- Uau! E você deu quanto? - Chaz perguntou, afrouxando a gravata e colocando as pernas pra cima da mesa.
- Duzentos e trinta mil. - lamentei.
Ficamos conversando e vagamundeando ali durante o resto do dia, já que estávamos livres.
...
ANNE POV.
- Boa viajem mamãe! - sorri á ela, que me abraçou força.
- Se cuida Anne. Cuida com... - a interrompi, antes que pudesse continuar, novamente, com a lista de recomendações.
- OK! - exclamei rindo. - Já tenho 18 anos Dona Tracy, sei me cuidar.
- Eu sei, mas é que você nunca passou um natal longe de mim, querida. Fique bem, ok? - assenti e ela sorriu. - Te ligarei.
- Tudo bem. - sorri, beijando seu rosto.
- Vamos Jus? Meu voo sai daqui a pouco. - falou e Justin assentiu, pegando as poucas malas que restaram dentro de casa.
- Tracy, quanto tempo você passará em Paris? - perguntou fazendo careta e nós rimos.
- Bebe, sou estilista, preciso andar bem arrumada. - sorriu a ele que balançou a cabeça negativamente rindo. - Anne, diga a desnaturada da Jeniffer, que eu mandei um beijo. - Assenti e ela abraçou-me novamente. - Aonde já se viu, nem vir se despedir da própria mãe?! - falou incrédula enquanto seguia para a porta, me fazendo rir.
- Até o ano que vem! - gritei ao vê-la passar pela porta de entrada junto á Justin e suas malas.
Ri, balançando a cabeça, e subi de volta ao meu quarto. Minhas coisas ainda estavam todas espalhadas pelo quarto e não havia uma mala se quer pronta. Sou um completo desastre na hora de fazê-las, me dá até aflição. Fui até a mala aberta em cima da minha cama e peguei uma das peças na mão.
- Essa é linda, querida. - Leo estava à porta, sorrindo para mim.
- Será que estará calor? - perguntei, sentando na cama e suspirando pesadamente.
- Anne, você está indo para Orlando, na Florida, o que significa que estará calor.
- Verdade. - falei rindo fraco de mim mesma.
- Quer que eu te ajude com as malas? Acho que será mais rápido. - assenti e ela sorriu.
Leonor veio até mim e começou a mostrar-me peças, das varias que havia espalhadas pelo quarto, me ajudando a escolher. Eu sempre fui muito indecisa na hora d fazer malas, não só pelo clima, mas vai que eu precise ir a um lugar mais chique e não tenho roupa. Odeio ficar comprando durante as viagens.
- Essa? - perguntou mostrando uma peça.
- Leo, para ser sincera, eu nem sei o porquê tenho essa peça no meu guarda-roupa. - comentei rindo ao ver o topzinho vermelho sangue que ela segurava. - Isso tem a cara da Jullie, sei lá. - comentei e ela riu.
- Ok, isso não! - falou, jogando a peça em algum canto do quarto. - Esse short é bonito.
- Sim, vou levá-lo. - falei e ela assentiu dobrando-o e colocando na terceira mala. - Sorte que está ajudando, eu não teria feito nem uma mala direito.
- Hey meninas! - virei-me para a porta, vendo Justin encostado ao batente de madeira.
- Oi. - falei voltando à atenção as peças jogadas a minha frente na cama.
- Que “Oi” mais seco, pequena. - falou agarrando minha cintura.
- Bieber, não enche. - revirei os olhos e Leonor riu. - Ta fazendo o que aqui? Não tem que viajar não?
- Vim te ver! - gritou me erguendo e girando no ar.
- Ahh! Justin, seu viado, me põe no chão! - gritei rindo e chacoalhando as pernas e braços, tentando me soltar dele.
- Diz que eu sou lindo e gostoso. - falou rindo dos meus berros.
- Não! - neguei. - Me solta logo!
- Fala Marie! - insistiu girando mais rápido e eu senti minha cabeça rodar toda, me fazendo fechar os olhos.
- Você é lindo, agora para!
