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História Forbidden Love - Season 4 - Begin Again - The Goodbye Kiss


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


OIEEEEEEEEE
EAE MEUS AMORES?!
Esse capítulo... cara... Vcs me pediram tantoooooo!
Vcs vão adorar!
Eu adorei...
E é isso por enquanto... Não vou falar mt coisa...
Boa leitura...

Capítulo 12 - The Goodbye Kiss


 

Puxei Miguel para trás de mim enquanto Scott tentava descer do caixão sem cair.

– Uau! Esse troço é alto! – Scott disse. – Me desculpe minha reação... É novo para mim, acordar em um caixão. – Ele olha para Kol. – Oh, olá Kol! – Ele se vira para minha mãe e Elijah. – Ah, não digam que vocês já se casaram? E sequer me acordaram para o casamento? Logo eu que torci tanto pra vocês? – Scott se vira lentamente para mim e Miguel. – Olá, querida. É incrível que você continue tão linda depois de tanto tempo... Aliás, falando em tempo... Quanto tempo se passou? Quer dizer, esqueceram de colocar um calendário no meu caixão...

– 17 anos. – Respondi. – Você está dormindo faz 17 anos.

– 17 anos... – Scott olha para Miguel. – Então, meu palpite estava certo. Eu tinha certeza que conhecia esse belos olhinhos azuis. Olá Miguel.

Carolyn entra no escritório correndo.

– Nataly está piorando... – Ela para de falar quando vê Scott. – Ah não...

Scott sorri ao ver Carolyn.

– Não esperava que seus pais te deixariam nessa casa quando eu acordasse. – Scott disse. – É bom te ver de novo, Carolyn. – Ele se volta para mim. – Sabe, é ótimo que todos vocês estejam aqui para me receber, mas eu estava, na verdade, esperando pela minha amada irmãzinha pronta pra me dar outra surra. Onde ela está?

– Não vem ao caso agora. – Falei. – Você está acordado por um único motivo, Scott. Você vai nos ajudar.

Scott olha para Carolyn.

– Suponho que tenha algo a ver com a Nataly que a Carolyn estava falando que piorou. – Scott disse. – E eu acho que não é a minha mãe. Quer dizer, a última vez que eu a vi, minha irmã arrancou o coração dela.

– Ela voltou agora, mas não é por causa dela que te acordamos. – Falei.

– É claro que não. Vocês não me acordariam por qualquer motivo... Seja lá que for essa Nataly, deve ser muito importante para todos vocês. – Scott se aproxima de mim. – Que olhar é esse, meu amor? Eu na verdade já vi esse olhar antes, mas não em você. – Scott olha para Miguel e depois volta a olhar para mim. – Nataly é a sua filha.

– Como sabe disso? – Kol pergunta.

– Hope está com o mesmo olhar que Lavínia tinha quando Abaddon levou Miguel, nesse mesmo lugar. – Ele olha em volta. – O olhar desesperado de uma mãe.

– Nós não estamos com tempo para a sua crise de psicopatia, Scott. – Falei. – Sim, Nataly é a minha filha. Ela está morrendo e você é o único que pode ajuda-la.

– O que aconteceu com ela? – Scott pergunta.

– Ansel, o irmão gêmeo dela, ativou o lado negro, mas ela não. Ela está piorando desde então. – Falei.

Scott olha para o chão e dá a volta pelo caixão para se aproximar de mim.

– Ah, por favor, me diga que você usou isso como um pretexto para me ver de novo. – Scott disse. – Hope, você definitivamente não precisa me acordar pra isso. É só usar a cabeça. Eu sei que é um pouco difícil pra eles... – Ele aponta para os outros no escritório. – Mas você... Pra você é quase como respirar.

– Apenas diga o que precisamos fazer. – Kol disse.

– Antes disso, me digam o que exatamente eu vou ganhar com isso? – Ele pergunta.

Revirei os olhos.

– O que você quer? – Perguntei.

Scott sorri.

– Algo simples. – Ele diz. – Depois que eu os ajudar, quero que me coloquem nesse caixão e me botem para dormir de novo.

Todos ficamos confusos.

– Como é? – Perguntei.

– Eu sei, parece estranho, mas vocês vão apenas me colocar para dormir para sempre. É claro, quando precisarem de mim de novo, podem me acordar, mas apenas para isso. – Scott disse.

– Ele não quer morrer. – Miguel disse. – Em troca de respostas, nós não podemos mata-lo como era o plano original.

– Você é definitivamente um Black. Que orgulho. – Scott disse. – E então, temos um acordo?

– Sim. – Falei.

– Hope! – Minha mãe me repreende.

– Ele vai voltar a dormir de qualquer jeito. – Falei. – O que precisamos fazer para salvar a Nataly?

Scott dá um passo para trás.

– Uma vez eu expliquei um pouquinho sobre gêmeos para a Kate. – Scott disse. – Eles são ligados. Como se fossem um só.

– Ela nos disse isso uma vez. – Miguel disse.

– Considerando isso, se Ansel ativar o lado negro e Nataly não, vai ser como se eles estivessem quebrando a conexão. Mas essa conexão de gêmeos é muito forte para ser quebrada, então, Nataly morreria tentando quebra-la. – Scott se senta na cadeira giratória atrás da mesa. – Mas, ela nunca irá quebrar a conexão. Então, eles vão continuar conectados, e se um estiver morto, o outro vai morrer também. Agora, baseado nisso, o que acham que Nataly precisa fazer para sobreviver?

– Ela precisa ativar o lado negro também. – Miguel responde.

– Esse garoto é um orgulho! – Scott exclama. – É tão bom poder dizer que somos parentes...

– Não! Não, tem que ter outro jeito! Scott, me diga que tem outro jeito! – Pedi.

– Me desculpe, amor, mas é a regra básica dos gêmeos. – Scott disse colocando os pés na mesa. – Mas ao menos agora vocês sabem que o que vale pra um, vale pro outro.

Minha cabeça doía e eu estava ficando tonta. Isso significava que o surto estava próximo. Abaixei mais as mangas da blusa, pois eu sabia que as veias negras estavam circulando loucamente pelos meus braços.

– Temos que falar com ela. – Falei.

