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História Forbidden Love - Season 4 - Begin Again - The Vengeful Mikaelson


Escrita por: JeMikaelson

Notas do Autor


EPAAAAAAAAAA OLHA O TIROTEIOOOOO
"Q tiroteio?"
Os q vcs estão planejando pra mim por ter demorado tanto pra atualizar a fanfic!
Já tô sentindo as bala... Ai...
Gente, é o seguinte... A pessoa aqui não postou por milhares de motivos, mas principalmente pq eu POR UM SEGUNDO desisti dessa fic...
"EPAAAAAAA! O QUÊ? VC QUER MORRER?"
Como eu disse, por um segundo... Pq? Pq minha mente se fechou de uma tal forma q eu não consigo explicar... Não saía nadaaaaaa!
Mas, dps de um tempo, eu consegui sair do ponto onde eu tinha parado de escrever e as ideias foram surgindo... E sinceramente, TÁ FICANDO FODAAAAAAA!
Bem, é isso... Me desculpem pelo 1 mês e 5 dias de pausa (sim, eu contei...) e aproveitem o capítulo...

Capítulo 9 - The Vengeful Mikaelson


 

Fomos para a antiga casa dos Mikaelson em Mystic Falls. Levei Katherine para o escritório e os outros decidiram ir dormir.

Coloquei minhas mãos na cabeça de Katherine – que já havia acordado – e comecei a tentar entrar em sua cabeça.

Como Katherine não me deixava entrar em sua cabeça, ela sentia uma imensa dor quando eu tentava, e então gritava de dor.

– Seria bem mais fácil se você apenas me deixasse entrar na sua cabeça. Ou apenas contasse quem é o lobisomem. – Falei.

– Uma hora você vai ter que parar. Qualquer bruxa não conseguiria aguentar fazer feitiços 24 horas por dia. – Katherine disse.

– Mas eu não sou qualquer bruxa. Eu ficarei aqui quanto tempo precisar e fritarei seu cérebro se for preciso, mas não vou sair daqui sem respostas. – Falei.

– Você realmente não brinca em serviço. – Katherine disse.

– Não quando meus filhos estão envolvidos. – Falei.

– Sabe, eu tenho... Tinha uma filha também. Tyler Loockwood a mordeu e ela morreu na minha frente. – Katherine conta.

– E por que você está me contando isso? – Perguntei.

– Porque eu não consegui proteger Nádia. E eu tentei tanto... Acha que vai ser diferente pra você? – Katherine pergunta.

– Eu era a adolescente que precisava ser protegida antes. E meus pais conseguiram... Eu sobrevivi. Sinto muito por Nádia, mas isso não vai acontecer com os meus filhos. – Falei. – E ajudaria muito se você entregasse o lobisomem.

– Eu não vou dizer nada. – Katherine disse.

– Ótimo. Então vamos continuar com a sua sessão de tortura. – Falei e tentei entrar na mente de Katherine mais uma vez.

Ela grita mais uma vez.

– Isso é sério? – Kol pergunta entrando no escritório. – O bebê acordou!

– Que bebê? – Perguntei soltando a cabeça de Katherine.

– Ahn, esse bebê! – Ele aponta para si mesmo. – Não pode fazer isso da forma mais fácil?

– Eu já tentei. Ela não quer falar. – Falei.

– Então vamos fazer de um jeito ainda mais fácil. – Kol disse. Ele pega um vaso e joga no chão. Pega um dos cacos e acerta Katherine. – É, sem verbena. – Ele se agacha para olhar Katherine nos olhos. – Diga-me, quem é o vira-lata que procuramos?

Antes que Katherine respondesse, o pescoço de Kol é quebrado e então eu sou lançada para o outro lado do escritório e bato a cabeça na parede.

(...)

POV-MIGUEL

Nataly estava dirigindo fazia horas, mas até agora não havia me dito para onde estávamos indo.

Foi quando vi a placa. Bem-vindos à Mystic Falls.

– Por que estamos aqui? – Perguntei.

– Estamos aqui para ajudar. – Nataly responde. Carolyn e Ansel estão vindo trazendo tudo o que precisamos para acampar.

– Acampar? – Perguntei.

– Não temos um lugar para ficar e nossos pais não podem saber que estamos aqui, então o jeito é acampar. – Nataly disse.

– Sequer passa pela minha cabeça quem teve essa ideia. – Falei ironicamente.

– Eu só acampei uma vez na vida. Fomos até o Central Park. Uma abelha picou Ansel. Foi muito divertido. – Nataly disse. – Achei que poderia ser divertido fazer isso com vocês também. Sabe, tirar um pouco de proveito dessa situação.

– É genial. – Falei a encarando. – Mas agora, como vamos fazer algo para ajudar sem nossos pais saberem?

– Bem, eu pedi para meu pai nos manter informados. Segundo a mensagem que ele me mandou ontem, eles já têm a duplicata, o original, o vampiro e a bruxa. Eles estavam com problemas para achar o hibrido que é uma história bem maluca de uma garota com o coração de um vampiro. Eles acharam alguém que sabe quem é o lobisomem então só nos resta o herege. – Nataly disse.

– E como vamos achar o herege? – Perguntei.

– Eu não sei. Ainda não pensei nessa parte do plano. – Nataly disse. – Mas Ansel disse que tinha algo em mente.

– Não confio em um plano que não seja seu. – Gracejei.

– Eu também não. Mas vamos dar uma chance para ele. – Nataly disse. – Posso fazer uma pergunta um tanto quanto indiscreta?

– Pode... – Falei meio hesitante.

Nataly abre a boca para fazer a pergunta e então desiste.

– Vá em frente, loirinha. Faça sua pergunta. – Falei.

– Tem certeza disso? – Nataly pergunta.

– Eu admito, talvez eu esteja reconsiderando não responder a pergunta. – Falei.

– Eu estava me referindo à você ter me chamado de loirinha. Quer mesmo fazer isso? Só meu pai me chama assim. – Nataly disse.

– Então como gostaria que eu te chamasse? – Miguel pergunta.

– Pelo meu nome, talvez? – Nataly diz.

– Que tal... – Não consigo terminar minha sugestão.

– Ai meu Deus! – Nataly disse. – Eu AMO essa música!

Ela aumenta o rádio e começa a tocar uma voz que eu julgava ser de Justin Bieber.

– Bieber? Sério? – Perguntei.