- Esqueceu-se do gostoso, mas dessa vez eu perdoo. - falou parando e me virando de frente para ele.
- Você é muito idiota! Se eu vomitar a culpa é toda sua. - dei um tapa em seu ombro.
- Seu idiota. - sorriu, fazendo-me ruborizar. - Eu te amo, sabia? - falou após segundo em silencio, apenas nos olhando.
- Você mão me deixa esquecer né? - falei e ele riu. - Você é legal.
- Nossa, de idiota para legal, estamos evoluindo. - comentou.
- Retiro o que disse. Você é um idiota. - falei rindo.
Justin apenas sorriu de lado e aproximou nossos rostos, diminuindo a pouca distancia que havia entre nós. Meus olhos estavam vidrados naqueles dois mares caramelados que ele possui, e me faz se perder fácil, eu podia sentir sua respiração pesada próxima a mim, me fazendo fechar os olhos. Seus lábios encostaram-se aos meus de maneira delicada e amorosa, me causando arrepios por todo o corpo. Levei uma de minhas mãos até sua nuca, deixando a outra repousada em seu ombro, enquanto as suas permaneciam em minha cintura, as segurando firme. Sua língua passou, preguiçosamente, por meus lábios, pedindo passagem, que foi cedida por mim, dando inicio a um beijo calmo e terno, enquanto eu me esticava, ficando na ponta dos pés, para tentar igualar nossas alturas, que têm uma grande diferença. Nossas línguas tinham uma sintonia harmoniosa e gostosa, causando um encaixe perfeito, e me causavam sensações desconhecidas, que iam muito além das famosas borboletas no estomago. Era algo novo, coisa que eu sentia apenas com ele e com mais ninguém, uma coisa nossa. Puxei os cabelinhos de sua nuca de leve e senti seus pelos se ouriçar, fazendo-me rir durante o beijo. Quando a falta de ar se fez presente, nos separamos com longos selinhos.
A cada beijo nosso sinto uma coisa diferente, nova, gostosa. É algo inexplicável. Sinto-me protegida e completa. Será isso o amor? Isso é estar apaixonada por alguém, de verdade? Por que isso é algo tão complexo? Ás vezes penso que pode ser apenas uma atração física, ou pelo perigo proporcionado, desejo ao proibido, porém... O que sinto na maioria das vezes me faz pensar que eu realmente gosto dele. Nossos momentos fofos, de carinho e ternura, nossos beijos... Isso me deixa em duvida sobre tudo.
Sai do meu transe ao ouvir um toque ao longe. Pisquei algumas vezes, voltando completamente á realidade, e sorri de lado a Justin, que me encarava. Olhei ao redor e Leonor estava sorrindo nos observando, e meu celular tocava na poltrona, do ouro lado do quarto. Desvencilhei-me de Justin e corri até lá.
- Alo. - atendi, sentando no braço da poltrona.
- Anne gata! Já está pronta? - a voz de Logan soou animada e eufórica me fazendo rir.
- É... Não. Quer dizer, to quase. - falei incerta.
- Então vamos meu amor! Daqui à uma hora nos encontramos no aeroporto! Beijinhos! - dito isso desligou, deixando-me com cara de tacho.
- Eu tenho que me arrumar rápido... Muito rápido! - falei correndo até a cama e fechando a ultima mala. - Daqui a pouco tenho que encontrar com o Logan no aeroporto.
- Você vai com ele? - Justin perguntou mudando sua feição.
- Sim, algum problema? - perguntei entrando no closet para pegar uma roupa.
- Ele é homem e você viajará com ele, não é o suficiente? - perguntou e eu ri.
- Justin, o Logan é...
- Não precisa falar Anne. - falou emburrado e eu escutei a porta do quarto bater.
- Mais é uma criança mesmo. - murmurei voltando ao quarto com uma troca de roupa em mãos.
- Você gosta dele, não é minha filha? - Leonor perguntou, parecendo uma mãe.
- Não sei. - dei de ombros. - É tudo muito confuso.
- Você gosta dele. - a olhei séria. - Anne, apenas deixe seu coração te guiar. Basta você se deixar admitir. - falou e beijou minha testa. - Apenas se deixe admitir. - repetiu e saiu do quarto.
