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História Forbidden Love - Season 4 - Begin Again - Catching Up With The Past


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


Oiiiiii
Gente, eu sei tá atrasado... Não me matem, mas comecei a assistir Sense8 e acabei esquecendo de postar o capítulo...
Desculpa mesmooo galera!
Nesse capítulo vamos conhecer partes de um personagem novo... E vamos entender melhor essa coisa toda de ter que ir atrás das criaturas... Enfim, vai ser bem explicativo...
E AINDA não tem referências de 13rw...
É isso, boa leitura!

Capítulo 8 - Catching Up With The Past


 

POV-MIGUEL

Eu estava em meu quarto, sentado na cama, com raiva. Raiva da minha mãe por ser tão mal-agradecida, raiva do meu pai por querer me controlar, raiva de mim mesmo por não poder fazer nada.

A porta do meu quarto se abre e meu pai aparece.

– Eu quero ficar sozinho. Posso escolher isso sem pedir permissão? – Perguntei cruzando os braços.

– Você pode ficar sozinho. Depois que conversarmos. – Ele diz fechando a porta atrás de si.

– Você é a ultima pessoa com quem eu quero conversar agora. – Falei sem encara-lo. – Você a baniu de nossas vidas.

– Davina Claire e eu nunca fomos amigos e nunca seremos, mesmo que queiramos proteger as mesmas pessoas. – Ele diz. – Você tem que entender que há um limite para tudo.

– E quem determina esses limites? Você? – Perguntei. – Você e a mamãe foram muito egoístas.

– Não fomos egoístas. – Ele diz olhando para o chão.

– Tem razão. Você foi egoísta. Ela provavelmente ficou com medo de você. – Falei.

– Miguel, nós já suportamos a dor de te perder uma vez e não queríamos que acontecesse de verdade! – Ele grita. – Eu suportei pensar que Hope estava morta e depois você e então o bebê que eu nunca soube que poderia ter existido... Eu suportei tudo isso, mas eu sei que da próxima vez eu irei explodir e vai machucar muita gente.

– Você poderia ter apenas confiado em mim. – Falei.

– Eu confiarei quando você me mostrar que eu posso confiar em você. Mas até um momento, você só tem me dado motivos para nunca, em hipótese alguma, confiar em você. – Ele diz. – Se quer que eu confie em você, me mostre que é capaz.

– Eu mostraria se você me desse uma oportunidade! – Falei me levantando da cama. – Você e minha mãe ficam me prendendo, me sufocando! Eu quero tentar ajudar, mas vocês me afastam. Eu posso achar outro jeito de fechar a passagem, sem matar Davina!

– Agora você quer achar outro jeito? – Meu pai pergunta rindo. – Você não faz ideia de como as coisas funcionam no mundo sobrenatural então eu farei um breve resumo: Alguém vai morrer hoje e é preciso fazer de tudo para que não seja você! E a mesma coisa amanhã, e depois de amanhã... Se chama sobreviver, Miguel. Se você não aguenta, abandone o barco, mas isso não vai mudar nada. Se eu precisar matar Davina para manter meus inimigos longe dos meus filhos, então eu o farei.

– Mamãe nunca vai te perdoar se matar Davina. – Falei.

– Sua mãe sabe melhor do que ninguém os termos de sobrevivência no nosso mundo. Se ela tiver que escolher entre Davina e você, ela escolhe você. Se ela precisar escolher entre Davina e Hope, ela escolhe Hope. Se ela tiver que escolher entre Davina e ela mesma... Quem você acha que ela escolherá? – Meu pai pergunta. – Não é justo, eu sei. Mas assim é a realidade.

– Talvez essa seja a sua realidade, mas não é a minha! – Falei. – Ninguém vai encostar na Davina.

Passei por ele e saí do quarto.

POV-HOPE

Estávamos arrumando as coisas para ir para Mystic Falls. Enquanto colocávamos as malas no porta-malas dos carros, Lavínia apenas estava encostada no carro, olhando para o chão, balançando as chaves nas mãos.

– Ajudaria muito se você se movesse. Estamos com pressa. – Falei.

– Não vamos ficar lá por tanto tempo. Não precisa levar tanta coisa. – Lavínia disse ainda sem me encarar.

– Foi uma piada. – Falei.

– Então suas piadas são tão ruins quanto suas mentiras, passarinha. – Ela diz.

– No que está pensando? – Perguntei.

– Eu tenho uma tia. – Lavínia diz.

– Como é? – Perguntei.

– Eu... Tinha uma tia. – Ela corrige. – Irmã de Matthew. Pelo menos foi o que a Abaddon me disse quando fui para o inferno.

– Você a encontrou lá? – Perguntei.

– Sim, mas não foi nada demais. – Lavínia responde. – Suas tias foram boas para você. Quer dizer, Rebekah te ensinou basicamente tudo e Freya te ensinou a controlar a magia.

– Sim. E eu sou muito grata por tê-las em minha vida. – Falei. – Mas se quer saber, mesmo você não tendo conhecido sua tia, não muda o quanto você é amada agora por todos nós.

– Sim, eu sei, mas esse não é o problema! – Lavínia diz. – Eu não estou preocupada por não ter conhecido minha tia, estou preocupada em ter que matar minha melhor amiga que tentou matar meu filho! Percebeu como são loucas as coisas em que nos metemos?

– E só piora. – Falei. – Mas agora que você comentou sobre isso, talvez possa me ajudar.

– O que foi? – Lavínia pergunta.

– Eu realmente não entendo qual o sentido de serem apenas essas espécies. Bruxos negros também são uma espécie. Por que não estão nessa listinha? – Perguntei.

– Porque vocês vão para o inferno quando morrem. Não tem ligação alguma com o mundo dos ancestrais. – Nataly aparece com suas malas. – Assim como bruxos originais, que são independentes. Como vocês não tem ligação com o mundo dos ancestrais, então não podem ser passagens para sair de lá.

– Tudo bem, agora eu gostaria de saber de onde você tirou tanta coisa pra colocar numa mala. Não acabou de voltar à vida? – Lavínia pergunta rindo.

(Música = Slut Like You – P!nk)

– Eu peguei algumas coisas do seu guarda-roupa. Espero que não se importe... – Nataly responde.

Lavínia fica boquiaberta.