– Não julgue o Bieber! Muito menos quanto está tocando Despacito. – Nataly aumenta o volume ainda mais. – Des-Pa-Cito! – Ela cantava enquanto balançava a cabeça junto com a batida.

Ri da cena.

– Pasito a pasito, suave suavecito... – Comecei a cantar com ela. – Nos vamos pegando, poquito a poquito.

– Cuando tú me besas com esa destreza veo que eres malicia con delicadeza. – Nataly completou.

– Pasito a pasito, suave suavecito, nos vamos pegando, poquito a poquito... – Cantamos juntos. – DES-PA-CITO!!!

Nós dois rimos juntos. Vi Nataly sorrindo. Seu sorriso era tão lindo quanto o de Davina. Talvez até mais.

– Eu ainda vou achar um apelido para você. – Falei.

– Por que isso soou como uma necessidade? – Nataly pergunta.

– Talvez porque seja uma necessidade. – Falei.

– Bem, minha mãe me chama de intrépide. – Nataly disse.

– Intrépide? – Perguntei.

– Significa destemida em francês. Longa história. – Nataly disse.

– Nunca pensei que diria isso, mas concordo com a Hope. Você é mesmo muito intrépide. – Falei. Nataly riu da minha pronuncia.

– Você ainda não a perdoou, não é? – Nataly pergunta.

Fiquei em silêncio por alguns segundos.

– Não completamente. – Falei. – Sabe quando você não se sente feliz? Quando não sente absolutamente nada? Como se seu coração fosse um total vazio? – Perguntei. – Era quando eu costumava me sentir quando eu era pequeno.

– Ah, é claro! Eu tinha me esquecido que você tem depressão. Ou tinha... – Nataly diz.

– Tenho. Não é tão forte agora, mas às vezes ela volta. – Falei. – Eu nem sabia que vampiros podiam ter depressão...

– Seus corpos se curam... Não suas mentes. – Nataly disse. – E considerando que tudo é intensificado, imagino que tenha sido horrível para você.

– Não o tempo todo. – Falei. – Eu tinha minhas exceções. Quando minha mãe se deitava comigo para contar histórias de reis e rainhas... Ou quando meu pai o fazia... E era ainda melhor quando os dois faziam ao mesmo tempo.

– Não me surpreende que eles tenham te ajudado a passar por isso. Ambos te amam muito e fariam de tudo para te salvar. Eles já fizeram, na verdade, e continuam fazendo. – Nataly diz.

– Eles não eram os únicos que me ajudavam. Se lembra do meu ultimo aniversário? Quando vocês descobriram que eu tinha depressão? – Perguntei. – Você nunca tinha desconfiado.

– Nós só nos víamos nos seus aniversários. E você sempre pareceu tão feliz para mim. – Nataly diz.

– E eu estava feliz de fato. – Falei. – Porque eu sabia que veria Hope. E isso me deixava estupidamente feliz. Os abraços dela, os presentes, e principalmente a risada dela... Isso me fazia feliz. Meu aniversário era o melhor dia do ano apenas porque eu veria minha irmã. E eu esperava o dia chegar, ansioso.

– Então paramos de aparecer. – Nataly completa. – Uau... Eu não consigo imaginar o impacto que isso deve ter causado em você.

– Eu esperei por vocês no primeiro ano. Fiquei bem quando não apareceram. No segundo eu ainda entendia que vocês eram pessoas ocupadas. No terceiro eu também entendia isso, mas eu também entendia que ninguém era tão ocupado assim. – Falei. – E então, meus pais tiveram medo que a depressão voltasse com tudo. Eles sabiam que me derrubaria. Eu sabia disso. Mas eu não queria isso. Eu me recusava a voltar a sentir o vazio por uma única pessoa.

– O que você fez? – Nataly pergunta.

– Amigos. Eu fiz amigos. Muitos amigos. Eu decidi que estaria no meu ápice. Fiquei popular. Tudo o que eu precisava fazer era parar de ser tão tímido. – Falei.

– Você? Tímido? Eu não consigo imaginar isso. – Nataly disse.

– Eu nem sempre fui assim. Apenas com quem eu tinha intimidade. – Falei. – O fato é: eu substituí a presença da sua mãe com a presença de todos os meus amigos. E deu certo. Estou bem melhor agora!

– Você guarda magoa. Isso não é estar bem. – Nataly disse. – Talvez você devesse conversar com a minha mãe. Contar tudo isso para ela.

– Para quê? Já passou de qualquer forma. – Falei. – Eu na verdade deveria agradecê-la. Por conta do abandono dela que eu sou incrível desse jeito.

Nataly riu.

– Ela nunca quis te abandonar. Ela teve que fazer uma escolha difícil entre você e a família dela. – Nataly disse.

– E ela escolheu a família dela. O engraçado é que eu achei que eu também fosse a família. – Falei.

– Não foi isso que eu quis dizer... É... – Nataly tenta corrigir sua frase.

– Nataly, eu não guardo rancor de você ou de Ansel. E sinceramente, esse assunto está ficando chato. – Falei.

– Ela te ama e se pudesse, nunca teria se separado de você. – Nataly diz me encarando.

Quando percebemos, o carro bate no nada. Como se houvesse uma barreira invisível à nossa frente.

– Isso é sério? – Kate aparece na frente do carro. – Vocês não poderiam ser menos óbvios?

– Você destruiu o carro. – Nataly disse.

– Não fui eu. – Kate disse.

– E quem foi? – Perguntei descendo do carro.

– Eu. – Olhei para trás e vi Davina.

– O que vocês estão fazendo aqui? – Nataly pergunta descendo do carro.

As duas se entreolharam.

– Eu toquei em Elijah e senti algo errado. Quando liguei para Derek ele disse que Katherine havia fugido e Hope e Kol estavam desacordados. – Kate disse.

– Eles estão bem? – Nataly pergunta.

– Kol vai acordar em alguns minutos. Só quebraram seu pescoço. E Hope bateu a cabeça, mas vai sobreviver. – Davina diz.

– E qual a sua desculpa? Tenho certeza que meu pai vai te matar se te ver. – Falei olhando para Davina.

– Kate estava encarregada de me vigiar, já que eu sou uma das passagens. Como ela é a única que poderia sentir de quem vem a magia usada para salvar Katherine, ela teve que me trazer. – Davina explica.

