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História Forbidden Love - Season 4 - Begin Again - Bleeding For the Truth


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


Eae meus amores? Demorei? "SIIIIIIIIIIIM"

Psé, me desculpem por isso. O bloqueio criativo tava foda!

O q teremos nesse cap:
Kolpe s2
LaviKlaus s2 /2
Carolyn mega confusa
Rowena sofrendo (YAAAAAAS)
Personagem nova
Black's de volta à cidade (YAAAAAAS /2)

Não teremos nenhuma cena de RichSel (não nesse cap)
Nem o Henrik (vou explicar no próximo cap pq ele deu uma sumida)

O capítulo é bem curto, mas tá bem legal...

Boa leitura amores!

Capítulo 21 - Bleeding For the Truth


 

– Por que ela é tão pesada? – Falei enquanto eu e Kate arrastávamos Rowena pela escada para leva-la para o quarto de tortura.

– Acho que a pergunta certa é: por que nós estamos a arrastando quando o Miguel poderia estar fazendo isso?! – Kate diz.

– Vocês não se cansam de reclamar? – Miguel pergunta e acaba tropeçando em algo.

Ele pega o que o fez tropeçar.

– Esse não é o sapato da Lavínia? – Kate pergunta.

– E esse é o blazer do nosso pai. – Falei pegando a mesma, que também estava jogada no chão.

Nos entreolhamos, confusos e então entendemos o que aquilo queria dizer.

– Eca! – Nós três exclamamos ao mesmo tempo, enquanto eu e Miguel jogávamos as peças de roupa no chão.

– Isso significa que eles voltaram, certo? – Perguntei.

– Com certeza! – Miguel diz.

Quando percebo, Rowena estava acordando. Ela olha para nós três e sorri. Em seguida, todas as luzes do corredor começam a falhar e quando voltam ao normal, Rowena já não estava mais no chão, estava descendo as escadas.

Começamos a correr atrás dela.

POV-LAVÍNIA

(MÚSICA = Love So Soft – Kelly Clarkson)

Klaus se encontra deitado em cima de mim, com minhas pernas envolvendo sua cintura. Suas mãos passeavam pelas minhas coxas e subiam até minha bunda.

Ele depositava beijos demorados em meu pescoço e às vezes algumas mordidas.

Inverti as posições e me coloquei em cima de Klaus, o segurando conta a cama com a mão em seu peitoral.

– É muito egoísmo da nossa parte estarmos aqui enquanto poderíamos estar procurando a última passagem? – Perguntei segurando o lençol preto contra o meu corpo com a mão que não segurava Klaus.

– Talvez. Mas nós somos egoístas, então acho que não faz mal. – Klaus responde me jogando para o lado e voltando para cima de mim. – E não é como se alguém nessa casa estivesse fazendo algo diferente do que nós estamos fazendo agora...

Sorri e circulei seu pescoço com os meus braços, entrelaçando meus dedos em seus cachos. Klaus volta a me beijar calmamente.

Interrompemos o beijo quando ouvimos o barulho de algo quebrando na sala.

– Acho que alguém, de fato, está fazendo algo diferente do que nós estamos fazendo agora. – Falei.

– Ou estão fazendo o mesmo que nós, mas de uma forma mais selvagem... – Klaus diz dando de ombros.

Ele sai de cima de mim e começa a vestir sua cueca e sua calça.

Depois de vestir minhas roupas íntimas, peguei sua camisa preta no chão e quando estava prestes a vesti-la, Klaus a tira de minha mão.

– Ei! – Exclamei.

– Dá última vez que isso aconteceu, você vestiu uma camisa minha e Lucian ficou olhando para o seu lindo corpinho. – Ele pega meu vestido no chão. – E só eu posso fazer isso!

Revirei os olhos, peguei o vestido de sua mão e o vesti. Saímos do quarto, descemos até a sala e a encontramos completamente quebrada.

– Ainda acha que isso é algo que sexo selvagem faria? – Perguntei.

– Bem, ai depende... Se fosse nós dois, provavelmente o lugar estaria ainda pior. – Ele sussurra em meu ouvido.

