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História Forbidden Love - Flores para você


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


(Foto de capa nada a ver com o capitulo, mas foda-se, Justin é gostoso)

xx BOA LEITURA xx

Capítulo 54 - Flores para você


Fanfic / Fanfiction Forbidden Love - Flores para você

Anne Marie P.O.V.

Setembro, 2015

  - Hora de acordar, pequena! - gritei, batendo na porta do quarto de Mellanie.

  - Já acordei. - escutei-a murmurar.

  - Abra a porta, eu te ajudo a se arrumar.

  - Não preciso da sua ajuda. - falou e eu bufei.

  - Tudo bem. - suspirei, voltando para o meu quarto.

Separei minha roupa para o dia, sem tirar Justin da minha cabeça. Para ser sincera, eu estava frustrada pelo simples fato de que desde que ele voltou, só vem atrás de mim para falar sobre nossos filhos e dar-me um cheque bem gordo. Ai vocês me perguntam: Não era isso que queria? E eu respondo que sim, era isso que eu queria, porém... Ultimamente eu ando com um desejo enlouquecedor de ter seus lábios nos meus novamente. Tudo piora ainda mais quando vejo as candidis dele em eventos sociais e de sua empresa, junto a belas mulheres. Exuberantes, gostosas, sorridentes. Eu admito que me sentia humilhada com aquilo. E ele não me parecia sentir falta de mim.

Porém, Marcus me deixa cada vez mais apaixonada por ele. Ele está cada vez mais fofo comigo.

Terminei meu banho rápido, passei todos os meus cremes, e vesti minha lingerie.

  - Mãe! - Mellanie abriu a porta de meu quarto abruptamente, fazendo-me pular ao ver Justin junto dela. - Meu pai está aqui. - avisou e eu sorri amarelo.

  - Estou vendo. Ele está no meu quarto.

  - E você está de calcinha. - ela murmurou e eu arregalei meus olhos, puxando a toalha para me tampar.

  - Mellanie!

  - Não se envergonhe, Anne. Você ainda está... Uau! - Justin sorriu safado e eu senti-me corar.

  - Saiam do meu quarto! - exclamei, esperando-os se moverem.

  - Nossa, Anne! - Mellanie revirou os olhos. - Até parece que vocês nunca foderam. - meus olhos só faltaram sair de órbita ao escuta-la.

  - Mellanie! - gritei e Justin a puxou para seu colo.

  - Vamos, pequena. - falou. - Precisamos conversar.

Eles deixaram o quarto e eu suspirei aliviada, e sorri em seguida. Ele ainda se sentia atraído por mim. Pude ver o desejo em seus olhos. Um brilho que eu não sabia explicar. Terminei rapidamente de me vestir e fui até o quarto de Jake. Ele estava sereno, com os belos olhos castanhos arregalados, enquanto suas mãozinhas e perninhas balançavam no ar. Ao me aproximar do berço ele fez um barulho engraçado com a boca e sorriu. Foi impossível não retribuir.

  - Já acordou, meu príncipe. - brinquei com suas mãos. - Nem chamou a mamãe. - referi-me ao seu choro. Ele estava calminho hoje. Talvez ele estivesse sentindo a presença de Justin.

O peguei no colo, sentindo seu cheirinho. Eu havia dado banho nele de madrugada, por mais que fosse imprudente, ele acordara muito agitado e chorando muito. Estava soando, então eu resolvera banha-lo. Eu não daria outro banho nele. O coloquei no lugar apropriado para troca-lo e tirei sua fraldinha. Assim que ele estava trocado, com uma roupinha linda e todo cheiroso, preparei sua bolsa e, carregando tudo, voltei ao meu quarto. Peguei a minha bolsa, a bolsa de meu notebook e desci. O carrinho de Jake estava na ponta da escada. Agradeci mentalmente por tê-lo deixado lá ontem a noite, e pus Jacob ali.

  - Mellanie! - chamei.

  - Na cozinha. - Justin respondeu por ela e eu bufei.

Segui até lá, deixando minhas coisas em cima da pequena mesa que tinha em um canto. Iria preparar o café, mas senti o cheiro de ovos e bacon e parei, finalmente, para reparar em Justin no fogão, sem seu terno caro, as mangas da camisa social até os cotovelos, e um avental. Ele estava cozinhando.