– De qualquer forma, como se ativa o lado negro? – Minha mãe pergunta.

– Ótima pergunta! – Scott disse. – Uma coisa é fato, você não escolhe quando ativar seu lado negro. Não acontece na hora que você quer. Mas, eu sei um jeito de forçarmos isso, considerando que é uma emergência.

– Não vamos fazer nada se ela não quiser. – Falei.

– Não acho que ela está em condição de decidir alguma coisa... – Scott disse.

– Eu disse que não vamos fazer nada se ela não quiser! – Gritei. As luzes estouraram. Fechei meu punho e percebi que Scott estava olhando pata meu braço. A manga da blusa havia subido e ele havia visto as veias negras.

– Tudo bem. Se Nataly não quiser ativar o lado negro, então não vamos fazer nada. – Kol disse. – Se acalme, nós vamos resolver isso. – Ele saiu do escritório.

Miguel foi atrás dele, e logo depois, minha mãe e Elijah saíra.

Abaixei a manga mais uma vez.

– Você não vai conseguir esconder isso por muito tempo, Hope. – Scott disse.

– Eu só preciso esconder pelo tempo necessário. – Falei massageando as têmporas.

– Acha que vai atrasar o surto? Justo você que tem esse temperamento extremamente explosivo? – Scott pergunta. – É o último surto. Apenas acabe logo com isso.

– Você fala como se fosse fácil! – Falei.

– E é fácil. Pelo menos pra você. – Scott disse. – Em nenhum dos seus surtos anteriores você perdeu... E você resistiu mesmo comigo fazendo a sua cabeça... E de qualquer forma, mesmo se você não dominar o lado negro, não vai ser tão ruim.

– Pra você não vai ser tão ruim. É isso que você sempre quis. – Falei.

– Hope, o que você acha que acontece quando o lado negro vence? Acha que vai ser como uma possessão? Enquanto você está em uma segunda dimensão, o seu lado negro controla tudo? – Scott pergunta com desdém.

– Eu, honestamente, não sei, Scott! Nunca conheci alguém que não venceu o lado negro. – Falei.

– É claro que já conheceu! – Scott disse. Ele aponta para si mesmo.

– Você? – Perguntei. – Você foi dominado?

– Desde o meu primeiro surto. – Scott disse. – Mas, o bom Scott também está aqui. Como acha que eu me apaixonaria por você se ele não estivesse aqui? – Scott se aproxima de mim. – Seu lado negro está sempre aqui, meu amor. – Ele indica minha cabeça. – É aquela pequena vozinha que você sempre manda calar a boca. Quando você ativa o lado negro, a vozinha fica um pouco mais alta. Quando você tem o surto, a Hope boazinha vira a vozinha e o lado negro manda ela calar a boca. E quando você é dominado, são as duas falando ao mesmo tempo, mas a vozinha do lado negro sempre falando mais alto. – Scott acaricia meu rosto. – Eu nunca te vi em um surto. Deve ser incrível! Pode me manter acordado para ver esse surto? É meio que a minha ultima oportunidade.

Tirei sua mão de meu rosto com brutalidade.

– Quanto tempo dura esse surto? – Perguntei me afastando dele.

– Não há um tempo limite. – Scott responde. – Dura até o momento em que um lado ganha.

– Funciona como os outros surtos, certo? Alguém me deixa inconsciente e quando eu acordar vou ser eu novamente. – Perguntei.

– Quem disse que é assim que um surto funciona? – Scott pergunta. – Se for Kate, então alguém puxe a orelha dela, porque eu expliquei tudo detalhadamente. – Scott disse. – A parte de te deixar inconsciente... Não vai parar o surto. Vai apenas transportar a guerra entre os seus dois lados para dentro do seu subconsciente. Acorda quem ganhar. – Ele explica. – Em fato, um surto é sempre uma guerra entre o seu lado negro e o seu lado bom. Mas uma guerra sempre deixar pessoas feridas ou mortas... Por isso é sempre um caos.

– E o que faz o último surto tão especial? – Perguntei.

– Não há como transportar a guerra para o seu subconsciente... Toda vez que você acordar vai estar no surto. – Scott explica. – Você tem que entender que agora, seu lado negro vai estar mais forte do que nunca. Não vai ser fácil para o seu lado bom ganhar.

– E como funciona para você? Não se cansa de todos te odiando? Ou melhor, o seu lado bom não se cansa? Se ele ainda está ai... – Falei.

– Na verdade, nenhum dos lados se importa. Acredite ou não, ambos entraram em um acordo. – Scott diz. – Scott bom estava cansado de ser machucado, então Scott mal prometeu que ele nunca mais se machucaria se o deixasse cuidar de tudo.

– Você simplesmente desistiu? – Perguntei.

– Você não estava lá, Hope. – Scott disse. – Estávamos em um clã rebelde. Tudo o que queríamos era a nossa independência. Mas ninguém realmente aceitava isso. A cada dia era uma pessoa do clã morta. Aquelas pessoas eram importantes para mim. Como você se sentiria se a cada dia uma pessoa que você ama morresse? Você também não desistiria?

Baixei a cabeça.

– Acha mesmo que virar um monstro vai trazer essas pessoas de volta? – Perguntei.

– Não. – Scott disse. – Mas ao menos eu não vou perder mais ninguém, porque eu sou extremamente poderoso agora. Ou pelo menos era... Até você aparecer e roubar meu coração e todo o meu poder.

– Qual dos dois lados está apaixonado por mim? – Perguntei.

– Acredite ou não, mas ambos. – Scott disse. – Mas o lado negro prefere o seu lado negro. – Scott disse arqueando as sobrancelhas.

– Nem o lado negro, nem o lado bom gostam de você. – Falei com um sorriso sarcástico.

– Eu até poderia ficar magoado, mas eu sei que o lado negro também não gosto do Kol... – Scott disse. – Talvez eu ainda tenha chances...

– Não, você não tem. – Falei. – Especialmente depois da sua visitinha mental.

– Da minha o quê? – Scott pergunta.

– Não finja que você não entrou na minha cabeça a algumas semanas atrás. – Falei.

– Hope, eu não tenho magia suficiente para entrar na sua cabeça. – Scott disse.

