.

Josh foi até o porta-malas para pegar Katherine e nós adentramos o cemitério.

– Josh está certo. Davina é uma pessoa. – Falei. – Não deveríamos trata-la como se ela não fosse nada.

– Ela tenta matar nosso filho e você a defende? – Klaus pergunta.

– Ela estava sobre controle da sua mãe. – Falei. – Davina nunca machucaria Miguel.

– Lavínia, você sabe o quanto eu a odeio e, honestamente, eu não me importaria se ela morresse de vez. Baseado nisso, eu não vou perder meu tempo brigando por causa dela. Nós temos que salvar Nataly então não vamos perder tempo falando sobre Davina Claire. A não ser que você queria acordar Scott... – Eu o interrompi.

– Eu entendi, Klaus. – Falei. – Kate já deve ter chegado.

– Um pouco difícil considerando que ela partiu depois de nós. – Klaus disse.

Kate aparece na nossa frente, do nada.

– Nunca subestime o poder de uma bruxa, Klaus Mikaelson. – Kate disse. – Vamos.

A seguimos até um altar cheio de velas. Na frente do altar, uma pentagrama cheio de símbolos.

– Você já tem tudo preparado? – Perguntei.

– É mais fácil do que aparenta contatar um demônio. – Kate disse. – Tudo o que eu preciso é usar as palavras certas. Combinadas com a minha magia negra e a conexão com o demônio que eu quero contatar, está feito.

– E qual seria a conexão com a Abaddon? – Klaus pergunta.

– Bem, depois que derrotamos Abaddon, eu decedi estudar um pouco sobre a maldição dos Black. A maldição foi feita com o sangue de Abaddon combinado com o sangue da primeira Black. – Kate explica.

– Como aquela maldita conseguiu isso? – Perguntei.

– E você ainda não sabe da melhor parte: ela não podia usar o sangue do hospedeiro da Abaddon, assim como Hope tem o frasco do sangue dela que é tecnicamente seu... Ela precisava do sangue do corpo original da Abaddon. – Kate disse. – O que me faz pensar que a maldição já tinha sido planejada muito tempo antes de realmente ser jogada na sua família, Lavínia.

– Isso está um pouco mais que óbvio. Não é como se fosse normal guardar o sangue de uma pessoa por séculos. – Falei.

– A questão aqui é que com o feitiço usado pra criar a maldição, é como se o sangue de Abaddon corresse pelas suas veias agora mesmo. E é ai que está a minha conexão. A maldição. É o que conecta vocês e é a minha única chance de coloca-la no nosso mundo. – Kate explica.

– Espera, mas Lavínia tem o feitiço anti-possessão. – Klaus lembra.

– É ai que está o nosso problema. – Kate disse. – O feitiço é como a brecha da maldição. É como se você não estivesse amaldiçoada. E é ai que eu porco a conexão. Mas isso é só uma teoria, então rezem para que eu esteja errada, porque se eu não tiver uma conexão, as coisas vão ser bem mais complicadas.

Respirei fundo.

– Vamos tentar. – Falei estendendo minha mão para que Kate tirasse meu sangue.

Kate corta minha mão e meu sangue pinga em uma tigela de argila.

– Se vocês verem fogo, então é um bom sinal. – Kate disse.

Kate coloca a tigela no meio do pentagrama e fecha os olhos. Ela começa a recitar algo em latim e então a tigela começa a pegar fogo no meio do pentagrama. Um fogo negro.

– Eu vejo fogo. – Klaus disse.

– Não esse fogo. – Kate disse. Ela se vira para nós. – Não há nada. Não há conexão entre vocês duas.

– Você disse que se víssemos fogo seria um bom sinal. – Falei.

– Não esse fogo. – Kate repete. – O fogo negro representa a negação. Era como deuses negavam os sacrifícios oferecidos. Seu sangue foi negado, Lavínia.

