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História Forbidden Love - Season 4 - Begin Again - Guess Who's Back?


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


OLÁAAAAA MEUS AMOREEEEES
Viu só, nem demorou!
Nesse cap vamos ter uma pessoinha voltando... E eu tive inspiração pra trazer esse personagem de volta com a fanfic do ~MisticKing - The Youngest's Back... É mt engraçada e mt boaaaa!
E vamos ter mais pessoas voltando em breve... Os personagens q eu vou confirmar: Genevieve (aquela bruxa ruiva da S1 q o Klaus pegou), As Deveraux (lembrando q nessa fic a Charlie tbm é uma Deveraux... Só esperem as tretas huehuehue), Kieran e Sean O'Connell (Sean volta tbm por inspiração da fanfic q eu tinha falado).
E tem outras q eu ainda quero q voltem, mas não vou confirmar ainda...
E eu já tenho uma atriz q é a Fe... E logo logo vcs vão descobrir a história dela, pq ela tá no mundo dos ancestrais... Mas no cap de hj só tem mais algumas dicas...
E tá chegando o cap do surto da Hopeeeee!! E eu seu q eu tô falando isso faz uma eternidade, mas tá chegando msm...
E é isso gnt... Boa leitura!!

Capítulo 13 - Guess Who's Back?


 

POV-LAVÍNIA

Eu estava deitada no chão com os pés na parede. Estava com fome, com frio e entediada.

Foi quando Klaus chegou.

– Finalmente! – Falei me levantando. – Espero que tenha escolhido roupas bonitas!

Eu ia pegar a sacola da mão de Klaus, mas ele a afasta de mim.

– Seu capacho veio aqui enquanto eu não estava? – Klaus pergunta.

– Primeiro: ele não é meu capacho. E não. Ele não veio! – Respondi.

– Ótimo! – Ele entrega a sacola.

Pego o cropped preto, de frente única e depois a calça larga bege. Vejo no fundo da sacola meu scarpin vermelho de verniz.

– Tudo bem, o que está acontecendo? – Perguntei. – Você normalmente escolheria uma camiseta básica. A primeira coisa que você visse no meu guarda-roupa.

– Em fato... Mas você vai precisar estar muito bem vestida para o que vai fazer para mim. – Klaus disse. – Nataly e Ansel já estão fora de perigo. Agora podemos voltar para o nosso problema principal: as passagens. A questão é que ainda não temos o lobisomem e o hibrido. Katherina sabe quem é o lobisomem, mas não quer dizer quem é.

– E você quer que eu tente descobrir. – Completei. – Sabe que vai ter que me tirar daqui pra isso, não é?

– Não, eu não vou. – Klaus me corrige. – Eu vou trazer Katherina até você.

– Agora eu fiquei confusa. Tecnicamente, Scott não tem mais utilidade, já que Nataly e Ansel estão bem. – Falei. – Por que ele ainda não está dormindo e por que eu ainda estou aqui?

– Porque eu quero! – Klaus responde. – Você ainda está muito nervosa. Precisa de um tempo para esfriar a cabeça e não matar ninguém quando sair daqui. Ficar por aqui por um tempo vai ajudar!

– Não! O que eu preciso é de um banho quente de no mínimo duas horas! Preciso da minha cama! Da minha liberdade! – Falei entredentes. – Me deixar aqui só vai me deixar mais nervosa e com mais vontade de matar alguém.

– Uma pena pra você. Eu não vou te tirar daqui até ter certeza de que você se acalmou. – Klaus disse.

Respirei fundo.

(Música = Hot Mess – Cobra Starship)

– Ótimo! – Falei e joguei as roupas para Klaus segurar. Peguei o cropped e o vesti e logo depois tirei minha calça e joguei em Klaus também. Peguei a calça bege e a vesti. – Só mais uma coisa, amor...

– O quê? – Klaus pergunta.

– Mulheres têm regras específicas de moda. Você deveria saber que não se pode usar sutiã com uma blusa como essa. – Tirei meu sutiã e o puxei de dentro do cropped. O coloquei delicadamente no ombro de Klaus. – Acho que você entendeu o recado, não é?

– Eu gostaria de não ter entendido. – Klaus disse.

 – E isso é o mais perto que você vai chegar de ver minhas roupas intimas fora do meu corpo. – Falei dando tapinhas em seu rosto.

– E por que isso? – Klaus pergunta.

– Porque eu quero! – Repeti o que ele havia dito antes. – Você está muito sobrecarregado. Precisa de um tempo para resolver todos os nossos problemas. Ficar sem moi por um tempo vai ajudar! – Sorri e calcei meu scarpin vermelho. – Eu vou precisar de um elástico de cabelo. Pareço mais séria quando meu cabelo está preso.

(...)

POV-MIGUEL

Eu estava esperando Nataly sair do banho. Estava sentado na ponta de sua cama, balançando as pernas incontrolavelmente.

Quando a porta do banheiro se abre, Nataly sai vestindo seu roupão branco, secando seu cabelo com a toalha.

– Hey! – Ela disse estranhando eu estar ali.

– Hey. – Falei me levantando. – Só vim pra checar se você está bem mesmo.

– Eu estou me sentindo bem melhor, obrigada! – Ela disse.

– Tá, talvez eu não tenha vindo aqui só pra isso. – Falei. – Tem planos para hoje a noite?

– Não é como se eu tivesse tido tempo para planejar alguma coisa ainda. – Ela disse. – Por que a pergunta?

– Porque eu estava pensando em cumprir a minha promessa de te levar para o mau caminho, hoje a noite. – Falei. – E esse é o meu jeito de perguntar se você quer jantar comigo.

– Uau! É um jeito bem original. – Ela disse. – Eu adoraria sair com você, Miguel.

– Eu sinto que essa frase vai ter um “mas”. – Falei. – Sempre tem!

– Você não parece o tipo que recebe muitos “mas”. – Nataly disse. – E não, minha frase não tem um “mas”. Eu definitivamente vou jantar com você hoje a noite.

– É... Essa resposta foi bem mais convincente que a anterior. – Falei satisfeito. – Então... Me encontre no porão à 00am.

– Vamos jantar porão? – Ela pergunta.

– Não! Acha mesmo que eu vou te levar em um porão no nosso primeiro encontro? – Falei. – Lá vai ser o nosso ponto de encontro. O lugar que eu vou te levar é bem melhor.

– Onde? – Nataly pergunta.

– Você vai ver quando chegarmos lá! – Falei.

– É sério? – Ela joga a toalha em mim. – Vai mesmo me deixar curiosa?

– É claro que eu vou! – Falei rindo da reação dela.

– Isso é extremamente injusto! – Ela reclama.

– Eu sei, mas é uma boa tática. Se eu, por acaso, escolhi o lugar errado, você não vai saber e não vai poder desistir do nosso encontro! – Falei.

– Eu não sabia que você tinha essa parte insegura! – Nataly disse rindo. – Você é sempre tão confiante...

– Não quando se trata de relacionamentos... Não tive muitos para ser confiante sobre isso. – Falei.