– É claro que eu me importo! Klaus estava lá. Ele não viu você pegando minhas coisas? – Lavínia pergunta abrindo a mala.

– Eu disse que eram pra você. Acha mesmo que herdou o dom da mentira de Matthew? – Nataly pergunta.

– Falando nele, ele já sabe que você voltou à vida? – Perguntei enquanto Lavínia via quais roupas sua mãe havia roubado de seu guarda-roupa.

– Ainda não. Mas em breve eu vou contar. – Nataly disse.

– Assim como ia me contar que Giuseph não era meu pai? – Lavínia perguntou, deixando o clima tenso. – Isso foi uma piada. Não sou tão rancorosa assim.

– Acho que não sou a única que não sabe fazer piadas. – Comentei.

Lavínia acha uma de suas jaquetas de couro na mala de Nataly.

– Sabe quanto custou essa jaqueta? – Lavínia pergunta. – Se algo acontecer com ela, eu te mato como oferenda para os ancestrais comprarem uma nova para mim.

– Não fale como se você já tivesse pagado por algo na sua vida. – Nataly disse. – Podemos ir logo? Estamos com pressa!

– Temos que esperar Kol e meu pai. – Falei. – Eles estão demorando mais do que o esperado.

(...)

POV-KOL

– Tem certeza que não podemos ir? – Nataly pergunta. – Podemos ser úteis.

– Miguel está alterado agora. Ele não vai ouvir nenhum adulto. Vai ser bom que fiquem por aqui e cuidem para que ele não faça nenhuma besteira como diz o legado. – Falei.

– Lavínia costuma fazer muito isso? – Ansel pergunta.

– Também... Mas Klaus é de quem eu estou falando. Mas acabei de perceber que a impulsividade vem de ambos os lados, então... Cuidado dobrado, crianças. – Falei. – Seria bom se vocês não morressem enquanto estamos em Mystic Falls.

– Não vamos. – Nataly diz. – E seria bom se vocês não matassem todos já na hora. Podemos achar outro jeito além de mata-los.

– Até um momento não tem ninguém importante na lista de pessoas que temos que matar, então... – Falei.

– Pai. – Ansel me repreende. – Nataly está certa. Davina não merece morrer.

– Temos visões muito diferentes. – Falei. – Mas eu não estou indo atrás de Davina. Estou indo atrás de Elena Gilbert. Ou Katherina Petrova, não sei direito.

– Das duas. – Kate entra no escritório. – Derek acabou de me ligar. Sarah acordou em outro corpo hoje. Katherine voltou.

– Desde quando você tem contato com Derek? – Perguntei.

– Ah... Eu... Não interessa Kol! – Kate diz. – Apenas saiba que alguém está protegendo a Katherine. Alguém que tem acesso à uma bruxa para mudar Sarah de corpo e libertar Katherine.

– Bom saber. – Falei desconfiado. – Vou avisar aos outros.

– Ótimo. – Kate disse saindo do escritório.

(...)

POV-KLAUS

Coloquei minha mala no carro e entrei. Lavínia já estava no banco da carona, com 50 tons de cinza nas mãos.

– Onde achou isso? – Perguntei colocando o cinto.

– Eu não faço a mínima ideia, mas ainda bem que achei. – Ela diz mordendo o lábio inferior. – Essa parte não estava no filme... – Tirei o livro dela. – Ei!

– Como se já não bastasse a rebeldia de Miguel, vou ter que aturar você fantasiando com Christian Grey, Lavínia?! – Falei.

– Okay. Pelo jeito a conversa não foi muito boa. – Lavínia pergunta.

– Não foi nada boa. – Nataly completa. Espera... Nataly?

– O que ela faz aqui? – Perguntei.

– Kol não a queria no carro deles. – Lavínia disse.

– Eu também não a quero aqui. – Falei.

– Eu prometo ser uma espectadora silenciosa quando vocês resolverem se pegar. Já me acostumei à assistir vocês pelo mundo dos ancestrais. – Nataly disse.

– Apenas cale a boca, antes que eu mesma te expulse daqui. – Lavínia diz. – Nós precisamos dela em Mystic Falls. Ela foi a ajuda que a natureza nos enviou.

– Tudo bem! Mas se ela me irritar, eu vou mata-la. – Ameacei.

– Como é? – Nataly perguntou entrando no meio dos dois bancos da frente. Lavínia a empurra de volta para trás.

– Ela vai ficar bem quietinha. – Lavínia garante. Ela fica por alguns segundos me encarando, em silêncio. – E Miguel não vai ficar assim pra sempre. Ele tem 17, não é como se ele soubesse exatamente o que está fazendo.

– Ele não vai ter 17 para sempre. – Falei sem encara-la. – Ele não entende como o mundo é cruel.

– Não. Mas nós vamos ensina-lo. Porque se Miguel não aprender por nós, vai ser pela vida e esse é o jeito mais doloroso. O jeito pelo qual nós dois aprendemos. – Lavínia segura minha mão. – É o nosso dever não deixar que o mesmo aconteça com ele.

– Fica difícil quando ele se recusa a entender isso. – Falei. – Mas eu vou conversar com ele de novo quando voltarmos. Quando ele estiver mais calmo. Quando eu estiver mais calmo.

Dei a partida no carro.

(...)

POV-MIGUEL

Eu estava no pântano. Queria encontrar Jackson.

– Se queria morrer talvez você devesse ter avisado... – Olhei para trás e vi Nataly. – Eu avisaria minha mãe para te deixar morrer no carrossel.

– Não que fosse mudar algo. Nossa família não gosta de respeitar nossas escolhas, então quando eu escolher que quero morrer, eles vão me impedir. – Falei.

 – O que você faz aqui? – Nataly pergunta.

– O que VOCÊ está fazendo aqui? – Perguntei.

– Eu perguntei primeiro. – Ela diz.

– E eu perguntei depois. Quantos anos nós temos? 12? – Perguntei.

– Meu pai disse que você poderia fazer alguma besteira. Eu te vi saindo, então pensei que seria uma boa se te seguisse. – Ela responde. – Sua vez.

– Eu vim conversar com Jackson. – Falei. – Mas não o encontro em lugar nenhum.

– Talvez seja melhor assim. Te garanto que você o pressionando não vai ajudar em nada. – Ela diz. – E além do mais, é a família dele. Ele precisa de um tempo antes de simplesmente aparecer depois de tanto tempo.

