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História Forbidden Love - Season 4 - Begin Again - The Last Outbreak PT. 1


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


OLÁ MEUS ANJOOOOOOS!
Gnt, eu não me aguentei!
Vou postar hj msm!
Esse cap é o comecinho do surto da Hope, que vcs tanto esperaram...
Vai ter um pouquinho de Scate...
Um pouquinho de Mitaly...
E eu só posso dizer q vamos "ver" a Fe no próximo cap (já q nesse ela não vai aparecer)
E no próximo cap vamos ter mortes...
Só pra vcs prepararem o coração...
Queria saber o q vcs estão achando do Scott "bonzinho"?
E é isso... Espero q gostem!!

Capítulo 16 - The Last Outbreak PT. 1


 

Acordei com dor de cabeça. Olhei no relógio e vi que ainda estava de madrugada. Kol dormia feito pedra ao meu lado.

Desci até a cozinha e peguei um copo d’água. Antes que eu pudesse dar um gole, levei um susto ao ver Henrik atrás de mim.

– Desculpa! Não quis te assustar! – Ele disse se afastando. – Uau! É estranho olhar para você e pensar que você é filha do Nik.

– Você se acostuma. – Falei deixando meu copo na bancada.

– O que faz acordada? – Henrik pergunta.

– Dor de cabeça. – Falei. – Coisas de bruxos negros.

– Você deveria tomar um remédio. – Henrik sugere. – Você pode tomar remédio para dor de cabeça, não é? Deus, eu realmente não sei muito sobre bruxos negros!

– Sim, eu posso tomar remédios, mas não é como se eles fossem adiantar de alguma coisa. – Falei rindo.

– Sabe, eu conheço algumas bruxas bem poderosas... Elas também tinham muita dor de cabeça. – Henrik conta. – Uma delas costumava tomar um chá de ervas para retardar sua magia e parar a dor de cabeça. Elas dormiam por horas e voltavam renovadas!

– Isso parece interessante. Mas na nossa situação, não posso retardar meus poderes ou sequer dormir por horas. – Falei me virando de costas para Henrik e abrindo a geladeira para pegar algo para comer. – Mas obrigada pela dica. – Peguei uma barra de chocolate na geladeira e me virei novamente para Henrik, que havia sumido.

Apenas ignorei aquilo, peguei meu copo com água e minha barra de chocolate e voltei para o quarto.

Coloquei tudo no criado mudo e olhei para os meus braços. As veias negras circulavam cada vez mais rápido e aquilo significava que o surto estava próximo.

Eu já não conseguiria mais evitar.

Peguei meu copo com água e o virei de uma vez. Senti uma tontura e então a minha dor de cabeça passou.

Me deitei na cama e, rapidamente, voltei a dormir.

(...)

POV-NATALY

Eram 8am e eu e Josie estávamos treinando no escritório de novo, mas dessa vez com Kate nos ajudando. E é claro, com Scott assistindo.

– Tudo bem, acho que está bom por hoje. – Kate diz. – Vocês estão controladas. Isso já é bom o suficiente.

– Acho que deveríamos treinar outras coisas além da magia. – Falei. – Quer dizer, eu ainda sou parte lobisomem.

– Magia é melhor do que as suas habilidades de lobisomem. As quais você sequer ativou ainda! – Scott comenta. Ele estava deitado no sofá, olhando para o teto.

– Mas ela ainda precisa treinar seu lado lobisomem. – Kate disse sem encara-lo.

– Quer saber, podemos falar disso mais tarde! – Josie disse prevendo a grande briga dos dois. – Agora, vamos falar sobre esse casamento bizarro da Hayley! Achei que ela e Elijah estavam bem!

– E eles estavam. Minha avó não consegue parar de chorar desde que deu a notícia do casamento. – Falei. – Ela e Jackson sequer combinam! É um casal estranho!

– Às vezes, casais estranhos podem dar certo. – Scott disse se levantando do sofá e vindo até nós. Ele para e começa a encarar Kate, que lia um grimório. – Seus pais são um exemplo disso!

– É diferente! – Falei. – Meus pais se amam! – Assim que percebi o que havia acabado de dizer, olhei para Scott. Eu sabia que ele amava minha mãe. – Me desculpe, Scott. Esqueci completamente que você é apaixonado pela minha mãe.

– Ah, que bonitinho! Você se importa com os meus sentimentos. – Scott diz. – Não se preocupe. Eu superei isso!

– Então nesse caso: é completamente diferente. Eu sei que meus pais são um casal estranho por ser um incesto, mas eles se amam. Minha vó e Jackson não se amam! – Falei.

– Scott tem razão em um ponto... – Josie diz. – Às vezes, casais estranhos podem dar certo. Hayley pode começar a amar Jackson em algum momento. Talvez não do jeito que amava Elijah, mas...

– Não vai ser a mesma coisa. – Falei.

– Estamos rodeadas de várias casais estranhos que deram certo e alguns que ainda podem dar certo. – Josie disse.

– Exemplos. – Pedi.

– Seus pais, Richard e Ansel... – Josie começa a lista. – Miguel e Lizzie...

– O quê? – Perguntei.

– Eu devo ter esquecido de comentar, mas Lizzie está um pouco interessada no Miguel. É um casal estranho, mas pode dar certo. – Josie disse dando de ombros.

Vi que Scott estava me encarando, esperando que eu dissesse algo.

– E Miguel está interessado nela? – Perguntei.

– Não. Lizzie me contou que Miguel disse que estava em um relacionamento. – Josie disse e eu não pude evitar de abrir um pequeno sorriso ao ouvir aquilo. – Mas é a mesma situação do Jackson com a Hayley... Miguel pode começar a se interessar pela Lizzie. Ela é ótima em conquistar os garotos. – O sorriso se desmanchou.

– Ah, Nataly... Acho que ouvi seu pai dizendo que não queria te ver aqui enquanto eu estivesse acordado. – Scott disse. – Pelo bem de todos, você deveria ir.

– É, eu deveria. – Falei. – Te vejo depois, Josie!

POV-SCOTT

Josie havia saído logo depois de Nataly e eu e Kate estávamos sozinhos no escritório. Ela lia um grimório e simplesmente ignorava a minha presença.

– E então? O que você tanto procura nesse grimório? – Perguntei quebrando o silêncio.

– Nada que seja do seu interesse. – Ela responde sem me encarar.

– Sabe, eu estava pensando... Ontem, você disse que não queria ser amiga DESSE Scott. – Me lembrei. – E depois tentou concertar falando que não queria ser amiga de nenhum Scott. Isso significa que você seria minha amiga do Scott bom?

– Talvez. – Ela diz. – Por que você está interessado em ser meu amigo? – Ela pergunta finalmente me encarando.

