- Tudo bem, desde que continue comigo. - deu de ombros.
- Desculpe isso deve ser horrível, mas eu não quero te iludir. - falei acariciando seu rosto.
- Tudo bem Anne, tudo tem seu tempo. - sorriu, selando nossos lábios em um selinho carinhoso.
Ele pediu passagem e eu cedi, dando inicio a um beijo calma e sereno.
....
- Você precisará descansar. Nada de ensaios ou esforços físicos, e se alimente de três em três horas, beba muito liquido e... - e eu parei de ouvir.
Aff, ninguém merece ficar escutando medico falar! Quero ir embora logo. Após mais recomendações, finalmente, nos livramos daquele cara. Mellanie também recebeu alta, pois havia melhorado bastante, e eu e Justin a levaríamos embora.
- Anne! Biebs! - gritou animada.
- E ae, pronta para sair daqui? - perguntei vendo a arrumada.
Ela vestia um vestidinho azul, com algumas florzinhas super fofas, uma sapatilhazinha rosa clara, usava um brinquinho de joaninha, que eu lhe dera no seu aniversario, e uma tiarinha com um grande laço claro. Era a coisa mais fofa do mundo.
- Sim, quelo brincar. - falou embolado e rápido.
- Não, não, Dona Mellanie. Descansar. - Sophie a repreendeu e ela bufou.
- Então, vamos? - Justin perguntou e nós assentimos.
Mellanie pulos da cama e correu para os braços de Justin, esquecendo que eu existo.
- Vai indo, eu vou ali pagar. - falei, virando para ir à recepção.
- Eu já fiz isso, Anne. - Justin disse sorrindo.
- Como? - virei-me para ele.
- Eu já paguei. - falou me olhando esquisito. - Algum problema? - perguntou confuso.
- Err, sim...? - falei como se fosse obvio, e era. - Você não deveria ter pagado. Eu a trouxe, eu passei mal, eu pago. - falei. - A Mel é minha responsabilidade, minha quase filha.
- Agora também é minha. - sorriu, beijando o rosto da garotinha, que sorriu abertamente, me fazendo bufar. - Anne, você está com ciúme? - perguntou segurando o riso.
- Eu...? Aff Justin, claro que não! - falei irritada. - Apenas não queria que gastasse seu dinheiro. Eu te pus nessa, eu pago. - falei seria. Mellanie observava tudo atenta.
- Anne, você sabe que dinheiro não é problema para mim. Isso não foi nada. - ótimo, agora joga na minha cara que eu sou um Zé ninguém, senhor Bieber.
- Ok Bieber. Não quero brigar com você. - falei saindo na frente.
- Mas não era isso que nós já estávamos fazendo? - ele gritou rindo, enquanto eu saia pela porta do estacionamento.
Velho, como ele é idiota! Eu odeio isso, parece que fica jogando na cara que é rico e não depende de ninguém.
- Você está brava? - senti suas mãos agarrarem minha cintura, me fazendo parar.
- Não Bieber. - falei sem me virar para ele.
- Isso é excitante, sabia? - falou de maneira sexy no pé do meu ouvido, me fazendo morder o lábio inferior. - Eu te adoro ver brava, gostosa. - sussurrou mordendo o lóbulo da minha orelha e acariciando minha cintura e eu fechei os olhos.
- Para Justin. - pedi com a voz fraca.
Ele tem muito poder sobre mim, e pior, ele sabe disso e se aproveita. Não é certo isso.
- Parar com o que Anne? - perguntou, fingindo-se de inocente. - Eu não estou fazendo nada. - falou colando mais nossos corpos bruscamente, me fazendo arfar. - Eu te amo, sabia? - subiu um pouco suas mãos por cima da camiseta que eu usava. - Amo seu corpo. - beijou meu pescoço e puxou a pele de leve com os dentes. Ok, isso está me excitando, ele sabe que não deve fazer isso.
- Justin, para, por favor. - pedi quase sem voz. - Estamos em publico.
- Eu não me importo. - escutei-o rir fraco. - Anne, você me deixa louco. - murmurou chegando com as mãos perto de meus seios. - Por mim, eu te fodia aqui, agora, na frente de todos. - falou apertando forte meus seios me fazendo gemer baixo.