Balancei a cabeça e deixei a roupa em cima da cama, seguindo para o banheiro.
JUSTIN POV.
- Amigo? Amigo é o caramba! - falei inconformado. - Onde já se viu ir viajar com um homem? - perguntei a mim mesmo abrindo a geladeira.
Peguei uma latinha de cerveja e um saco de salgadinho e me sentei á mesa dali.
Esse negocio da Anne viajar com macho não dá certo não. Eu conheço homem. É só ver uma mulher gostosa como ela que cai matando, principalmente se for amiguinho. Amigo. Não, nenhum homem é amigo de uma mulher sem pensar em coisas a mais. Ela com ele, na Disney, durante um mês... Isso não vai dar boa coisa. Se bem que a Anne não me trairia. Mas, não, espera... Nós estamos tendo algo para ela me trair? Quer dizer, o que nós estamos tendo é algo que possa dizer que estamos realmente juntos? Pode ser que para ela nós estamos apenas ficando, nada firme. Arg! Essa pirralha ainda vai me levar a loucura.
- Hey Justin, me leva no aeroporto ou posso pegar um taxi? - ela entrou na cozinha apenas com uma lingerie azul de renda, para provocar? Não, imagina.
- Ué, pede pro Logan. - não consegui evitar soltar isso.
- Justin, para com isso, por favor, isso é infantil e idiota. Eu e o Logan somos amigos e ele é...
- Ta, eu te levo, não precisa mais falar sobre esse cara. - a interrompi e ela riu dando de ombros.
- Tudo bem, fico pronta em alguns minutos. - depositou um beijo em minha bochecha e saiu rebolando aquela bunda enorme.
Como eu disse, ela ainda me deixará louco.
Dei um ultimo gole na cerveja e joguei a latinha no lixo, subindo logo em seguida.
- Preciso levar as malas também? - perguntei, entrando no quarto dela.
- Ajudaria muito. - sorriu e eu bufei cansado.
- Você me explora demais Marie. - falei, indo em direção ao montinho e malas perto da cama.
- Justin, faça sua tarefa e não reclame! - falou em tom mandão e eu ri, sendo seguido por ela.
Anne entrou no closet e eu apenas escutava os barulhos de coisas sendo derrubadas e ela xingando. Ri e deixei o quarto com duas malas, acho que ao todo eram três. O pra que de tanta roupa? Desci as escadas e segui até o meu carro, que estava parado de frente a casa e destravado. Aqui é um bairro tranquilo, ninguém roubaria. Coloquei-as no banco de trás e voltei para dentro da casa. Subi até o quarto de Anne, novamente e ela ainda não tinha saído do bendito closet.
- Anne, o que está fazendo ai dentro? - perguntei seguindo em direção a porta branca com detalhes dourados. - Anne?! Cadê você? - perguntei debochado ao ver o tamanho da bagunça que estava aquele lugar.
Caixas jogadas no chão, roupas por todo lado, sapatos impedindo a passagem.
- Arg! Desce caixa, desce! - ela gritava á uma caixa na ultima prateleira, enquanto pulava feito louca.
Aproximei-me dela, desviando de alguns objetos jogados e peguei a caixa.
- Ai, obrigada. - suspirou cansada e abriu a caixa em minhas mãos. - Droga, não é esse! - murmurou frustrada, voltando a olhar as enormes prateleiras. - Justin, por favor, pega aquela ali? - perguntou manhosa, apontando para uma das caixas no alo.
Assenti e a peguei, entregando a ela que bufou negando e indo mais fundo naquele lugar.
- Anne, aqui não tem rato né?!- perguntei, olhando para os lados e vendo aquelas coisas criando vida. Ok, exagero meu, mas aquele lugar estava me assustando de verdade.