– Pois é. Vocês apareceram do nada e olha no que deu. – Falei.

– Eles não vão mata-la. – Nataly disse.

– Se tivermos a sorte de Elena Gilbert ser outra passagem, Davina vai sobreviver. – Falei. – Deus eu sequer sei quem é Elena Gilbert!

– Miguel, um dos originais vai ter que morrer também. Eles vão achar outro jeito. – Nataly disse. – Mas vão precisar da nossa ajuda.

– Eles não querem a nossa ajuda. Quando tentamos ajudar eles nos afastam! – Falei.

– Esse é o lado bom de sermos adolescentes: não seguimos ordens de adultos. – Nataly sorri. – Então, nós vamos continuar o que estamos fazendo, gostando eles ou não! Mas também não seremos estúpidos de vir no território inimigo.

– Tudo bem. Você me convenceu. – Falei.

– É, dizem que sou boa nisso. – Nataly diz.

– São os olhos. Ninguém resiste. – Falei. – Também tenho esse talento.

– Vamos logo antes que os lobisomens nos encontrem. – Ela diz. – Nós temos coisas para fazer.

– Temos? – Perguntei.

– Sim. A missão ajude como um adolescente está oficialmente começando. – Nataly diz.

– Tudo bem. Mas eu acho melhor eu escolher o nome das missões. – Falei. – Você é péssima nisso.

POV-HOPE

– Tudo bem, eu esqueci de avisar, mas Kate disse que Katherine está de volta, e como da ultima vez ela foi atrás de vocês, espero que saibam se proteger. – Kol disse. Estávamos em uma ligação com meu pai e Lavínia, que estavam no outro carro.

– Ah, ótimo. Isso facilita as coisas caso Elena não for a passagem. – Lavínia diz. – A pior parte vai ser achar um vampiro.

– Não, a pior parte vai ser matar um original. – Falei. – Sequer sabemos qual de vocês é a passagem.

– Eu não senti ninguém passando por mim, então não sou a passagem. – Meu pai diz.

– Nem eu. – Kol diz. – Menos dois, loira.

– Não se preocupem com isso. O original que estamos procurando só pode estar fora de New Orleans. Como o mundo dos ancestrais é apenas da cidade, assim que você sai da cidade se torna uma passagem perdida. – Nataly disse.

– Então, problema resolvido. Só precisamos tirar todas as passagens da cidade. – Kol diz.

– Não é tão simples, Kol. O mundo dos ancestrais é como o outro lado: você vê tudo o que está acontecendo. Mas desde que Rowena saiu, as únicas pessoas que vemos são as passagens. E eles podem vê-las mesmo com elas se tornando passagens perdidas. E quando tentarem passar vão levar as passagens de volta para New Orleans, mas eu te garanto, é um processo doloroso. – Nataly explica.

– Ah, mas não precisamos nos preocupar com a dor do original que procuramos... – Lavínia diz. – Kol, Klaus, Elijah, Rebekah... Estão todos em New Orleans... Mikael está morto. Só resta um.

– Finn. – Completei.

– Eu não me importaria de mata-lo. – Kol disse.

– Mas ainda temos Davina... – Falei. – Miguel não vai nos perdoar se a matarmos. E sinceramente nem eu me perdoaria.

– Ela é sempre o problema. – Meu pai disse.

– Ainda temos que achar o lobisomem. – Falei. – E o herege e o vam... – Antes que eu pudesse terminar a frase, Kol freia do nada. Isso pegou todos de surpresa e fez o carro de meu pai bater na nossa traseira.

– Que porra foi essa, Kol?! – Lavínia pergunta.

– Eu estava tentando não atropelar esse maluco! – Kol diz.

– Quem? – Meu pai pergunta.

– Nem fudendo! – Falei ao ver quem era o maluco.

Ele entra no banco de trás e fica no meio dos dois bancos da frente.

– Uau! Nunca mais morro, não é mesmo? – Finn diz. – Entenderam a piada? Vocês estavam falando de mim e eu sou um original... Ah, vocês entenderam.

– Quer ouvir outra piada, Finn? – Lavínia pergunta. – Eu vou matar você!

– Não foi exatamente engraçada... – Finn disse.

A porta de trás do carro se abre novamente e Finn é lançado para fora.

– Entendeu a piada? Eu disse que ia te matar depois que você disse que não morreria mais... E a parte mais engraçada eu realmente vou te matar... – Lavínia diz e puxa Finn pelo colarinho de sua blusa. – O que você está fazendo aqui?

– Isso foi meio rude da sua parte. – Finn disse. Ele enfia a mão dentro de Lavínia, pronto para tirar seu coração. – Eu sou um original, mostre um pouco de respeito. E só pra constar, minha piada foi mais engraçada que a sua.

Kol e eu descemos do carro.

– Solte-a agora! – Falei. – Não quero te machucar.

– É claro que quer. Não temos exatamente um relacionamento de tio e sobrinha... Mas acho que Kol também não, não é? – Finn disse. – Deus, eu sou muito engraçado.

– Eu não acho. – Falei. – Inviseque! – Fiquei invisível.

– Onde ela está? – Finn pergunta.

– Bem aqui! – Apareci novamente quando estava atrás dele e então o mordi. Assim que ele soltou Lavínia, Kol a segurou.

Finn caiu no chão.

– Agora isso foi bem engraçado. – Falei.

(...)

Logo, meu pai apareceu com Nataly. Os dois acompanhados dos Salvatores.

– Uou! Isso que eu chamo de azar. – Damon disse. – Você sempre está em perigo quando vem pra cá.

– Assim como você. Toda vez que venho para cá, minha vontade de te matar cresce mais e mais. Algum dia posso não resistir. – Lavínia disse.

– Então... Não achei que vocês iriam trazer Finn. – Stefan diz.

– Não trouxemos. Ele é uma visita indesejada. – Kol diz.

– Não que algum de vocês seja uma visita desejada. – Damon comenta. – Só a pirralha, que não é mais pirralha! – Damon disse vindo me abraçar. – Quase não te reconheci sem as fraldas e sem o cheiro de leite! Vou ter que achar outro apelido para você.

– É bom te ver também, Damon. – Falei sorridente.