– Você meio que já me perguntou isso ontem. – Falei me lembrando.

– Ah, claro. – Kate diz voltando a ler o grimório. Ela olha para a página mais uma vez e a arranca. – Eu tenho que ir. – Kate diz e sai do escritório.

 (...)

POV-NATALY

Fiquei andando de uma lado para o outro em frente ao quarto de Miguel.

Foi quando eu olhei para a porta e me decidi, adentrando o quarto sem sequer bater.

– Miguel, nós precisamos... – Não consegui terminar a frase ao ver Miguel apenas de toalha na minha frente.

– Precisamos o quê? – Ele pergunta se aproximando. Eu não conseguia terminar de falar, estava muito hipnotizada com o corpo de Miguel. – Naty?

Me virei de costas para Miguel. Era o único jeito deconversar com Miguel enquanto ele estivesse daquele jeito.

– Precisamos conversar. – Completei.

– Isso pareceu sério... Por que não se vira para mim e então podemos conversar? – Miguel pergunta. Eu podia perceber que ele estava fazendo aquilo de propósito.

– Claro. Assim que você se vestir. – Falei.

Senti Miguel se aproximando de mim.

(MÚSICA = Bad Things – Machine Gun Kelly ft. Camila Cabello)

– Ou, podemos esquecer essa coversa e fazer algo mais divertido. – Ele diz beijando meu pescoço. – Eu não vou precisar me vestir pra isso...

Lentamente, Miguel me vira de frente para ele, e só então eu percebi o quão próximos estávamos.

Miguel começa a me beijar calmamente.

– Você vai pro inferno por fazer isso comigo! – Falei entre beijos.

– Se você estiver lá, eu não me importo. – Miguel disse me beijando e me direcionando até a sua cama.

Nos deitamos enquanto o beijo se intensificava.

– Não, não não! – Falei parando o beijo. – O que temos que conversar é sério!

– Okay... – Miguel revira os olhos. – O que é tão sério que estragou esse momento maravilhoso?

Miguel estava em cima de mim, e eu estava com os braços em volta de seu pescoço. Enquanto olhava em seus olhos azuis, imaginei que talve fosse besteira.

Mas então me lembrei o quão bonita Lizzie era e o quão fácil seria para ela seduzi-lo.

– Quando ia me contar sobre Lizzie estar interessada em você? – Perguntei.

– Eu na verdade não estava pensando em contar... Não achei que era importante! – Miguel disse indiferente.

– Mas é! Na verdade não é, mas ao mesmo tempo é... – Me enrolei com as palavras. – Você está interessado nela também?

– Naty? Você está com ciumes? – Miguel pergunta com um sorriso.

– Não... Só estou preocupada! – Falei o empurrando e então me sentando na cama.

– Em outras palavras, você está com ciumes! – Miguel disse também se sentando na cama. – Então, nesse caso, eu não tenho interesse algum na Lizzie.

– Não? – Perguntei.

– Não. Na verdade tem um garota em quem eu estou interessado... – Miguel disse. – Ela é loira, meio baixinha, olhos azuis... Um pouco ciumenta...

– Idiota! – Falei rindo e dando um tapa leve em seu ombro.

– Eu estou falando sério! – Miguel disse rindo. – Estou muito, muito interessado nela. – Ele disse beixando meu ombro. – Mas apenas por ela!

– Acho que eu fui um pouco estúpida, não é? – Perguntei.

– Eu não te julgo... Com o meu histórico, você deveria desconfiar. – Miguel disse dando de ombros. – Agora... Podemos voltar a fazer o que estávamos fazendo antes? – Miguel pergunta vontando a me beijar.

Voltamos a nos beijar e dessa vez, eu fiquei em cima de Miguel enquanto nos beijávamos.

– Miguel, eu preciso... AI MEU DEUS! – Nos soltamos quando Carolyn entrou no quarto.

Me levantei da cama e fui até Carolyn. Fechei a porta do quarto – a qual ela havia deixado aberta quando entrou.

– Acho que agora seria uma boa hora para me vestir. – Miguel disse se levantando também.

(...)

Depois que Carolyn se acalmou, Miguel já estava vestido.

– Por que vocês não me contaram? – Carolyn pergunta.

– Talvez pelas ameaças de morte que eu ando recebendo... – Miguel disse se deitando na cama.

– Tudo bem, isso atrapalha totalmente os meus planos! – Carolyn diz.

– Seus planos? – Repeti me sentando na cama.

– Eu vim aqui pedir um favorzinho para o Miguel. – Carolyn diz. – Ouvi dizer que Lizzie tem certo interesse em você...

– É, muita gente tá sabendo... – Miguel disse.

– Eu estava pensando... Se você pudesse... Intrete-la por um tempo enquanto eu e Mason... Vocês sabem o resto. – Carolyn diz.

Miguel se senta e olha para mim.

– Bem, Car... Você está na frente da minha namorada. – Miguel disse. – Se a Naty dizer que sim, então eu te ajudo!

– O quê? – Eu e Carolyn perguntamos ao mesmo tempo.

– Eu não tenho interesse algum em “intreter” a Lizzie. Mas eu tenho muito interesse no meu relacionamento. “Intreter” Lizzie pode complicar o meu relacionamento, então... – Miguel diz. – Está nas suas mãos, baby! – Ele olha para mim e eu olhei para Carolyn.

– Naty, por favor! – Carolyn pede. – Por favor, por favor, por favor! – Ela pediu se ajoelhando no chão.

– Só uma perguntinha: se Mason e Lizzie têm um relacionamento aberto, por que você precisa que ela se distraia para poder transar com o Mason? – Perguntei.

– Porque Lizzie vai ficar grudada no Mason se não tiver algo melhor para fazer hoje a noite! – Carolyn disse ainda ajoelhada no chão. – E eu não vou transar com o Mason. – Carolyn disse.

– Mas vão chegar perto. – Miguel complementa.

– Não está ajudando! – Carolyn disse fuzilando Miguel com o olhar.

– Eu geralmente não ajudo! – Miguel disse sorrindo. – Bem, seja lá qual for a sua decisão, eu tenho algumas coisas para fazer agora. – Ele se levanta e me dá um selinho. – Não faça nada que vá te deixar desconfortável mais tarde!

– Miguel! – Carolyn o repreende.

– Amo vocês! – Miguel diz e então sai do quarto.

– Naty... – Carolyn se levanta do chão. – Apenas pense! Eu vou te deixar pensar com calma, sem te encher o saco. – Ela sorri e então sai do quarto também.

POV-MIGUEL

Entrei no escritório e encontrei Scott, sentado no sofá, olhando para o nada.