- Aff Justin, para de ser gay. - falou rindo e eu mostrei a língua. - Isso, achei! - gritou pulado e puxando uma caixa, só que, ao invés de cair apenas a caixa que ela queria, caiu a prateleira inteira em cima dela, o que me fez rir loucamente, principalmente com o seu gritinho agudo. Tudo que tinha ali estava em cima de Anne, que estava jogada no chão chacoalhando as mãos no ar, pedindo ajuda. - Justin, me ajuda aqui! - pediu com a voz meio abafada pelas caixas.
Eu ao conseguia para de rir, chegava a me contorcer vendo a cena.
- Justin, para de rir caralho! - gritou e eu, finalmente, fui até ela, e comecei a tirar as caixas de cima da mesma. - Ai meu corpo. - murmurou assim que eu a puxei, deixando-a de pé. Eu comecei a rir novamente feito um idiota da cara de espanto que ela tinha ficado. - Seu idiota, invés de rir deveria querer saber se eu estou bem. - falou irritada.
- Anne, você deveria ver o quão hilária foi a cena. Sua cara foi incrível, eu deveria ter gravado. - falei tentando parar de rir, mas era impossível. Quando eu me lembrava das caixas caindo, do grito agudo dela, e da expressão medonha que ela manteve no rosto eu me contorcia. Logo ela estava rindo junto a mim.
- Seu chato! - deu um tapa forte na minha cabeça, me fazendo parar de rir imediatamente. - Vai, vamos logo! - falou irritada, abaixando e pegando um sapato no chão.
Ela foi o calçando enquanto saiamos, finalmente, daquele closet abafado e quente. Peguei a ultima mala, e ela a sua bolsa, e descemos.
- Leo! - Anne gritou assim que paramos na sala, logo Leonor estava a nossa frente, limpando as mãos em um guardanapo. - Eu já vou indo. - avisou sorrindo.
- Vai com Deus minha filha, cuide-se, e lembre-se do que eu te disse. - falou sorrindo e Anne assentiu me olhando, até estranhei. - Por favor, não apronte, não beba, não se meta em confusões... - começou a passar uma lista de recomendações á Anne, que assentia e ouvia tudo com atenção.
Ás vezes Leonor parece mais mãe da Anne que a própria mãe dela. Tracy não me parece uma mãe muito preocupada, mas também, isso deve ser coisa da minha cabeça, já que cresci acostumado com uma mãe coruja, sempre preocupada, passando listas de recomendações e que regulava tudo, para sair e comer umas minas era bem complicado, Dona Pattie marcava cerrado em cima de mim.
- Ok Leonor, eu já entendi tudo, não se preocupe. - Anne falou rindo do jeito protetor de Leonor. - Agora eu vou indo. Feliz natal, um próspero ano novo, tudo de bom, e até o ano que vem. - a abraçou forte. - E vê se você também se cuida. - falou beijando a bochecha da senhora a sua frente. Bom, senhora nem tanto, Leonor não devia passar dos 40.
- Leo, eu acho que não volto mais aqui, pelo menos não esse ano, então, feliz natal e ano novo. - falei beijando seu rosto.
- Para vocês também. - fez o mesmo comigo. - Cuidado crianças. - falou abrindo a porta para que nós saíssemos. - Boa viagem! - gritou acenando da porta, enquanto nós entravamos no carro. Coloquei a mala de Anne no banco de trás, e assumi meu lugar no banco do motorista.
- Ela é bem protetora. - comentei, dando partida.
- Sempre foi assim, ela é como minha mãe. - Anne sorriu abertamente. - Seu voo sai que horas?
- Ás 19h00min. - falei olhando no relógio de ouro em meu pulso. - Será que dá tempo deu passar no meu apartamento, para pegar as minhas malas? Acho que fiquei atrasado.
- Claro. - sorriu assentindo. - Jus... - me chamou e eu a olhei, colocando a mão em sua coxa e alisando ali. - O que será que ouve com as fotos? Até hoje não foram publicadas. - perguntou preocupada.