– E quanto à todas as cozinheiras que seus pais falaram que tiveram que demitir? – Nataly pergunta.

– Eu disse relacionamentos, Naty. Garotas que significam mais do que sexo pra mim. – Expliquei.

– E isso soou estranhamente fofo. – Nataly disse. – Foi um elogio, certo?

– Sim, foi! – Confirmei.

– Então, nesse caso... Obrigada. – Ela disse rindo. – Se quer uma ideia de comida... Lasanha é o meu prato preferido... E eu gosto de rosas...

– Bom saber! – Falei rindo. – Então... Lasanha e rosas... Vou providenciar... Te vejo à 00am?

– Com certeza! – Nataly disse.

POV-HOPE

Entrei no escritório e levei um susto ao ver Scott.

– Eu sempre esqueço que você ainda está aqui. – Falei com a mão no peito. – Aliás, por que você ainda está aqui?

– Você me prendeu nesse escritório, lembra? – Scott disse.

– Eu não quis dizer nesse sentido. – Falei. – Quis dizer no sentido de: por que você ainda está acordado?

– Ninguém me pôs pra dormir ainda. – Scott disse. – Isso soou estranho. Parece que alguém vai me ninar pra que eu possa dormir!

– Deus... Suas piadas são uma tortura! – Falei.

– Minhas piadas são incríveis... Elas só têm um nível de inteligência maior do que o tipo de piada que todos gostam. As piadas para idiotas. – Scott disse.

– Tem um nome agora? E qual seria o nome para o seu tipo de piada? Piadas para psicopatas? – Perguntei. – Apenas aceite... Suas piadas são um lixo!

– Por favor... O lixo vai se sentir ofendido! – Kate disse entrando no escritório. – Afinal, lixo pode ser reciclado... As piadas do Scott não!

– É sério isso? – Kol pergunta entrando no escritório. – Vocês estão caçoando dele e nem me chamaram?

– Vocês acordaram de bom humor hoje, não? – Scott diz.

– Ah, nada melhor que uma boa noite de sono. Você sabe como é... Teve 17 anos de boas noites de sono. – Kate diz e todos rimos.

– Engraçadinha. – Scott disse revirando os olhos.

– Então... Alguém já falou com a Nataly ou com o Ansel hoje? – Kol pergunta. – Eu ia falar com eles, mas acho que devem estar dormindo.

– Ansel eu não sei... Mas Nataly foi na cozinha beber água hoje mais cedo e disse que ia tomar banho. – Kate disse.

– E eu vi Miguel saindo agora do quarto dela... Acho que ela já terminou o banho. – Completei.

– Miguel? – Scott pergunta.

– Sim, por quê? – Perguntei.

– Ah, nada demais. – Scott disse. – Só é engraçado como ele e Nataly são próximos! Isso na verdade me lembra de vocês dois... E acabou em casamento...

– O que está querendo insinuar com isso? – Kol pergunta com raiva.

– Eu não quero insinuar nada. É você que está interpretando errado. – Scott disse.

Kol deixa o escritório com raiva.

– Kol! – O chamei. – É incrível como você consegue estragar meu dia logo no começo dele!

Fui atrás de Kol.

POV-KOL

Fui até o quarto de Miguel e bati na porta.

(MÚSICA = I’m Gonna Do My Thing – Royal Deluxe)

– Olha, não que eu esteja reclamando ou algo do tipo, mas se você tivesse batido um pouquinho mais forte, eu não precisaria abrir. A porta já teria caído. – Miguel disse a abrindo.

– Guardei a minha força para bater em você. – O peguei pelo pescoço e o prendi contra a parede do corredor. – Eu disse para se afastar dela!

– E eu deixei bem claro que não tenho medo de você! – Miguel disse com dificuldade.

– Ah, você deveria! – Falei apertando ainda mais o seu pescoço.

Sou empurrado por alguém e quando vejo, estou sendo segurado por Klaus e Elijah.

Miguel cai no chão e Hope aparece, ajudando-o a levantar.

– O que está acontecendo aqui?! – Klaus disse com raiva. Ele e Elijah me soltam. – Como se não bastasse meus inimigos, agora meu próprio irmão quer machucar o meu filho!

– Seu filho começou! – Falei apontando para Miguel.

– Era você quem estava batendo na minha porta, Kol! – Miguel disse com um sorriso convencido nos lábios.

– E por que exatamente, Kol? – Hope pergunta.

– Porque Miguel está brincando com os sentimentos da nossa filha. – Respondi.

– Na verdade, o verdadeiro motivo é que você casou com um maluco. – Miguel disse.

– Miguel, do que ele está falando? – Klaus pergunta.

– Kol acha que eu e Nataly temos um relacionamento. Do tipo que ele tinha com a Hope. – Miguel explica. – Ele não entende que um garoto e uma garota podem ser apenas bons amigos! O que me faz pensar que talvez vocês dois devam ficar de olhos abertos. – Ele aponta para Hope e Klaus. – Afinal, ele não é o bom amigo da minha mãe?

– Miguel! – Klaus o repreende. – Eu sei que cada célula do seu corpo te diz para fazer o contrário, mas seria bom se você parasse de provocar Kol!

– Longe de mim, pai! – Miguel disse me encarando. – Como eu disse: Kol bateu na minha porta. Eu apenas abri! – Ele dá de ombros e entra em seu quarto.

Me viro e dou de cara com toda a família saindo de seus quartos, vendo a briga. Inclusive Scott na porta do escritório com um sorriso igual ao de Miguel.

– Kol, acho bom se explicar! – Klaus disse.

(...)

– Eu já disse! A culpa é do Scott! – Falei. – Ele colocou lenha na fogueira!

– E você deu ouvidos à ele. – Hope disse. – Kol, é o Scott! Nada do que ele diz é verdade!

– Lavínia avisou. – Kate disse. – Ele ia tentar se vingar. Nada melhor que jogar um contra o outro!

– Eu não quero saber! – Klaus disse. – Em momentos como esse, tudo o que temos é uns aos outros! Se perdermos isso, não sobrará nada, então, dá próxima vez que alguém da minha família tiver um problema com outro alguém da minha família, especialmente Miguel, venha falar comigo!

– Então... Que assim seja! – Harold entra em casa e Freya estava atrás dele, tentando acalma-lo. – Eu tenho um problema com você, Klaus! Quando estava planejando contar que você prendeu minha irmã feito um animal no cemitério?

– Isso já é um pouco de exagero! Eu tirei as correntes! – Klaus responde.

– Você a prendeu no cemitério! Era isso que tinha em mente quando se casou com ela? – Harold pergunta.

– Harry, Lavínia estava fora de controle. Esse era o único jeito de contê-la! – Hope disse.

– Não era o único jeito! – Harold disse. – Lavínia é teimosa, eu sei. Mas isso foi exagero!

– E onde estava você com uma solução melhor? – Klaus pergunta. – Eu fiz o que precisava fazer, Harold. Porque eu estava lá! Eu olhei nos olhos de Lavínia e sabia que ela não mudaria de ideia! Me desculpe se você não gostou, mas eu ao menos fiz algo. E o que você fez além de transar com a minha irmã?