– Está dizendo que não foi você? – Perguntei.

– Gostaria de ser, mas... Não. – Scott disse. – Essa é a primeira vez que eu te vejo desde que me colocaram para dormir.

– Se não foi você então... – Não consegui terminar a frase. – Não... Por que você está fazendo isso comigo, Fe?! – Gritei para o nada.

– Fe? – Scott pergunta. – Quem é Fe?

– Eu também gostaria de saber. – Falei. – Você disse que sabia um jeito de forçar o lado negro...

– Sim, um feitiço. – Scott disse.

– Prepare-o. – Falei. – Se Nataly aceitar nós não podemos perder tempo...

Saí do escritório e ao fechar a portar, fiz um feitiço para prender Scott lá dentro.

Fui para o quarto de Nataly e encontrei todos lá com uma expressão de preocupação.

– Mãe, graças a Deus você chegou. – Nataly disse com a voz fraca. – Nenhum deles quer falar. O que aconteceu?

– Nós acordamos o Scott. – Falei me sentando na cama com ela. – Ele nos deu uma solução não tão boa.

– O que ele disse? – Nataly pergunta.

– Você... – Olhei para baixo e respirei fundo. – Você vai ter que ativar seu lado negro, Naty.

A expressão esperançosa de Nataly sumiu e em seu lugar veio a expressão de desespero.

– E o que acontece se eu não ativar? – Ela pergunta.

– Você morre. E em seguida, Ansel morre. – Falei. Nataly começou a chorar. – Mas continua sendo sua escolha. – Falei tentando acalma-la. – Eu, honestamente, não hesitaria em te fazer ativar seu lado negro, mas a escolha deveria ser sua. A escolha é sua.

– Não, não é! – Ela disse engolindo o choro. – Eu não quero morrer! E eu não quero que Ansel morra! – Eu a abraço. – Mas eu não quero... Eu não quero ser isso! Não quero ter surtos, não quero machucar ninguém! Eu não quero isso!

A abracei o mais forte que consegui. Olhei para a porta do quarto e lá estava meu pai. Lavínia não estava com ele.

POV-KATE

Respirei fundo tentando me preparar para abrir aquelas portas. Eu não estava pronta para aquilo. Não agora!

– Pela família... – Repeti para mim mesma. – Eles são sua família agora. E você vai fazer isso pela sua nova família.

Puxei o ar mais um vez e o soltei pela boca e então abri a porta. Ele estava sentado na cadeira giratória com um grimório tapando o rosto. Seus pés em cima da mesa.

– Fiquei me perguntando quando você apareceria. – Ele disse e então abaixou o grimório. – Olá, Kate!

– Olá, Scott. – Falei entrando no escritório. – Você parece meio cansado, não quer tirar uma soneca antes de fazer qualquer outra coisa?

– Seu senso de humor continua maravilhoso... – Ele disse sarcástico. – Nesse momento, a única coisa que eu quero é saber o que esses malucos fizeram com a minha irmã.

– Agora você se preocupa com a Lavínia? – Kate pergunta.

– Não. Eu estou preocupado comigo! – Scott larga o grimório na mesa e se levanta. – Eu imaginava que a primeira pessoa que eu veria quando acordasse seria ela e então eu levaria uma bela surra e seria torturado por, no mínimo, um mês. Mas nada disso aconteceu. Eu sei que ela adora uma chegada impactante, então, eu fico imaginando que talvez, quando ela apareça ela vá fazer algo pior... Como me matar!

– É, provavelmente. – Kate disse. – Mas não se preocupe, você vai acabar morrendo uma hora ou outra, Scott. Se não for agora, talvez seja amanhã, ou talvez daqui a um mês... A questão é: você não vai para lugar nenhum e quando você for, vai ser para ir pro inferno!

– É... Falando nisso, como foi lá? Ouvi dizer que você reviu nossa amada Abaddon! – Scott pergunta.

– Foi ótimo! Quando saí de lá virei a regente do inferno. E você sabe o que isso significa? – Perguntei.

– Que você ficou ainda mais chata? Quer dizer, regentes são tão entediantes... – Scott disse.

– Não... – Ergui a mão em sua direção e comecei a fecha-la em um punho. – Isso quer dizer que eu estou ainda mais poderosa. – Scott começou a sufocar. – Eu vou ser clara... Se você me irritar, eu vou fazer você se engasgar com o seu próprio sangue de tanto que eu vou te machucar... Então, não me irrite! – Parei o feitiço.

– Anotado na minha lista de coisas para não fazer. – Scott disse se recuperando.

– Ótimo! Isso quer dizer que nós estamos entendidos. – Falei.

POV-LAVÍNIA

Eu estava sentada quando senti minha mão queimar. Era a luz do sol... Tirei minha mão do lugar onde estava batendo sol e só então percebi que eu estava sem meu colar ou a minha aliança.

– Toc toc! – Olha para o pequeno portão do mausoléu e vi Joe. – Ouvi dizer que minha rainha ficou presa na masmorra do rei tirano que ela escolheu para ser seu marido...

– E você seria um guarda do rei tirano ou o pobre camponês que está tentando salvar a rainha? – Perguntei.

– Nenhum dos dois. – Joe entra no mausoléu. – Sou o bobo da corte que veio distrair a rainha.

Ele joga uma bolsa de sangue do meu lado.

– Odeio bolsas de sangue! – Falei. – O bobo da corte não poderia trazer um pouco de sangue fresco para a rainha?

– Sabia que você é meio que uma prisioneira, né? Já comeu comida de prisão? É horrível! – Joe disse se sentando ao meu lado.

– E você já comeu comida de prisão? – Perguntei bebendo o sangue da bolsa de sangue. – Isso tem gosto de hospital!

– Talvez porque tenha saído de um. – Joe disse. – E qual o problema com hospitais?

– Você nunca esteve no hospital fazendo pré-natal e sendo perseguida pelo seu irmão maníaco, então você não sabe como hospitais são horríveis! Acho que Abaddon tem um dedo nisso. – Falei.

– É claro que eu já estive em um hospital! Só não estava fazendo pré-natal ou sendo perseguido por um irmão maníaco. – Joe disse.