– Não. Não, não, não! – Falei. – Tem que ter outro jeito. – Olhei para o céu. Já estava escurecendo. As minhas 12 horas estavam acabando. – Como o dia pode ter passado tão rápido?

– Quando se trata do inferno, o tempo é assim. 3 meses são 30 anos. Estamos mexendo com coisas infernais. Apesar de fáceis, levam um bom tempo. Como estamos na Terra, é como se o tempo tivesse passado mais rápido. Mas estamos aqui faz horas. – Kate disse.

– Minha mãe. Ela não tem o feitiço e ela é uma Black. Ela pode ser a conexão, certo? – Perguntei.

– A maldição pega a linhagem inteira a partir de Carolyn. Sua mãe não faz parte da maldição. – Kate diz.

– Então, Miguel. Ele é um Black e veio depois de mim. Ele pode ser a conexão então! – Falei.

– Miguel é um bruxo negro. Outra brecha na maldição. – Kate disse.

– Kate, você é a regente do inferno, faça algo! Porque eu não fui até o inferno, literalmente, para te ver agora de mãos atadas! – Gritei.

– Eu até posso falar como regente, mas não é como se eu tivesse um ritual específico para a Abaddon, Lavínia! Qualquer um no inferno pode atender meu chamado. E quando eu digo, qualquer um, eu quero dizer literalmente qualquer um e isso inclui o próprio diabo, então, a não ser que você queira que eu coloque Lúcifer na terra, não há nada que eu possa fazer! – Kate grita.

– Tem que ter outro jeito! – Falei.

– E tem. – Klaus diz. – Você pode simplesmente deixar que tudo aconteça da forma que deve acontecer, Lavínia.

– Klaus, não está ajudando! – Falei passando a mão pela cabeça e andando de um lado para o outro.

– Já procuramos por uma segunda opção, Lavínia. – Klaus disse e pegou seu celular. – Você só tem mais 3 horas. Se vocês não encontrou nada em 9 horas, acha que vai encontrar alguma coisa em 3?

– 9 horas?! – Falei incrédula.

– É como eu disse. Coisas infernais. – Kate disse.

– Eu não vou ceder. Eu vou procurar até o último segundo. – Falei.

– E se no último segundo Nataly já estiver morta? – Klaus pergunta.

– Klaus, você definitivamente não está ajudando! – Gritei. – Você disse que estava do meu lado.

– Quando isso ainda fazia sentido. Se não for Scott seria Abaddon, mas nós não podemos falar com ela então não há mais sentido em continuar procurando. – Klaus disse.

– Eu não vou desistir. – Falei. – Se você não quiser mais ajudar, eu não vou me importar, mas não me faça perder tempo.

Dei as costas para ele e comecei a pensar.

(...)

POV-MIGUEL

Nataly estava dormindo em seu quarto. Eu estava sentado na beirada da cama, esperando-a acordar.

– Ao menos você não está me encarando. – Ela disse com a voz fraca. – Porque isso seria ainda mais estranho do que você estar no meu quarto me esperando acordar.

– Essa é Nataly Mikaelson. Fazendo piadas até em seu leito de morte. – Falei.

– Não é pra tanto. Se é assim que uma pessoa se sente quando está para morrer, então a morte não é tão ruim quanto as pessoas dizem. – Ela disse.

– Você não se cansa se ser tão otimista? – Perguntei.

– Nem por um segundo. – Ela disse. –E então, qual o diagnóstico?

– Eu gostaria de te dizer, mas ninguém sabe exatamente o que é. – Falei. – Mas vamos descobrir e vamos resolver. – Segurei sua mão. – Eu prometo.

– Cuidado. Não faça promessas que você, talvez, não seja capaz de cumprir. – Nataly disse.

– Eu vou cumprir essa. – Falei. – Porque eu não vou te deixar morrer sem antes de levar para o mau caminho... Te corromper! Vou te ensinar como ser a ovelha negra da família.

– Não deveria ser a nova-iorquina que corrompe o filhinho da mamãe? – Nataly graceja.