Harold ficou cabisbaixo.

– Você deveria tira-la de lá. – Harold disse. – Nataly e Ansel já estão fora de perigo. Scott não precisa mais ficar acordado. Vocês podem coloca-lo para dormir e trazê-la de volta! – Ele vai embora. Freya fica.

– Você não precisa dizer aquilo. – Freya disse.

– Seu namorado estava me dizendo o que fazer sobre o meu casamento, então sim, eu precisava dizer aquilo! – Klaus disse. – Algumas pessoas se esquecem do famoso ditado. “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher!”.

(...)

Fui para o quarto e Hope me seguiu.

– Se está me seguindo para ter certeza que eu não vou dar outra surra em Miguel, então está perdendo o seu tempo! – Falei.

– Tecnicamente você não chegou a bater nele! – Hope diz. – E eu não estou te seguindo. Só estou indo para o meu quarto! Que é o mesmo que o seu, já que somos casados!

– Tudo bem, pare de me julgar! – Falei.

– Eu não estou julgando! – Ela disse cruzando os braços.

– Sim, você está. Esse é o tom de voz que você usa para julgar alguém! – Falei.

– Eu só não entendo qual seria o problema se Nataly e Miguel estivessem juntos. – Hope disse.

– O problema é que ele é o tio dela! – Falei.

– Você também é o meu tio! – Hope disse.

– Miguel é mulherengo! – Falei.

– Você também era! – Hope lembra.

– Ele usa as pessoas! – Falei.

– Você inicialmente pretendia me usar, Kol. – Hope disse. – Devido à nossa história, você não pode julgar Miguel e Nataly. Quer dizer, se eles tivessem algo, o que não está acontecendo!

– Hope, é errado! – Falei. – Nataly poderia se machucar e eu não quero que ela corra esse risco!

– Eu corri o mesmo risco, Kol! – Hope disse. – Se é errado para eles isso quer dizer que é errado para nós também!

– Uma coisa não tem nada a ver com a outra! – Falei.

– Sim, tem! – Hope diz. – Kol, negar isso à Nataly significa que nossa história foi um mentira!

– Não foi! – Falei segurando seu rosto com as duas mãos. – Nossa história é linda, complicada e extremamente verdadeira! E isso é totalmente diferente do que seria Nataly e Miguel! – Respirei fundo. – Miguel tem esse longo histórico de quebrar corações. Eu só não quero que Nataly seja mais um desses corações!

– Kol, você tinha um histórico bem pior! – Hope disse segurando minhas mãos em seu rosto. – Eu não vou brigar com você por algo que não está nem acontecendo, mas se Nataly se apaixonar por alguém “ruim”, eu não quero que você se interfira!

– Não pode me pedir isso! Eu sou o pai dela! – Falei soltando Hope.

– Você se lembra quando meu pai nos separou? O quanto doeu? Um coração partido vai doer menos que a sua interferência. – Hope disse.

– Então, está dizendo que se eu sentir algo errado eu deva simplesmente sentar e assistir o coração da nossa filha ser despedaçado? – Perguntei dando as costas para Hope e colocando os braços na cintura.

– Não. Você deveria avisa-la, mas nunca tirar dela o poder de escolher o que ela quer. – Hope disse me abraçando por trás.

– Ela é uma adolescente. Não sabe nem escolher o lanche no Mc Donalds. – Falei. – E se ela fizer a escolha errada e isso quebrar o coração dela?

– Então nós vamos estar lá para ajudar a recolher os pedacinhos. – Hope deposita um beijo em minhas costas.

Aquilo me acalmou, mas eu ainda não achava uma boa ideia.

– Acha mesmo que eles não têm nada? – Perguntei.

– Kol, o lado bom de darmos essa liberdade para Nataly é que ela confiaria na gente e contaria se algo estivesse acontecendo. – Hope disse. – Ela não veio até mim. Ela foi falar algo com você?

– Não. – Falei.

– Então, você não tem nada com o que se preocupar. – Hope disse.

POV-MIGUEL

– Achei que você fosse pensar na minha proposta. – Scott disse. – Mas já tomou a frente e descobriu um jeito de deixar Kol bem nervoso.

– Eu não fiz nada. – Falei. – Na verdade eu fiz algo. Eu pensei na sua proposta.

– E qual a resposta? – Scott pergunta.

– Eu estou dentro. Mas não pense por um segundo que vamos envolver Nataly nisso. – Falei.

– Então... Só amigos, não é? – Scott pergunta.

– Isso já não é da sua conta, Scott. – Falei. – E então? Alguma ideia de como podemos separar Kol e Hope?

– Eu tenho algumas ideias. – Scott disse. – Você percebeu como todos ficaram nervosos quando Kol te atacou?

– Nada mais justo... Ele tentou me matar! – Falei.

– Exatamente... E é por isso que você é a chave. – Scott disse.

– O quê? – Perguntei.

– Kol não pode ir contra você, Miguel. Você é intocável! – Scott disse. – Ele sabe que muitas pessoas vão ficar contra ele se ele tentar te machucar. Mas ele é impulsivo.

– Onde quer chegar com isso? – Perguntei.

– Você precisa continuar a irrita-lo. Deixa-lo louco de raiva. Uma hora ou outra, ele cede e vai fazer algo estúpido. – Scott disse.

– Eu posso fazer isso. – Falei.

– Tem certeza? – Scott pergunta.

Eu estava apreensivo. Nataly não iria querer que eu fizesse isso.

Mas se eu não fizesse, Kol a levaria de mim.

– Tenho. – Falei.

(...)

POV-ANSEL

Fui até a parte de trás de casa. Carolyn estava lá com Richard e Mason.

Eu quase não conhecia aquela parte da casa. Quase ninguém a usava.

– Hey... Você chegou! – Carolyn disse. – Eu não fazia ideia que tínhamos uma piscina.

Vi uma garota loira e outra morena na beirada da piscina e Mason abraçado à loira.

– E eu não fazia ideia que as gêmeas do Alaric estavam aqui. – Falei.

– Elas chegaram hoje com a Caroline e a Bonnie. – Carolyn explica. – Lizzie é a loira e Josie a morena. Demorei para distinguir as duas também.

– E onde está Richard? – Perguntei. – Achei que ele estivesse aqui também.

– Ele foi ao banheiro. – Carolyn disse ainda encarando o trio na beirada da piscina. – Deveria ser um crime alguém ser tão bonito assim. Não consigo aceitar a beleza deles!

– Acho bom aceitar logo, Car. Mason e Lizzie são um casal. – Falei.

– Eu sei disso! – Carolyn disse. – Mas é um relacionamento aberto!

– Tipo uma suruba? – Perguntei.

– NÃO! – Carolyn disse. – Ansel! – Ela ficou vermelha.

– É a primeira coisa que passa na minha cabeça quando você fala “relacionamento aberto”. – Falei rindo da reação dela.

– Eles disseram que estão juntos, mas podem namorar outras pessoas também. – Carolyn explica. – Acha que eu tenho chance?