- Para caralho. - tentei me afastar, mas ele me prendeu mais em seu corpo, se é que fosse possível.
- Então diz que não está brava. Diz que me perdoa. - chupou meu pescoço.
- Filho de uma... - me segurei para não xingar a coitada que pos esse traste no mundo.
- Você não me perdoa Anne? - apertou meu seio novamente, só que mais forte, e eu soltei um gemido um pouco mais alto.
Inferno, ele não entende que estamos em publico?
- Eu... Não estou brava com você... Justin. - murmurei de olhos fechados, sentindo suas caricias e beijos. - Eu... Eu te perdoo.
- Que bom. - falou se afastando de mim sorrindo abertamente. - Sabia que não ficaria brava comigo.
- Tarado. - dei um tapa estalado em seu braço. - Se alguém visse íamos presos, e eu falaria que você me molestou.
- Uai, eu estava apenas conversando com você. Do nosso jeito, do jeito que a gente se entende. - sorriu malicioso me puxando pela cintura. - Eu te amo. - murmurou selando nossos lábios rapidamente.
- Gosto de você. - falei corando e ele riu me beijando.
- Já tão de bem? - Mel perguntou, batendo em nossas pernas.
Separamos-nos rindo e olhamos para ela, que estava sorrindo olhando para cima.
- Já sim. - peguei-a o colo.
- Que bom. - falou sorrindo para nós. - Anne, seu cabelos está lindo. - falou pegando uma mecha e enrolando em seus dedinhos. - Você é perfeita. - sorriu apertando minhas bochechas entre as mãos, fazendo-me fazer biquinho e beijou o mesmo. - Te amo. - abraçou meu pescoço.
Eu estava extasiada. Ela nunca havia falado para mim isso. Eu me senti tão... Viva, tão amada. Estava sem reação, apenas a apertei em meus braços e beijei sua bochecha, murmurando que também a amava. Justin e Sophie encaravam aquilo sorrindo, e eu? Eu acho que estava chorando. Estava na lua, nem sabia o que estava acontecendo, apenas estava curtindo o momento com a minha menina. Senhor, como uma simples criança pode me fazer tão bem? Acho que talvez por Mel não ser uma simples criança, e sim A CRIANÇA. A criança dos meus olhos, por quem eu faria o possível e o impossível.
Após um tempo ali, apenas absorvendo tudo, seguimos em direção ao carro. Mel quis ir “dirigindo” com Justin, o que foi muito fofo. Eu tirei algumas fotos, para guardar de lembrança. Aqueles dois ficavam ainda mais fofos juntos. Passamos na farmácia, para comprar os antibióticos do tratamento de Mel, e depois a levamos até o orfanato. Lá aproveitei para mostrar a Justin o resto da criançada, pó quem eu sou apaixonada, e eu conheci a tal Ludmila, que havia ficado com Mellanie e não perceberá que ela estava com febre, uma loira aguada, magricela e falsa, que pelo jeito não queria estar ali. Ficou o tempo todo secando Justin, e eu me segurando para não enfiar a mão na cara dela a cada vez que ela abria a boca para espalhar bosta no mundo.
- Ai Justin, você leva jeito com crianças. - ela disse, passando a mão no braço dele, que sorriu um pouco forçado para o meu gosto.
- Eu as adoro. - falou e ela assentiu.
- Eu também adoro essas... - os olhou de um jeito nojento. - Coisinhas lindas. - completou voltando a olhar para Justin sorrindo.
- Tanto, que nem percebeu quando Mellanie estava doente. - falei me intrometendo na conversa e puxando Justin para perto de mim. - Percebi que leva muito jeito, não é? Já tem experiência? - sorri falsa e ela me encarou cm nojo.
- Ahh, sim, muita. - falou.
- Percebi, e o que te ensinaram do matadouro da onde veio? A como quase matar uma criança? - falei entre dentes, com vontade de voar para cima dela.
- Não, isso eu aprendi com você. - falou sarcástica e eu respirei fundo.
- Preciso ir embora daqui. - falei á Justin, que assentiu. - E, olha aqui vadia, se você chagar perto do que é meu, eu arranco esse seu cabelo oxigenado, ok? - falei, tentando ser assustadora, e ela arregalou os olhos.