– Uma pergunta: quando foi que você percebeu que você sentia algo pela Nataly? – Scott pergunta ainda sem me encarar.

– O quê? – Perguntei.

– Não tente negar. Eu quase consegui vi o fogo do inferno nos olhos dela quando a Josie disse que a Lizzie estava interessada em você. – Scott disse. – E então? Quando?

– Quando ela estava quase morrendo e eu percebi que não queria que ela morresse sem antes descobrir se o que eu sentia por ela era apenas amizade ou algo mais. – Respondi. – Por quê?

– Como exatamente você se sentia antes de descobrir isso? – Scott pergunta.

– Bem... Eu achava Nataly linda e corajosa e eu adorava o quão inteligente ela era. E o sorriso dela... Os olhos... – Respondi.

– Ah merda! – Scott diz.

– Por que você está me fazendo todas essas perguntas? – Perguntei.

– Acho que eu estou apaixonado. E não é pela sua irmã. – Scott disse finalmente me encarando. – É horrível! Toda vez que a Kate chega, meu coração dispara! Minhas mãos começam a suar e eu não sei o que dizer!

– Kate? – Perguntei.

– E tem isso também... Quando eu fico nervoso acabo falando demais! – Scott disse.

– Essa é a primeira vez que você se apaixona, não é? – Perguntei.

– Eu sou um psicopata... O que você acha? – Scott diz.

– Então, quer dizer que você vai desistir do plano? Se você não é mais apaixonado pela Hope, então não odeia o Kol. – Raciocinei.

– Eu ainda o odeio. E eu disse que ACHO que estou apaixonado pela Kate. – Scott corrige. – E de alguma forma, eu sinto todas essas coisas pela Hope. Gosto do quão esperta ela é, o quão bonita...

– E a Kate? – Perguntei.

– Eu gosto de irrita-la. Ela fica extremamente sexy quando está nervosinha! – Scott disse com um sorriso malicioso. – E ela meio que me entende... Tivemos histórias parecidas com as nossas famílias. Gosto do quão forte ela é!

– De qualquer jeito, você vai me ajudar a derrubar Kol, não é? – Perguntei.

– É claro que vou! – Scott confirma.  – Agora, temos que falar sobre os detalhes do nosso plano...

– Antes de qualquer coisa, eu preciso focar nos meus pais. – Falei. – Eles estão prestes á se separar. Eu sei que você não se importa, mas poderia me ajudar?

– Você está certo, eu não me importo com eles... Mas me importo com você! – Scott disse revirando os olhos.

– Sério? – Perguntei.

– É... Eu acho que sim. Você é o mais próximo que eu tive de um amigo. – Scott disse. – No que posso ajudar?

– Eu preciso tirar a minha mãe de... Onde quer que ela esteja. – Falei. – Minha mãe precisa se desculpar com o meu pai. Mas ela não vai poder fazer isso se ainda estiver presa.

– Essa é a parte fácil. O desafio será fazê-la se desculpar! – Scott disse.

– Essa parte é com os meus pais. – Falei.

– Vai realmente deixar a parte mais difícil para eles fazerem? – Scott pergunta rindo.

– Vou correr o risco e acreditar que o ego deles não vai ser tão grande quanto o amor. – Falei. – Vai me ajudar?

– Eu vou tentar. – Scott disse. – Mas não tenho ideia de como vamos tirar a sua mãe de lá.

– Eu meio que já pensei nisso. – Falei meio hesitante.

– E então? Qual o plano? – Scott pergunta.

– Preciso que você me sequestre! – Falei decidido.

Scott me encarou como se o que eu havia dito era um absurdo.

– Você sabe que eu, de fato, já te sequestrei uma vez, não é? – Scott pergunta.

– Sim. – Confirmei.

– E também sabe que a sua mãe foi possuída por um demônio depois disso, não é? – Scott pergunta.

– Isso foi depois de ela ter achado que eu morri. – Corrigi.

– E depois que descobriu que você estava vivo, ela me deu uma baita surra. – Scott completa. – Não há um um universo paralelo onde esse plano seria considerado bom!

– Nós dois sabemos que meu pai só vai tira-la de lá em caso de emergência. – Falei.

– Em outras palavras, no caso de eu fugir. – Scott diz.

– Se você fugisse e ainda como um bônus me levasse, minha pai não hesitaria em libertar a minha mãe! – Falei. – É um plano infalível!

– E depois disso? Sua mãe vai me esfolar! – Scott diz. – E depois de me esfolar, ela vai me colocar para dormir e você não vai ter ninguém para te ajudar a derrubar Kol!

– Vale lembrar que eu sou o único que pode te colocar par dormir. – Falei.

– Ela ainda vai me esfolar! – Scott disse. – Você não conheço sua mãe do jeito que eu conheço! Você a conheço como a mamãezinha que conta histórias antes de dormir, o lado bom dela! Eu a conheço com a mulher que olhou nos olhos do diabo e disse “hoje não, satã!”. O lado ruim!

– Scott, ela não vai te machucar porque eu não vou deixar! – Falei. – Eu posso inventar algo! Dizer que você me protegeu! Que você não me machucou!

– Engraçado, porque eu te protegi e não te machuquei da ultima vez, mas mesmo assim, ela socou minha cabeça até ter certeza que fez um buraco no meu crânio! – Ele diz. – O problema não é nem a surra que eu vou levar. Caso você não se lembre, eu não posso sair daqui!

– Eu tenho um plano para essa parte. – Falei. – Acha que eu consigo intensificar um feitiço de barreira?

– Qualquer um consegue. – Scott disse. – Mas como isso pode ajudar a me tirar daqui?

– É parte do meu plano para te tirar daqui. – Falei. – Tudo o que você precisa fazer é irritar um certo alguém e isso, nós sabemos que você consegue fazer muito bem!

– Isso não está me cheirando bem! – Scott disse.

– Confie em mim! É um plano infálivel! – Falei.

(...)

Saí do escritório e dei de cara com Carolyn.

– O que estava fazendo ai dentro? – Ela pergunta.

– O que você está fazendo aqui fora? Parece que estava me esperando! – Falei.

– E eu meio que estava... Mas não mude de assunto! Sabe que deveria manter distância dele! – Carolyn diz.

– Eu só vim buscar um grimório! – Falei.

– E cadê o grimório? – Ela pergunta.

– Carolyn, o que você quer? – Perguntei mudando de assunto. – Se Nataly disse sim para aquela maluquice, então esquece! Eu não quero fazer aquilo!

– Ela disse que ia pensar! – Carolyn disse. – Mas agora, eu estou bem menos interessada nisso.

– Bom pra você! – Falei dando tapinhas em seu ombro e indo embora.