– Chance de entrar na suruba? É claro! – Falei.

– Quer parar de dizer isso?! – Carolyn disse rindo.

– Tudo bem... Vamos chamar de orgia então. – Gracejei.

– Ansel! – Carolyn me empurra rindo.

– Sabia que estamos do lado de uma piscina que quase matou o meu avô uma vez? – Perguntei. – Não quero ter o mesmo destino então pare de me empurrar!

– Tudo bem, então eu vou te empurrar para o outro lado. Mas você vai desejar ter caído na piscina. – Carolyn me empurra para o outro lado e eu me desequilibro, mas sou segurado por alguém.

– Você está bem? – Richard pergunta.

Olhei para Carolyn que ria da minha cara.

– Estou. Obrigado. – Falei recuperando o equilíbrio.

– E então? Vamos dar um mergulho ou não? – Miguel disse chegando com Nataly.

– Não acho que seja uma boa ideia na nossa situação, Miguel! – Falei.

– Eu falei com o meu pai. Ele disse que depois de vocês terem quase morrido ontem, nós todos merecíamos um dia de folga. – Miguel explica.

– Um pouco injusto. Nós que quase morremos e vocês que ganham o dia de folga? – Nataly pergunta cruzando os braços. – Na verdade eu fui a primeira a quase morrer! Eu merecia o dia de folga!

– Coitadinha... – Miguel disse fazendo biquinho. – Você vai ganhar um prêmio por ter quase morrido. – Miguel pega Nataly no colo enquanto ela se debatia e gritava. – Vai ser a primeira a cair na água! – Ele a joga na piscina.

– SÉRIO?! – Nataly gritou. – Você está marcado, Miguel Black Mikaelson! Eu vou me vingar!

– Pra isso acontecer, eu teria que estar na água também... – Miguel disse convencido.

– Sem problemas... – Carolyn o empurra e ele cai na piscina. – Quem é o próximo?

– Você! – Falei pronto para joga-la na água, mas Carolyn consegue reverter a situação e me empurra.

– Gostaria de um empurrãozinho, Richard? – Carolyn pergunta para o mesmo.

– Não, eu passo. Prefiro entrar por conta própria. – Richard disse e tirou sua camisa. Meus olhos não conseguiam desviar do corpo dele.

(MÚSICA = Come My Way – PLVTINUM)

– Cuidado pra não babar, maninho! – Nataly cochichou enquanto fechava a minha boca.

– Richard, é incrível como você demora pra tirar a roupa! – Miguel disse dando um pulo e se sentando na beirada da piscina. – Parece até que está fazendo strip-tease pra alguém!

– Talvez eu esteja! – Richard disse e olhou para mim e depois desviou o olhar rapidamente.

Miguel sorriu e se levantou.

– Então eu também quero! – Miguel disse.

– Que eu faça strip-tease pra você? – Richard pergunta.

– Não! – Miguel disse. – Também quero fazer strip-tease para alguém!

– Uh... Para quem? – Carolyn pergunta.

Miguel sorri.

– Pra quem quiser... – Miguel responde. – Eu estou com um nome em mente... Se você achar que é o seu... Fique a vontade pra aproveitar o show.

Miguel tira a camisa que estava grudada em seu corpo e dá uma leve rebolada.

Lizzie e Josie riem e vibram com a performance de Miguel. Carolyn também. Mason e Richard começam a rir.

Olhei para Nataly e vi que ela estava vidrada em Miguel.

– Cuidado pra não babar, maninha! – Falei fechando a boca dela.

– Tudo bem, eu também quero fazer parte disso! – Mason disse se levantando e se juntando à Richard.

Os dois começam a rebolar enquanto Mason tira a camisa, olhando para Carolyn em forma de provocação. Talvez, no final das contas ela tivesse uma chance na orgia...

– Tudo bem, eu não consigo competir com gêmeos! – Miguel disse.

– Então, junte-se à nós! – Richard disse.

Então os três começaram a rebolar juntos. Carolyn e as gêmeas gritavam enlouquecidamente.

– Okay, chega! – Richard disse parando de dançar.

– Desculpe garotas! O show acabou! – Miguel disse.

– Mas nunca se sabe... Ainda pode ter um show privado... – Mason disse piscando para Carolyn.

– Vamos todos pra piscina? – Carolyn disse tentando disfarçar o nervosismo. – Eu realmente preciso de um mergulho!

– É, você está com muuuuito calor... Não é?! – Gracejei.

– É claro que ela está... Depois da minha apresentação solo e ainda por cima o meu bônus com os gêmeos... Quem não ficaria com calor? – Miguel disse. – Só espero ter afetado a pessoa que eu estava em mente...

Carolyn tira seu vestido e fica só de lingerie.

– O que foi? Meu vestido é novo e eu não fazia a mínima ideia que tínhamos piscina... Então... – Carolyn dá de ombros.

– Quer ajuda para entrar? – Mason pergunta.

– Não, ela tem pernas. Pode fazer isso sozinha! – Olhamos todos para trás e vimos Joe.

– Joe... – Carolyn diz envergonhada.

– Você e eu temos treino! – Joe disse tentando não olhar para Carolyn.

– Mas... Klaus nos deu o dia de folga! – Carolyn disse pegando seu vestido do chão.

– É... Mas acho que ele esqueceu de me avisar... – Joe disse. – Nesse caso, aproveite o dia de folga... Mas amanhã temos treino! Sem falta! – Joe disse e olha para Carolyn de cima a baixo. – Não que eu não goste de você vestida assim, mas seria melhor você usar um pouco mais de roupa... – Ele pisca para Carolyn e depois vai embora.

– Quem era aquele? Seu namorado? – Lizzie pergunta.

– Não. Ele é um pouco velho pra ela. – Nataly disse.

– Ele não parece ser tão velho! – Josie disse. Todos a encararam. – Ah, é claro... Vampiro!

– E que vampiro! – Lizzie disse. – Solteiro?

– Sim, mas é apaixonado por uma única mulher nesse mundo. – Carolyn responde.

– Minha mãe! – Miguel disse.

– Olha, ele me pareceu bem interessado na Carolyn... – Richard diz.

– Ele só estava fazendo graça. – Carolyn disse. – E então? Vamos nadar ou não?

(...)

POV-LAVÍNIA

Eu estava de braços cruzados, encostada na parede quando Josh chegou segurando Katherine com uma mão e uma cadeira com correntes na outra mão.

Klaus apareceu atrás dele, com as mãos nas costas, sorrindo de canto.

– Eu trouxe o elástico. – Klaus disse tirando as mãos das costas e mostrando e elástico.

Peguei de sua mão e fiz um coque alto em meu cabelo.

– Alguma restrição para algum tipo de tortura? – Perguntei olhando para Katherine, que já estava sendo acorrentada por Josh.

– Na verdade tem uma... – Klaus começa a falar. – Para ativar minha maldição de hibrido eu precisava de uma duplicata. Mas a duplicata precisava ser humana... O namorado de Bonnie já é o vampiro do ritual... Não poderia ter outro vampiro...