- Melhor irmos amor. - Justin falou me tirando dali.
- Eu quero matar aquela cachorra! - falei tentando voltar lá, mas ele me impediu. - Me solta.
- Anne, pra de ser ciumenta. - falou rindo.
- Só cuido do que é meu. - falei irritada e ele riu. - Não ri idiota. - falei rindo junto com ele.
- Ótima maneira de me fazer parar de rir. - falou rindo ainda mais.
- Nossa chatice passou por você e resolveu não abandonar né? - falei e ele revirou os olhos.
- Vamos pivetinha. - falou passando seu braço com minha cintura.
Seguimos até Sophie, que se encontrava na frente do casarão e nos despedimos, depois despedimo-nos das crianças e seguimos para o carro. Durante o longo percurso de volta, eu e Justin fomos em silencio, apenas escutando as musicas calmas que tocavam no radio, enquanto ele fazia desenhos abstratos e minha coxa a acariciando. Eu m sentia tranquila, em paz. Tudo aquilo parecia um sonho bom, no qual eu morria de medo de acordar. Esse era o ponto... Acordar. Todo sonho em um final, certo? Nunca conseguiremos viver uma vida assim, apenas de sonhos e isso me assusta.
- Pensando no que anjo? - ele perguntou carinhosamente, me fazendo sorrir.
- Em nada e em tudo. - respondi vaga.
- Isso significa...?
- Ahh, sei lá... - dei de ombros. - Sabe... Presente, futuro, passado. - deixei minha voz vacilar ao me lembrar de Patrick.
- Tudo ficará bem. - falou sorrindo de lado, aquele sorriso que me passa confiança.
- Sim. - sorri assentindo.
Encostei minha cabeça na janela, vendo a paisagem passar borrada pela janela, e ali foi todo o resto da viagem.
- Anne, vai se trocar. - Justin mandou, assim que adentramos o apartamento. - Vou preparar algo para você comer.
- Jus, não precisa. - falei.
Eu não sentia fome, como nos dias anteriores. Parecia estufada, como antigamente.
- Por favor, você escutou o médico. - pediu e eu assenti.
Dei-lhe um selinho e subi. Coloquei um short e uma batinha, e peguei meu celular. Havia algumas mensagens de Jullie, e ligações perdidas. Resolvi retornar, fazia dias que não falava com ela direito. Nem contei sobre eu e Justin ainda.
- Hey vadia! - gritei assim que ela atendeu.
- Awwn, lembrou que tem uma amiga? - perguntou sarcástica.
- Foi mau anjo, mas acontece que ando ocupada. - falei calma.
- Andou trepando né? Muito calma pro meu gosto. - falou e eu ri.
- Quem sabe... - falei deixando algo no ar.
- Ai, fala logo que ta dando uns pega no gostoso do Bieber e para de frescura! - falou e eu ri.
- Chaz?! - perguntei rindo.
- O Justin contou para ele, todo feliz, que você aceitou dar uma chance para ele, mas que está o enrolando. - ela disse.
- Não estou o enrolando! Apenas indecisa. - me defendi e ela riu.
- OK. Agora me conta tudo, desde o princípio.
Contei a ela todos os detalhes e acho que ficamos mais de uma hora no telefone, pois Justin veio bater na porta.
- Amor, já ta pronto. - falou entrando no quarto.
- Awwn, amor, que fofo Bieber! - Jullie disse o fazendo revirar os olhos rindo.
O telefone estava no viva voz.
- É, sei que sou fofo, gostoso, delicioso, não precisa falar. - ele disse convencido, beijando meu pescoço.
- Então casal, me deixa desligar, não quero escutar os gemidos escandalosos da puta da Anne. - ela disse e eu ri.
- É, tchau, ta atrapalhando. - Justin disse, me deitando na cama.
- Nossa, que amor.
- Até algum dia Jullie. - falou entre beijos e desligou.
- Justin. - o repreendi rindo.
- Aff, ela tava empatando Anne. - ele bufou fazendo bico e eu ri mais.
- Vamos comer? - perguntei tentando levantar.
- Prefiro ficar aqui. - olhou-me sugestivo.
- Justin, você anda viciado, precisamos parar com isso anjinho. - falei o empurrando.