– Tecnicamente, você nasceu em New Orleans. – Corrigi.

– Claro... – Ela diz. – E então, qual o primeiro passo para ser a ovelha negra da família?

– É bem fácil, na verdade. – Falei brincando com os dedos de Nataly. – Mas nossas aulas só começam quando você estiver melhor. Eu sei que você vai gostar do lado negro da força. Se você morrer hoje, vai morrer triste por querer ser uma garota má.

– Uau! Você definitivamente faltou nas aulas de otimismo. – Nataly disse rindo.

– Eu cabulei essas para ir às aulas de realismo. – Falei. – São bem melhores.

Nossas mãos estavam entrelaçadas, meu polegar acariciava as costas da mão de Nataly.

– Então, responda sendo realista: eu vou morrer? – Ela pergunta.

Olhei em seus olhos azuis e suspirei.

– Não, você não vai. – Falei. – Porque eu acabei de te prometer que não deixaria isso acontecer. E eu não vou.

Ela sorri fraco e uma lagrima escorre pela sua bochecha.

Depositei um beijo em sua testa e a abracei.

– Eu não quero morrer. Não agora. – Ela disse com a voz chorosa.

– Me escute: você não vai morrer hoje. Porque se você morrer, além de eu quebrar minha promessa, eu vou ficar muito puto e vou descontar em todo mundo. Ninguém quer que isso aconteça, certo? – Ela balança a cabeça para dizer que não. – Você tem se tornado muito importante pra mim, Naty. Eu não posso te perder.

A porta do quarto de Nataly se abre e Kol entra. Ele nos vê, abraçados, e não parece gostar.

– Miguel? Eu não sabia que você estaria aqui. – Ele diz.

– Eu já estava de saída. – Falei soltando Nataly, delicadamente. – Aguente firme, Angry Bird. – Depositei outro beijo na testa de Nataly e me dirigi até a porta.

Passei por Kol e ao invés de entrar no quarto, ele fecha a porta e fica do lado de fora.

– Podemos conversar? – Ele pergunta.

– Claro. – Falei.

– Miguel, eu sou o seu padrinho. Eu te tirei daquela igreja quando você era apenas um recém- nascido. Eu deixei minha melhor amiga morrer sozinha para te salvar. Acho que isso nos torna... Próximos. – Ele diz.

– Aonde quer chegar com isso? – Perguntei.

– Eu... Eu sei que sou a última pessoa que poderia reclamar disso, mas eu tenho que dizer. O que aconteceu entre mim e a sua irmã... É algo raro. Um em um milhão... – Kol diz. - E apesar de ser uma linda história de amor, não quer dizer que deveria se repetir.

– O que está querendo insinuar? – Perguntei já ciente da resposta.

– Eu serei claro: se você estiver tentando algo com a minha filha, eu acho melhor você parar. – Kol disse. – Porque se você não parar, coisas muito ruins podem acontecer.

– Você está realmente achando que eu e Nataly temos algo? Do tipo que você tinha com a minha irmã? – Perguntei rindo. – Acho que agora você deve saber como o meu pai se sentia com o romancezinho de vocês.

– Não tire sarro, Miguel. – Kol disse cruzando os braços. – Eu gosto de você e me importo com você. Aliás, como não me importaria? Você é meu sobrinho e meu afilhado. Mas se estiver pensando em enganar minha filha para se divertir, então nós dois teremos um grande problema.

– Ah, Kol... – Coloquei a mão em seu ombro. – Só porque você se aproximou de Hope na intenção de usa-la para a sua vingança contra o meu pai, não quer dizer que eu faria algo parecido. Quer dizer, seria estúpido usar o mesmo método. – Provoquei. – Eu não sou estúpido. Se eu quisesse fazer algo do tipo com a Nataly, você sequer perceberia.