– E o que isso tudo quer dizer? – Perguntei.

– Katherina é humana agora. – Klaus disse. – Você pode perceber isso pelo pequeno corte que eu fiz em sua mão hoje... Ainda não cicatrizou... – Klaus disse mostrando a mão de Katherine. – Baseado nisso, acho que você deveria pensar bem nos seus métodos de tortura, amor! Ainda precisamos dela viva!

– É uma pena... Eu tinha tantas coisas na cabeça... – Falei fazendo biquinho.

Klaus para atrás de mim e estende a mão com uma faca.

– Lembre-se que Katherina é uma viajante... Tente não deixa-la possuir seu lindo corpinho... – Klaus diz.

– Fique tranquilo, amor! Ninguém vai possuir meu lindo corpinho. Em nenhum sentido! – Falei e peguei a faca. – E além do mais, eu tenho o feitiço anti-possessão... Acho que vale pra viajantes também...

– Espero que esteja certa! – Klaus disse. – E em caso de você extrapolar... – Ele pega um vidro com um liquido azul. – Não dê seu sangue para ela... Vimos o que aconteceu da ultima vez... – Ele me entrega o vidro. – Isso vai ajuda-la a melhorar aos poucos... Mas não é como sangue de vampiro, não vai curar... Mas ao menos ela não vai correr o risco de morrer!

Klaus e Josh vão embora.

– Então... Suas brigas de casal são bem mais complexas que a de outros casais... – Katherine comenta. – Klaus já enjoou de você?

– Eu tinha esquecido como eu odeio ouvir a sua voz! – Falei me ajoelhando na frente de Katherine.

– Odeia ouvir a minha voz ou odeia ouvir a verdade? – Katherine pergunta. – Você sabia que isso ia acontecer uma hora ou outra... A única mulher que vai ser permanente na vida de Klaus é a Hope... E as irmãs dele, mas Hope é quem sempre vai importar mais para ele!

– Nada mais justo! Ela é a filha dele! – Falei.

– Isso não te irrita? Nem um pouquinho? Saber que, pela primeira vez, você não vai ser a primeira opção? – Katherine pergunta.

– Não. Mas deve te irritar saber que você não chega a ser nem a segunda opção! – Provoquei. – Entre eu e Hope, Klaus vai escolher a Hope. Eu sei disso! Mas de qualquer forma, ele me ama! E o que você tem?

– Eu tenho a minha filha! – Katherine disse entre dentes.

– Não é disso que eu estou falando, KitKath! – Falei me levantando. – Eu gostaria de saber se, em algum momento, alguém te amou... Como uma mulher... Você já sentiu esse tipo de amor?

– Muitas pessoas já me amaram, Lavínia! – Katherine disse. – Como poderiam não amar?

– E esse amor continuou até agora? – Perguntei. Katherine ficou em silêncio. – Se acabou, não foi amor de verdade! – Sorri. – Vamos citar alguns nomes... Que tal Stefan Salvatore? Eu tenho certeza que você o amou... E talvez, por algum tempo, ele tenha te amado também. Mas ele percebeu quem você é de verdade e agora está casado com Caroline Forbes. E que tal Damon? Não sei se você o amou, mas ele definitivamente te amou... Pobrezinho... Passou um século obcecado por você... Mas agora ele está muito bem com a Elena... E que tal falar de Elijah? Kath... Até mesmo o nobre irmão desistiu de você... Isso não te deixa com raiva? Saber que ninguém, além da sua filha, vai te amar?

– Cale a boca! – Katherine vem para frente para tentar me atacar.

– Você começou! – Falei rindo. – Se quiser, eu posso finalizar aqui... Mas tenho muito mais para falar!

– Eu também... – Katherine disse. – Vamos admitir, Lavínia... Você age como se estivesse no controle, mas você sabe que Klaus pode te trocar a qualquer momento. O amor que ele sente por você, pode acabar. Como acabou com Aurora, ou com a própria Caroline... Eu sou testemunha do quanto ele era enfeitiçado pela Barbie vampira... Mas tudo acabou quando ele se apaixonou por você. Quem garante que se aparecer outra melhor que você, Klaus não vai te trocar?

– Você não sabe de nada sobre o meu casamento, Katherine! – Falei.

– Sei o suficiente para saber que você é só mais uma... Nem mesmo o fato de vocês terem um filho vai segura-lo, Lavínia! – Katherine disse. – Quer dizer, Hayley teve a primeira filha dele... Klaus e Hayley estão juntos agora? – Katherine sorri. – Mas é como você disse: se acabou, não foi amor de verdade!

– Você não sabe de nada! – Falei.

– Talvez, no final das contas, não sejamos tão diferentes quanto pensávamos... As únicas pessoas que vão nos amar incondicionalmente e para sempre, serão nossos filhos... – Katherine disse.

– Sabe, você já me irritou o suficiente! – Falei. – A partir de agora, você só vai abrir a boca se for dizer o nome do lobisomem!

– A verdade dói... Eu sei! Mas talvez agora você entenda o motivo pelo qual Klaus te prendeu aqui... Nós sabemos o quanto você pode ser maluca quando se trata de ciúmes... Talvez ele esteja te prendendo aqui para proteger o novo amor dele... Talvez eles estejam juntos agora! Você nunca vai saber... Está presa aqui, comigo! – Katherine disse e sorriu. – Como se sente com isso?

Apertei a faca em minha mão e enfiei na garganta de Katherine, que começou a cuspir sangue.

– Como você se sente com isso? – Perguntei. – Você parece estar engasgando... Tem algo na sua garganta? – Me agachei na frente de Katherine. – Acho que agora, tudo o que você vai fazer é engolir as suas palavras! Se conseguir engolir algo depois disso! – Tirei a faca de sua garganta.

Peguei o vidro e dei um pouco do liquido azul para Katherine beber.

Coloquei o vidro e a faca – agora ensanguentada – no chão e me encostei na parede.

Katherine estava fazendo aquilo para me provocar. Klaus não estava com outra. Mas ela estava certa sobre uma coisa: Klaus deixou de amar Aurora e Caroline... Por que seria diferente comigo?

Talvez já estivesse acontecendo... Talvez nesse momento, ele só me visse como um rostinho bonito para satisfazer suas necessidades... Ou talvez esteja com pena. Pena de abandonar a mãe de seu filho depois de tantas promessas de amor eterno. Ou pena por eu nunca ter recebido o amor dos meus pais nas horas que mais precisava...

Klaus ama Miguel e sabe o quanto o machucaria nos ver separados... Talvez esse seja o motivo pelo qual ainda estamos juntos. Ele quer proteger Miguel.

Em qualquer uma dessas situações, uma coisa era certa: Klaus está prestes a deixar de me amar.

E eu não estava nem perto de deixar de ama-lo. Nem agora, nem amanhã... Nem nunca!

(...)

POV-HOPE

Entrei no quarto da tortura, que já estava começando a ficar cheio.

Tristan já estava dessecado. Aurora e Lucian estavam perto de chegar na situação de Tristan. Nádia estava em um canto, em posição fetal, no chão.