Levei um susto ai ver um corpo caindo do terceiro andar.

Quando vejo o corpo levantar, vejo que era Hope, ofegante e com expressões de dor.

– Ah... Vocês saíram do quarto. – Ela diz ainda mais ofegante.

Quando percebo, outro corpo cai ao lado de Hope. Quando vejo os cabelos vermelhos já tive uma ideia de quem poderia ser.

– Essa é... – Klaus começa a falar.

– Rowena? Sim. – Miguel grita do terceiro andar.

Ele usa sua velocidade e desce até nós.

– Você a jogou de lá? – Perguntei.

– Sim. Eu sei, sou motivo de orgulho! – Ele responde.

Eu e Klaus saímos correndo em direção a Rowena, para ver se ela estava viva, e por sorte estava.

– Você sabe que ela poderia ter morrido, não é? – Klaus pergunta.

– E eu também... Obrigada pela preocupação, falando nisso. – Hope diz já recuperada.

– Você é um pé no saco. Não morreria tão fácil assim. – Falei. – Mas se Rowena tivesse morrido, você ativaria a maldição de lobisomem.

– Mas ela não morreu. – Kate aparece. – E nós temos coisas mais importantes para resolver agora.

– Não se passaram nem 24 horas e vocês já se meteram em confusão? – Klaus pergunta indignado.

– Nosso recorde! – Miguel comemora.

– Eu explico mais tarde o que aconteceu, mas agora, nós vamos precisar de vocês dois. – Hope diz. – Precisamos descobrir quem está ajudando Rowena. Nada melhor do que uma boa tortura pelos mestres da tortura.

Eu e Klaus nos entreolhamos.

– Levem-na para o quarto de tortura. – Klaus ordena.

(...)

POV-HOPE

Juntamos toda a família no quarto de tortura depois de termos amarrado Rowena à uma cadeira.

Aurora, Tristan e Lucian estavam dessecados no canto do quarto. Nádia, estranhamente, não estava lá.

– Então, alguém está a ajudando a te enlouquecer? – Henrik pergunta.

– Basicamente. – Respondi.

– E por que exatamente você manteve isso em segredo? – Kol pergunta.

– Podemos não discutir isso agora? – Perguntei. – Kate vai fazer um feitiço para acordar Rowena. Não podemos perder tempo quando isso acontecer.

Lavínia estava ajoelhada em frente a Rowena, a observando. Meu pai estava atrás de Lavínia.

– Por que vocês dois estão a encarando? – Henrik pergunta.

– Estamos apenas pensando em como vamos fazê-la falar. – Meu pai responde.

– Só precisamos tortura-la. Não é uma equação matemática! – Rebekah diz.

– Não é tão simples assim. Rowena é mais velha que vocês. Ela já passou por muita coisa. Não vai ser qualquer tipo de tortura que vai adiantar. – Lavínia explica se levantando e parando ao lado de meu pai. – O que você acha? Tortura psicológica?

– Poderíamos tentar, mas Rowena é esperta. Pode não funcionar. – Ele responde. – Podemos tentar asfixia-la e quando ela estiver perto da morte, nós paramos para deixa-la falar.

– Rowena não está com medo de morrer. Se ela estiver morta, nunca vamos descobrir quem está a ajudando e Hope enlouquecerá de qualquer forma. – Lavínia diz.

– Vocês dois às vezes me assustam. – Comentei.

– Por mais psicopatas que eles sejam, eles ainda se comunicam! – Kol comenta me fuzilando com o olhar.

– Kol, podemos focar no que realmente importa agora? – Perguntei.

– Isso importa agora. – Kol diz. – Mas tudo bem. Vamos deixar essa conversa para depois.

– Obrigada. – Falei sarcástica.

Kate entra no quarto da tortura e no mesmo instante, Rowena começa a acordar.

Ela abre os olhos, lentamente, e então olha para todos nós. Rowena sorri.

– Eu vou pegar os meus brinquedinhos. – Lavínia diz e sai do quarto.

– Você é esperta, garota. Mas deixou algo passar. – Ela diz olhando para mim.