– Ótimo. Não queremos atrapalhar. – Falei. – Eu e Nataly vamos seguir nosso caminho... – Puxei a mão de Nataly e vi que Davina estava olhando para nossas mãos entrelaçadas.

– Nem pensar. – Kate disse. – Nós respondemos todas as suas perguntas. Agora é a vez de vocês: o que vocês estão fazendo aqui?

– Ah você sabe, acampar. Ar puro é sempre bom. – Falei.

– Em Mystic Falls? – Kate pergunta.

– Estamos em Mystic Falls? Eu não fazia ideia! – Me fiz de surpreso.

– Vocês acabaram de passar por uma placa dizendo “bem-vindos à Mystic Falls”. – Davina diz.

– Eu não sei ler. – Falei.

– Miguel... Nós estamos com pressa. – Kate disse.

– Estamos ajudando. É tudo o que vocês podem saber agora. – Nataly disse. – Vejo vocês por ai. Inviseque.

(...)

POV-HOPE

Lavínia me trouxe uma bolsa de gelo para colocar na cabeça.

– Tem certeza que não quer ver um médico? – Kol pergunta. – Foi uma batida feia.

– Eu sou parte lobisomem. Vai demorar, mas vai curar. – Falei. – Não acredito que perdemos Katherine.

– Todos já estão procurando por ela. – Lavínia disse. – E Kate já está à caminho.

– Kate já está aqui. – Kate diz entrando no escritório. Davina estava com ela.

– Davina? – Lavínia diz. – Vocês perderam a cabeça? Klaus vai esquarteja-la se vê-la!

– Eu estou a vigiando. – Kate disse.

– Tínhamos um combinado: nem todos poderiam vir. Davina estava nessa lista. – Lavínia disse.

– Aposto que Miguel e Nataly também estavam. – Davina diz. – Mas acho que eles também não respeitaram isso.

– O que você disse? – Kol pergunta.

– O que vocês ouviram. – Davina disse. – Eles estão aqui.

– Nataly não faria isso. – Kol disse. – Eu pedi para que eles ficassem em New Orleans acalmando Miguel.

– Pelo visto você não conhece sua filha tão bem quando achava que conhecia. Mas isso acontece sempre, certo? Aposto que Klaus também se surpreendeu com a Hope. – Davina diz.

– E o que isso quer dizer? – Perguntei me aproximando de Davina. – Davina, se você está nervosa porque ninguém entendeu a forma como você tentou “ajudar” meu irmão, tudo bem, mas não venha descontar nos outros!

– Eu não estou nervosa. Já estou acostumada com os Mikaelson. – Davina diz.

– Davina pare. – Kate pediu segurando Davina pelo ombro. Kate dá um passo para trás soltando o ombro de Davina.

– Kate? – Lavínia a chama.

Kate não diz nada, apenas vem até mim e segura meu pulso.

– Ah não! – Kate diz. Ela solta meu braço e se vira para Davina, fazendo um gesto com a mão. Davina desmaia. – A mesma bruxa que está ajudando Katherine está controlando Davina.

– O quê? – Perguntei. – Quem?

– Vocês encontraram Finn, certo? Bem, baseado nisso, dou um doce pra quem adivinhar quem é a bruxa. – Kate disse.

– Esther. – Completei.

– Tá explicado porque Davina estava agindo como uma vadia. Quer dizer, ela geralmente só faz isso comigo. – Kol disse.

– Kol, precisamos encontrar a Nataly e o Miguel. – Falei. – Eu vou procurar Esther e Katherine. Lavínia, pode ajudar Kol?

– Claro. – Lavínia diz. Ela e Kol saem do escritório.

– Kate? – Olhei para a mesma. – Sei que você já tem feito muito por nós, mas pode me ajudar só mais uma vez?

– Sabemos que haverá mais vezes e eu vou ajudar em todas. – Kate disse. – Sabe, às vezes eu fico pensando quando foi que começamos a ser amigas.

– Obviamente não foi quando nos conhecemos. – Falei pegando velas.

– Eu me lembro daquele dia. – Kate disse. – Você estava tão nervosa.

– Por que Esther está ajudando Katherine? – Perguntei.

– Quer mesmo tentar entender as motivações de Esther Mikaelson? Aquela mulher é doida. – Kate diz.

– Esther não faz nada sem um motivo. – Falei. – Se ela quer Katherine deve ser para que não conseguíssemos fechar a passagem e se ela não quer que fechemos a passagem deve ser porque tem alguém que ela quer tirar do mundo dos ancestrais. – Raciocinei.

– Ansel? – Kate pergunta.

– Se fosse Ansel ela pediria pela nossa ajuda. Sabe que ajudaríamos a trazer meu avô de volta. É outra pessoa. – Falei.

– Eu não consigo pensar em mais ninguém com quem Esther se importe. – Kate disse.

Parei um pouco para pensar.

– Ela trouxe Lavínia de volta a vida e não é como se Esther se importasse com ela. – Falei. – Ela está tentando trazer alguém que vai tentar nos destruir.

– Todos estão tentando fazer isso. – Kate disse.

– Ela com certeza achou alguém que conseguirá. – Falei. – Fe.

– Hope, Lavínia me contou sobre essa Fe e se nem vocês sabem quem pode ser, por que Esther saberia? – Kate pergunta.

– Por que Finn sabe! – Falei. – Nataly foi clara quando disse que Fe não pode voltar.

– Você está começando a ficar paranoica com essa pessoa. – Kate disse.

– E eu não deveria?! – Gritei. – Essa garota me conhece, conhece todos nós e nenhum de nós a conhece. Isso é possível?

– Seja lá quem ela é... Não vai ser ela que vai derrubar os Mikaelson. Ela pode tentar, mas terá que passar por você. E ela não vai nem chegar perto. – Kate segura minha mão. – Você é a maldita Hope Mikaelson... Convenhamos, é um nome bem mais ameaçador que Fe.

Eu sorri.

– Obrigada. De verdade. – Olhei para as velas. – Acho que é hora de fazer um feitiço.

(...)

POV-KOL

– Alguma ideia de onde eles podem estar? – Perguntei.

– Não é como se eles já tivessem vindo aqui antes, Kol. – Lavínia diz.

Olhei para Lavínia. Ela parecia preocupada. Com medo.

– O que foi agora, LaviLove? – Perguntei.