– E então? No que vocês se meteram dessa vez? – Stefan pergunta.

(...)

Havíamos chegado na mansão dos Salvatore. Todos já tinham sido avisados de tudo. Enquanto explicávamos para Damon e Stefan nossa situação, eles colocaram seu celular no viva voz para os ouros também ouvirem.

– Então, Elena pode ser uma passagem do mundo dos mortos para o mundo dos vivos. – Damon disse. – E de lá estão saindo seus inimigos.

– Seus também. – Meu pai diz. – Rayna Cruz está de volta. Não temos Abaddon para poder tirar a marca da espada, então tomem cuidado.

– E qual foi o jeito que vocês encontraram para fechar essas passagens? – Bonnie pergunta.

– O jeito mais fácil seria matar as passagens. – Falei. – Mas estamos à procura de outro jeito.

– Seria uma pena se a única pessoa que não quer ajudar soubesse outro jeito. – Finn diz entrando na casa. Ele havia desmaiado com a mordida e nós o jogamos na entrada da mansão dos Salvatore.

– Seu filho da... – Meu pai segura Lavínia, que estava prestes a atacar Finn.

– É melhor que se controle, Lavínia. Você faz parte das minhas exigências. – Finn diz.

– Suas exigências? Ele só pode estar delirando com a toxina de lobisomem. – Lavínia diz.

– Eu sei outro jeito de fechar as passagens. Ou melhor, sequer precisar fecha-las. – Finn disse.

– Ele está mentindo. – Kol diz. – Em 1000 anos, Finn nunca foi útil pra nada. Por que agora ele seria? Apenas o mate.

– Lavínia, você estava no outro lado. O qual Bonnie era a âncora. Quem estava lá era puxado para o inferno ou encontrava a paz. Algum dos dois aconteceu com você? – Finn pergunta.

– Não exatamente. Eu fui parar em outro limbo. Era uma casa sem saída. – Lavínia diz.

– Tipo sem portas ou janelas? – Perguntei.

– Não. Era uma casa normal. Mas quando eu passava pela porta apenas entrava na casa de novo. Era confuso e tedioso. – Lavínia explica.

– Exatamente. E você sabe como foi parar lá? – Finn pergunta. Lavínia fez que não com a cabeça. – Bem, então eu te direi. Minha mãe manteve sua alma em um limbo para quando precisasse de você. Assim como fez com todas as pessoas que poderiam ser úteis contra meus irmãos.

– Não me surpreende. – Lavínia disse. – Esther era uma vadia desgraçada.

– Eu te garanto, Hope, desse limbo não há saída. Pergunte à Lavínia. Tenho certeza que se tivesse uma saída, ela teria encontrado antes da hora. – Finn diz.

– Se colocássemos todos os seres sobrenaturais lá para quando morressem então eles não teria uma saída. O mundo dos ancestrais seria apenas o mundo dos ancestrais. – Hope diz. – Mas eu não faço a mínima ideia de qual seria o feitiço para isso.

– Nem eu. – Bonnie diz.

– Olha só que sorte, eu sei o feitiço. – Finn disse.

– Mas é claro que você não vai entrega-lo de bandeja. – Meu pai diz. – O que quer?

– Apenas que vocês escutem uma história. Uma história muito interessante sobre uma vampira mentirosa e manipuladora que estava pronta para derrubar os Mikaelson e sua nova herdeira. – Finn disse.

– Ela vai derrubar você de cara no chão se não calar a boca. – Lavínia diz.

– Tenho certeza que sabem de algumas das coisas que Lavínia fez antes de aparecer oficialmente. Mas eu quero contar a história inteira, com todos os detalhes. – Finn disse encarando Lavínia. – Essa é minha única exigência para dar o feitiço para vocês.

– Ah, foi mais fácil do que eu pensava. – Damon disse. – Vamos ouvir.

– Você não decide as coisas aqui, Damon. – Lavínia disse.

– Percebeu que está na minha casa? Quer mesmo me dar ordens na minha casa? – Damon pergunta.

– Quer mesmo me deixar mais irritada do que eu já estou? – Lavínia pergunta. – Isso é ridículo. Todos sabem que eu fiz coisas terríveis. Não é novidade para ninguém. Afinal, eu sou a vilã... Mas não precisamos ficar relembrando.

– Com medo de ter algo que realmente os magoe? – Finn pergunta.

– Não estou com medo. Só acho que é ridículo. – Lavínia responde.

– Se é tão ridículo, então vamos ouvir. – Falei. – Eu te perdoei por ter tentado me matar. Duas vezes! Seja lá o que você fez, eu posso aguentar. Todos nós podemos. E estamos desesperados, então...

– Eu vou ficar esperando lá fora. – Lavínia disse.

– Não mesmo! – Finn disse. – Minha outra exigência, é que Lavínia ouça também. Afinal, as pessoas podem ter dúvidas. Ninguém melhor do que ela para explicar melhor.

Lavínia revira os olhos e se senta no sofá dos Salvatore.

– Pode começar agora. – Meu pai diz.

– Bem, vamos pelo começo. – Finn disse. – Na noite em que Hope veio para New Orleans, Lavínia ainda estava no limbo. Era nossa chance de acabar com vocês quando a Hope chegasse... Mas iriamos precisar de ajuda. Só não sabíamos para quem pedir ajuda. – Finn disse. – Eu estava lá quando você havia descido do carro. – Ele olha para mim. – Estaria mentindo se dissesse que não me emocionei ao ver você voltando. Mas só por um momento. Você seria criada para me odiar e eu aprendi a odiar quem me odeia. Quando eu voltei para casa, minha mãe tinha um sorriso no rosto. Ela sabia exatamente para quem pedir ajuda. – Finn continua a história. – Ela passou o dia inteiro se lembrando das trapalhadas que Kol fazia quando era criança e se perguntava como aquela criança inocente e tão amável poderia ter se tornado um monstro. E então, no final do dia ela queria se vingar do monstro que havia matado o garoto inocente e amável.

– Ninguém melhor do que Lavínia Black para ajudar. – Stefan diz.

– Jura?! – Lavínia pergunta.

– Desculpa, foi mais forte do que eu. Continua. – Stefan diz.