– Ah eu te garanto que eu perceberia. – Ele tira minha mão de seu ombro. – Você é a ovelha aqui, Miguel. Eu sou a raposa. Eu sou mais velho e mais esperto. Considerando isso, acho melhor se afastar da Nataly.

– Um fato engraçado: minha mãe é mais nova também. Mas pelo que eu me lembro, ela conseguiu enganar todos vocês. Ela fazia tudo e vocês sequer desconfiavam que era ela até o momento em que ela decidiu que vocês saberiam. – Lembrei. – Ela era a raposa. Talvez isso esteja no sangue. – Dei de ombros. – A questão é: você pode até ser esperto, mas eu sou mais. Eu não quero machucar a sua filha, Kol. Nataly é uma das únicas pessoas que realmente acredita em mim. Enquanto você continua se preocupando com isso, eu posso estar fazendo algo bem pior com outra pessoa. Ainda acha que eu sou a ovelha?

Falei dando as costas para Kol, ma antes que eu pudesse ir embora, ouvimos um barulho vindo do quarto de Nataly.

Entramos no quarto e ela estava desmaiada no chão, com a boca e as roupas sujas de sangue.

– Chame a Hope. – Kol disse.

Não hesitei e fui atrás da mesma.

POV-KLAUS

Eu havia me afastado de Kate e Lavínia. Ela definitivamente não iria desistir.

Meu celular começa a tocar. Era Hope.

– Por favor, me diga que vocês já estão voltando para casa com uma solução! – Hope disse.

– Não exatamente. – Falei. – O que aconteceu?

– Nataly piorou. – Ela disse desesperada. – Pai, eu sinto muito, mas vou ter que quebrar esse acordo. Eu sei que falta pouco tempo, mas eu simplesmente não posso ficar sentada assistindo a minha filha morrer...

– Eu sei. – A interrompi. – Eu vou segurar Lavínia o máximo que conseguir. Scott está no porão.

– O quê? – Ela pergunta confusa.

– Pegue Scott e o acorde. Eu dou um jeito em Lavínia. – Falei. – Apenas vá.

– Obrigada, pai. – Ela disse.

– Eu estou do seu lado, meu amor. Sempre estarei. Agora, vá! – Falei e desliguei o celular.

Fui até Kate e Lavínia. As duas andavam de um lado para o outro.

– E se usarmos o cadáver de Carolyn? – Lavínia sugere. – A maldição também pegou ela.

– Um cadáver não sangra. A maldição é feita com sangue, o que significa que a conexão é pelo sangue. E além do mais, Carolyn tem o feitiço anti-possessão também. – Kate disse.

– Nada ainda? – Perguntei.

Nenhuma das duas respondeu.

– E se parássemos de procurar algo pra falar com Abaddon e talvez pensar em outra pessoa para nos ajudar? – Kate sugere.

– Como quem? – Lavínia pergunta.

– Scott. – Respondi. Lavínia me fuzilou com o olhar.

– Os gêmeos que Nataly e Ansel mataram. Eles devem saber alguma coisa. – Kate disse.

– Nesse momento, eu tenho 2 horas e meia. Os gêmeos estão em New York. Chegar lá leva praticamente um dia inteiro e convencer os dois a nos ajudar leva quase a mesma coisa, então eles não são uma opção! – Lavínia disse.

– Bem, eu estou sem ideias. – Kate disse.

– Eu tenho uma. – Falei.

– Eu vou gostar dela? – Lavínia pergunta.

– Você vai odiá-la. – Falei. – Mas é a nossa única saída.

Usei minha velocidade e quebrei o pescoço de Lavínia.

– Okay, eu nunca entendi muito bem como funciona o seu raciocínio, Klaus, mas como quebrar o pescoço dela vai ajudar a Nataly? – Kate pergunta.

– Acredite, vai ajudar muito se ela não se envolver. – Falei. – Pode fazer algum feitiço para mantê-la assim?

– É, eu posso. – Ela disse. – Mas espero que você saiba que nenhum feitiço vai mantê-la assim para sempre. Ela vai acordar e quando acordar vai matar todos que participaram disso. E tenho esse palpite que você será o primeiro.