– Ah, olá! – Trevor disse. Meu pai disse que só permitiria que ele ficasse aqui se fosse junto com as outras pessoas indesejadas da casa. – Acabaram de levar Katherina. Vão mata-la?

– Não. Mas vão tortura-la para que ela diga o nome do lobisomem que é a passagem. – Falei. – Acho que agora que meus filhos estão bem, nós deveríamos ter aquela conversa.

– Claro. – Trevor disse. – Mas antes disso, queria saber se nosso acordo continua firme... Depois que eu contar o que sei, nenhum dos seus parentes vão me matar, certo?

– Eu te dou a minha palavra, Trevor. E você ainda tem o feitiço. Ninguém pode te machucar. – Falei me sentando em uma poltrona. – E então? Eu estou pronta para ouvir.

– Por onde quer que eu comece? – Trevor pergunta.

– Como conheceu a Fe? – Perguntei.

– Quando os boatos das passagens foram provados reais. Todos queriam passar, mas Carolyn não deixaria. – Trevor disse.

– E o que Carolyn poderia fazer? Ela é humana. Todos os outros são mais fortes que ela. – Falei.

– Carolyn faz parte do que chamamos de intocáveis. – Trevor conta. – Os ancestrais a protegem. Se tentarmos algo com ela, seremos punidos.

– E Fe também faz parte dos intocáveis? – Perguntei.

– Mais ou menos. – Trevor disse. – A questão é que eu não sabia de Fe. Ninguém sabia. Ela era mantida em segredo pelos ancestrais. Ela é a mais intocável. – Trevor faz uma pausa. – Mas nenhum intocável é intocável para os ancestrais.

– Como assim? – Perguntei.

– Eles são a monarquia. – Trevor disse. – E podem ser bem cruéis às vezes. Especialmente quando alguém tenta ir contra eles.

– Fe faz isso, não é? – Perguntei.

– Ela quer sair dali. Pelo que me contou, ela foi a primeira a chegar lá de todos os seres sobrenaturais. E os ancestrais estão sempre a controlando. Ou ao menos tentando. – Trevor disse. – Depois que você matou Carolyn, os ancestrais a colocaram no mundo deles. E ela cuida de Fe desde então.

– Por que a Carolyn? – Perguntei.

– Fe nunca me contou. – Trevor disse. – Mas Carolyn tem uma grande influência sobre ela. Acho que pela sua bondade.

– Como assim? – Perguntei.

– Carolyn tenta ao máximo ajuda-la sem machuca-la. Mas às vezes Fe passa dos limites e Carolyn não tem outra opção a não ser pedir ajuda para os ancestrais. – Trevor explica.

– E eles punem Fe. – Completei. – Como funciona? Voltar à vida pelas passagens.

– Já esteve no mundo dos ancestrais? – Trevor pergunta.

– Não. – Respondi. – Nataly disse que você só consegue ver as passagens.

– É uma porta. Você passa por ela e vê apenas as passagens. As que estiverem mais perto. – Trevor diz.

– E quem eram? Você viu todas elas? – Perguntei.

– Eu só vi a Davina. – Trevor disse.

– Tem algo mais a dizer? Sobre as passagens ou sobre a Fe? – Perguntei.

– Tem algo. Sobre a Fe. – Trevor disse. – Eu posso estar ficando louco, mas algo nos olhos daquela menina... Eram como os de Klaus.

– Como os do meu pai? – Perguntei. – Em que sentido?

– Em todos os sentidos. – Trevor disse. – Um toque de maldade nos olhos azuis. São azuis, mas às vezes parece verde. E ao mesmo tempo em que eu via maldade em seus olhos, ela os piscava de uma maneira que a fazia parecer inocente.

– Trevor, o que você está querendo dizer? – Perguntei.

– Eu não sei. Mas Fe tem esse jeito... É algo que eu definitivamente já vi antes, mas não sei em quem. – Trevor disse.

– Que jeito? – Perguntei.

– Ela te manipula até conseguir o que quer... E mesmo você sabendo que não pode confiar nela, você cai na armadilha. Ela sempre usa as palavras certas para te convencer... Fe é manipuladora! – Trevor disse. – Ela conseguiu me convencer de que saber o nome dela, de onde ela vem... Não eram coisas necessárias. Eu não sei a ligação dela com vocês, mas espero que vocês consigam fechar essas passagens antes que ela passe.

– Nataly disse que Fe era uma boa pessoa. – Lembrei.

– Não quando ela quer algo desesperadamente. – Trevor disse. – Ela quer sair de lá e eu acho que tem um bom motivo para os ancestrais não concordarem com isso. São anciões... Esse tipo de gente sempre sabe de tudo!

– Mais alguma coisa? – Perguntei.

– É tudo o que eu sei. – Trevor disse.

– Pode ir. – Falei. – Você está livre pra ir embora e seguir com a sua vida!

– Pode pedir algo? – Trevor pergunta.

– Depende. – Falei.

– Onde Katherina está? Ela está com a srta. Black, não está? – Trevor pergunta.

– Você as conhece. Sabe que Katherine não vai cooperar sem uma boa tortura e que Lavínia ama torturar os outros. Às vezes só com suas palavras. – Falei. – Ela sempre usa as palavras certas...

Trevor olha para o chão com um olhar pensativo.

– E onde elas estão agora? – Trevor pergunta.

– Por que quer saber? – Perguntei.

– É algo pessoal, mas você não vai me dizer nada até que eu diga algo. – Trevor disse. –Tenho medo que quando srta. Black consiga o que quer, ela mate Katherina. E eu queria me despedir do meu grande amor para caso isso acontecer.

– Lavínia não vai matar Katherine. – Falei.

– Não agora, mas talvez quando as passagens se fecharem. – Trevor disse.

– No cemitério. – Falei. – Elas estão no cemitério.

Saí do quarto da tortura.

(...)

POV-NATALY

Eu já havia tomado banho e estava procurando uma roupa. Era o terceiro vestido que eu tentava.

Nada dava certo. Eu precisava de ajuda.

– Naty, eu preciso de ajuda... – Carolyn entra no meu quarto e fecha a porta. – Uou! O que é tudo isso? – Ela pergunta olhando para as roupas na cama.

– Eu meio que tenho um encontro e não faço a mínima ideia do que vestir. – Falei. – Me ajuda?

– Um encontro? – Carolyn pergunta incrédula. – Você ia morrer ontem e hoje tem um encontro!

– É... Eu sei... Loucura, né? – Perguntei. – Acho que está acontecendo tudo muito rápido. Talvez eu devesse desmarcar esse encontro!

– Não! – Carolyn disse. – Naty, é só um encontro... Não é como se vocês fossem casar ou algo do tipo... Está acontecendo tudo no tempo certo.

– Você disse que precisava de ajuda. O que é? – Perguntei.

– Acha que eu tenho alguma chance com o Mason? – Carolyn pergunta.

– Não. Ele tem namorada! – Falei.

– É um relacionamento aberto! – Carolyn diz.