– Ela não me disse em quem havia pensado. Apenas se levantou e foi até um círculo de velas com ossos dentro. Ela só começou a fazer o feitiço e quando eu percebi, Lavínia havia tomado o lugar dos ossos. – Finn disse.

– Ah eu me lembro o que aconteceu depois. Se quiser podemos encenar. – Lavínia diz.

– O que aconteceu depois? – Kol pergunta.

– Lavínia não havia conhecido nossa mãe ainda. Mas ela sabia exatamente quem eu era. – Finn disse.

– Então eu o ataquei. – Lavínia diz sorridente.

– E nossa mãe lhe causou uma baita dor de cabeça para tira-la de cima de mim. – Finn conta. – Depois que Lavínia se acalmou, nossa mãe se apresentou. Lavínia estava confusa. Provavelmente estava se perguntando como havia conseguido sair da casa. Então minha mãe explicou tudo para ela. Em que ano estávamos, onde estávamos... Então lhe fez uma proposta. Se importa de contar qual foi a proposta, Lavínia?

– Na verdade eu me importo. – Lavínia responde. – Mas é como Hope disse: estamos desesperados. – Lavínia revira os olhos. – Esther queria me ajudar e em troca eu a ajudava.

– Ajudava com o quê? – Kol pergunta.

– Te matar. – Lavínia disse sem encara-lo.

– Lavínia foi para o quarto arrumar todas aquelas informações em sua cabeça e então quando voltou ela recusou a proposta. – Finn diz.

– Ela recusou? – Perguntei.

– Sim. Mas não porque ela teve um momento de misericórdia, mas porque ela havia se lembrado de quando assistiu Kol morrer quando ela estava do outro lado. – Finn disse. – Ela sabia que se Kol morresse, ela iria junto.

– Obviamente Esther fez uma contraproposta. – Meu pai diz. – Apenas diga logo o que ela ofereceu.

– Ela disse que poderia me trocar de corpo. Então eu a ajudaria a matar, não só Kol como todos vocês. – Lavínia explica.

– Mas ainda sim, Lavínia não se convenceu. Afinal, todos nós sabemos como ela é péssima como humana. – Finn disse. – Ela pediu um dia parar pensar. Andar pela cidade e pensar na proposta. Nossa mãe concordou, mas antes...

– Finn me compeliu para não sair da cidade e voltar para casa. – Lavínia disse. – E só assim eu pude sair da casa.

– Minha compulsão não interferiu no plano de Lavínia. – Finn disse. – Ela foi até uma bruxa cuja linhagem havia protegido Lavínia antes. Minha boca está seca, temos Bourbon, certo? Pode continuar a história, querida...

Finn encheu um copo com Bourbon enquanto todos olhavam para Lavínia.

– Eu pedi para que a bruxa ligasse minha vida à de Esther. Ela não me trocaria de corpo. Se ela quisesse ajuda iria me manter no meu próprio corpo e achar um jeito de quebrar minha ligação com Kol. – Lavínia diz.

– Ela teria recusado e então te mataria. – Elena disse.

– Se ela me matasse, morreria comigo. Então ela não tinha outra opção... – Lavínia explica.

– Mas havia um problema, certo, Lavínia? – Finn pergunta.

– Minha bruxa poderia fazer o feitiço e apenas ela conseguiria desfazê-lo. Mas se Finn e Esther descobrissem quem fez o feitiço poderiam mata-la e assim acabar com o feitiço. – Lavínia disse.

– Mas a bruxa de Lavínia poderia fazer um feitiço de proteção, nos impossibilitando de descobrir quem fez o feitiço. – Finn disse. – O único problema era que essa bruxa não tinha poder suficiente. Ela precisava canalizar magia.

– Ela poderia canalizar Lavínia. – Damon diz.

– Lavínia estaria ligada à Esther, então a bruxa estaria canalizando tanto Lavínia quanto Esther e Esther pode sentir quando é canalizada... Resumindo seria estúpido fazer isso... – Expliquei.

– Exatamente. Então essa bruxa precisava de outra pessoa. Ou melhor, outra coisa. – Finn disse. – Nada melhor que a lâmina de Papa Tunde, certo, Lavínia?

– Isso é mentira. – Falei. – A lâmina estava em casa. Lavínia teria que ter ido até lá. E eu mal saía de casa no começo, então teria a visto.

– Você estava escolhendo vestidos com Hayley e Rebekah para a grande festa. – Finn disse. – Como pode esquecer de um dia tão marcante na sua vida?

Fiquei cabisbaixa.

– Isso não é sobre a Lavínia, é? – Perguntei. – O que realmente quer com tudo isso?

– Eu quero apenas desmascara-la. – Finn disse. – Mas não podemos ignorar alguns fatos que acompanharam tudo isso.

– Do que exatamente você está falando? – Meu pai pergunta.

– Um pouco antes de Hope ir atrás do vestido perfeito para a festa, Kol entrou em seu quarto e então a beijou. – Finn disse. – E ela gostou, não gostou?

– Cale a boca, Finn! – Kol grita.

– Isso não é possível. Era apenas o segundo dia dela na cidade. – Meu pai diz. – Algum dos dois pode, por favor, desmentir o que esse maldito acabou de dizer?! – Não consegui olhar para meu pai. – Você sabia disso? – Ele pergunta para Lavínia.

– Uou! Eu sequer sabia da existência da Hope quando fui atrás da lâmina. – Lavínia disse. – E de qualquer forma, qual é o problema? Eles estão casados, pensei que você já tivesse superado isso.

– É verdade. Não havíamos contado sobre Hope ainda. – Finn disse. – Mas o que Lavínia fez foi ainda pior, Nik.

– Vai mesmo continuar essa história como se nada tivesse acontecido? – Perguntei. – É por isso que todos te odeiam! Tudo o que você sabe fazer é correr atrás de Esther e ferrar com as nossas vidas!

– Eu não teria como fazer isso se vocês não guardassem tantos segredos. – Finn disse.