Eu ainda não havia contado á ela sobre o Marco, Nem pretendia contar. Aquele gordo filho da puta não precisava mais a preocupar, não mesmo. Sei como Anne é, ficaria preocupada, e brigaria comigo por eu ter aceitado dar uma quantia tão alta ao cara, mas o que eu fiz foi para o nosso bem. Por mais que eu queira que Tracy saiba logo sobre tudo - não aguento mais transar com ela e escutar aqueles gemidos escandalosos -, acho que saber ela imprensa é foda né?! Imagina descobrir que seu namorado há um ano, te trai com a sua filha pelos sites de fofoca. Não deve ser tão agradável assim.
- Ahh, acho que o cara deve ter desistido, sei lá. - dei de ombros, ficando um pouco tenso.
- Tomara. - murmurou.
Passei no meu apartamento e peguei as minhas malas, que eram duas, uma de roupas e oura com umas coisas que minha mãe pediu que eu levasse para ela daqui. Presentes eu não levo, já que ainda estamos no inicio de Dezembro, eu compro por lá mesmo e de lá, pegamos um taxi até o aeroporto, não deixaria o meu carro parado lá durante um mês.
- Nossa, eu nem sei que horas meu voo sai. - Anne falou agitada, pegando uma de suas malas e colocando no carrinho, junto às outras duas. Fiz o mesmo com as minhas. - Vem, tenho que encontrar com as meninas.
- E o Logan. - completei mal humorado. Saber que ele vai junto não me agrada.
- Justin o Logan é...
- Anne, flor! - um cara apareceu gritando em meio ao aeroporto e eu arregalei os olhos.
- Gay? - perguntei e ela assentiu rindo da minha cara de idiota.
- Logan, meu gatão! - falou animada, o abraçando. - Estou muito atrasada?
- Imagina menina, estamos bem adiantados. A Amanda, essa lerda, falou que o voo saia ás 19h00min, mas ele irá sair às 19h45min. - falou e parecia irritado.
Eu permanecia quieto, parado e boquiaberto. Então esse cara é gay? Eu estava com ciúme de um cara gay? Velho, eu estou paranoico. Como eu estava imaginando coisas em um lugar que, nem se eu quisesse, teria algo? Sorri de lado, vendo um monte de meninas vir em nossa direção e gritarem por Anne. Elas se cumprimentaram e logo Anne me apresentou.
- Meninas, esse é o meu padrasto, Justin. E Justin, essas são as minhas colegas de faculdade, Amanda, Mary, Lindsay, Carrie, Sophie e Logan. - falou e sorriu vitoriosa ao falar o nome do tal Logan, como se quisesse me dizer que eu sou um babaca.
- Prazer. - sorri.
- O prazer é nosso. - uma das meninas, Amanda eu acho, falou sorrindo maliciosa e eu retribui, na mesma intensidade, a mina era muito gostosa.
- Então Justin, você não tem que fazer o check-in? - Anne perguntou e parecia brava. - Vamos, eu também preciso ir. - falou me puxando. - Mais você não tem vergonha na cara mesmo, não é? - perguntou me estapeando e eu ri, segurando suas mãos, assim que paramos na fila, não muito grande.
- Hey, calma! - falei. - O que eu fiz demais?
- Ahh sei lá! - exclamou sarcástica. - Você estava flertando com a minha amiga! - deu um tapa em minha cabeça, me fazendo rir.
- Crise de ciúmes agora, amor? - perguntei e ela bufou.
- Crise de ciúme? A, por favor, né Bieber?! Eu estou apenas preservando você, ela não passa de uma vadia. - falou meio nervosa e procurando as palavras.
- Ok, se você que é amiga fala assim né?! - falei rindo e ela bufou, me ignorando e seguindo até um guichê livre.
Fiz o mesmo, indo até um livre ao seu lado e fiz toda aquela burocracia. Despachei minhas bagagens, peguei minha passagem e por fim, pude seguir até um canto, para esperar Anne, que ainda fazia as coisas com a lerda da atendente. Assim que ela fez todas as coisas exigidas veio até mim.
- Tchau, bom natal. - falou seca e deu as costas, para seguir de volta as suas amigas.
- Hey! - falei a puxando pelo pulso. - Calma, se despede direito, vamos ficar um mês sem nos ver.
- Justin, aqui pode ter paparazzis e meus amigos podem ver. - falou tentando se soltar.