– E se Katherine os encontrar antes de nós? – Ela pergunta. – Acha que ela vai perder tempo em matar Miguel?

– Você não sabe disso. – Falei. – Katherine perdeu uma filha, Lavínia. Tenho certeza que ela não deseja isso nem para a sua pior inimiga. Ou para você. – Gracejei.

– Não teve graça. – Lavínia disse. – Espera, a filha dela morreu, certo?

– Sim. – Confirmei.

– Nádia deve ter algo a ver com isso! – Lavínia disse com total certeza. – Ela deve ter voltado pela passagem.

– Quem é Nádia? – Perguntei.

– É o nome da filha da Katherine. – Lavínia disse. – Nádia Petrova.

– E como você sabe disso? – Perguntei desconfiado.

– Porque Nádia me encontrou. – Lavínia disse. – Ela estava procurando Katherine algumas décadas depois que eu ajudei Katherine a fugir de Klaus e então, me encontrou.

– O que ela queria? – Perguntei.

– Encontrar Katherine. – Lavínia responde.

– E você deu o que ela queria? – Perguntei já certo da resposta.

– Nádia havia se transformado em vampira fazia pouco tempo. Eu estava com a humanidade desligada e entediada... Então eu fiz Nádia desligar a dela. – Lavínia diz.

– O quê?! – Gritei. – Tá, agora eu entendo a sua preocupação. Você não perdeu tempo em desligar a humanidade de Nádia ao saber que ela era a filha de Katherine, então Katherine pode tentar quebrar a maldição de Miguel.

– Exatamente. E por isso, temos que acha-los antes dela. – Lavínia disse.

Olhei para o céu que estava nublado.

POV-MIGUEL

Chegamos ao Mystic Grill e Nataly desfez o feitiço de invisibilidade.

– Isso foi incrível! – Falei.

– É claro que foi... Fui eu quem teve a ideia. – Nataly graceja.

– Vocês demoraram. – Carolyn aparece e logo atrás dela, Ansel. – Hayley está nos ligando feito louca. Deve ter percebido que viemos para cá então é só uma questão de tempo até Klaus, Lavínia, Hope e Kol descobrirem.

– Na verdade nós já adiantamos isso. – Falei. – Kate nos encontrou. Conseguimos fugir, mas ela com certeza vai contar para eles.

– Então vamos ter que tomar cuidado. – Ansel disse.

– E teremos que ser ainda mais rápidos para achar o herege. – Nataly disse.

– Sobre isso... – Carolyn começa a falar. – Nós temos algo que talvez possa ajudar.

Ela pega a mochila que estava em suas costas e de lá tira um monóculo prata. Ela joga para mim.

– Interessante. Uma gracinha. O que eu faço com isso? – Perguntei.

– Charlie está aprendendo a confeccionar objetos negros como Kol fazia. Ela criou esse para ficar mais fácil de encontrar as passagens. – Carolyn explica. – O único problema é que ela ainda não testou e não sabe se realmente funciona.

– E se caso funcionar, como funcionaria? – Nataly pergunta.

– Pessoas que não são passagens seriam invisíveis à visão do monóculo e só veríamos as passagens. Basicamente teríamos a visão dos mortos no mundo dos ancestrais. – Carolyn explica.

– E Charlie te emprestou de bom grado? – Ansel pergunta.

– Não... Digamos que eu peguei emprestado sem ter pedido antes. – Carolyn diz.

– Traduzindo, você roubou. – Falei. – À que nível chegamos?

– Como Charlie fez isso? – Nataly pergunta tirando o monóculo da minha mão.

– Da mesma forma como se faz um objeto negro normal, mas acrescentou um ingrediente especial. – Carolyn diz.

– Que seria...? – Perguntei.

– Um cadáver. – Carolyn diz. – O monóculo foi mergulhado nas entranhas do cadáver para fazer o feitiço. Está meio que ligado ao cadáver, que está agora no mundo dos ancestrais.

– Isso é a visão do cadáver! – Nataly diz. – é quase como se estivéssemos com um dos olhos do cadáver!

– O que acontece se o tal cadáver voltar à vida? – Ansel pergunta.

– Ela não vai. – Carolyn diz. – É ela quem está cuidando das passagens.

Nos entreolhamos.

– O cadáver é da minha tia, não é? – Perguntei.

– Sim. – Carolyn responde cabisbaixa.

– Alguma ideia de onde procurar primeiro? – Ansel pergunta quebrando o clima.

– Eu e Nataly fizemos algumas pesquisas antes de planejarmos vir para cá. Perguntamos para Hayley e Elijah sobre as pessoas de Mystic Falls. – Carolyn diz.

– Tyler Lockwood se casou com Liv Parker. Ela é parte do clã Gemini, o mesmo de Kai Parker, que foi o único herege com quem nossa família cruzou. – Nataly explica. – Tyler e Liv tiveram gêmeos hereges.

– Parte lobisomens. – Carolyn completa.

– Tyler Lockwood... Eu já ouvi falar dele. Meu pai o odeia. – Falei. – Ele não vai pensar duas vezes antes de dizer não para nós.

– Não se nós o convencermos de que isso será bom para os gêmeos. – Ansel diz.

– Para os dois? – Ansel pergunta.

– Para o que estiver na nossa listinha. – Ansel diz.

– Sequer sabemos se algum deles é quem estamos procurando. – Falei.

– Mas nós também não sabemos se é algum deles que não estamos procurando. – Nataly disse. – Isso fez sentido?

– Não, mas entendemos que seu objetivo era ser positiva. – Falei.

– Os gêmeos trabalham em um lugar chamado Mystic Grill. – Carolyn diz. – Os dois.

– Vocês descobriram tudo isso em algumas horas? – Ansel pergunta.

– Queridos, se tem uma coisa que eu sei fazer muito bem é deixar o FBI no chinelo. – Carolyn disse. – Vamos?

– Aonde? – Perguntei.

– Testar essa belezinha. – Carolyn disse pegando da mão de Nataly. – Vamos logo!

(...)

(Música = No Lie – Sean Paul ft. Dua Lipa)

Chegamos no Mystic Grill. Logo vimos um cara de olhos azuis, loiro, vestido com uma farda de policial, sentado à uma das mesas.

Um garoto moreno com olhos azuis passou com uma bandeja e atendeu o policial.

– Xerife Donavan! – O garoto diz. – Quanto tempo.