– Okay! Já deu! Quer que eles saibam tudo o que eu fiz? Ótimo! – Lavínia diz se levantando e então se vira para nós. – Eu estava na festa em que vocês apresentaram Hope para todos. Eu embebedei Jackson e o convenci que sua vida era uma droga e que a culpa disso era de Klaus, para que eles brigassem, Klaus matava Jackson, Hope assistiria e ela se afastaria! Eu entrei na cabeça de Elijah para que ele ficasse confuso com as lembranças voltando do nada e então se distraísse, sem se lembrar que Hope precisava ser protegida. Eu afastei todos de Hope e então sobrou apenas Kol, que estava se apaixonando por ela. Então eu entrei na cabeça dele e o fiz lembrar o que fez comigo. Eu sabia que ele se sentiria culpado e terminaria com a Hope e que esse era o único jeito de afasta-lo dela. – Ela faz uma pausa. – Eu mostrei a pior parte de cada um de vocês para ela, para que ninguém estivesse por perto para salva-la quando chegasse a hora de mata-la.

– Mas não funcionou. – Falei. – Porque todos mudamos aprendendo com os nossos erros. Bem, quase todos. Você continua apertando a mesma tecla à séculos. E mesmo estando sozinho agora, você nunca aprende. – Me aproximei de Finn. – Ninguém nunca me disse para te odiar, Finn. Se eu te odeio, foi pelos seus atos, não porque alguém me disse para fazê-lo. E o que você fez hoje não me faz te odiar menos.

– Já ouvimos a história. Agora chegou a sua vez. Como podemos criar outro limbo? – Kol pergunta.

Finn estava cabisbaixo.

– Acho que o seu plano estava melhor na teoria do que na prática. – Damon comenta.

– Esther pegou a energia do outro lado e criou o limbo. Rowena basicamente jogou toda a energia do mundo dos ancestrais em nós. A energia que a segurava lá. Se vocês usarem a energia que está dentro de nós e transformarem em um limbo, o problema está resolvido. Mas de qualquer forma vocês vão ter que encontrar todas as passagens. – Finn disse.

– E como saberemos se Elena é uma passagem ou não? – Stefan pergunta.

– Uma hora ou outra alguém tentará passar por ela. E então a empurrará até New Orleans. – Nataly disse.

– Como se tirasse o ar dela até que ela pisasse em New Orleans? – Bonnie pergunta.

– Pode ser um jeito. Tudo o que sei é que é doloroso. – Nataly responde.

Bonnie e Elena se entreolharam.

– Isso já aconteceu, não é? – Perguntei.

– Não com a Elena. – Bonnie disse. – Com o Enzo.

– Achamos o vampiro. – Kol disse. – Onde ele está agora?

– Em uma casa em New Orleans. Afastada do centro. Eu tenho feito alguns feitiços para tirar a dor. – Bonnie disse. – Ele está sofrendo.

– Temos a bruxa, o original, o vampiro... – Lavínia disse. – Precisamos do herege, da duplicata do lobisomem e do hibrido.

– Não há muito híbridos pelo mundo. Deve ser fácil de encontrar. – Stefan diz.

– Hayley e Klaus são os únicos. – Kol diz. – Mas nenhum dos dois esteve fora de New Orleans. E ninguém passou por eles.

– Talvez eles não sejam os únicos. – Lavínia diz.

– Não. Eles são os únicos. Klaus matou todos os outros. – Damon diz.

– Então tem algo errado. – Nataly disse. – Um hibrido. Tem que ter um hibrido.

– Não há mais ninguém. – Meu pai diz.

Stefan olhou para Damon e Elena.

– O que foi agora? – Perguntei.

– Talvez tenha alguém. – Elena disse. – Foi apenas uma lenda. Um boato.

– Como assim? – Kol pergunta.

– Dizem que há essa garota... Ela vem de uma linhagem de lobisomens, mas nunca quebrou sua maldição. Quando nasceu, teve esse problema cardíaco. Precisava de um transplante de coração. O doador era um vampiro. – Stefan diz.

– Isso a tornaria uma hibrida. – Falei. – Por que nunca ouvimos falar dessa lenda?

– É algo recente. A garota deve ser mais nova que você. – Damon diz.

– Sequer sabemos quem estamos procurando. – Meu pai disse. – Nossa situação só piora.

Finn começa a sangrar pelo nariz.

– Mas o que... – Kol não consegue terminar a frase, pois Finn começa a cuspir sangue descontroladamente.

– Alguém está tentando passar. – Falei. Ninguém foi até Finn para ajuda-lo. – Isso é sério? Precisamos ajuda-lo!

– Percebeu que ele acabou de deixar seu pai puto com você? – Lavínia pergunta.

– Percebeu que precisamos dele vivo? – Perguntei. – Se uma das passagens morrer, teremos que matar todas as outras!

Me agachei e tentei ajudar Finn a se acalmar.

– Não... Não a deixe passar... – Finn dizia com dificuldade.

– Deixar quem? – Meu pai pergunta.

– Fe... Fe... – Finn não conseguia falar.

– Ah meu Deus! – Nataly disse. – Hope... Precisamos fazer alguma coisa.

– Fe seria a pessoa que nenhum de nós pode conhecer, certo? – Kol pergunta.

– Por que Finn reconheceu essa pessoa? – Lavínia pergunta.

– Eu não posso responder isso! – Nataly disse e vem me ajudar com Finn. – Falem com ela!

– Seria bem mais útil se soubéssemos quem “ela” é! – Meu pai diz se aproximando de nós.

– Klaus, eu não posso falar nada sobre ela... – A mão de Nataly começa a dessecar. – Ela vai morrer se você passar! – Nataly gritava. Percebi que ela estava falando com “Fe”. – Eu sei que você não acredita em mim, mas Destino vai matar Lavínia quando você voltar à vida. Eu sei que você não quer isso!

Finn começou a sangrar pelos olhos e a gritar de dor.

– Fe pare! – Gritei. Por um segundo, Finn pareceu estar bem.

– Está funcionando. Continue falando. – Nataly diz.

– Eu não sei como você foi parar ai, como morreu, ou sequer sei quem você é. Mas por favor, não faça isso! – Pedi. – Se você desistir, eu serei eternamente grata. Por favor, precisamos acabar com esse inferno!

Finn voltou ao normal. Ele continuou no chão, se recuperando.

– Funcionou. Ela te ouviu. – Nataly disse sorridente.

(...)

POV-KOL

Depois de Finn se recuperar, fui para o escritório dos Salvatore e enchi um copo com Boubon. Olhei pela janela. A noite estava linda.

Flash Back

1670

A noite estava linda.