POV-SCOTT

Depois de alguns minutos que Miguel havia saído do escritório, Hope entra.

– Ah, você ainda está aqui! – Ela diz ao me ver.

– Você vai sempre falar isso quando me ver? Está começando a ficar chato! – Falei. – E então? O grande dia está chegando?

– Grande dia? – Hope pergunta. – Que grande dia?

– Ah, você sabe... O dia do show da Lady Gaga! – Gracejei. – Estou falando do surto, Hope.

– Surto? – Ela pergunta.

– É, o surto! Estamos sozinhos! Não precisa fingir que não sabe que vai ter um surto. – Falei. Vi que Hope parecia surpresa com o que eu havia dito. – A não ser... – Ri ao perceber o que estava acontecendo. – Fiquei me perguntando quando você apareceria!

(...)

POV-NATALY

Eu estava sentada na sala, lendo um livro.

– Hey. – Carolyn diz se aproximando de mim. – Acabei de acordar. Minhas olheiras devem estar enormes!

– O quê? – Perguntei confusa.

– Eu não sei o que deu em mim! Dormi feito pedra! – Carolyn diz.

Aquilo tudo estava estranho.

Vi minha mãe descer as escadas.

– Bom dia garotas! – Ela diz. - Ou melhor, tarde. Acabei dormindo demais.

E as coisas só ficavam mais estranhas... Assim que saí do quarto de Miguel, a vi entrar no escritório.

– Não foi a única. – Carolyn disse.

Respirei fundo e me levantei do sofá, deixando Carolyn falar sozinha.

Eu precisava falar com Miguel!

POV-MIGUEL

Eu estava na cozinha, pensando em meu plano para tirar Scott do escritório, quando Carolyn entrou na cozinha.

– Car, você está me perseguindo ou o quê? – Perguntei já impaciente.

– Mas é a primeira vez que eu te vejo no dia, Miguel. – Ela diz.

– Ah, claro! – Falei ironicamente. – Até parece que você não foi até o meu quarto me pedir para flertar com a Lizzie enquanto você se pega com o Mason!

– Por que você iria flertar com a Lizzie? E aliás, po que eu precisaria disso? Eles tem um relacionamento aberto! – Carolyn diz. – Você está muito estressado! Precisa de uma namorada!

Ela diz e sai da cozinha.

POV-SCOTT

– Você foi mais esperto dessa vez. – Ela diz já com sua verdadeira aparência.

– Dessa vez? – Perguntei.

Ela tira de seu bolso a página do grimório que Kate havia levado.

– Foi um risco me passar pela bruxinha do cabelo roxo. Ela podia acordar a qualquer momento e me desmascarar. – Ela diz. – Mas ainda bem que eu corri o risco, ou nunca adivinharia que você está se apaixonando por ela! Eu aprovo! Sempre gostei da Kate!

– Não é como se eu tivesse pedido pela sua aprovação, mamãe. – Falei fuzilando Nataly com o olhar.

– De qualquer forma, eu teria descobrido depois de ouvir a sua conversa com o Miguel. – Ela disse dando de ombros.

– Sabia que é feio ouvir atrás da porta? – Perguntei.

– Incesto também é feio, mas acontece constantemente nessa família. – Ela diz.

– O que você veio fazer aqui? – Perguntei.

– Cheguei ontem em New Orleans. Descobri que Klaus prendeu Lavínia em algum lugar e que você estava acordado. – Ela responde. – Pedi para Sarah fazer um feitiço de aparências e me infiltrei na casa para descobrir onde Lavínia está. Não descobri ainda onde ela está, mas em compensação, descobri outras coisas bem interessantes.

– O que mais você descobriu além de que Hope vai ter um surto? – Perguntei.

– O básico. – Ela diz indiferente. – Hayley vai se casar com alguém que não é o Elijah, você está apaixonado por Kate, uma tal de Lizzie está interessada em Miguel, Nataly está com ciumes por causa disso, já que ela e Miguel estão namorando... Já falei que descobri que você está apaixonado pela Kate? – Ela pergunta. – Ou melhor, você ACHA que está apaixonado pela Kate.

– Por que isso é tão engraçado para você? – Perguntei.

– Não é engraçado, só é uma ótima notícia! – Ela diz. – Significa que você consegue sentir algo. Que não está completamente perdido.

– E agora você se importa com isso? – Perguntei.

– É claro que me importo. Eu sou a sua mãe. – Ela responde.

– Isso não te impediu de virar as costas para mim como todos fizeram! – Falei entre dentes.

– O que esperava que eu fizesse? Ficasse do seu lado e te ajudasse a causar um apocalipse? – Ela pergunta.

– Estava esperando que você cumprisse com o seu papel de mãe e tentasse me salvar da escuridão! – Falei. – Mas como você poderia fazer isso se sequer acreditava que existisse algo bom para tentar salvar? Você perdeu a esperança. Assim como todos!

– Acha que ainda estaria vivo se todos tivessem perdido a esperança em você? – Ela pergunta.

– Eu não acho nada! Mas eu tenho certeza de uma coisa: você é a pior mãe que poderia existir nesse mundo! – Falei com raiva.

Nataly me encarou por alguns segundos.

– Você está certo. Eu sou! Eu falhei com todos vocês! – Ela diz. – Mas eu estou tentando concertar! Nesse tempo em que estive fora, eu passei um tempo com Derek e Sarah. Enquanto estava no mundo dos ancestrais, me reconliei com Carolyn. Harold e eu estamos dando passos pequenos. Lavínia e eu estamos nos aproximando cada vez mais. – Ela dá um passo em minha direção. – Você é o único com quem eu ainda preciso me redimir. E é isso o que eu vou fazer! Seja lá o que você Miguel estejam planejando, eu vou ajudar!

– Como? – Perguntei.

– Com as informações que eu consegui no dia de hoje. – Ela responde. – Eu ouvi o plano de vocês para fazer Klaus soltar Lavínia. E o plano “infalível” de Miguel para te tirar daqui. Acho que sei um jeito para torna-lo realmente infálivel!

– E se não quisermos a sua ajuda? – Perguntei.

– Nós queremos. – Olhamos para a porta do escritório e vimos Miguel. – Se ela foi esperta o suficiente para enganar todos nós, então ela pode ajudar muito no nosso plano.

(...)

– Pronto? – Nataly perguntou. Estávamos no porão para fazer o feitiço. Ela estava arrumando duas fileiras de velas no chão para que eu pudesse começar o feitiço.

– E se alguém descer? – Perguntei.