– Tipo uma orgia? – Perguntei e imaginei a cena. – Eca! Não ouse fazer isso!

– Isso é alguma coisa de gêmeos ou é realmente a primeira coisa que se passa na cabeça das pessoas quando se fala “relacionamento aberto”? – Carolyn pergunta.

– Bem, considerando que nesse relacionamento é permitido mais de duas pessoas, por que não teria em todos os momentos do relacionamento? – Perguntei.

– Como assim? – Carolyn pergunta.

– Em momentos íntimos de um relacionamento. – Falei. – Bem íntimos!

– Eca! – Carolyn disse. – Vocês não entendem o que é um relacionamento aberto! – Carolyn disse abrindo meu guarda-roupa. – Significa que se Mason quiser se relacionar com outras garotas, ele pode, e ainda assim estaria tudo bem entre ele e a Lizzie e vice-versa!

– De qualquer forma... É um relacionamento à três... Ou mais! É uma orgia! – Falei.

– Mas você não respondeu a minha pergunta! – Carolyn disse tirando alguns vestidos do meu guarda-roupa e colocando em cima da cama. – Acha que eu tenho alguma chance de chamar a atenção do Mason?

– Car, você é linda e sabe como provocar alguém! Quer Dizer, cresceu com a rainha do flerte como sua mãe! – Falei.

– Então isso é um sim? – Carolyn pergunta.

– É um com certeza! – Falei.

– Ótimo! – Carolyn disse. – Agora, a sua vez! – Ela pega um vestido rosa, bem justo e curto e me entrega. – Se quer que tenha um segundo encontro, vai precisar marcar bem esse corpinho que Deus te deu!

– Isso nem é meu! – Falei. – Eu e minha mãe usamos o mesmo número e sempre confundem na hora de guardar as roupas. – Coloquei o vestido em cima da mesa. – E não é muito a minha cara.

– Então... Esse! – Ela pega um vestido azul claro, curto, que deixava os ombros a mostra. – É super romântico. Totalmente o seu estilo!

– É bem melhor que o primeiro! – Falei pegando o vestido. – Vou precisar por alguma coisa por cima.

Carolyn volta a mexer em meu guarda-roupa e de lá tira um blazer vermelho.

– Esse! – Carolyn disse. – E com esses sapatos! – Ela volta para o guarda-roupa e abre a sapateira. Ela pega uma sandália branca com salto médio. – Prontinho! Agora falta a maquiagem e as joias!

– Já sei! Batom vermelho! – Falei indo procurar o mesmo.

– Não, não, não! – Carolyn me para no meio do caminho. – Um batom claro.

– Por quê? – Perguntei.

– Você sabe o quando é horrível beijar alguém com batom vermelho? – Carolyn pergunta. – Você vai ficar toda manchada e o seu Romeu também!

– Carolyn, tá pra nascer alguém como você! – Falei rindo.

(...)

POV-LAVÍNIA

Katherine já estava melhorando, mas ainda estava sangrando e com dificuldade para falar.

Klaus aparece com Josh.

– Uou! – Josh exclama. – Você sabia que ela é humana agora, não é? Sabe que isso dói pra caramba e ela não vai se curar.

– É, eu sei. – Falei olhando para o chão.

– Vamos leva-la para o hospital antes de irmos para casa. – Klaus disse. – Pode esperar no carro, eu já estou a caminho.

– Sim senhor! – Josh graceja.

Ele desacorrenta Katherine e a leva embora.

– E então? Conseguiu tirar algo dela? Além de sangue, é claro... – Klaus pergunta. Cruzei os braços e fiquei em silêncio, sem encara-lo. – Lavínia? – Continuo em silêncio. – Agora você não vai falar mais comigo?

– Acredite, você vai preferir que eu fique de boca fechada. – Falei.

– Não. Eu prefiro que você fale comigo. Eu entendi que estou de castigo por ter te colocado aqui, mas não é pra tanto! – Klaus disse.

– Eu realmente não quero falar, Klaus. – Falei.

Klaus se aproxima e segura meu rosto, me fazendo olhar em seus olhos.

– O que Katherina disse que te deixou assim? – Ele pergunta.

– Nada! – Falei afastando sua mão e o fazendo soltar meu rosto.

– Ela definitivamente te disse algo. Algo que te deixou ainda mais nervosa comigo. – Klaus disse. – Apenas saiba que o que quer que ela tenha dito, é mentira!

– Não, não é! – Falei. – Pela primeira vez na vida, Katherine disse algo que realmente é verdade, Klaus!

– E o que seria? – Klaus pergunta.

– Como você esqueceu Aurora? Ela foi o seu primeiro amor, como você a esqueceu? – Perguntei.

– Por que está me perguntando isso? – Klaus pergunta cruzando os braços.

– Na verdade, vamos para um caso mais recente. Caroline. Quando foi que você esqueceu o quanto ela te encantava? – Perguntei.

– Lavínia, seja direta. O que você está tentando dizer? – Ele pergunta.

– Eu só queria entender pra me preparar. – Falei.

– Se preparar para quê? – Ele pergunta.

– Pra quando você me esquecer! – Falei. – Porque certamente vai acontecer!

Klaus fecha os olhos e começa a rir enquanto massageia as têmporas.

– Você não está fazendo isso, Lavínia! – Ele diz. – Eu me recuso a acreditar que você esteja realmente falando sério!

– Acredite no que quiser, Klaus. Mas no fundo você sabe que é verdade! – Falei. – Você as amava! Do mesmo jeito que diz me amar!

– Do mesmo jeito que DIZ ME AMAR? – Klaus repete. – Lavínia, quantas vezes você já não deve ter dito a algum homem que o amava? Se fossemos considerar isso, então eu talvez devesse ficar mais inseguro que você!

– E nenhuma delas era verdade. Eu dizia sabendo que era uma mentira e que eu não sentia nada por eles! Você as amou! Você não só disse, mas sentiu! – Gritei. – E as esqueceu depois de conhecer alguém mais interessante! Como vou saber se você não vai fazer o mesmo comigo?

– Porque eu me casei com você! – Ele grita.

– Quando você ainda me amava! – Falei. – Isso não significa que você não vai parar de me amar e me dar um pé na bunda assim que achar alguém melhor que eu!

– Tudo bem, resumindo essa DR... Você acha que eu vou parar de te amar e te abandonar? – Klaus pergunta.

– Você não vai parar de me amar... Você já parou! – Falei.

– Então, basicamente você está duvidando do meu amor por você? – Klaus pergunta. – Se acha que eu não te amo mais, então por que não foi embora ainda?

– Porque eu te amo! Eu não quero te deixar e não quero que você me deixe! – Gritei com lagrimas nos olhos.

– Se você duvida do meu amor, então por que eu deveria acreditar que você ainda me ama? – Klaus pergunta.

– É completamente diferente! – Falei.

– Não, não é! – Klaus diz. – Katherina vai voltar amanhã. Talvez você deva se concentrar mais em tirar algo de útil dela do que acreditar no que ela diz sobre o nosso casamento.