– E o que seria? – Perguntei em um tom desafiador.

– Eu sou uma bruxa negra. – Ela diz.

– Ainda não entendi o que eu deixei passar. – Falei.

Rowena não diz nada, apenas continua com sua expressão vitoriosa.

Percebi que o quarto estava muito silencioso. Olhei em volta e me arrependi por ter feito isso.

Seus corpos estavam empilhados no centro do quarto. Todos estavam mortos. Todos que eu amava.

– Você está brincando com a minha instabilidade. E daí? Eu consigo aguentar. – Falei.

– Isso não tem nada a ver com a sua instabilidade, Hope. – Rowena diz. – Esse é o meu talento específico. Eu faço as pessoas verem seus maiores medos. Esse é o seu.

Olhei para as minhas mãos e vi sangue. Subi o olhar para Rowena e depois voltei a fitar as minhas mãos, que agora estavam normais.

Tudo havia voltado ao normal.

– O que foi isso? – Freya pergunta se sentando no sofá.

– Todos viram seus piores medos? – Perguntei.

– Ninguém está livre do meu talento. – Rowena diz.

– Talvez não ai dentro. – Miguel diz a um passo de entrar no quarto. Na frente de seus pés, havia uma linha com um pó negro. – Mas aqui fora, ninguém vai ser afetado. – Miguel sorri vitorioso. – Acho melhor todos saírem.

Todos começaram a sair do quarto. Antes de sair, dei uma última olhada em Rowena e então saí do quarto.

(...)

– Como vamos tortura-la se sequer podemos entrar no quarto? – Rebekah pergunta.

– Tem que ter um jeito. Sempre tem um jeito! – Kate diz.

– Foi tão ruim assim? – Lavínia pergunta.

– Ela nos faz ver os nossos maiores medos. – Freya explica. – Foi horrível.

– Eu vou entrar. – Lavínia diz dando de ombros.

– Klaus enfiou o brinquedinho tão fundo ontem que afetou seu cérebro ou você só tem problemas auditivos? – Kol pergunta.

– Eu ouvi perfeitamente, Kol. E ele pode enfiar o quanto quiser... Eu aguento! – Ela diz com um sorriso malicioso.

– Isso é extremamente nojento, por favor, nunca mais falem sobre isso na minha frente! – Miguel pede.

– A questão aqui é que eu conseguiria entrar. – Lavínia diz. – Eu meio que já vivenciei os meus maiores medos, então... – Ela dá de ombros. – Não custa tentar, certo?

Todos nos entreolhamos, receosos.

– Vamos apenas tentar. – Falei.

(...)

POV-LAVÍNIA

Entrei apreensiva no quarto de tortura. Rowena estava de cabeça baixa, amarrada à cadeira.

Até um momento, tudo estava normal. Olhei para trás e vi Klaus, Hope, Kol e Henrik do lado de fora do quarto, para caso algo acontecesse comigo.

Respirei fundo e me aproximei de Rowena, que ergueu o olhar para mim. Um calafrio percorreu o meu corpo quando meus olhos se encontraram com os dela.

– Ele ainda tem os seus olhos. – Rowena diz se referindo à Miguel.

– Sim ele tem. Mas se você não quiser ficar sem os seus, acho melhor começar a falar. – Ameacei.

– E também tem o seu gênio. E a impulsividade de Klaus. – Rowena continua sua lista. – Quanto tempo até que Miguel comece a repetir os seus erros, Lavínia?

– É o melhor que tem? – Perguntei. – Eu tenho uma lista imensa dos meus maiores medos e você escolhe o medo mais ridículo.

– Nenhum medo é ridículo. Se fosse ridículo, você não teria medo. – Rowena disse. – Na verdade, é o mais provável de acontecer. Miguel foi criado por pais egoístas e impulsivos. Ele acabará machucando alguém e você sabe que a culpa será sua.

– Já acabou, Rowena? – Perguntei.

– Não. Na verdade, eu só estou começando. – Rowena diz com um sorriso perverso.

Sinto duas mãos envolverem meu pescoço e começarem a me enforcar.