– Hayley não vai sair do quarto por nada nesse mundo. Ela não para de chorar. Elijah resolveu se isolar também. Henrik e as sereias saíram e provavelmente não vão voltar tão cedo. Os seus amigos foram com eles. E o restante... De madrugada, eu misturei uma erva na água deles. Ninguém vai acordar até que acabemos isso. – Nataly explica.

– Mas Hope e Carolyn já acordaram. – Falei.

– Hope tem magia negra. A erva só funciona na magia ligada à natureza, que é pouca no caso dela. Ela acordaria mais cedo de qualquer forma, mas não se preocupe... Ela tem coisas mais importantes para se preocupar. – Nataly explica.

– E a Car? – Perguntei.

– Bem, eu não sei explicar direito... Eu esqueci que ela é humana. A erva não deveria ter funcionado nela. Mas de alguma forma funcionou pela tempo que eu precisei me passar por ela, então... – Nataly dá de ombros. – Em todo caso, pedi para Scott fazer um feitiço ocultador. Ninguém vai te ver.

– E você? – Perguntei.

– Eu vou estar fazendo a minha parte do plano. – Nataly responde. – Vou perguntar mais uma vez: pronto?

– Pronto. – Respondi decidido.

– Tudo bem. Quando Scott terminar a parte dele no plano, você vai a sentir derrubando a barreira e vai correndo para o seu quarto. De lá, Scott vai te sequestrar. – Nataly explica.

– Entendi. – Falei.

Ela me entrega a folha dos feitiços de barreiras que ela havia tirado do grimório.

– Boa sorte! – Ela diz e sobe as escadas de volta para a sala.

(...)

POV-KATE

Acordei super tarde e fui até a sala.

Percebi que estava vazia, o que era estranho. Isso significava que eu não era a única que tinha dormido até àquela hora.

– Kate! – Ouvi a voz de Hope atrás de mim. Ela parecia desesperada.

– O que aconteceu? – Perguntei já esperando pelo pior.

– Scott... Ele sequestrou Miguel! – Hope disse.

– O quê?! – Gritei e comecei a subir as escadas para ir até o escritório. – Como isso aconteceu?

– Eu não sei! Foi tudo muito rápido! – Hope disse. – Eu vi Nataly e depois...

– Espera, Nataly? Tipo, Nataly Black? – Perguntei.

– Sim! Acho que a vadia estava o ajudando! – Hope conta. – Eu tentei falar com meu pai, Kol... Ninguém acordava!

– Isso explica porque eu acordei tão tarde! – Falei.

Chegamos no escritório e eu comecei a procurar por Scott.

Quando me virei para Hope novamente, vi Nataly.

– Sua vez, meu bem! – Nataly disse e foi embora.

Me virei novamente e encarei Scott.

– Seu maldito! – Gritei com raiva.

Antes que eu pudesse falar algo mais, senti algo entranho percorrer pelo meu corpo.

– Me desculpe por isso! – Scott disse. – Mas você vai meio que me agradecer mais tarde.

– Meu ódio por você só aumenta cada vez mais! – Falei entre dentes e me dirigi à saída do escritório. Sou surpreendida quando sou barrada por uma barreira invisível. Me virei para Scott mais uma vez. – O que você fez?

– Intesifiquei a barreira. Agora estamos presos. – Scott diz. – A não ser que você desfaça a barreira... Então você está livre. E eu também!

– Você não muda mesmo! – Falei com raiva. – Continua manipulando os outros para conseguir o que quer, mas adivinha só? Não há nada que você possa fazer para me irritar que vá me fazer derrubar essa barreira!

– Eu não vou fazer nada para te irritar. Mas acredite, você vai querer sair daqui imediatamente quando eu te dizer o que eu tenho para dizer. – Scott disse.

– Dúvido muito! – Falei cruzando os braços.

– Então vamos lá: Hope vai ter uma surto. O último surto. – Scott disse me surpreendendo. – E está bem próximo, por isso, eu sugiro que vá ajuda-la agora.

– Você está mentindo! – Gritei. – Ela não vai ter um surto! Ela teria avisado!

– Do mesmo jeito que ela avisou que estava gravida dos gêmeos? – Scott pergunta. – É a Hope! Ela descobriu que ia ter um surto no mesmo dia que a vida de Nataly ficou em risco. Acha mesmo que eu contaria para alguém sobre o surto sabendo que isso tiraria o foco de Nataly?

Engoli em seco ao perceber que Scott estava certo. Era bem o estilo da Hope fazer aquilo.

– Por que você os odeia tanto? – Perguntei. – O que os Mikaelson te fizeram para que você os odeie tanto?

– Eles destruíram a minha vida! – Scott disse como se fosse óbvio.

– Não. Foi você quem começou essa briga! – Falei. – Eu sei que o seu ódio por eles existia antes de Sarah e Derek morrerem. E no caso, eles estão vivos de novo! Não pode ser por isso que você os odeia.

– Kate, pare! – Scott pediu.

– Apenas diga! – Gritei. – Por que você os odeia?

– Eles destruíram a minha vida! – Scott gritou com raiva. – Tudo o que eu sou, tudo que você odeia... Existe por culpa deles! Por culpa da Kira, mais especificamente.

– Como assim? – Perguntei.

– Ela amaldiçoou corações como os nossos receberem a magia negra. – Scott disse. – Seja uma boa pessoa e o que você ganha em troca? Esse lado psicótico que te faz machucar pessoas inocentes. Ela me arruinou! Ela nos arruinou!

– Até parece que você não gosta de ser um bruxo negro. – Falei. – Você sempre disse o quanto isso era bom. Que éramos especiais. Sempre pareceu amar ser um bruxo negro.

– Você também parece gostar de ser a regente do inferno. – Scott disse. – É assim que você se sente? Você gosta disso? – Fiquei em silêncio. – Se eu fosse viver cada dia da minha vida me culpando pelo que eu sou, eu ficaria louco! Então, eu apenas entrei no papel. Se Kira queria transformar pessoas boas em psicopatas, era isso que ela teria!

– Você não pode culpar todos os Mikaelson por algo que Kira fez. – Falei. – É doentio!

– Se eu sou doentio a culpa é da Kira. – Scott disse. – Eu tenho essa vozinha na minha cabeça, a qual você também tem. É o lado negro, te deixando louca! Mas no meu caso, é o meu lado bom! O lado que eu sei que se não existisse, tornaria as coisas bem mais fáceis!

– Como assim? – Perguntei.

– Eu poderia sair daqui apenas te matando. – Scott diz. – Se o seu coração paresse por apenas alguns segundos, seria suficiente para derrubar essa barreira. Mas a vozinha grita toda vez que esse pensamento cruza os meus pensamentos. Porque meu lado bom se importa com você! Se importa muito! O suficiente para controlar o lado negro de fazer algumas besteiras. Como te machucar.