– Eu não acreditaria se não fizesse sentido! – Falei.

– E não faz. – Klaus diz e vai embora.

Assim que ele saiu, as lagrimas começaram a escorrer pelo meu rosto e me sentei no chão.

(...)

POV-NATALY

Abri a porta do porão me preparando para o breu total.

Para minha surpresa, havia uma vela no canto de cada degrau da escada.

Fechei a porta e comecei a descer os degraus.

Quando terminei de descer, encontrei Miguel me esperando com uma vela em uma mão e uma rosa na outra.

– Quem diria... Miguel Black Mikaelson pode ser romântico quando quer... – Falei.

– Dependendo da pessoa, eu posso ser um verdadeiro cavalheiro. – Ele disse.

– Eu nem perguntei se você estava bem... Sabe, depois do meu pai... – Falei.

– Não vamos deixar o seu pai estragar o nosso primeiro encontro... – Miguel disse. – Ou qualquer outra coisa que possa acontecer entre nós. – Ele me entrega a rosa.

– Tudo bem... Vamos? – Perguntei pegando a rosa.

Miguel sorri e deixa a vela no chão.

– Vamos... Mas antes... – Ele me beija. Era um beijo calmo. Ele segurava minha cintura enquanto eu rodeava seu pescoço com os meus braços. – Acho que eu te devia um beijo decente... – Ele disse quando paramos o beijo e ficamos apenas abraçados.

– O outro também tinha sido bom. – Falei.

– Não seja mentirosa... Você não deve nem se lembrar. – Miguel disse.

– Ah, acredite, eu me lembro. – Falei. – Mas estava quase esquecendo... Obrigada por refrescar a minha memória!

– Eu posso fazer de novo se você quiser... – Miguel disse.

– Tentador... Mas eu estou com fome, então... – Nos soltamos e eu comecei a puxa-lo até a janela que tínhamos achado quando Scott ainda estava dormindo.

– É sério? Vai trocar os meus beijos por comida? – Miguel pergunta.

– Eu sou esfomeada... – Falei dando de ombros. – Vai ter que se acostumar com isso!

– Se você prometer que não vai me dar um pé na bunda por um prato de lasanha, então eu vou me acostumar. – Miguel disse.

– Não posso prometer isso! É lasanha! – Falei. – Mas, eu definitivamente não vou te dar um pé na bunda... Se você entender que o primeiro prato de lasanha sempre será meu!

– Fique tranquila... Não vou me interferir no seu relacionamento com a lasanha... – Miguel disse.

(...)

Miguel parou o carro em frente ao Rousseau’s e nós descemos.

– Tem certeza que isso é uma boa ideia? Da ultima vez que viemos aqui, a Cami era a barista. – Falei.

– Ela resolveu continuar estudando para psicologia em outra cidade... Ela vem às vezes nos visitar, mas não trabalha mais aqui. – Miguel diz. – Mas, um amigo meu trabalha. E ele me devia um favor. Então eu pedi que ele fechasse o bar mais cedo hoje.

– Uau! Desse jeito vou começar a me sentir importante. – Falei.

– Você é importante! – Miguel disse abrindo a porta do Rousseau’s para mim.

O lugar estava vazio e com uma mesa posta.

– Você ultrapassou totalmente as minhas expectativas... – Falei me virando para Miguel. Ele estava me encarando e sorrindo, sem dizer nada. – O que foi?

– Nada. É que no porão eu não consegui ver o quão bonita você está. – Miguel disse.

Senti meu rosto queimar e resolvi me sentar à mesa.

Antes de se sentar, Miguel foi até o balcão e voltou com duas lasanhas de micro-ondas.

– Eu peço desculpas, o nosso chefe é um pouco inexperiente. – Ele disse colocando uma das lasanhas no meu prato e a outra no prato dele. – O favor só cobria o lugar... A comida ia ficar por minha conta...

– Está perfeito. – Falei. – E você nem queimou a lasanha!

– É lasanha de micro-ondas. É só ler as instruções. – Miguel disse.

– Mas você está olhando para a pessoa que consegue queimar qualquer coisa mesmo lendo as instruções. Às vezes nem chegava a ir pro fogo e já estava queimando... – Contei. – O mesmo acontece com macarrão instantâneo...

– E quem cozinha pra vocês? Quer dizer, eu sei que não é a Hope. Já comeu o arroz dela? – Miguel pergunta. – Horrível ainda não é suficiente pra descrever. – Eu ri. – É sério... Mas não chega a ser pior que a comida da minha mãe!

– É sério? Lavínia parece ser aquele tipo de pessoa que sabe fazer tudo maravilhosamente bem. – Falei.

– Comida não é uma dessas coisas. Sem brincadeiras, eu vi Deus quando comi a comida dela! – Miguel disse.

– Ainda bem que era Deus e não Lúcifer! – Falei.

– Eu não acharia tão ruim. Mas seria terrível se eu visse o arroz da Hope. – Miguel graceja.

– Ou a comida da sua mãe! – Lembrei.

– Ou o arroz da Hope misturado com a comida da minha mãe! – Miguel finge ter calafrios. Nós dois rimos.

Começamos a comer a lasanha e quando percebi, Miguel estava segurando a minha mão em cima da mesa.

– Miguel... Eu quero que isso dê certo! – Falei. – Quero muito!

– Eu também. Acho que os dois quererem isso já é o primeiro passo para dar certo. – Miguel disse.

– Em caso de dar certo... O que vamos fazer sobre o meu pai? – Perguntei. – Não vamos manter isso em segredo para sempre, não é?

– Até onde eu sei, meu pai tentou separar os seus pais inúmeras vezes. Mas eles tiveram uma pequena ajudinha dos belos olhos azuis de Lavínia Black e hoje em dia são casados e tem filhos... Por que nós não poderíamos ter essa mesma chance? – Miguel pergunta.

– Então, basicamente, nós somos os únicos que podem estragar isso. – Falei. – Eu não quero estragar isso!

– Nem eu. – Miguel pareceu apreensivo por alguns segundos.

Quando eu estava prestes a perguntar se ele estava bem, um homem de cabelos compridos entra desesperado no Rousseau’s.

– Por favor, me ajudem! Eu estou sendo perseguido por duas mulheres... Elas querem me matar! – O homem diz.

– Calma! Explica isso direito! – Miguel disse se levantando e indo até o homem. Eu fiz o mesmo.

– Elas eram as minhas namoradas... E agora querem me matar! – O homem disse.

– Como você se chama? – Perguntei.

– Henrik. Henrik Mikaelson! – Ele responde para o nosso espanto.

Continua...


Notas Finais


Eaeeeee? Gostaram?
Aqui as roupas q foram citadas no cap de hj:
Lavínia - https://www.polyvore.com/81/set?id=225037256
Nataly - https://www.polyvore.com/82/set?id=225438984
Eu imagino o Henrik como o Alexander DiPersia.
E não sei se eu já coloquei isso no cap onde os gêmeos do Tyler apareceram pela primeira vez, mas eu imagino o Mason e o Richard como o Thomas Doherty.


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