– Até porque você é filho único. – Falei.

– Então, você está brava com ele? – Joe pergunta.

– Eu queria... Mas eu não consigo. – Falei encarando Joe. – Acho que é alguma coisa no sotaque... Ou os olhos dele...

– Nem um nem outro. Você o ama, então não consegue ficar nervosa com ele. – Joe disse. – Eu sei como é.

– Não faça isso! – Deitei a cabeça em seu ombro. – Você me faz sentir culpada por não te amar. E eu não estou acostumada a sentir culpa. Sou uma psicopata!

– Você não o culpa por ele ter feito isso com você, porque você o ama. Mas você também se ama, então não deveria se culpar... – Joe disse.

– Nós não podemos mudar de assunto? Falar sobre o Klaus agora me deixar com raiva. – Falei.

– Tudo bem... Do que você quer falar? – Joe pergunta.

Olhei para ele.

– Quero falar sobre como eu vou rir da cara de todos quando Scott escapar e quando eles vierem implorar pela minha ajuda. – Falei. – E vou falar o maior “eu avisei” do mundo bem na cara da Hope!

– Planejando retornar com grande estilo... Isso soa como a minha rainha! – Joe disse.

– Sabe, quando eu sair daqui, quero ir direito para o shopping. – Falei. – Eu quero dar uma repaginada depois de 558 anos...

– Você fica linda de qualquer jeito. – Joe disse.

– Ah, Joe... Você é mesmo um romântico incurável... – Falei.

– Só quando se trata de você. – Ele disse.

Ouvimos palmas e então olhamos para frente.

– Sabe, eu odeio atrapalhar o casalzinho, mas eu só vim aqui para lembrar que você, Lavínia Black, é casada. – Klaus joga uma bolsa de sangue no chão. – E você, Joe, é um homem morto!

(...)

POV-MIGUEL

Depois de muito chorar, Nataly voltou a dormir. Eu estava deitado em sua cma e ela deitada em minhas pernas.

Ansel piorava cada vez mais.

Estávamos, eu, Carolyn e Ansel com Nataly em seu quarto quando Richard chegou abrindo a porta com tudo.

– Quer fazer um pouco mais de barulho, Bolton? – Cochichei. Voltei a acariciar a cabeça de Nataly.

– Desculpe... – Richard disse. – Quanto tempo vocês ainda tem? – Ele pergunta para Ansel.

– Eu não sei. – Ansel disse. – O único jeito de sobrevivermos seria se Nataly ativasse seu lado negro, mas ela está com medo. E eu também.

– Vai dar tudo certo. – Richard segura a mão de Ansel. – Se Nataly for tão corajosa quanto você é, então ela vai mudar de ideia.

– Esse não pode ser o único jeito. – Carolyn diz indignada. – Quer dizer, devemos mesmo confiar em Scott?

– Eu estava lá, Car... Ele olhou nos olhos de Hope e disse que esse era o único jeito. – Falei. – Agora só depende da Naty... – Falei olhando para a mesma.

– Isso não está certo. – Carolyn disse. – Somos muito jovens pra ter que lidar com esse tipo de dor!

– Faz parte da maldição de ser um Mikaelson. – Ansel disse.

– Eu não... Eu não consigo aceitar! Eu não posso perder vocês dois! – Carolyn disse com lagrimas nos olhos. – Somos uma equipe! Não podemos nos separar de novo! Somos família!

– Tem que ter outro jeito. Talvez Scott não saiba de tudo. – Richard disse.

– Mas nós não conhecemos ninguém que saiba de tudo. – Falei. – A não ser Abaddon... Mas meu pai disse que já tentou isso e não tem um jeito de falar com ela. Qualquer conexão que ela tenha com esse mundo, acabou.

– E onde está a Lavínia nessas horas? – Carolyn pergunta. – Ela sempre tem uma ideia loucamente incrível.

– Eu não sei. Acho que está evitando encontrar Scott. – Falei.

– Em caso desse ser o único jeito de salva-los... O que vamos fazer se Nataly não mudar de ideia? – Richard pergunta. – Vamos apenas deixa-los morrer?

– Não. – Falei. – Scott está preparando um feitiço para forçar a ativação do lado negro. Se Nataly não mudar de ideia, então nós o faremos de qualquer jeito. Eu me recuso a deixar que ela decida morrer.

POV-LAVÍNIA

– Tudo bem, agora que você já nos lembrou disso, já pode ir. – Falei me levantando com dificuldade.

– Lavínia, não me provoque! – Klaus disse.

– O que foi? – Perguntei. – Sabe eu não acho que você veio aqui para nos lembrar de alguma coisa... Acho que veio alimentar a sua esposa... Ou prisioneira... Como prefere se referir à mim?

– Sabe, eu acho que já deu a minha hora. – Joe disse se levantando e indo embora. Antes que ele pudesse sair, Klaus o segura.

– Se você vier aqui mais uma vez, Joe, eu vou ignorar o fato de que você é o melhor amigo do meu irmão e vou te matar, sem hesitar! – Klaus disse e o deixa ir.

– O que foi? Ficou com ciuminho? – Perguntei fazendo bico. – Bem, você deveria. Porque enquanto você me mantem prisioneira, tem uma centena de homens que daria tudo para ter uma chance comigo. Mas você já sabe disso, não é? – Segurei o rosto de Klaus e apertei, o fazendo fazer biquinho. Ele tira minha mão de seu rosto. – Então... – Peguei a bolsa de sangue do chão. – Scott já fugiu?

– Não. – Ele responde. – Scott está sob controle. Nós já temos a resposta que precisamos e logo, ele vai voltar a dormir.

– Ah claro! – Falei sarcástica. – Ele com certeza não vai tentar fugir ou matar alguém. Porque é esse o Scott com o qual estamos todos acostumados...

– Joe sabe? – Klaus pergunta.

– Sabe o quê? – Perguntei bebendo o sangue da bolsa de sangue.

– Que você está o usando para me provicar. – Klaus disse. – Aliás, mais uma vez!

– Nós dois sabemos que eu não preciso usar ninguém para te provocar, Klaus. – Falei maliciosa. – Eu não estava usando Joe. Eu só estava desfrutando da companhia dele... Ou isso também quebra as regras de Klaus Mikaelson?