Dei um passo para trás.

– Você não pode fazer isso. – Falei.

– Eu não posso mesmo. Me importo demais para te machucar. – Scott diz.

– Não, eu não estou falando disso... – Falei me afastando cada vez mais. – Você não pode chegar e me dizer essas coisas... – Encostei na barreira. – Você deveria ser o Scott que eu odeio! O Scott que não se importa com nada e nem com ninguém!

– Acredite em mim, eu gostaria de ser esse Scott. – Ele diz. – Mas essa parte já é culpa sua!

– Minha culpa? – Perguntei.

– Sim, sua culpa. – Scott disse. – Eu ainda seria o mesmo Scott se não tivesse me apaixonado por você. E isso é sua culpa!

Me virei de costas para Scott.

Eu não conseguia respirar com todas aquelas palavras se repetindo na minha cabeça. Não conseguia raciocinar direito.

E talvez por isso derrubei a barreira e saí correndo do escritório.

POV-SCOTT

Respirei fundo e me recompus. Eu precisava seguir com o plano.

Saí do escritório e fui correndo para o quarto de Miguel.

Me assustei ao ver Nataly lá.

– Scott. – Ela disse assustada.

– Droga. – Exclamei baixinho. – Me desculpe por isso. – Ergui minha mãe em sua direção e a fiz desmaiar.

Olhei para trás e então vi Miguel, olhando para Nataly, caída no chão.

– Por que fez isso? – Ele pergunta passando por mim e indo até Nataly.

– Você se atrasou! – Peguei um livro grosso em cima da mesa e acertei a cabeça de Miguel. – E eu odeio atrasos!

POV-HOPE

Eu estava no banheiro, zonza. As veias negras estavam circulando loucamente pelos meus braços.

Saí do quarto e vi que Kol estava acordado.

– Eu dormi bastante, mas você dormiu bem mais! – Falei escondendo meus braços.

– Eu não sei o que aconteceu. Em nem estava tão cansado assim. – Kol diz. – Devem estar todos achando que eu morri.

– Na verdade ninguém acordou ainda. – Falei. Só quando Kol olhou para mim eu percebi que tinha algo errado. – Todos acordaram tarde hoje. – Repeti a frase.

Eu e Kol saímos do quarto correndo.

Lá, encontramos todos os ontros saindo de seus quartos.

Ouvimos risadas vindo da sala e quando fomos ver o que era, vimos as crianças, Henrik e as sereias rindo.

– Onde está a Nataly? – Kol pergunta.

– E o Miguel? – Perguntei.

Antes de irmos para o quarto de ambos, passamos pelo escritório, que estava com as portas abertas.

Entrei hesitante e olhei por todo o escritório.

Meu coração acelerou quando percebi que Scott não estava lá.

– Onde aquele maldito foi parar? – Meu pai pergunta.

– Kol, procure Nataly no quarto dela. Eu vou ver o de Miguel – Saí correndo e Kol fez o mesmo.

Abri a porta e encontrei o quarto vazio. Havia um livro no chão e respingos de sangue.

Peguei o livro e li a capa. “Chapeuzinho vermelho”.

Abri o livro e li o que estava escrito dentro.

“Venha encontrar o lobo mal antes que seja tarde demais!”

XOXO, Scott

(MÚSICA = Afraid – No Wyld)

– Nataly não está no quarto dela! – Kol disse entrando no quarto de Miguel. Atrás dele estava meu pai e o resto da família.

– Hope, o que foi? – Meu pai pergunta.

Assim que assimilei tudo aquilo, deixei o livro cair no chão. Comecei a ter um ataque de pânico. Eu ouvia todos me chamando, mas eu não conseguia responder.

Comecei a andar pelo quarto todo, tentando me acalmar.

Fui até o banheiro e lavei meu rosto. Quando me olhei no espelho, vi as veias negras pelo meu rosto e os meus olhos negros.

Assim que ouvi Kol me chamar, voltei ao normal.

– O que aconteceu? – Kol pergunta.

– Ele os levou. – Falei respirando fundo. – Scott levou Nataly e Miguel.

– Não. – Kol disse. – Não, não não. Aquele filho da... – Kol respira fundo. – NÃO! – Ele grita e soca o espelho, o quebrando em milhões de pedaços.

– Está acontecendo de novo. – Meu pai disse. – Tudo de novo!

– Não foi por falta de aviso. – Falei me lembrando das palavras de Lavínia. – Você sabe que precisamos dela!

– Hope... – Minha mãe interrompe meu pai.

– Klaus, Scott sequestrou seu filho e a nossa neta! Seja lá o que aconteceu entre você e Lavínia, pode esperar! – Ela grita.

Ele olha para todos e para seu olhar em mim.

– Vou ligar para Josh. – Ele disse tirando seu celular do bolso e saindo do quarto.

– Se ele machucar a Nataly eu mesmo vou mata-lo! – Kol disse entre dentes.

– Precisamos manter a calma agora. – Freya disse colocando a mão no ombro de Kol.

– Manter a calma?! Como espera que eu faça isso com a vida da minha filha estando em risco, DE NOVO! – Kol grita.

– Scott não machucou Miguel da última vez. – Elijah lembrou.

– Scott precisava de Miguel vivo para o ritual! – Kol corrige. – Não há mais ritual e mesmo que houvesse, Nataly não seria importante para realiza-lo. Nada o impede de matar os dois!

– Ele não vai mata-los. – Falei.

– Como pode ter certeza disso? – Kol pergunta.

– Ele conheceu a fúria da Lavínia da primeira vez que levou Miguel. E ele vai conhecer a minha se machucar a minha filha! – Falei.

(...)

POV-LAVÍNIA

O celular de Josh começa a tocar e ele o antede na hora.

Sequer me esforcei para ouvir a conversa. Eu já não tinha animo para mais nada!

Josh me olhou assustado quando desligou o celular.

– Temos um problema. – Ele diz. – É sobre o Miguel.

Me levantei na hora.

– O que aconteceu com o Miguel? – Perguntei. Josh engoliu em seco. – Josh, diga logo!

– Scott o levou. – Ele disse de uma vez. – Scott fugiu e levou Nataly e Miguel.

O ar começou a rarear e eu estava sentindo meu sangue ferver de uma forma inexplicável.

Virei de costas para Josh e soquei a parede da cripta, a fazendo rachar.

– Eu vou mata-lo! – Falei entre dentes. – É hoje que eu mato aquele desgraçado!

– Klaus está tentando falar com Kate para te tirar daqui. – Josh diz.

– Eu já estou aqui. – Olhei para trás e vi Kate. Ela estava chorando.