– Apenas a mantenha desacordada. E fraca. – Falei pegando meu celular e discando o número de Hope.

POV-HOPE

Kol e Elijah foram buscar Scott que, segundo meu pai, estava no porão. Miguel queria ficar com Nataly no quarto e Ansel estava comigo no escritório.

– Ela não vai morrer, certo? – Ansel perguntou.

– Não. Não vamos deixa-la morrer. – Falei segurando sua mão. – Scott vai nos ajudar.

– É minha culpa. – Ele disse. – Eu não deveria ter feito aquilo.

– Não diga isso. – Falei. – Eu sei como é, Ansel. A sensação de poder te consome até um ponto que você não pode mais controlar. Não é culpa sua.

Ansel começa a tossir. Ele coloca a mão na boca e continua tossindo e quando para de tossir, tira a mão da boca. Sua mão estava com sangue.

– O que está acontecendo comigo? – Ele pergunta e então volta a tossir, dessa vez com mais força.

– Não, não, não. – Falei o segurando antes que ele caísse não chão. – Vá para o quarto com a Nataly. Chame Miguel. Consegue chegar lá sozinho?

Ele faz que sim com a cabeça, ainda tossindo um pouco e então sai do escritório.

Logo depois, Kol e Elijah chegam com um caixão.

– Está pronta pra isso? – Kol pergunta.

– Não. Mas agora não tem mais volta. – Falei.

Miguel entra no escritório.

– Acho que deveríamos esperar lá fora. – Elijah disse. – Vamos, Kol?

Kol deposita um beijo em minha testa e vai com Elijah.

– Então...Esse é o Scott? – Miguel pergunta.

Abri o caixão e encontrei Scott. Ele tinha envelhecido um pouco, mas ainda conseguia reconhece-lo. Ele estava com barba.

– É. – Falei.

– Ele não parece ser tão ruim. – Miguel graceja.

– Ele é, acredite. – Falei me lembrando de tudo que Scott já nos fez. Desviei o olhar de Scott e encarei Miguel. – Miguel, Scott pode parecer inofensivo agora, mas ele... Ele é uma pessoa horrível.

– O quão horrível? – Miguel pergunta.

– Digamos que chama-lo de diabo ainda não é suficiente. – Falei. – Apenas saiba que, aconteça o que acontecer, não confie nele.

– Eu não sou estúpido o suficiente para confiar nele. – Miguel disse. – Na verdade, não pretendo me aproximar muito dele. Eu só vou acorda-lo e o resto vocês dão conta.

– É, provavelmente vai ser melhor assim. – Falei.

– Acha que eu vou suportar o feitiço? A última vez que tentei praticar magia eu quase morri... – Miguel disse.

– É tudo uma questão de controle. – Falei. – Não é um feitiço tão grande.

– Então qual era a garantia que ele nunca mais acordaria se não é um feitiço grande? – Miguel pergunta.

– Porque o feitiço só pode ser desfeito por outro bruxo original. E como só há você... – Dei de ombros. Olhei para Miguel e percebi que ele não estava tão confiante. – Miguel, vai dar tudo certo.

– E se eu perder o controle? – Ele pergunta. – Eu posso morrer e se eu morrer, ninguém poderia acorda-lo e Nataly morreria.

– Não pense assim. – Falei. – Eu estou aqui, okay? Se sentir que vai perder o controle, apenas segure a minha mão. – Segurei a mão dele. – Eu vou estar sempre aqui. Sempre e para sempre, irmão.

– Agora você está falando como eles. – Miguel disse.

– Eles quem? – Perguntei.

– Os irmãos originais. Os terríveis Mikaelson. – Ele diz. – Só faltou o sotaque do papai.

– É uma pena que nenhum de nós tenha o sotaque do papai. – Falei.

– Ao menos eu tenho o charme. – Miguel disse. Eu ri.