- Vamos para a sala de embarque comigo, eles nem vão ver. - pedi e ela assentiu, meio a contra gosto.
Seguimos até lá, e até que estava fazia. Sentamos-nos nas cadeiras de frente ao enorme vidro, onde tínhamos visão da pista, e eu fiquei a encarando.
- Não vai falar comigo? - perguntei me virando para ela, que sentava ereta na cadeira, olhando para os aviões, e acariciei seu rosto com o dedo, carinhosamente.
- Você flertou com a minha amiga. - falou indignada, virando-se para mim.
- Desculpa, mas ela é linda. - falei segurando o riso. Vê-la assim me passava à sensação de que ela realmente gosta de mim, basta querer admitir.
- Você é um idiota. - ameaçou levantar, mas eu a puxei, fazendo-a sentar-se novamente.
- Eu estou brincando Anne, você sabe que eu te amo. - falei rindo fraquinho e beijei sua bochecha.
- Jura Justin?! Por que ás vezes não parece. - falou fazendo birra e cruzando os braços na altura dos seios.
- Você sabe que te amo, para de frescura. - falei beijando mais perto de sua boca.
- Frescura? Você estava pior até minutos atrás.
- Antes deu descobrir que estava sendo um estúpido, sentindo ciúme de um cara que, nem se você quisesse, teria algo contigo. - expliquei e ela voltou a me olhar.
- Tudo bem. - sorriu de lado.
Perfeita, é isso que Anne é. Perfeita!
Selei nossos lábios, iniciando um de vários outros beijos. Logo meu voo foi chamado.
- Boa viajem. - ela disse sorrindo e selando nossos lábios rapidamente. - Feliz natal, feliz ano novo, e até o ano que vem. - sorri assentindo.
- Para você também, e vê se não se empolga demais nas festas. - entortei sutilmente o nariz e ela riu, sendo seguida por mim. - Eu te amo. - eu nunca cansarei de repetir isso á ela.
- Eu... - sorri com esperanças de que ela finalmente disse o que eu tanto queria ouvir sair de sua boca, mas não foi daquela vez. - Boa viajem. - repetiu sorrindo sem graça. - Mande um beijo para Jazzy, sinto saudades dela. - falou e eu ri assentindo.
- Tchau. - selei nossos lábios novamente, iniciando um beijo calmo, já cheio de saudades. Fomos interrompidos por aquela voz irritante chamando novamente o meu voo.
- Se cuida. - ela falou sorrindo para mim.
- Se cuida pequena. - beijei seus lábios. - Fique bem. - beijei sua testa e dei-lhe as costas, seguindo para o portão de embarque.
ANNE POV.
Observei-o partir e senti uma coisa estranha dentro de mim. Acho que já era a saudade. Cara, eu sinto que realmente gosto dele. Assim que o vi sumir das minhas vistas, voltei até onde as meninas estavam.
- Nossa aonde se meteu?
- Fui levar meu padrasto até o portão de embarque. - dei de ombros.
Ninguém ali sabia sobre mim e Justin, a não ser Mary, então ninguém se importou. Eles voltaram a conversar e eu me sentei no canto e peguei meu celular. Fiquei jogando um jogo qualquer e logo ele vibrou. Mensagem do Justin.
“Já estou voando. I'm a Superman!” - gargalhei ao ler. - “Ainda nem embarquei.” - respondi e logo obtive resposta. - “Já estou com saudades... Saudades do seu beijo, da sua pele, do seu cheiro.” - foi impossível não sorrir abertamente. - “Justin, aquiete seu facho ai meu filho!” - mandei rindo. - “Que má você.” - eu podia vê-lo rir lendo a minha mensagem. Chamaram meu voo e nos levantamos. - “Chamaram o meu voo, tenho que ir. Beijos.” - mandei e guardei meu celular na bolsa que eu carregava comigo.
Seguimos todas conversando e rindo sobre coisas idiotas. Entreguei minha passagem ao moço, e segui agarrada á Logan, até o avião que nos levaria á Florida. Férias, ai vou eu!
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