– Na verdade, quebra. – Klaus disse. – Você não precisa desfrutar da companhia de ninguém, além da minha.

– Ah, claro. E onde estava você? Porque quando Joe chegou eu estava sozinha. – Falei.

(Música = Partition – Beyoncé)

– Mas eu estou aqui agora... – Klaus se aproxima de mim. – Por que não desfruta da minha companhia? – Ele me prende contra a parede e acaricia meu rosto. – Eu vou adorar desfrutar da sua.

Quando me dei conta, Klaus começa a beijar meu pescoço. Ele tira a minha jaqueta e depois a sua camisa.

– Klaus, pare. – Pedi enquanto ele continuava beijando meu pescoço.

– Me faça parar. – Ele desafia.

Klaus rasga minha blusa e começa uma trilha de beijos da minha barriga até voltar para o meu pescoço e finalmente chegar em minha boca.

Levo minhas mãos até seus cachos e os puxo conforme o beijo vai se intensificando. Enquanto isso, Klaus começa a abrir os botões da minha calça. Antes que ele pudesse puxa-la para baixo, eu o derrubo no chão.

– Você vai precisar de um pouco mais do que o isso para me fazer te perdoar, amor. – Falei colocando meu pé em cima de Klaus. – Pode começar me trazendo roupas novas, já que você rasgou as minhas!

– É... Eu tentei... – Ele disse. Tirei meu pé de cima dele e ele se levantou, pegando sua camisa do chão. – Eu vou trazer as roupas ainda hoje. – Ele veste sua camisa e se vira para ir embora.

– Klaus... – O chamei. Ele se virou para mim. – Antes de vir para cá, tenha certeza que Nataly está bem. Quero que você volte com boas notícias.

– Eu vou. – Ele disse e então foi embora.

(...)

POV-MIGUEL

(Música = Oceans – Seafret)

Eu havia ficado sozinho com Nataly no quarto. Os outros foram ver se tinha alguma novidade.

Nataly começa a se mexer e então se vira para mim e sorri.

– Mas que bela vista... Não é todo mundo que pode acordar com uma vista dessas. – Ela graceja.

– Então se sinta honrada por isso. – Acariciei sua cabeça. – Como está se sentindo?

– Fraca. Acho que se eu tentasse me sentar na cama eu acabaria caindo de novo no colchão. – Ela disse.

– Deve ser horrível ter que dizer isso. – Falei.

– Na verdade eu já disse isso antes... Quando eu fazia drama para não ir pra escola. Apenas pergunte para o meu pai. Eu tinha uma imaginação fértil para inventar doenças. – Ela conta.

– Talvez essa deva ser a próxima doença: ei pai, não posso ir pra escola hoje... Meu irmão ativou o lado negro e eu estou morrendo. – Gracejei. Ela riu.

– Eu não acho que vou ter chance de dizer essa. – Ela disse.

– Sim, você vai. – Falei. – Naty, você precisa fazer isso. Você precisa ativar seu lado negro.

– Eu não quero fazer isso, Miguel. – Ela disse. – Antes de desmaiar, eu senti Ansel ativando o lado negro dele. Eu nunca tinha sentido aquilo... Todo aquele poder... Me assustou a forma como eu me senti... Eu não quero ter que sentir aquilo de novo.

– Mas você não tem escolha. – Falei.

– Sim, eu tenho. – Ela disse e deu um sorriso fraco. – Eu posso morrer.

– E perder uma vida inteira? Teria coragem de desistir assim, tão fácil? – Perguntei.

– Não é como se eu tivesse vivido o suficiente para ter algo que me faça querer viver para sempre. – Ela responde.

– Por isso você não pode morrer... Você ainda tem tanto o que viver... – Falei. – E Ansel também... Se você quer saber, acho que ele encontrou algo que o faça querer viver para sempre. Ou melhor, alguém...

– Ele fez a escolha dele. E eu vou fazer a minha. – Ela disse. – Eu não tenho nada que me segure aqui... Nenhum motivo para querer desesperadamente viver...

Olhei para os olhos azuis de Nataly e sorri.

– E se eu te der um motivo para querer viver? – Perguntei. – Um bom motivo?

– Acha que tem um motivo bom o suficiente que vai me convencer à tempo? – Ela pergunta.

– Eu estou apostando que sim. – Falei com lagrimas nos olhos.

Me aproximei lentamente de Nataly e depositei um beijo calmo em seus lábios.

Nos separamos e logo em seguida, Kol abre a porta do quarto.

– Naty eu... – Ele percebe que eu estava no quarto. – Miguel... Não sabia que você estava aqui.

– Eu já estava de saída. – Falei tirando, delicadamente, a cabeça de Nataly de cima das minhas pernas e me levantando.

Passei por Kol e saí do quarto. Assim que fechei a porta, as lagrimas começaram a escorrer.

As sequei rapidamente e fui até o escritório.

Assim que entrei, encontrei Scott.

– Ah, Miguel... – Ele disse olhando rapidamente para mim e depois voltando a fazer o que estava fazendo. – Pensei que não te veria mais... Quer dizer, eu sei o quanto seus pais são superprotetores... Falando neles, onde eles estão? Ainda não vi Klaus ou Lavínia...

– Eu não vou te dizer nada, Scott. – Falei tentando me recompor. – Tem certeza que aquele é o único jeito de salvar Nataly e Ansel?

– Sim... Não é tão difícil assim... – Ele olha para mim. – Ela não quer fazer, não é? – Meu silêncio confirmou sua desconfiança. – E você não quer aceitar que eles vão morrer... Por que, exatamente?

– Eles são meus amigos. Minha família. – Falei olhando para baixo para que ele não visse a minha cara de choro. – Eu não quero que eles morrão.

– Ah, meu Deus! A história está se repetindo, não está? Por favor, me diga que você não se apaixonou pela sua sobrinha/prima... – Scott pede.

– Não, eu não me apaixonei por ela. – Eu disse. – Eu só estou preocupado, só isso!

– E você está dizendo isso pra quem? Pra mim ou pra si mesmo? – Scott pergunta.

– Quer saber, acho melhor eu ir! – Falei dando as costas para Scott.