- Anne, eu pensei que você tivesse espelho. - falou levantando. - Fica difícil resistir a você.
- Para de ser idiota. - falei rindo. - Vamos logo que ta dando para sentir o cheiro daqui. - falei correndo para fora do quarto.
Desci as escadas pulando os degraus, parecendo uma criança faminta, e o cheiro bom da comida de Justin intensificou-se, fazendo minha barriga se revirar.
- O que você fez? - perguntei curiosa, indo até o fogão e abrindo uma panela. - Strogonoff! - gritei batendo palmas. - Cara, eu amo strogonoff. - falei animada.
- Que bom. - sorriu.
Passei o dedo no creme, o levando até a boca.
- Bieber, isso está perfeito! - exclamei e ele sorriu. - Onde aprendeu a cozinhar assim?
- Tive que me virar por um tempo. - deu de ombros. - Vamos comer? - perguntou e eu assenti.
Sentamos-nos a mesa e ele trouxe dois pratos. Comemos em meio a risadas e piadinhas sem graça da parte dele, e fatos irônicos escolares da minha parte.
- Justin, você realmente é nerd. - falei rindo. - Quem é o otário que gosta de matemática e química? - perguntei.
- O otário que não quer depender dos pais para nada e se tornar alguém na vida. - falou.
- Wow, essa doeu. - falei, fingindo levar um golpe, e ele riu. - Foi mau ai, milionário antes dos 25.
- Sou foda, sei disso. - gabou-se.
- Menos gostosão.
Terminamos de comer e fomos para a sala assistir. Estava passando O Homem de Ferro 2. Eu ficava vidrada na tela, só observando meu coroa gostoso. Gente que homem é aquele? Eu suspirava sempre que ele aparecia e Justin reclamava.
- Justin, cala a boca, eu estou vendo o meu futuro marido.
- Anne, quando você estiver com idade para casar ele vai estar de fraudas. - falou.
- Já sou maior de idade querido, posso me casar com quem quiser inclusive essa delicinha mais experiente. - falei mordendo o lábio, apenas para irrita-lo.
- Quer alguém experiente? - assenti sem desviar o olhar da TV. - Que tal... Eu? - perguntou vindo para cima de mim e me derrubando deitada no sofá.
- Não. Você é uma criança perto dele meu anjo. - apertei suas bochechas.
- Quer testar? - falou sorrindo sugestivo.
- Não. - falei o empurrando e voltando a sentar. - Quero ver o filme. - sorri meiga e ele bufou assentido.
Logo começou outro filme, e eu fiquei lá, jogada no sofá, vendo. Justin se levantou e seguiu para a cozinha. Dei de ombros voltando a prestar atenção na enorme TV a minha frente.
- Anne. - Justin chamou e eu levantei o vendo com uma bandeja e varias coisas dentro.
- O que é isso?
- Você tem que comer de três em três horas. - falou sentando ao meu lado.
- Justin, não precisa fazer isso. - falei olhando a mesma.
- Precisa sim, anda come.
- Não quero. - fiz bico.
- Olha, só um pouco. - falou pegando uma torrada e colocando geleia. - Abre a boca. - neguei. - Vai Anne. - bufei e abri, e ele enfiou o pedaço da torrada em minha boca. - Agora mastiga, e engole. - debochou e eu sorri falsa. - Vai, mais um pedaço. - falou enfiando mais.
- Ta bom né?
- Não. Aqui oh, fruta. Isso é ótimo, o medico disse que você deve comer bastantes frutas. - falou pegando um mamão e uma colher. - Abre a boca.
- Jus... Por favor, não. - falei manhosa.
- Ok, toma um pouco de leite e eu paro. - falou e eu assenti.
Tomei um gole de leite e devolvi o copo, porem ele não aceitou.
- Tudo Marie. - falou e eu bufei virando tudo de uma vez. - Ótimo.
Ele colocou a bandeja na mesinha de centro e sentou do meu lado. Deitei com a cabeça em seu colo, e aos poucos fui adormecendo, o sentindo afagar meus cabelos enquanto cantava Kiss Me, do Ed Sheeran. Sua voz me acalmou de uma maneira sem igual, me fazendo sorrir e ter doces sonhos.
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