Eu e Joe estávamos no bar, nos alimentando de duas mulheres que compelimos. Aquele bar era a área dos vampiros. Logo todo aquele lugar seria também. Era uma questão de tempo. A melhor coisa que eu fiz foi entrar naquela embarcação holandesa. Eles dominaram tudo por um tempo, até os ingleses chegarem.

– E então, como vão as coisas com a irmã de Duque York? – Joe pergunta.

– Um passo de cada vez, meu amigo. Ela confia em mim e logo seu irmão irá fazê-lo também. – Falei limpando minhas mãos com um lenço. – Ele tem problemas em confiar em mim pelo que sou.

– Mas quem pode culpa-lo, você definitivamente é a maça podre da árvore. – Aquela voz... Eu só poderia estar delirando.

– Você deve ser insana de vir até aqui. – Falei me levantando. – O que faz aqui, Lavínia?

– Que recepção mais calorosa. – Lavínia diz. Ela se senta onde eu estava sentado antes. – Onde está Klaus?

– O mais longe possível, espero eu. – Respondi.

– Então finalmente conseguiu arrebentar a corrente da coleira que ele colocou em você? – Lavínia pergunta.

– Ainda não respondeu minha pergunta. – Falei nervoso. – O que faz aqui?

– Vim aqui me vingar de você por ter me feito matar Carolyn. – Ela responde.

– Como se você conseguisse. Sou um vampiro original, querida. Não é mais forte do que eu, isso te garanto. – Falei rindo com desdém.

– Eu não sou, mas Klaus é. Acho que foi uma boa ideia trazê-lo até aqui. – Lavínia diz. Engoli em seco. Se Klaus sabia onde eu estava, então eu poderia esperar pelo pior. – Não se preocupe, covarde, só estou caçoando de você. Eu vim em paz.

– Seria isso possível? – Perguntei. – Paz não é uma palavra que se pode usar quando se trata de você.

– Eu estou sem um lugar para ficar. Fiquei sabendo dessa pequena ilha que os ingleses possuíam, onde eu nunca havia passado antes... Achei que seria uma boa ideia. – Lavínia explica.

– Pois saiba que estava errada. Foi uma péssima ideia. – Falei. – Eu tenho meus contatos para que morra de uma forma dolorosa, então considere minha oferta e suma daqui.

– Seus contatos? Como por exemplo, a irmã de Duque York, como seu adorável amigo disse, certo? – Lavínia pergunta. – Bem, eu tenho o próprio Duque York à meu favor.

– Impossível. Duque York odeia vampiros. Só os atura por conta do amor de sua irmã por mim. – Falei.

– Não, ele apenas não gosta de você e de seus amigos. Mas posso dizer com toda certeza que ele gosta de mim. Talvez até um pouco demais. – Lavínia disse com um sorriso malicioso. – Ele não tem nada contra nossa espécie desde que fiquem fora de seu caminho.

– Então você pode me expulsar daqui. – Falei. – É por isso que veio? Para arruinar a minha paz momentânea longe de Klaus?

– Meu Deus, eu já disse que vim em paz. – Lavínia diz. – Por mais difícil que seja de acreditar, não vim com qualquer intenção de arruinar sua vida, Kol. Sequer sabia que estava aqui. Achei que estava com Klaus em Tóquio.

– Sabe onde Klaus está? – Perguntei.

– Eu sempre sei onde os Mikaelson estão. É assim que consigo evitar esses encontros. – Lavínia explica. – Fique tranquilo, Kol. Não tenho intenção alguma de arruinar sua vida agora. – Suspirei aliviado. – Mas, se você me irritar de alguma forma, consigo um jeito de chamar Klaus para conhecer a nova posse dos ingleses. Como mesmo chamam esse lugar?

– New York. Em homenagem ao Duque York. – Joe responde olhando para Lavínia.

Percebi a forma como Lavínia o olhou em seguida... Aquilo não acabaria bem.

– Joe, por que não vai pegar algo para Lavínia beber? – Perguntei.

– Farei isso, com certeza. – Joe disse se levantando, mas sem quebrar o contato visual com Lavínia.

– Fique longe dele. – Alertei Lavínia, quando Joe sumiu de vista. – Joe não tem absolutamente nada a ver com o que aconteceu entre nós no passado, então sequer pense em machuca-lo.

– Você realmente não acredita que não farei nada. Talvez isso seja culpa. A culpa de ter destruído minha vida. Está te corroendo, não é? – Lavínia pergunta fazendo biquinho.

– Pelo contrário, querida. Eu não poderia me importar menos. – Falei.

– Então, não se preocupe com seu amiguinho. Não vou machuca-lo. – Lavínia diz. – Não fisicamente. – Ela diz com um olhar malicioso. – Ele parece ser novo. A quanto tempo o transformou? – Ignorei sua pergunta ao ver uma garota loira entrar no bar. Eu não sabia bem o que, mas algo nela me chamou atenção. Talvez suas roupas diferentes. Ela usava calças. Nenhuma mulher usava calças. – Kol? – Lavínia me chama.

Me levantei e fui até aquela garota loira com um sorriso encantador.

Antes que eu pudesse chegar até ela, alguém segura meu braço.

– Nem pense. Você é meu! – Elisabeth York diz tirando meu foco da garota loira.

Olhei novamente para a garota, que agora estava indo embora. Eu não queria deixa-la ir.

– Kol? – Lavínia me chama. – Você está bem?

– Sim. – Falei. – Se lembra dos York?

– Como poderia me esquecer? – Lavínia pergunta pegando meu copo de Bourbon. – Por que resolveu desenterrar o passado agora?

– O passado está se desenterrando sozinho, Lavínia. – Falei. – Acha que tem alguma chance deles terem sobrevivido?

– Não depois do massacre. – Lavínia disse. – Você mesmo se certificou de matar Elizabeth, certo?

– Sim. E você matou o Duque. – Falei. Lavínia não respondeu nada. Apenas virou o copo de Bourbon de uma vez.

– Nós temos coisas mais importantes para resolver, Kol. Os York são um passado com o qual não precisamos nos preocupar. – Lavínia diz deixando o copo em cima da mesinha.

– Só fico me perguntando como seria se Elizabeth estivesse viva. Ela se apaixonou por mim de uma forma doentia. Ela iria atrás de Hope. – Falei.