Corri em sua direção e a abracei.

(...)

POV-HOPE

Estávamos no escritório fazendo um feitiço localizador para encontrar Nataly e Miguel.

– Não é possível! Eles não estão desaparecidos a tanto tempo para Scott já ter feito um feitiço de camuflagem! – Kol disse.

– Scott fez um feitiço de camuflagem para Miguel na primeira vez que o sequestrou. E nós o vimos levar Miguel. – Falei me lembrando.

– Eu posso ajudar. – Ansel disse. Tivemos que contar para todos eles. Henrik e as sereias também estavam ajudando. – Eu e Nataly somos conectados, lembra?

– Encontra-los vai ser fácil. – Freya disse. – Enfrentar Scott vai ser a parte difícil.

– Agora seria uma boa hora para termos a ajuda dos crescentes, Hayley. – Elijah disse sem encara-la.

– Vou precisar de um tempo para convencê-los. – Minha mãe disse.

– Estar noiva de Jackson já não é o suficiente? – Elijah pergunta.

– Elijah, não temos tempo para isso! – Meu pai diz. – Eu e Hayley vamos falar com os crescentes.

– Por que você vai junto? Eles te odeiam! – Kol comenta.

– Todo mundo me odeia, Kol. – Meu pai responde. – Mas eu realmente não me importo. Da última vez que fiquei parado sem fazer nada, encontrei o cadáver do meu filho. Não vou cometer o mesmo erro duas vezes. Vamos, Hayley.

Ele diz e sai do escritório, acompanhado da minha mãe.

Eu sabia que aquilo era porque ele não queria ver Lavínia, mas ignorei aquilo.

– Ansel, acha mesmo que consegue achar sua irmã? – Perguntei.

– Eu achei da última vez. – Ele responde. – Acho que posso fazer mais uma vez.

– Da última vez, você não tinha ativado seu lado negro. – Kol diz.

– Eu vou ficar bem. – Ansel responde. Ele se deita no sofá e fecha os olhos.

– O que fazemos enquanto isso? – Kol pergunta.

– Rezar é uma boa. – Falei.

(...)

POV-MIGUEL

Acordei com dor de cabeça. Passei a mão na área que doía e vi sangue.

Olhei em volta e vi que eu estava em um carrossel. Do meu lado estava Nataly, ainda desacordada.

– Naty! – Me ajoelhei na sua frente comecei a tentar acorda-la.

– Ela só está dormindo. – Ouvi a voz de Scott atrás de mim. – Ela teria acordado mais cedo se  eu tivesse batido nela como fiz com você, mas eu gosto da Nataly. Não queria machuca-la.

Me levantei e o encarei.

– Isso não era parte do plano! – Falei apontando para Nataly.

– É, eu sei disso! Mas Nataly estava no seu quarto quando eu cheguei! Eu não tive escolha! – Scott disse.

– Não precisava ter a sequestrado também! – Falei.

– Eu não pensei na hora! Eu estava nervoso! – Scott disse. – Mas de qualquer forma, vocês vão ser encontrados e eu vou sair como o vilão! COMO SEMPRE!

– Agora já está feito. Só precisamos esperar até eles chegarem. Você não nos camuflou, certo? – Perguntei.

– Não. – Scott responde. – Mas o lugar é camuflado em si. Se tornou um lugar maldito. – Scott explica. – Mas eles são espertos e vão saber onde estamos. Espero que façam isso antes da Hope ter o surto...

– O quê? – Perguntei.

– Bem, já está quase na hora, então... – Scott deu de ombros. – Sua irmã vai ter um surto. Ela não contou para ninguém, mas eu descobri. É questão de horas até ela surtar.

– Ao menos não vou ter que ver o dos gêmeos. – Falei.

– Como? – Scott pergunta.

– O surto começa quando se tem o sangue de Abaddon, não é? O último frasco era da Hope. Acho que os gêmeos não vão ter um surto no final das contas. – Falei.

– Não tem mais sangue? – Scott perguntou desesperado.

– Não. – Falei.

– Isso não é nada bom! – Scott disse.

– É claro que é! – Falei.

– Não, não é! – Ele grita. – O  sangue de Abaddon ajuda a controlar quando os surtos vão acontecer e divide em três fases. Ela só veio ao mundo duas vezes: no corpo de Carolyn e no corpo de Lavínia. Mas bruxos negros já existiam antes disso.

– O que você está tentando dizer? – Perguntei.

– Com ou sem o sangue de Abaddon, os gêmeos vão ter o surto. Um único surto com a intesidade de todos os três juntos! É muita magia para administrar! Eles vão enlouquecer e morrer! – Scott explica. – Por que acha que ninguém nunca ouviu falar nos bruxos negros antes de Abaddon possuir Lavínia?

– Todos morreram. – Falei. – Deve ter algo que podemos fazer para ajudar...

– Tem. Eu posso ajudar. – Scott disse. – Mas você vai precisar confiar em mim!

POV-HOPE

– E então? Consegue ver alguma coisa? – Perguntei para Ansel depois de um tempo.

– Não. Está tudo escuro! – Ansel disse ainda de olhos fechados.

– Porque Nataly está desacordada. – Kate disse entrando no escritório.

– Tipo incosciente? – Kol pergunta preocupado. – Tipo morta?

– Se ela estivesse morta, Ansel sentiria e ele morreria logo depois. Ela está viva. – Kate diz.

– Se você está aqui, isso quer dizer... – Nem consegui terminar a frase.

– Ela está se trocando. As roupas que ela estava usando não era exatamente apropriadas para a ocasião. – Kate disse.

– Quão brava ela está? – Kol pergunta.

– Com vocês? Só um pouco. – Lavínia entra no escritório. – Tão pouco que é quase inexistente. Mas Scott não vai ter essa mesma sorte.

Kol sorri e vai abraçar Lavínia. Eles se soltam e Lavínia olha apara todos no escritório.

– Ele foi para o pântano buscar os crescentes. – Falei já imaginando o que ela perguntaria.

– É claro que ele foi. – Lavínia disse com um sorriso triste nos lábios. – Bem, o que estava esperando para ir atrás daquele maldito?

– Estamos esperando Ansel se conectar com Nataly, mas ela não está consciente. – Kate explica.

– E não tem outro jeito de acha-los? – Lavínia pergunta.

– Eles estão camuflados. – Kol diz.

– Tão rápido? – Lavínia pergunta.

– Pois é! – Falei.

– Talvez Scott não tenha os camuflado. – Kate disse. – Talvez tenha os levado para um lugar camuflado com magia.

– Tipo onde? – Freya pergunta.

– O circo! – Lavínia diz. – É lá onde escondemos a primeira lâmina, o colar da Hope e tudo o que não pode ser encontrado.