– Sabe, se esse romance acontecesse, deixaria Kol bem nervoso. – Scott disse. – Eu nunca gostei dele por milhares de motivos, mas eu ia adorar vê-lo nervoso e sem poder dizer alguma coisa, já que ele fez o mesmo.

– Ah, acredite, isso não o impediria de dizer alguma coisa. – Falei com raiva.

– Parece que não sou o único que não gosta dele. – Scott diz. – Qual a sua história?

– Não acha um pouco tarde pra tentar ser meu amigo? Depois de tudo o que você fez? – Perguntei.

– Eu nunca fiz nada com você. – Scott disse. – Eu nem poderia... Você nunca me fez nada. Eu não vejo porquê não poderíamos ser amigos...

– Eu vejo! – Falei.

– Tá! Agora diz o motivo do seu ódio por Kol! – Scott disse.

– Tenho vários... Mas acima de tudo: ele tirou a minha irmã de mim. E vai fazer isso de novo assim que resolvermos os nossos problemas. – Falei.

– Como assim “tirou” ela de você? – Scott pergunta.

– Ele a levou embora para New York. Eu fiquei 10 anos sem vê-la porque ele a levou para longe. Ela, Nataly e Ansel. – Falei.

– E eles querem voltar para New York. – Scott disse. – Bem típico de Kol Mikaelson. E o que você vai fazer?

– O que eu posso fazer? – Perguntei. – Não é como se a Hope fosse me ouvir! Ela é cega de amor por ele!

– E você vai deixa-lo levar Hope de você mais uma vez? – Scott pergunta. – Miguel, você sabe de tudo agora! Não tem motivos para ficar sentado assistindo Kol tirar tudo de você!

– Eu não posso fazer nada! Kol vence mais uma vez. – Falei me jogando no sofá.

– Vai desistir? É isso mesmo? Miguel, você é um Black! E ,além disso, é um bruxo original! Você é mais poderoso que ele! – Scott disse.

– E como isso poderia ajudar em alguma coisa? – Perguntei.

– Você pode fazer algo para que Hope abra os olhos. – Scott disse. – Nós dois sabemos que Kol é uma pessoa egoísta e perigosa. Só precisamos mostrar isso para a Hope.

– E como? – Perguntei.

– Com a minha ajuda. – Scott disse. – Podemos destruir Kol. Juntos!

– Eu não o odeio tanto assim... Não quero mata-lo! Ele é meu padrinho! – Falei.

– Não estou falando de destruí-lo desse jeito! – Scott disse. – Só precisamos fazê-lo fazer algo terrível o suficiente para que Hope desista dele. Então ela, Nataly e Ansel ficam em New Orleans. E até mesmo Kol! Ele com certeza não vai embora sem eles... A família fica reunida e todos ficam felizes!

– Não parece algo ruim. – Falei.

– Porque não é. – Scott disse.

– Não vai funcionar assim! – Falei. – Hope e Kol já passaram por muita coisa... Não vai ser qualquer coisinha que vai fazê-la desistir dele. Precisa ser algo sério. Mas eu não quero que alguém saia machucado.

– Muitas exigências. – Scott disse.

– É isso ou eu só vou deixa-la ir embora. – Falei.

– Você está mesmo me impondo condições? Eu estou só ajudando, Miguel. É você quer isso! – Scott disse.

– Ah, claro. Você vai me ajudar sem ganhar nada em troca... – Falei sarcástico. – Eu sei que você vai acabar tirando vantagem da situação.

– E como eu poderia fazer isso? – Scott pergunta.

– Você é apaixonado por Hope. Se ela se separar de Kol você teria meio que um caminho livre com ela. – Falei.

– Nem em um milhão de anos sua irmã me daria uma chance. Não assim tão fácil. – Scott disse. – Mas digamos que eu vou me divertir com o sofrimento de Kol... A garota que ele ama o odiando... Deve doer bastante!

– Me diga você! Você ama a Hope e ela te odeia. – Falei cruzando os braços.

– Garoto esperto... – Scott disse balançando o dedo indicador na minha direção. – Seu raciocínio me lembra a sua mãe.

– As pessoas sempre dizem isso. – Falei.

– E então? Temos um acordo? – Scott disse me estendendo a mão. – Vamos acabar com Kol, juntos?

– Eu preciso pensar. – Falei.

Scott recolhe a mão.

– Claro... Leve o tempo que precisar. – Scott disse. – Eu terminei.

– Terminou o quê? – Perguntei.

– Isso. – Scott mostra uma tigela de prata.

– Você precisava de uma tigela? – Perguntei. – Era isso que estávamos esperando?

– Não é uma simples tigela. – Scott disse. – Essa belezinha vai ter um pouquinho do sangue de cada bruxo negro que já ativou seu lado negro. – Ele corta sua mão e deixa seu sangue pingar na tigela. – Nataly vai beber e então vai sentir todo esse poder, que vai se juntar com o lado negro dela e então... Ela ativa o lado negro, ninguém morre!

– Ainda não entendi porque demorou tanto. – Falei.

– Eu precisava de uma tigela bonita o bastante para despejar o meu sangue. – Scott disse.

– Isso é sério? – Perguntei.

– Não, Miguel. Eu não desperdiçaria os momentos preciosos da vida da Nataly com algo tão fútil assim. – Scott disse. – Talvez sua mãe o fizesse... A questão é que o sangue dos bruxos negros tem o calor do fogo do inferno. Nataly não precisa beber tudo... O sangue que sobrar vai derreter a prata, que vai se misturar com a mistura de sangue e vai modifica-la, fazendo com que perca a utilidade... E então podemos nos livrar do resto do sangue.

– Pra que tudo isso? – Perguntei.

– Nosso sangue tem várias utilidades... Pessoas poderiam vir atrás desse resto de sangue e usa-lo para coisas ruins. – Scott disse. – Com a prata misturada, o sangue é inútil.

– O meu sangue também é assim? – Perguntei. – De certa forma, minha espécie foi criada por demônios...

– Seu sangue é algo um pouco mais complicado, Miguel. Você é um bruxo independente então seu sangue pode ser usado para tudo se for combinado com o feitiço certo. – Scott disse. – Agora, se importa de chamar aquela maluca de cabelo roxo pra me tirar daqui?