– Tudo bem. Acho que não podemos mais enrolar. – Olhei para Scott. – Pronto?

Ele pensou um pouco antes de responder.

– Sim. – Ele disse.

(...)

POV-LAVÍNIA

Acordei em um mausoléu, com os braços acorrentados. Eu estava fraca e minha cabeça doía, assim como meu pescoço.

– Eu odeio quando quebram meu pescoço. – Falei girando a cabeça.

– Então talvez não devesse fazer coisas para que as pessoas quebrem seu pescoço. Eu te garanto que prefiro beija-lo a que quebra-lo. – Klaus disse adentrando o mausoléu.

– Eu não tenho uma memória muito boa, mas eu não me lembro de ter feito algo ruim dessa vez. – Falei me sentando no chão.

– Lavínia, você sabe exatamente o que fez ou deixou de fazer. – Klaus disse se aproximando.

– Ah, é claro. Eu desafiei um Mikaelson. E esse é um crime imperdoável. Como foi que você teve a misericórdia de não me dar uma pena de morte? – Perguntei irônica

– Você não fez nada, além de ser a mesma teimosa de sempre. Mas eu não te culpo. Ninguém te culpa. – Klaus se agacha e fica de frente para mim. – Como você mesma disse uma vez para mim: seu orgulho é sua ruína. Eu queria que você não estivesse nessa situação, mas você não me deu muita escolha.

– Okay, se isso é algum método masoquista que você aprendeu com Christian Grey, eu acho melhor parar. – Falei.

– Scott deve estar acordado agora. – Klaus disse.

– O quê?! Eu tinha mais 2 horas do acordo! – Falei.

– Mas Nataly não tinha! – Ele diz. – Não tinha outro jeito, Lavínia. Nós tentamos, mas não achamos nada então eu tinha que fazer algo.

– Me prender? Não acha isso um pouco exagerado? – Perguntei mostrando as correntes.

– Lavínia, nós dois sabemos que isso ainda é pouco. – Klaus disse. – Eu vou te manter aqui até você se acalmar, porque então as chances de você fazer uma besteira são menores.

– São menores, não inexistentes. – Gracejei. – Quer saber, eu realmente não me importo. Na verdade, quero que vocês coloquem um feitiço de barreira bem forte e me mantenham aqui por um bom tempo. Porque quanto Scott estiver botando fogo em New Orleans, eu vou estar aqui, sã e salva. Quer dizer, quase sã, mas salva.

Klaus larga uma bolsa de sangue do meu lado e se levanta.

– Kate espalhou ervas aqui dentro, que vão te deixar sonolenta e fraca. Se alimentar não vai te fazer melhorar. – Ele disse. – Eu queria que isso não fosse necessário, Lavínia.

– Eu agradeço que isso seja necessário. Porque agora, Hope e todos que acharam que eu estava fazendo drama, vão ter que lidar com Scott, sozinhos. Aconteça o que acontecer, Klaus, eu não vou me envolver.

– Espero que consiga cumprir essa promessa. – Klaus disse e foi embora.

POV-HOPE

Miguel estava fazendo o feitiço enquanto segurava a minha mão. Elijah e minha mãe estavam no sofá e Kol encostado na parede.

Vi que o dedo de Scott começou a se mover.

– Está funcionando. – Falei. – Continua fazendo isso, Miguel.

(Música = Radioactive – Imagine Dragons)

Miguel aperta a minha mão e continua recitando o feitiço.

As luzes começam a piscar até que explodem. Miguel para o feitiço.

– Isso quer dizer que funcionou? – Minha mãe pergunta.

Levamos um susto quando Scott acorda puxando o ar com toda a sua força.

Ele olha em volta e vê todos o encarando.

– Eu já cheguei no inferno? – Ele pergunta.

Continua...


Notas Finais


Eae? O q acharam? Não esqueçam de passar no meu perfil e dar uma olhada na nova fanfic...


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