– Adivinha quem voltou? – Ouvi a voz de Abaddon.

Caí de joelhos no chão pela falta de ar.

Abaddon solta o meu pescoço e passa por mim, parando na minha frente. Ela me puxa para cima, me fazendo encarar seus olhos negros.

– Vadia! – Exclamei ainda me recuperando.

– Pronta para voltar para o outro lado do espelho? – Abaddon pergunta.

Ri com desdém.

– Pela terceira vez? Vai ser um prazer! – Soquei sua cara, e quando Abaddon cambaleou para trás, ela some. Olhei para Rowena, que ainda estava amarrada à cadeira. – Algo mais?

Sou atingida na cabeça por algo. Já caída no chão, me viro e vejo Scott.

– Olá irmãzinha. – Ele diz.

– O que ele faz aqui? – Perguntei confusa.

– Eu que pergunto... – Ele me chuta. – Você não havia me perdoado? – Scott grita.

– E eu perdoei... – Falei jogando a cabeça para trás e olhando para Rowena. – Você jogou pesado... Consegue usar até meus medos antigos.

Olhei novamente para onde Scott estava. Ele havia desaparecido, assim como Abaddon.

Me levantei e olhei para Rowena.

– Você é realmente difícil na queda. – Rowena comenta.

– É assim que uma pessoa fica depois de cair tão facilmente tantas vezes. – Falei. Peguei uma faca em cima da mesa. – Entenda, Rowena: eu já estive no inferno. Literalmente. – Comecei a me aproximar de Rowena. – Sem contar nas três vezes em que estive em um inferno pessoal feito pelo demônio mais amigável do inferno. – Mais um passo em sua direção. – Eu perdi um filho do qual eu sequer sabia da existência e acreditei ter perdido Miguel. – Parei na sua frente. – Eu perdi minha irmã. – Enfiei a faca na perna de Rowena e depois a retirei. – Fui abandonada pelos meus pais. – Repeti minha ação com a faca. – Descobri que sou o fruto da traição da minha mãe. – Mais uma vez. – Fui atacada e torturada pelos meus irmãos. – Outra vez. – E por várias outras pessoas. – Enfiei a faca de novo, mas dessa vez, não a retirei. Apenas fui aprofundando a lâmina cada vez mais. – Eu já vivi, literalmente, cada um dos meus medos. Ou seja, o seu “talento” não vai ter efeito algum sobre mim! Isso significa que eu tenho uma vantagem sobre você. – Girei a faca. – Você odeia isso, não é? Ter alguém um passo na sua frente? – Retirei a faca de sua perna. – Mas você deveria se acostumar com isso. Porque é assim que funciona quando se trata de Lavínia Black. – Sorri. – E então? Você vai dizer o nome do seu minion ou eu vou ter que refazer esse discurso. Porque eu posso fazer isso o dia todo!

– Que tal você ir para o inferno? – Rowena pergunta.

– Você ouviu alguma coisa do que eu disse? Eu já estive lá! – Falei. – Não gostei muito. Talvez pela pouca iluminação natural... Não sei. – Falei pegando uma cadeira e me sentando de frente para Rowena. – Vamos lá Rowena. Colabore comigo. – Rowena cospe em meu rosto. O limpei e me levantei. – Isso não foi muito legal. – Enfiei a faca em seu ombro e depois a retirei. Rowena prensa os lábios para não obter nenhum gemido de dor. Ela respira fundo e percebi que ela estava se curando. Olhei para suas pernas e só então percebi que elas também estavam cicatrizadas. – Hope, por que ela está cicatrizando? – Gritei para Hope.

– Bruxos negros tem o sangue de Abaddon no sistema e demônios podem se curar como vampiros. Nosso processo de cicatrização é mais lento, mas ainda é sobrenatural. – Hope responde.

– Eu acho que alguém burlou as regras. Ela está cicatrizando tão rápido quando um vampiro. – Falei.

Hope fica em frente ao quarto e olha para Rowena.

– Isso não pode significar algo bom. – Ela diz olhando para mim.