– Richard, sabe que não precisa usar toda essa formalidade para falar com o seu padrinho. – O policial responde. – Como vai seu pai? Faz um tempo que não vejo o Tyler.

– Nervoso por eu ter deixado os Timberwolves. Mas como sempre está orgulhoso de Mason. – O suposto Richard disse.

– Deus! – Nataly disse boquiaberta olhando para ele. – É isso que ele é, um Deus!

– Quer um babador, Naty? – Perguntei.

– Se ela não quiser, eu vou precisar. – Carolyn disse. – E só de pensar que tem um outro dele...

As duas suspiraram.

Ansel estava olhando para Richard também.

– Ele nem é tudo isso! – Falei. – Eu sou muito mais bonito.

– Sinto o cheiro de inveja. – Nataly disse.

– Ou talvez seja o cheiro de cachorro molhado do Richard. – Falei.

– Lembrando que você também é parte lobisomem. – Carolyn diz. – Aqui. – Ela me dá o monóculo.

– Quer que eu fique encarando ele com isso? – Perguntei. – Ele vai perceber.

– Não se alguém estiver o distraindo. – Carolyn disse descendo o decote de sua blusa e jogando o cabelo para o lado.

– É, ele vai estar bastante ocupado olhando para seus peitos para perceber que eu estou o encarando. Brilhante, Car. – Gracejei.

– Aprendi com minha mãe que minha beleza é uma arma. Está na hora de usar essa arma. – Carolyn anda toda confiante até Richard.

– Olá, sabe se tem algum telefone que eu possa usar por aqui? O meu descarregou. – Usei minha audição para ouvi-la.

– Ah, sinto muito, não posso te ajudar com isso. – Richard disse olhando para seu bloco de notas onde ele anotava os pedidos dos clientes.

– é impressão minha ou ele não está nem um pouco interessado na arma dela? – Nataly cochicha para mim.

– Ele nem olhou para ela. – Falei.

– Isso é humilhante. Eu vou tira-la de lá. – Ansel disse passando por nós e indo até Carolyn e Richard. Ele segura o braço de Carolyn e começa a puxa-la. – Vamos, Car.

No segundo que ele falou, Richard levantou o olhar e voltou para o bloco de notas e então voltou a olhar para Ansel novamente.

– O que?! – Falei. – Carolyn estava flertando com ele e ele não deu bola, mas Ansel sequer falou com ele e ele se interessou? Um pouco suspeito, não acha?

– É claro que ele era gay. Não existem mais héteros bonitos no mundo. – Nataly comenta.

– Eu sou hétero e sou maravilhoso. – Falei.

– Você não conta. Não é como se estivesse disponível para mim. – Nataly disse.

– Por que eu sou seu primo/tio? – Perguntei. – Não é como se qualquer parentesco tivesse parado seus pais... Então eu definitivamente conto. – Nataly riu e desviou o olhar. Percebi que ela começou a corar. – Você está vermelha.

– O que? Não estou não! – Ela nega tapando o rosto.

– Parece até aquele pássaro vermelho do Angry Birds. – Falei. – E é assim que eu vou te chamar Angry Bird. Minha mãe chama a sua mãe de passarinha, então...

– Se me chamar assim, eu vou te matar. – Ela diz.

– Você pode tentar. – Falei sorrindo.

Carolyn aparece e tira o monóculo de mim.

– Já desistiu? – Perguntei rindo.

– Richard simplesmente não consegue quebrar o contato visual com o Ansel. – Carolyn disse. – Eles são tão fofos.

– Uma pena Ansel não ser gay. – Nataly disse.

– Certeza? Porque Richard não é o único mantendo o contado visual ali. – Carolyn disse.

– Ele é o meu gêmeo. Ele teria me contado. – Nataly disse.

– Tanto faz. – Carolyn dá de ombros. – Não é para isso que viemos. – Ela coloca o monóculo. – Meu Deus, funciona mesmo! – Ela diz.

Peguei o monóculo e o coloquei. Eu não conseguia ver ninguém além de Richard. Ele estava sorrindo e coçando a nuca.

– Ele é o herege. – Falei.

Fui até eles.

– Miguel? – Ansel pergunta.

– Eu sinto muito em interromper a conversa, mas nós precisamos ir. – Falei.

– Já? – Richard pergunta. – Vocês não estão aqui à tanto tempo.

– Pois é. Mas nós temos hora para voltar para casa. Ei, Ansel parece ter gostado de você... Por que não vem com a gente? – Perguntei colocando a mão no ombro de Richard.

– Eu mal conheço vocês. – Richard disse. – E além disso, eu tenho que concluir meu turno.

– É uma pena. Ansel tem alguns problemas para fazer amizade. – Falei.

– Eu tenho? – Ansel pergunta.

– E ainda fica em negação por causa disso. – Falei. – Mas nós com certeza vamos voltar, mas realmente precisamos ir.

– Por que não ficam mais um pouquinho? – Ouvi a voz de minha mãe atrás de mim. – Principalmente que eu cheguei.

Me virei para ela. Ela estava muito nervosa, eu conseguia ver isso em seus olhos azuis.

– Mamãe! – Falei fingindo estar feliz em vê-la.

– Vamos. Os dois! – Ela olha para Ansel.

– Mãe, você não está entendendo. – Falei puxando-a para longe de Richard e Ansel.

– Não mesmo. Miguel, eu estou pegando leve desde que você descobriu tudo, mas acho que eu vou parar com isso e fazer como seu pai, já que pra você ele não foi claro o suficiente. – Ela diz. – Vocês não entendem que tem pessoas que nos odeiam e que fariam de tudo para nos afetar? Sabe o que nos afetaria? Se um de nossos filhos morresse. É assim que as coisas funcionam aqui.

– É, eu sei, meu pai já me explicou bem isso. Ele não foi claro, foi ofuscante! – Falei. – Mas eu não posso simplesmente aceitar tudo isso! Eu quero ajudar! Nós queremos ajudar! Mas se vocês continuarem nos afastando, vamos continuar fazendo as coisas às escuras.

– Vocês não estão ajudando, então atrapalhando. Eu poderia ter encontrado Katherine agora mesmo se não estivesse louca atrás de você. – Ela diz.

– O quê? Como assim achar a Katherine? – Perguntei.

– Não importa agora. – Ela diz.