– A maluca de cabelo roxo ainda pode te matar. – Kate disse entrando no escritório. – Vontade é o que não falta! – Ela olha para mim. – Seu pai não vai gostar de saber que está aqui, Miguel!

– É, eu sei. – Falei. – Mas ele não precisa ficar sabendo, não é?

– Ficar sabendo do quê? – Meu pai entra no escritório, atrás de Kate.

– Pai! – Falei.

– Espere do lado de fora, Miguel. Eu tenho alguns assuntos para resolver com Scott. – Meu pai disse.

– É bem estúpido você pedir para ele ficar do lado de fora... Ele é parte vampiro... Vai ouvir de qualquer jeito. – Scott disse.

– Então nesse caso... – Ele usa sua velocidade e vai até Scott, o jogando do outro lado do escritório. – Eu vou ser o mais claro possível, Scott. – Ele começa a se aproximar de onde jogou Scott. – Se você estiver pensando em alguma forma de se vingar, desista. Eu vou descobrir e te matar. – Ele levanta Scott pelo pescoço e o prende contra a parede. – E adivinha quem vai ter o prazer de me ajudar?

– Minha amada irmãzinha. – Scott disse com dificuldade.

– Exatamente! Lavínia está se coçando para arrancar a sua cabeça fora, então acho melhor se comportar, ou você vai rever Abaddon antes do esperado. – Meu pai ameaça e solta Scott.

– Falando em Lavínia... – Scott disse se recuperando. – Onde ela está? Achei que ela seria a primeira a me dar uma surra.

– O mais longe possível de você. – Meu pai responde. – Se tivermos sorte, ela não vai precisar te ver tão cedo.

– Ela quis isso? – Scott pergunta.

– Ela não queria te ver, Scott. Lavínia estava fazendo de tudo para que você não acordasse. Ela pode não estar gostando de estar longe, mas no fundo, tudo o que ela quer é ficar longe de você! – Meu pai diz.

– E eu deveria acreditar na sua palavra? – Scott pergunta rindo. – Quer saber, vamos acabar com essa discussão... Seus netos estão morrendo!

POV-HOPE

Eu estava na sala esperando por notícias. Quando meu pai desce as escadas, meu coração dispara.

– Eu falei com a Lavínia. – Ele disse.

– Ainda não acredito que a trancamos no cemitério. – Falei. – Ela vai querer nos matar quando sair de lá!

– Não, ela vai querer me matar quando sair de lá! – Meu pai disse. – Meio que tive a confirmação hoje.

– Como assim? – Perguntei.

– Digamos que meu charme não vai ser o suficiente dessa vez. – Ele disse e eu já havia entendido o que tinha acontecido.

– Sério, pai? No cemitério? – Perguntei.

– Não custava nada tentar. – Ele disse. – Então, quando estava pretendendo me contar sobre Trevor?

– Eu não vou discutir com você sobre isso. Não agora. Meus filhos estão morrendo e eu... – Ele me interrompe.

– Hope, eu não quero discutir com você. – Ele disse. – Mas você não conhece Trevor.

– Não, eu não conheço... E não pretendo. – Falei. – Mas nós precisamos dele. Nós precisamos entender com o que estamos lidando. Mas não agora. Agora, tudo o que me importa é que meus filhos sobrevivam.

– Eles vão. – Meu pai disse e me abraçou. – Acho que agora você entende porque eu sempre te impedia de fazer certas coisas.

– Não. Na verdade ainda acho que foi exagero! – Falei abraçada à ele. – Mas eu entendo que foi na intenção de me proteger. Obrigada!

– Só fazendo o meu papel de pai. – Ele disse me soltando. – Nataly e Ansel não vão morrer. Eu te garanto isso.

– Eu espero que esteja certo. – Falei.

– Eu estou. – Ele disse. – Scott está pronto para o feitiço.

Segurei na mão de meu pai e nós subimos juntos para o escritório.

POV-MIGUEL

Carolyn estava dentro do quarto falando com Nataly sobre o feitiço. Eu estava com medo. Estava com medo que o motivo que eu lhe dei não fosse suficiente.

Resolvi entrar no quarto.

Quando ia abrir a porta, Carolyn a abre e dá um pulo ao me ver.

– Ainda está aqui? – Ela pergunta.

– Ela disse alguma coisa? Acha que ela vai aceitar ativar o lado negro? – Perguntei.

– Ela não disse nada. Mas ao menos não está certa de que não quer fazer isso. – Carolyn disse. – Quer tentar falar com ela?

– É, não custa tentar. – Falei.

Carolyn sai e eu entro.

Nataly olha para mim.

– Oi. – Ela disse.

– Oi. – Respondi. Me sentei com ela na beirada da cama.

Eu sentia que ela deveria dizer algo. Eu a beijei, faz sentido ela dizer algo.

– Então... – Ela quebra o gelo. – O que foi aquilo? O beijo?

E chegou a minha vez de responder, mas eu simplesmente não conseguia responder. Olhei para Nataly, que esperava uma resposta.

– Eu, honestamente não sei. – Falei. – Eu só sei que eu queria muito fazer aquilo. E esse é um bom motivo para que você sobreviva.

– Como assim? – Ela pergunta.

– Eu não sei o que o beijo significou, Naty. – Olhei para ela. – Nós deveríamos tentar descobrir. – Segurei sua mão. – Mas só podemos fazer isso se você lutar para sobreviver.

– Uau! Você conseguiu! Conseguiu um bom motivo à tempo. – Ela disse. – Miguel...

– Não. – Eu a interrompi. – Qualquer coisa que você tenha a dizer, você vai dizer depois. Quando você já estiver fora de risco. Eu não quero uma resposta agora, sabendo que você pode morrer.

– Eu só ia dizer que você não nega ser filho de Lavínia Black. – Ela disse. – Você não desiste até conseguir o que quer.

– Não, eu não desisto. – Apertei sua mão.

– Eu vou fazer. – Ela disse. – Mas eu preciso que você me prometa algo.

– O quê? – Perguntei.