– Me diga uma novidade. – Falei sarcástica.

(...)

POV-MIGUEL

– Alguém está a ajudando. – Scott diz depois que eu explico nossa situação com Rowena.

– Já sabemos disso. Na verdade, é isso que queremos descobrir. Quem está a ajudando. – Falei.

– Não. Eu estou dizendo que isso é um feitiço. Alguém está acelerando a cicatrização dela com um feitiço. Provavelmente a mesma pessoa que está ajudando Rowena a enlouquecer Hope. – Scott explica. – E isso torna as coisas mais fáceis para descobrir ao menos a espécie da pessoa.

– Como? – Perguntei.

– Um truque que eu descobri. Dê a ela uma mistura do seu sangue com o de Hope. Assim como óleo e água, o sangue de um bruxo original não se mistura com o de um bruxo negro. E pode mostrar toda a magia contida em um corpo. – Scott diz. – Mostra o tipo de magia.

– Como assim o tipo de magia? – Perguntei confuso.

– Depois de tomar essa mistura, o sangue de Rowena vai mudar de cor. A primeira camada vai ser a da magia de quem está a ajudando e o resto vai ser da magia dela. As cores variam de acordo com a espécie. – Scott explica.

– Isso é um pouco estranho, mas estamos desesperados, então... – Falei. – Vamos nessa.

POV-HOPE

Estava no escritório, sozinha com Kol, em silêncio. Ele lia um grimório, deitado no sofá, e ignorava a minha presença, então eu esperava, encostada na parede, que ele apenas começasse a falar comigo.

Mas ele não o fez, e isso me fez perder a paciência que eu já não tinha.

Fui até ele e retirei o grimório de sua mão e me sentei na mesinha de centro. Kol se senta no sofá e começa a me encarar.

– O que foi? – Ele pergunta.

– Eu é que pergunto! – Falei. – Você está me ignorando!

– Não, eu não estou. – Ele diz. – Só não estou conversando com você, já que parece que você não gosta de conversar comigo.

– Só por que não te contei sobre tudo isso? – Perguntei. – Kol eu não queria preocupar ninguém. Achei que eu pudesse resolver isso sozinha.

– Mas você não conseguiu. Hope, estamos casados faz 17 anos, não me importa se você é a bruxa mais foda desse universo, ainda estamos casados! Você tem que me contar tudo! Estamos juntos nisso na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. – Kol diz.

– Até que a morte nos separe. – Falei baixando a cabeça. Kol segura meu queixo e me faz erguer a cabeça novamente.

– Você não me contou sobre os gêmeos. Não me contou sobre o último surto. Não me contou sobre essa instabilidade. Você não confia em mim? – Kol pergunta.

– É claro que confio! – Falei segurando seu rosto com as duas mãos. – Não há ninguém em quem eu confie mais nesse mundo. – Dei-lhe um selinho.

– Então por que continua escondendo as coisas de mim? – Kol pergunta colocando suas mãos sobre as minhas, que ainda seguravam seu rosto.

– Porque eu não quero que você se preocupe com os meus problemas, Kol. – Falei.

– Você realmente ainda não entendeu o conceito de “casamento”, não é? Não há mais “meus problemas”. São “nossos problemas”. – Kol diz. – Eu sei o quão forte você é, mas não significa que você precise passar por coisas assim sozinha. Você tem várias pessoas para te ajudar, Hope. Você tem a mim! – Kol tira as minhas mãos de seu rosto e as beija. – Nunca mais esconda as coisas de mim.

– Eu não vou. – Sorri e o beijei. O beijo foi se intensificando enquanto Kol me puxa da mesinha de centro para cima de si. Passei minhas pernas uma de cada lado de sua cintura e Kol se encostou no sofá, ainda me beijando.

– Isso é sério? Eu tiro cochilos nesse sofá! – Ouvimos a voz de Lavínia, protestando, e paramos o beijo. – Querem tirar o atraso? Tudo bem. Mas façam isso em um quarto! – Ela diz entrando no escritório.

– Você e Klaus não esperaram chegar no quarto para tirar o atraso. – Kol diz enquanto eu saía de cima dele e me sentava ao seu lado.