– Não mesmo. Vocês podem ter perdido a duplicada, mas nós achamos o herege. – Apontei para Richard, que conversava com Ansel. – Richard Parker Lockwood. Veja por si mesma. – Entreguei o monóculo para ela.

Ela me encarou confusa.

(Música = Bad – David Guetta & Showtek ft. Vassy)

Uma música alta começou a tocar e as luzes do Grill se apagaram.

– O que está acontecendo? – Kol apareceu com Nataly e Carolyn.

– Katherine está acontecendo. – Minha mãe disse. – Querem ajudar? Acendam essas malditas luzes!

– Acho que posso fazer isso. – Nataly disse.

Ela vai para o meu lado e pega minha mão. Nataly começa a sussurrar algo e então nós ouvimos coisas quebrando e então uma trilha de fogo no balcão do Grill.

– Uou! – Carolyn diz.

– Só consigo trabalhar com fogo. – Nataly disse.

– Contanto que eu consiga ver onde aquela vadia está para eu poder arrancar sua cabeça... – Minha mãe disse.

Percebi que Kol ficou olhando para minha mão entrelaçada com a de Nataly. Aquilo parecia estar o incomodando profundamente.

– Onde ela está?! – Meu pai aparece no Grill.

– Klaus. – O policial, de quem eu havia me esquecido, diz.

– Katherina! – Meu pai diz.

– Nem pense, ela é minha! – Minha mãe diz.

– Que bonitinhos! – Uma mulher disse andando em direção aos meus pais. – Brigando por minha causa... Me sinto até horada.

– Isso vai parar porque mortos não sentem nada. – Minha mãe disse e então foi atacar Katherine.

Ela e lançada para o outro lado e cai em cima de uma mesa, quebrando-a.

– Essa é Lavínia Black, sempre subestimando os outros. – Outra mulher aparece ao lado de Katherine.

– Nadia... O que está acontecendo aqui?! – O policial disse.

– Sem tempo para explicar, mas se quer um conselho, Donavan... Corra. – Kol diz.

O policial puxa Richard e os dois deixam o Grill.

– E quem é a bruxa que está te ajudando? Vou ter prazer em mata-la. – Meu pai diz.

– Mais uma vez? – Uma mulher loira aparece. – Isso já está ficando cansativo, filho.

– Filho? – Eu, Nataly, Carolyn e Ansel perguntamos ao mesmo tempo.

– Crianças, essa é Esther. A avó de vocês. – Kol diz.

– Kol, tire-os daqui. – Minha mãe diz se levantando.

– Mas por quê? Não estava toda confiante antes? – Esther pergunta. – Isso significa que você tem medo de mim. E é bom ter. – Esther faz um movimento com a mão e joga minha mãe contra a parede. Com o movimento de sua outra mão ela joga em minha mãe os pedaços da mesa que havia quebrado. Um dos pedaços vai em sua barriga e quando Esther a solta, ela cai no chão, tossindo muito e tentando tirar os pedaços de madeiro do corpo.

– Não! – Meu pai diz e tenta atacar Esther, mas ele é lançado para perto do balcão em chamas.

– Eu sinto muito. – Esther diz. As chamas do balcão aumentam e cercam meu pai. – Nenhum de vocês pode estar aqui quando ela voltar.

– Quando quem voltar? – Perguntei.

Esther olha para mim.

– Já chega! – Ouvimos um grito e então as luzes se acenderam novamente e então explodiram. As chamas do balcão se afastaram do meu pai e cercaram Nádia e Katherine.

Hope aparece.

– Não tente me parar. Eu sou mais forte. – Esther disse.

– Tem certeza disso? – Hope pergunta. – Porque eu posso provar o contrário.

– Vai me matar? – Esther pergunta. – Vai se tornar um deles?

– Eu sempre fui um deles. Eu sempre fui uma Mikaelson. – Hope disse. – E mesmo antes de nascer você estava lá, tentando machuca-los.

– Eles são monstros. – Esther disse.

– Você é um monstro! – Hope grita. – Você tem tentado me matar a tanto tempo... Por quê? – Esther continua quieta. – Por quê?! – Hope grita.

– Eu quero acabar com o mal que trouxe ao mundo e pra isso preciso mata-los. – Esther disse. – Você nunca permitiria que eu o fizesse. Porque você é quem vai salva-los no final do dia, sempre será você! O bebê milagroso! Você talvez não seja mais poderosa que Miguel, mas é a mais corajosa. Você morreria para salvar essa família maldita.

– O que você ganha com isso? Deixando a passagem aberta, o que você ganha? – Perguntei.

– Eu preciso tira-la de lá. Ela é a única que pode derrubar os Mikaelson. Assim como Hope, ela não é a Mikaelson mais poderosa, mas é corajosa. E extremamente vingativa. Vocês morrerão os salvando da mesma forma que ela morrerá os matando. – Esther disse.

– Está falando de Fe? Ela é uma Mikaelson? – Hope pergunta.

Esther permaneceu em silêncio.

– Responda! – Gritei me aproximando dela. – Quem é ela? Por que ela quer nos destruir?

– Pelo mesmo motivo que todos. – Esther diz. – Ela tem em seu sangue toda a bravura do mundo. E não estou falando por ela ser um Mikaelson.

– Você não deu a resposta que eu queria. Quem é ela? – Perguntei novamente.

– Eu não vou falar. Especialmente para você! – Esther disse. – Você é a desgraça da nova geração dos Mikaelson.

Naquele momento, meu sangue ferveu.

– Você pode mata-la agora. – Falei olhando para Hope.

– Não, eu não posso. – Hope disse. – Ela sabe quem é a Fe. Ela pode nos dizer.

– Ela não vai nos dizer! – Falei.

– Nunca vamos saber se não tentarmos. – Hope diz.

Olhei para Esther.

No mesmo instante, o fogo que cercava Nádia e Katherine cercou meu pai também. Foi quando o círculo começou a se fechar em volta dele.

– Não! – Usei minha velocidade e coloquei minha mão dentro de Esther, pronto para arrancar seu coração. O círculo de fogo em volta de meu pai some e volta apenas para Nádia e Katherine.

– Miguel, não! – Kol gritou. – Se fizer isso, vai ativar sua maldição!