– Como eu fiz? – Lavínia pergunta. – Pare de ser paranoico. Isso é coisa do Klaus. Elizabeth morreu. Ela está morta. Fim de história. Agora temos que nos preocupar com essa tal Fe... Ela não pode voltar à vida.

– Por quê? Não é como se você se importasse em morrer. Essa é a marca de Lavínia Black: sempre salvando o dia e se sacrificando por todos. – Falei.

– É, isso está começando é ficar chato. Sinto falta da minha fama de vilã. Vocês se surpreenderam tanto com as coisas que fiz. – Falei. – E só pra constar, ela estar lá é a razão de eu estar aqui. Eu prefiro que continue assim.

– Sobre o que Finn contou hoje. Você teria mesmo coragem? De me matar? – Perguntei.

– Naquela época eu teria. – Ela diz depois de pensar por um tempo. – Você quebrou meu coração. Eu arrancaria o seu. Simples assim. Mas não é a mesma coisa agora. E nunca mais vai ser. Apenas... Não quebre meu coração de novo.

– Se Klaus ouvir essa conversa vai querer me matar ainda mais do que já quer por eu ter beijado a filha dele no segundo dia dela em New Orleans. – Falei.

– Klaus sabe do que eu estou falando. Eu sei que você pode ser uma boa pessoa, desde que esteja com a Hope. E no seu caso, meu amigo, bondade lhe cai bem. – Lavínia diz. – Mas às vezes você pode ser uma babaca que me faz perder a esperança na sua parte boa. E quando isso acontece, você quebra meu coração.

– Você sabe que eu estou tentando melhorar. – Falei.

– Eu sei. Todos estamos. Tudo por conta de uma certa loira. – Lavínia sorri. – Ela é a heroína do nosso conto de fadas.

– Ela sabe dar jus ao próprio nome. – Falei sorridente. – E é por isso que eu a amo.

– Eu admito: algumas vezes, quando olho para Hope, me dá vontade de ter uma menina. Para ela ser forte e incrível como Hope é. – Lavínia diz. – Na verdade, eu e Carolyn passávamos horas pensando em nomes para nossos futuros filhos. Eu sempre pensava em nomes para meninas. Um nome em específico.

– Qual? – Perguntei.

– Felicity. – Lavínia diz. – Carolyn achava que Valentina combinava mais com o meu nome, mas eu sempre preferi Felicity.

POV-HOPE

Eu e Nataly ficamos do lado de fora da mansão dos Salvatore.

– Você salvou o dia. – Nataly disse. – Se ela tivesse voltado... Teria sido uma catástrofe.

– Ela não parece gostar de você. – Falei sem encarar Nataly.

– Não como se muita gente gostasse de mim, certo? – Nataly diz.

– Cada um de nós tem um motivo específico para não gostar de você. Qual o dela? – Perguntei.

– Todos os motivos de cada um de vocês. Ela sabe o que fiz e digamos que tem de quem puxar a parte de ser rancorosa. – Nataly explica.

– Nataly, hoje eu conversei com uma completa estranha. Porque isso é o que essa Fe é para mim: uma estranha. – Olhei para Nataly. – Mas eu sinto que eu não era uma estranha para ela. Eu sei que você não pode falar muita coisa. Só quero que me responda: Ela me conhece?

– Sim. Ela conhece todos vocês. Muito bem. – Nataly diz. – Talvez melhor do que vocês mesmos.

– Eu a conheço? Algum de nós a conhece? – Perguntei.

– Acho que você não entendeu, Hope. Esse é o ponto. Destino e Natureza trabalham para que vocês não a conheçam. – Nataly diz. – Mas ela assistiu cada um de vocês criando suas famílias... Ela os conhece.

– Como Finn pode conhecê-la? – Perguntei.

– Finn não a conhece pessoalmente. Não conhecia. Ele apenas sabe quem ela é. – Nataly diz e sua mão começa a dessecar. – É só isso que eu posso contar.

– Obrigada por nos ajudar. – Agradeci.

– Se eu não ajudasse, vocês demorariam ainda mais para fechar as passagens o que daria mais tempo para Fe... Para ela passar. Eu estou apenas fazendo o melhor para mim mesma. – Nataly disse.

– Enquanto o melhor para você for o melhor para mim e minha família, eu não me importarei de ter você por perto. – Falei. – Mas só porque eu te aturo, não quer dizer que eu goste de você.

– Como eu disse, ninguém gosta de mim. – Nataly diz.

– Eu gosto. – Olhamos para trás e vimos Matthew. – E gostaria ainda mais se você me contasse que estava viva.

Nataly sorri e pula em seus braços. Os dois se beijam e depois voltam a se abraçar.

– O que faz aqui? – Perguntei.

– Não posso entrar em New Orleans, mas posso vir para Mystic Falls. – Matthew disse. – E trouxe presentes.

Derek aparece segurando Katherine pelo braço.

– Tivemos que dar uma passada em New Orleans. A vadia estava quase morrendo quando a pegamos. – Derek diz. – Ela é a passagem.

– Alguém passou por ela? – Nataly pergunta.

– Alguém tentou. Mas desistiu depois de um tempo. – Matthew disse.

– Podem me matar já. – Katherine disse.

– Mas você acabou de chegar. – Falei.

– Eu sei que se demorar um pouquinho mais, quem fará o serviço será seu pai. Então eu prefiro que seja você. – Katherine diz.

– Hope, ela sabe quem é o lobisomem. – Matthew disse. – Mas se recusa a falar.

Sorri.

– Eu terei muito prazer em descobrir. E você vai desejar ter esperado mais um pouquinho. – Falei olhando para Katherine. – Algumas pessoas dizem que eu posso ser pior que meu pai.

– Eu nunca ouvi ninguém dizer isso. – Katherine diz.

– Isso é porque eles estão mortos. – Falei. – Ah, mas espere, Derek, eu tenho certeza que devo ter te atacado alguma vez.

– É, doeu bastante. – Derek disse.

– A questão é: você vai falar, querendo ou não. – Fiz um movimento com a mão e quebrei seu pescoço. – Mas até lá, prefiro não ouvir sua voz.

Continua...


Notas Finais


Eae? Gostaram? Alguma ideia de quem é a hibrida que eles estão procurando? Alguma ideia de quem seja a Fe? Deixem nos comentários!
BEIJOOOOOOS!


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