– Eu não sei se vou me acostumar a ser uma bruxa negra. Então vou precisar do máximo de ajuda que eu conseguir. – Ela disse. – Eu vou precisar da sua ajuda, então eu espero que esteja certo sobre isso o que você disse de não desistir de mim. Eu vou levar isso à sério.

– Eu também. – Falei.

– E você consegue levar algo à sério? – Ela pergunta.

– Algumas coisas, sim. – Eu disse beijando as costas de sua mão. – Mas mesmo assim... Vou fazer muitas piadas.

– Eu sabia disso. – Ela disse. – Está tudo pronto?

– Sim. Scott já resolveu tudo. – Falei.

– Okay. Então vamos. – Ela disse se levantando da cama, mas acaba cambaleando e eu a seguro.

– Isso é um bom sinal, não é? Significa que você já está caidinha por mim! – Gracejei.

A peguei no colo e saí do quarto.

(...)

Cheguei no escritório com Nataly nos braços.

Dei um passo para trás quando vejo dois Richards.

– Eu acho que já estou vendo sobrado. – Nataly diz.

– Eu também. – Falei. – Dois Troys? Sharpey não vai mais precisar brigar com Gabriela pelo Bolton! – Gracejei e coloquei Nataly no sofá. – Espero que seu irmão seja um pouquinho mais útil que você, Richard!

– E você não nega ser filho do Klaus. – Tyler Lockwood entra no escritório. – Sempre se achando o melhor de todos!

– Se eu me acho o melhor de todos, talvez porque eu seja! – Respondi cruzando os braços.

– E fala como a Lavínia. – Tyler disse. – Eu imaginei que não podia sair alguma coisa boa de vocês serem responsáveis pela educação de uma criança. – Ele disse olhando para o meu pai.

– Você já acabou, Lockwood? – Meu pai pergunta. – Ouvir sua voz me deixa entediado. – Ele finge bocejar.

– Podemos começar? – Scott pergunta.

Todos olharam para Nataly.

– Sim. – Ela disse se sentando no sofá.

Scott pega a tigela onde havia despejado seu sangue.

– Eu vou precisar do sangue de cada bruxo negro que já ativou seu lado negro. Resumidamente: Kate... – Scott entrega a tigela para a mesma. – Sempre me perguntei se o seu sangue seria da mesma cor do seu cabelo. – Ele sorri e Kate pega a tigela de sua mão.

Ela faz um corte pequeno em sua mão e deixa seu sangue se misturar ao de Scott.

– Sabe, meu sangue não é roxo como o meu cabelo. Mas não quer dizer que eu não possa deixar você com hematomas da mesma cor. – Ela disse entregando a tigela para Scott.

– Você, minha querida... – Scott disse entregando a tigela para Hope. – Imagino que o vermelho do seu sangue seja tão bonito e intenso quanto você é.

Hope repete o ato de Kate.

– O vermelho do meu sangue é como o vermelho do sangue de qualquer pessoa. Mas imagino que só uma pessoa estranha como você, pense que o sangue varia de aparência, dependendo da pessoa. – Ela disse devolvendo a tigela para ele.

– E por último, mas não menos importante... – Scott se aproxima de Ansel. – Você. Você e sua irmã tem muita sorte de terem puxado mais para o lado da mãe de vocês, porque sairia algo terrível se tivessem puxado para o pai!

Ansel faz o mesmo que Hope e Kate e depois devolve a tigela para Scott.

– E agora? – Kol pergunta.

Scott se ajoelha na frente de Nataly.

– Agora você bebe querida. – Scott disse dando a tigela para Nataly.

– O quê? – Nataly pergunta.

– Nossa magia negra está combinada aqui... Quando você beber, essa magia toda vai ser misturada com a sua magia negra e isso vai ser quase a mesma coisa que usar toda a magia até atingir a magia negra. Só vai ser um pouco mais rápido. – Scott explica.

– O que vai acontecer comigo quando eu ativar o lado negro? – Nataly pergunta.

– Você vai sentir toda a magia. E nós também. – Scott disse olhando para os outros. – Vamos reviver o dia que ativamos nosso lado negro. – Ele volta a olhar para Nataly. – Mas além de nós, a natureza também vai sentir o impacto. E vai ter essa grande mudança no tempo... Mas nada que vá machucar alguém.

– Eu tenho que beber tudo? – Nataly pergunta.

– Não. Um gole. Apenas um gole. – Scott disse.

Nataly assentiu e Scott se afastou dela.

Ela dá um gole e coloca a tigela na mesinha de centro.

– E então? – Carolyn pergunta. – Como está se sentindo?

– Normal. – Nataly disse. – Não estou sentindo nada de novo.

(Música = Seven Nation Army – Glitch Mob Remix)

Foi quando uma ventania começou. Scott se virou para a sacada e deu alguns passos para frente.

– Mas eu estou. – Scott disse com um sorriso nos lábios. – Você não, Kate? – Ele pergunta ainda olhando para a sacada.

– Sim. – Ela disse e se coloca ao lado de Scott. – Eu não me lembrava de ser assim.

Hope se apoia na mesa.

– Eu também estou sentindo. – Ela disse.

Ansel se sentou ao lado de Nataly e segurou sua mão.

Naquele momento começou a trovejar e chover.

– Está sentindo, Naty? – Ansel pergunta.

– Sim. – Ela disse e se levantou do sofá.

Nataly passou por Kate e Scott e foi para a varanda.

A chuva estava cada vez mais forte.

Nataly olhou para todos e sorriu.

As plantas do escritório começaram a brochar e tudo se tornou um grande cinza.

– Quando Ansel ativou o lado negro as flores estavam desabrochando e a era uma garoa. Por que quando ela ativou virou um temporal? – Carolyn pergunta.

– Ambos os gêmeos ativaram o lado negro. A natureza está prevendo a catástrofe que vai ser, considerando o tanto de poder que eles tem agora. – Scott responde. – Se vocês achavam ruim o estrago que a Hope fazia em um surto... Esperem para ver o deles!

Continua...


Notas Finais


Espro q tenham gostadoooo!
Comentem o q acharam...
Vão dar uma olhadinha na minha fanfic nova lá no meu perfil! Tá bem legal!
Beijooos


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