– Se eu não fizer, ninguém vai fazer. – Falei. – Você está certa. Hope não é a mais poderosa, eu sou, e também posso ser muito corajoso e muito cruel às vezes. E se você pensa por um segundo que eu posso ser misericordioso, você errou! Eu sou um bruxo original. Mostre um pouco de respeito.

Quando estava prestes a tirar o coração de Esther, ouço o barulho de alguém caindo.

Largo Esther e olho para trás. Minha mãe estava de joelhos no chão, com um pedaço de madeira em seu peito.

Corro até ela e a seguro antes que ela caísse totalmente no chão.

– Kol... – Ela diz com dificuldade. – C-cure ela.

Kol corre até Esther e dá seu sangue para ela.

Olhei para a blusa de minha mão e vi que havia uma mancha de sangue em sua barriga, em baixo de onde a madeira estava agora. A estaca havia sido removida e colocada em seu peito.

– Você fez isso? – Perguntei tirando a estaca de seu peito e a abraçando. – Por quê?

– Eu sabia que você me salvaria. Que pararia o que estava fazendo só para me ajudar. – Ela diz.

– E se eu não parasse? – Perguntei.

– Eu decidi deixar você ajudar. – Ela disse olhando para mim. – Vou confiar em você.

Eu sabia que ela não estava falando apenas daquela situação. Ela ia me deixar ajudar a fechar a passagem.

(...)

Voltamos para casa. Meu pai deu uma bolça de sangue para minha mãe se recuperar.

– Então, um dos filhos de Tyler Lockwood é uma passagem. Como ele ainda não sentiu ninguém passando por ele? – Meu pai pergunta parando atrás da poltrona onde minha mãe estava sentada e colocando sua mão no ombro dela.

– Ele é um herege. – Nataly, minha avó, entra na sala, acompanhada de um cara alto e moreno. – Provavelmente está tirando a magia da energia que Rowena deixou nele.

– O que ele faz aqui? – Minha mãe pergunta.

– Ele está aqui para ajudar. – Nataly diz.

– Está mesmo? Porque você veio fazer o mesmo e tem deixado várias informações necessárias passarem. – Meu pai diz.

– Como, por exemplo...? – Nataly pergunta.

– Que Fe é uma Mikaelson. – Hope completa.

Nataly a encarou assustada.

– Você sabe que eu não posso falar sobre ela. – Nataly disse.

– Eu... Eu entendo que se você falar muito os ancestrais vão te matar, mas eu queria entender de onde ela vem! Se ela é parte dessa família, por que ela nos odeia? – Hope pergunta.

– Ela não os odeia! – Nataly diz. – Ela... Ela já os odiou antes, mas ela viu que vocês mudaram. Eu não sei o que vocês ouviram, mas Fe não é nenhum monstro. Ela acredita na humanidade de todos, mas se ela se decepcionar... Então ela vira o monstro.

– Podemos falar de outra coisa que não seja relacionado à  essa Fe? – Minha mãe pergunta.

– Não está nem um pouco curiosa pra saber por que vocês não podem se conhecer? – Hope pergunta.

– Sim, eu estou. Mas não há nada que possamos fazer! – Minha mãe disse. – Precisamos focar em fechar as passagens. E agora que temos o monóculo, as coisas vão ser mais fáceis. – Ela se levanta. – Agora se me dão licença, eu vou dormir porque eu quase morri hoje de novo.

Ela sobe as escadas.

– Onde está Ansel? – Kol pergunta.

– Ela foi até à mansão Lockwood falar com Richard. Se tivermos sorte, Tyler pode nos ajudar com essa parte. – Falei.

– Não que Tyler Lockwood possa ajudar em alguma coisa. Ele sempre foi inútil. – Meu pai disse.

– Caroline e Elena foram com ele. – Nataly disse.

– É, Nik sabe como Caroline pode convencer alguém muito bem. – Kol graceja.

– Kol, Lavínia ainda consegue ouvir. – Hope disse rindo.

– É, eu sei disso. – Kol disse sorridente.

– Você e Caroline? – Perguntei olhando para meu pai.

– É. Mas se alguém abrir a boca mais uma vez por causa desse assunto, Lavínia vai descer até aqui. – Meu pai diz.

– Que assunto? Aquele sobre seu breve relacionamento com Caroline Forbes? – Kol pergunta.

Meu pai revira os olhos e todos riem.

(...)

POV-ANSEL

– Eu não sou louco! Não vou deixar Richard se envolver no assunto dos Mikaelson! – Tyler gritava.

– Tyler, se eles sabem como acabar com isso, talvez devêssemos... – Liv é interrompida por Tyler.

– Não! Liv, essas pessoas não prestam! – Tyler disse.

– Parece que meu pai não gosta mesmo da sua família. – Richard me pega ouvindo atrás da porta.

– Ele não é o único. – Falei. – Como está?

(Música = Scared To Be Lonely – Martin Garrix ft. Dua Lipa)

– Ainda não caiu a ficha. Vampiros, lobisomens, bruxos... É... – Ele fica sem palavras.

– Loucura. Eu sei. – Falei. – Você se acostuma.

– Você se acostumou? – Richard pergunta.

– Ainda não... Mas eu estou trabalhando nisso. – Falei.

– Aquela garota loira no Grill... É sua namorada, não é? Quer dizer, pelo jeito como você chegou para tira-la de perto de mim... – Richard diz.

– Carolyn? Não. Ela é minha prima. Adotiva, mas é como se fosse de sangue. – Falei. – Ela está disponível e se quer saber, ela te achou lindo. Ela e minha irmã.

– Você tem uma irmã? – Richard pergunta.

– Gêmea. – Completei.

– Ela é tão bonita quanto você? – Ele pergunta.

– Essa cantada só funciona quando são duas irmãs. – Falei rindo.

– Não quando a cantada é para o irmão. – Richard disse.

Eu não sabia o que responder.

– Então, onde está o seu irmão? – Perguntei.

– Com a namorada, provavelmente. Lizzie. É uma das filhas da Jo e Alaric. Da Caroline e do Alaric... É complicado. – Richard diz. – Elas são como eu e meu irmão... Não é? Hereges.

– Sim. – Falei. – Viu, você aprende rápido. – Comemorei.

 – Continuo confuso. – Richard disse rindo. Seus dentes eram perfeitamente alinhados e extremamente brancos.

– A outra filha de Caroline... É sua namorada? Os pares de gêmeos namorando... Parece algo interessante. – Falei.