– E por causa disso ele é camuflado? – Kol pergunta.

– É um lugar maldito por conta do circo de horror que eles fizeram da última vez. Não pode ser localizado com feitiços da natureza. – Kate explica. – É lá onde eles estão.

– E se Scott tiver feito os símbolos? – Kol pergunta.

– Eu vou poder entrar dessa vez. – Lavínia diz. – E ele sabe que mesmo se eu não pudesse, eu não perderia a chance de esfola-lo! Vamos!

Lavínia e Kol já haviam saído. Antes que eu pudesse fazê-lo também, Freya me segura.

– Eu e Kate vamos tentar falar com os ancestrais. – Ela diz. – Estou no lugar de Davina como regente, e ela é a regente do inferno. Acho que vai funcionar.

– Por que vocês vão fazer com eles? – Perguntei.

– Nós duas sabemos que a única pessoa que Scott ouviria, não pode entrar em New Orleans porque os ancestrais não deixam. Vamos tentar barganhar. – Freya disse.

– Eu e Marcel vamos recrutar os vampiros da cidade para ficar em frente do circo para caso Scott tentar fugir. – Rebekah disse. – Mas tome cuidado, meu amor. Scott ainda é o Scott.

Kate olhou para o chão quando Rebekah disse aquilo.

– Pode deixar! – Falei depositando um beijo em sua bochecha.

Passei pela porta do escritório e senti alguém me segurar. Era Kate.

– Não surte! – Ela diz e pisca para mim, voltando para o escritório.

Olhei para os meus braços e vi as veias negras circulando, agora lentamente.

– Vou tentar. – Falei para mim mesma.

(...)

Chegamos no circo.

– Eu não gosto desse lugar. – Kol disse o encarando antes de entrar.

– Entra na fila. – Lavínia disse dando tapinhas em seu ombro e adentrando o circo.

– Tudo bem, vai ser mais rápido se nos separarmos. – Kol disse.

Começamos a andar em direções diferentes e eu comecei a ouvir uma música tocar. Era a música do carrossel.

Eles só podiam estar lá!

Comecei a correr na direção da música e logo cheguei em frente ao carrossel. Nos espelhos vi meu reflexo, com os olhos pretos e um sorriso perverso. Estava na hora!

POV-LAVÍNIA

Resolvi entrar na casa espelhada.

Assim que entrei, vi Nataly amarrada em uma cadeira, desacordada.

– Nataly! – Corri até ela e me ajoelhei na sua frente. Comecei a dar tapinhas em seu rosto para tentar acorda-la. – Vamos lá! Você precisa acordar! – Comecei a dar tapas mais fortes. – Que tipo de madrinha eu seria se você morresse agora?

Foi quando senti algo atingir a minha cabeça.

Caí no chão e minha visão enbaçou.

Tudo que vi antes de desmaiar foram os cabelos negros de Scott.

POV-SCOTT

Arrastei Lavínia até o centro do pentagrama que eu havia feito.

Nataly estava começando a acordar.

– Antes que você tire conclusões precipitadas, eu estou fazendo isso para ajudar você e o seu irmão. – Falei acendendo as velas nas pontas do pentagrama.

– Como bater na Lavínia poderia nos ajudar? – Nataly pergunta com a voz fraca.

– Lavínia é a conexão que eu tenho com a Abaddon. – Falei. – Eu sei, ela tem o feitiço anti-possessão, o qual eu não posso quebrar... Mas eu posso bloquear por alguns minutos. – Fiz um corte em meu dedo e o pressionei contra a testa de Lavínia, deixando uma mancha de sangue.

– Como você pode fazer isso? – Nataly pergunta.

– Nós bruxos negros somos mais poderosos do que imaginamos. Nosso sangue... Pode fazer muitas coisas. – Falei. – Essa é uma delas.

Fechei meus olhos e me ajoelhei em frente ao pentagrama. Comecei a recitar o feitiço.

A chama das velas se insificou e Lavínia acordou com um longo suspiro. Ela se levanta e quando vejo seus olhos negros, tenho a confirmação de que o feitiço funcionou.

– Scott... É bom te ver novamente! – Abaddon diz sorrindo.

– Acho que não posso dizer o mesmo. – Falei me levantando. Abaddon desvia seu olhar para Nataly.

– É ela, não é? Um dos gêmeos. Ela é filha da Hope! – Abaddon disse fascinada. – Uma bruxa negra, que também me pertence.

– Ela não te pertence. Nem ela, nem Hope, nem Ansel, nem Kate... Muito menos eu! – Falei.

– Uau! Alguém ficou bravinho! – Abaddon disse fazendo bico. – Teria sido bem mais divertido se sua irmã tivesse te matado ao invés de te colocar para dormir.

– Eu não sei, talvez... – Falei dando de ombros. – Mas eu tenho certeza que vou me divertir com isso!

Peguei minha faca e cortei a garganta de Abaddon, que começou a sangrar incontrolavelmente enquanto caía de joelhos no chão.

Antes que ela começasse a se curar, eu corpo sua garganga mais uma vez. Por último, enfiei a faca em seu abdomen e a deixei lá.

Abaddon cai no chão, sangrando muito. Seus olhos negros somem.

– O que acabou de acontecer? – Nataly pergunta.

– Digamos que Abaddon fez uma doação de sangue para você e seu irmão. – Expliquei. – De nada!

Sou surpreendido quando Kol aparece e me lança contra os espelhos.

Ele corre até Nataly e a desamarra.

Miguel aparece logo depois. Eu havia mandado ele distrair Kol e Hope enquanto eu conseguia sangue para Nataly e Ansel. Ele olha para mim e eu aceno com a cabeça, para ele saber que tinha funcionado.

Ele corre até Lavínia, que ainda estava desacordada.

– Onde está a Hope? – Kol pergunta. – Se você a pegou...

– Eu não a peguei! – O interrompi. – Ela não passou por aqui!

Foi quando um grito estrindente quebrou os espelhos restantes – os que eu não havia quebrado quando Kol me arremessou – e fez Lavínia acordar puxando o ar.

Passei a mão em meu ouvido e vi que escorria sangue. Assim como o dos outros.

– O que foi isso? – Nataly pergunta.

– Aconteceu. – Falei. – Hope está tendo o último surto!

Continua...


Notas Finais


EAEEEEEE?
Gostaram? Preparem o coração para mt mais no próximo cap!
Pessoal, eu tô pensando em fazer uma conta no Instagram só pra fanfic... Ae eu posto spoilers... fotenhas de alguns trechos dos próximos caps... O q vcs acham?
Deixem ai nos coments...
Bjão, e até o próximo cap!


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