– A casa é nossa! Nós temos todo o direito de tirar o atraso até na cozinha se quisermos! – Lavínia diz.

– Agora eu fiquei com um pouco de medo. Vocês nunca fizeram isso, não é? – Perguntei. Ela me encara com um olhar malicioso. – Eca! Eu como lá! – Exclamei.

– Klaus também comeu algo lá. – Kol comenta com uma cara de nojo.

– E foi muito bom. – Meu pai diz entrando na cozinha. – Deveríamos fazer isso mais vezes... – Ele diz olhando maliciosamente para Lavínia.

– Alguns tem medo de entrarem na cozinha a noite e encontrar um demônio. Eu tenho medo de entrar na cozinha a noite e encontrar vocês dois. – Kol diz.

Miguel entra no escritório e olha para Lavínia.

– Acho que encontrei um jeito de descobrirmos quem está ajudando Rowena. – Ele diz.

(...)

POV-MIGUEL

Depois que fizemos a mistura, minha mãe entra no quarto da tortura e eu fico na porta para passar as instruções.

– Tem certeza que ela não vai conseguir te afetar daí? – Ela pergunta pela milésima vez.

– Eu já disse que não. – Falei impaciente.

– Me desculpe. É estranho pensar que esse pozinho mágico consegue limitar a Rowena. – Ela diz.

– Falou a que pode morrer com uma farpa. – Rowena diz erguendo seu olhar para minha mãe. – O que você trouxe para mim?

– Já que você não vai abrir a boca para falar... – Minha mãe segura o rosto de Rowena e a faz beber a mistura em uma tigela. – Vai abrir a boca para engolir isso. – Assim que ela percebe que Rowena havia engolido o sangue, ela pega sua faca e faz um corte no braço de Rowena.

O sangue começou a sair do corte em uma coloração prateada, como se fosse mercúrio.

– Ah não! – Scott exclama atrás de mim.

– O quê? – Perguntei. – É uma espécie muito ruim? – Scott continua em silêncio.

– Miguel, como quem você está falando? – Minha mãe pergunta.

– Isso é... – Scott não consegue terminar a frase. Ele continua a olhar para o sangue prateado saindo do corte.

– Scott! – Gritei impaciente e me esqueci que minha mãe estava ali.

Olhei para ela, que me encarava, assustada.

– O que você acabou de dizer? – Ela pergunta.

– Eu explico depois, mãe. Agora nós temos coisas mais sérias para nos preocupar. – Falei. – O que essa cor significa?

– Preto é para os bruxos negros, dourado é para bruxos ligados à natureza, azul escuro é para hereges... Prata é para indefinido. – Scott diz.

– E o que isso significa? – Perguntei.

– Que seja lá quem for, é de uma espécie desconhecida, não catalogada. Nós desconhecemos o quão poderoso ele pode ser. – Scott diz.

– E um resumo de tudo o que você acabou de falar: Hope está muito ferrada! – Falei.

– E quando ela não está? – Minha mãe comenta.

(...)

POV-CAROLYN

Não havia saído do meu quarto ainda. Estava sentada de pernas cruzadas em cima da cama. Não conseguia parar de pensar em tudo o que havia acontecido.

Em todos esses anos, eu nunca me interessei por saber sobre os meus pais biológicos, mas naquele momento eu precisava saber.

A última memória que tinha era da minha mãe no dia em que me abandonou. Não me lembro exatamente de como ela era, mas me lembro do som de sua voz.

Era suave e calmante, como uma canção de ninar. Me trazia certa paz lembrar de sua voz.

As memórias que eu tinha de meu pai eram inexistentes, mas me lembro da voz de minha mãe falando sobre ele. Ela falava de como eu tinha algumas semelhanças com ele. O brilho nos olhos, a alegria, o jeito como arrebito o nariz de vez em quando, o olhar carinhoso...

Aquele lobo tinha aquilo. A forma como me observava era como um pai que observa a filha brincando no parquinho, atento para caso ela se machuque.