– Parece algo falso. – Richard corrige. – Josie e Lizzie... Nós nos conhecemos desde pequenos. Todos esperavam que isso fosse acontecer... Mason e Lizzie, eu e Josie... Mas acho que eu destruí os planos deles.

– Você? Por quê? – Perguntei.

– Pelo fato de eu ter acabado de flertar com você, com direito a cantada e tudo, acho que você já deveria saber. – Richard disse. – Eu sou gay, Ansel.

– Ah, jura? Eu... Eu não sabia. – Falei.

– Sim, você sabia. – Richard disse sorrindo. – Tudo bem dizer que eu sou gay. Não é ofensivo.

– Sim... É claro. Quer dizer, não... – Balancei a cabeça. – É ótimo. Não que eu seja gay... Mas é bom ver que você consegue assumir sem problemas. Não que deveria ser um problema se assumir gay...

– Ansel, respire! – Richard disse rindo. – Acredite ou não, eu demorei muito para assumir que era gay.

– Eu nem imagino pelo que você deve ter passado. – Falei.

– É... Acho que não imagina mesmo. – Ele disse com um tom de ironia, olhando em meus olhos, sem quebrar o contato visual, como havia feito no Grill.

– Está ficando tarde... Acho melhor eu ir. – Falei. – Até amanhã, Richard.

– Até amanhã, Ansel. – Ele disse.

Passei por ele e soltei o ar ao ver que tinha conseguido sair dali.

O que diabos estava acontecendo comigo?

(...)

POV-MIGUEL

Nataly estava do lado de fora da mansão. Ela olhava para o nada.

– Procurando por algo? – Perguntei. – Tenho certeza que não vai encontrar aqui.

– Você acha que Ansel é gay? – Ela pergunta. – Quer dizer, ele ao menos parece gay?

– Eu não sei. Ansel não demonstra exatamente o que ele está sentindo. O cara é um buraco negro. – Falei.

– Como assim? – Nataly pergunta confusa.

– Está vendo essa cara? Essa é a sua cara de confusa. Eu sei que você está confusa por causa da sua expressão. Ansel está sempre com a mesma cara. Eu realmente não sei dizer se ele teve algum interesse em Richard. – Gracejei.

Nataly riu.

– Você já nasceu com esse dom de fazer piada com tudo, ou veio com o tempo? – Ela pergunta.

– Eu nasci com o dom, mas fui aperfeiçoando com o tempo. Por isso sou tão engraçado. – Falei.

– Agora falando sério: Ansel teria me contado, não é? – Ela pergunta me encarando.

– Eu acredito que sim, não sei. – Falei. – Sou a última pessoa que pode te dar conselhos sobre amor fraternal. Ou qualquer tipo de amor!

– Não diga isso. O que você fez hoje foi uma prova de amor. – Nataly disse.

– Ou uma prova de que Esther estava certa. Eu sou a desgraça da nova geração dos Mikaelson. – Falei.

– Vai mesmo acreditar nela? – Nataly pergunta. – Esther só estava te provocando.

– O que ela falou faz sentido. Talvez todos saibam que eu sou uma bagunça e por isso não acreditam que eu sou capaz de ajudar. – Falei. – Talvez eu devesse desistir. Me tornar um daqueles caras com fantasia de cachorro-quente. Eu teria futuro nisso.

– Miguel Black Mikaelson? Desistindo? Que vergonha! – Nataly disse.

– Davina acreditava em mim. – Falei.

– Davina estava sendo controlada por Esther. Você não seria capaz de fazer aquele feitiço. Não sozinho. – Nataly disse. – Mas você é capaz de fazer muitas outras coisas.

– Como...? – Perguntei.

– Me fazer rir em qualquer momento. Quer dizer, eu estou totalmente preocupada se meu irmão gêmeo está dentro do armário e eu nunca percebi, mas mesmo assim você me faz rir. – Nataly diz. – E se você consegue me tirar das minhas preocupações, então em breve vai conseguir fazer aquele maldito feitiço e muitos outros. – Nataly segura minha mão. – Eu acredito em você.

Sorri.

– Você é uma ótima amiga, Angry Bird. – Falei.

– Tudo bem, se você me chamar assim mais uma vez, você vai ser uma daqueles porquinhos verdes. – Nataly disse rindo.

– Fala sério, você adorou esse apelido! – Falei rindo com ela.

– Definitivamente não! – Ela diz.

Nossas mãos continuavam juntas. Nós dois levantamos o olhar um para o outro. Os olhos de Nataly brilhavam e ficavam lindos daquela forma.

– Ah... Naty? – Olhamos para o lado e vimos Hope. Soltamos nossas mãos. – Tudo bem por aqui?

– Ah, claro. – Nataly disse. – Nós só estávamos percebendo o quanto Ansel está demorando para volta.

– É eu também estou achando. – Hope disse com um olhar desconfiado. – Acho melhor o esperarmos lá dentro.

– Eu acho que já vou entrando. – Falei e passei por Hope.

POV-NATALY

– Sei o que deve estar passando pela sua cabeça, mas não é nada disso! – Comecei a explicar.

– Eu não tenho nada em mente agora! – Minha mãe diz. – Na verdade, isso é engraçado. Quando eu e seu pai estávamos prestes a nos beijar pela primeira vez, minha mãe apareceu desse mesmo jeito.

– Não íamos nos beijar, mãe! – Falei. – Sua história com o papai é linda, mas não vai acontecer de novo. Miguel e eu somos próximos, só isso.

– Eu realmente não disse nada, Naty. Só contei uma história do meu quase beijo com o seu pai. Você é quem está dizendo que há algo para insinuar aqui. – Minha mãe disse sorrindo.

– Isso é de família? Esse jeitinho de sempre ter a última palavra? – Perguntei.

– Você pega o jeito depois de um tempo. – Minha mãe disse. – Eu vou entrar. Você vem?

– Eu já vou. – Falei.

Ela entra em casa e eu volto a olhar para o nada.

Ouvi um barulho, mas o ignorei. Fui surpreendida por algo que perfurou meu pescoço e então comecei a ficar tonta até que tudo ficou preto.

Continua...


Notas Finais


É issooooo...
Essa Fe tá ferrando com td hein? Alguém tem uma ideia de quem possa ser?
E como vcs pediram TANTAS vezes, aqui está o suposto interesse amoroso de Ansel... Até o próximo capítulo!!


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