Respirei fundo e senti as lagrimas escorrerem pelo meu rosto. As sequei e respirei fundo mais uma vez.

Vi um abridor de cartas em um porta-canetas na mesa do quarto. Me levantei e fui até a mesa, pegando o abridor de cartas.

Após o observar por um tempo, pressionei a ponta do abridor de cartas contra a minha mão, o que acabou fazendo um pequeno furo.

Vi o sangue saindo aos poucos.

Ouço batidas na porta e escondo a minha mão atrás das costas. A porta se abre e Joe entra.

– Você não vai sair desse quarto hoje? – Ele pergunta fechando a porta ao entrar no quarto.

– Eu já estou indo. – Falei.

– Car, você está bem? – Ele pergunta. – Fiquei sabendo que você passou mal ontem. Você está estranha, tem algo a ver com isso?

– É, tem a ver. – Falei. – Eu... Eu estou meio desnorteada ainda, mas assim que melhorar, podemos voltar aos treinos.

– Eu não vim aqui cobrar os treinos. – Ele diz. – Eu vim aqui porque me preocupo com você. Somos amigos, e amigos se preocupam uns com os outros. Eles se conhecem. E é por isso que eu sei que você não está assim por conta de... Seja lá o que você teve ontem.

– Na verdade, é exatamente esse o motivo. – Falei. – Mas você não vai entender. Não ainda.

– Sabe que se quiser conversar, eu vou estar aqui, não sabe? – Ele diz.

– Eu sei. – Falei forçando um sorriso. – Obrigada.

Joe sorri de volta e então sai do quarto.

Respirei fundo e coloquei o abridor de cartas, o qual eu ainda estava segundando, em cima da mesa.

Olhei para minha mão à procura do furo e então percebi que eu estava olhando para a mão errada, já que não havia furo nenhum. Olhei para a outra e vi que também não havia furo. Olhei para as duas ao mesmo tempo e senti meu coração disparar ao perceber que eu havia acabado de me cicatrizar sobrenaturalmente.

POV-MIGUEL

– Isso está acontecendo desde quando? – Meu pai pergunta.

– Desde a despedida de solteiro de Jackson. – Respondi.

– E você não nos disse nada por quê? – Minha mãe pergunta.

– Porque não tinha necessidade! – Falei. – Eu estou feliz que Scott não esteja no inferno. E ainda mais feliz por poder conversar com ele.

– Desde quando você e ele são tão amiguinhos? – Kol pergunta.

– E isso importa? – Perguntei. – Scott não é o problema! Rowena é! Seja lá quem for a pessoa que está a ajudando, é alguém poderoso!

– Alguém que poderia comprometer a vida da Hope. – Kol diz.

– Exatamente. – Falei. – Temos que fazer alguma coisa!

Antes que mais alguém pudesse dizer algo, Hope grita o nome de Rowena.

Todos saímos correndo e ao chegarmos em frente ao quarto da tortura, onde Hope estava, vimos Rowena começar a sangrar pelos olhos.

– Algo está acontecendo com ela! – Hope diz.

– É, nós percebemos! – Kol diz a abraçando.

– Essa é uma ótima hora para você dizer alguma coisa, Scott! – Minha mãe diz para o nada.

– Ele está retirando o feitiço. – Scott diz.

– Ele quem? – Perguntei.

Scott adentra o quarto.

– Seja lá quem estava a ajudando, mudou de ideia. – Scott diz. – A pessoa que estava a ajudando a cicatrizar mais rápido acabou de retirar o feitiço.

Olhei para a Hope.

– Acho que pela primeira vez, a sorte está do seu lado, maninha. – Falei.

– Finalmente! – Minha mãe completa. Rowena para de sangrar pelos olhos.

(...)

POV-CAROLYN

Havia feito uma decisão.

Peguei um moletom em meu guarda-roupa e o vesti, colocando o capuz.

Saí o mais silenciosamente possível de casa e comecei minha caminhada ao pântano.

Enquanto andava pelas ruas de New Orleans, observava as pessoas passando, animadas. Havia um casal do outro lado da rua, discutindo sobre uma foto que havia sido curtida por uma tal de Raquel. Não muito longe deles, um grupo de amigos fazia piadas e ria. Estavam aparentemente bêbados.

Nunca imaginei que seria assim tão diferente ouvir as coisas com uma audição sobrenatural.

Ouvi um celular tocar.

– Quantas vezes vou ter que dizer para não me ligar?! – Uma mulher com uma voz familiar diz.

– Ela sabe. – Um homem diz do outro lado da linha.

– O quê? – A mulher pergunta com certo pânico.

– Eu a vi ontem. Ela estava assustada, mas não como da primeira vez. Ela parecia estar finalmente entendendo algo. – O homem diz.

– Você precisar parar de segui-la! – A mulher diz.

– Não enquanto ela estiver com aquela família maluca! – O homem diz.

– Uma família maluca que a ama e que vai protegê-la. – A mulher diz. – Eu nunca deveria ter dito a você que ela estava de volta em New Orleans.

– Você nunca deveria tê-la entregado aos Mikaelson! – O homem diz, e eu paro de andar.

Olhei em volta, procurando pela mulher que falava ao telefone. Não consegui encontra-la no meio da multidão.

– Para de me ligar e pare de segui-la! – Ela diz calmamente e desliga o celular.

E então, eu finalmente reconheci aquela voz.

Ouço a ligação mais uma vez. Parecia estar sendo repetida.

Olhei em volta e vi um beco. No fundo, encostada à uma caçamba de lixo, havia uma garota com uma jaqueta de lantejoulas, acompanhada de um cachorro.

Me aproximei da mesma e percebi que ela era a pessoa que estava reproduzindo a ligação. Olhei para o cachorro da garota e vi que ele não tinha um dos olhos.

– Legal, não é? – Ela pergunta.

– O que aconteceu com ele? – Perguntei.

– Ela. – A garota corrige. – E eu não sei ao certo. Apenas a encontrei assim, sem um olho e toda machucada. Eu não gosto muito de animais, mas havia um tipo de conexão entre nós duas... Era meio sobrenatural. – A garota diz.

– Onde conseguiu essa gravação? – Perguntei.

– Isso? – Ela pergunta apontando para o celular em sua mão. – Eu gravei hoje de manhã. É extremamente fácil grampear o celular das pessoas. Eles sequer imaginam que enquanto estão falando de seus segredos mais sombrios, alguém está os escutando.

– Eles quem? – Perguntei.

A garota sorri.

– Isso você terá que descobrir por conta própria, monamour. – Ela diz e me entrega o celular. – Há três números de telefone gravados nesse celular. Um deles é meu. Me ligue se precisar de ajuda para descobrir algumas coisas. – A garota pega seu cachorro no colo. – Diga tchau Mommy. – Ela faz um tchauzinho com a pata do cachorro e vai embora.

Entrei nos contatos do celular e vi os três números que ela havia mencionado. No terceiro, estava escrito Diana.

Me viro e dou de cara com Joe.

– Que susto, demônio! – Exclamei dando um pulo.

– E então? Vai começar a me explicar agora o que você está fazendo aqui à essas horas ou vai esperar eu ligar parar os seus pais? – Joe pergunta cruzando os braços.

(...)

POV-HOPE

Freya e eu fomos entregar Rowena para as bruxas no cemitério, que a prenderiam até Kira julga-la e manda-la para o inferno.

Quando chegamos, tivemos a grande surpresa de encontrar Matthew e Harold nos esperando.

– Harry! – Freya diz e corre para abraça-lo.

– O que vocês estão fazendo aqui? Achei que estavam tentando descobrir quem matou o Trevor. – Falei.

– E nós descobrimos. – Matthew diz.

– Mais ou menos. – Harold corrige.

– Vamos para casa. Contaremos a história inteira quando todos estiverem reunidos. – Matthew diz.

Continua...


Notas Finais


Eae? O que acharam da personagem nova?
Eu imagino a Diana como a Ängie (ouçam as músicas dela, fica na cabeça)
E dessa pessoa q desistiu de ajudar a Rowena?
Comentem ai!
Bjão


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