  - Bom dia, Anne. - sorriu, como se não tivesse me visto antes.

  - O que faz aqui? Cadê a Mel?

  - Está arrumando a mesa da sala de jantar. - apontou com a cabeça para a porta que dava até onde ele falara.

  - O que faz aqui? - repeti a pergunta.

  - Pensei em levar meus filhos para a escola. - deu de ombros. - Tudo bem, né?

  - Hã...

  - Claro! - Mel respondeu, aparecendo na cozinha.

  - Não. - ela me fuzilou com o olhar. - Tudo bem... - murmurei, sem graça. - Mel, quero conversar com você, tudo bem?

  - Não quero ter indigestão. - Fechei os olhos, sentindo uma facada.

  - Querida, não pode continuar me tratando desse modo. - fui até ela, agachando-me a sua frente. - Olhe, eu e seu pai não temos mais nada a ver. Não posso voltar para ele só porque quer.

  - Não quero te ouvir, bruxa! - falou, tapando os ouvidos e eu suspirei.

  - Mellanie Bieber, pare de agir como um bebê!

  - Lá, lá, lá, lá, lá, lá! - cantarolou.

  - Amor, estamos há meses sem nos falar direito. Você não pode agir assim. Está me magoando. - sussurrei, puxando-a pela cintura. - Por favor, tente me entender.

  - Não! Não quero te entender! Você é chata! - gritou, senti meus olhos lagrimejarem.

  - Mellanie, peça desculpas a sua mãe, agora. E não quero vê-la tratando-a assim novamente. Um mês sem o iPad se continuar com essa palhaçada. - a voz de Justin soou prepotente, severa e eu não gostei daquilo.

  - Desculpe, Anne. - ela murmurou, como ele mandou e eu o olhei incrédula. - Não farei novamente.

  - Ótimo! Agora, dê um beijo nela. - pediu, sua voz mais calma.

Mellanie o fez e eu fiquei chocada, vendo-a sair pela porta e ir para a sala.

  - Como...? Por que falou daquele jeito com ela?

  - Anne, criança precisa de carinho, mas também de pulso firme. Eu irei falar melhor com ela sobre essa situação.

  - Justin... - desisti de falar, bufando. - Jazmyn ainda não desceu? - mudei de assunto. Ele negou. - Mel, sua tia acordou?

  - Não!

  - Droga! Ela tinha que sair mais cedo hoje! - murmurei. - Olhe ele por um instante, vou acordá-la.

Subi correndo as escadas, entrando no primeiro quarto do corredor. Jazmyn tinha sono pesado. Dormia com os fones na orelha.

  - Jazmyn. - chamei, desviando-me de uma pilha de livros. - Jazzy! - chacoalhei-a e ela resmungou. - Jazmyn, você está atrasada! Corra!

  - Que horas são?

  - Você tem vinte minutos para chegar a Columbia!

  - Deus! - ela deu um pulo da cama, caindo de pé em dois segundos.

  - Ande logo e pode pegar meu carro.

Sai de seu quarto e desci para a cozinha. Peguei o copo térmico e fui até a sala de jantar, onde Justin, Mellanie e Jake estavam. Justin cuidava com apreço de nossos filhos. Peguei a cafeteira e enchi o copo, colocando um pouco de leite e açúcar, como ela gostava, e também um pouco de creme. Fechei e logo ela apareceu.

  - Anne! Meu Deus! - ela gritou desesperada, calçando as botas. - Justin, oi. Tchau!

Ela estava com livros e sua bolsa desajeitadamente sobre seus ombros.

  - Tome o café. - lhe entreguei. - Pattie já depositou seu dinheiro? - ela negou. Fui até minha bolsa e peguei a carteira e a chaves do carro. - Pegue, não deixe de comer alguma coisa e abasteça o tanque, por favor. E as chaves. - dei em sua mão.

  - Obrigada, Anne.

  - Vai com cuidado, maluca! Bom dia! - gritei quando ela já estava longe.

Suspirei, olhando para Mellanie.

  - Pequena, seu dever está em ordem? - ela assentiu. - Quer almoçar com a mamãe hoje?

  - Você tem reunião. Todos os dias, lembra? - resmungou.

  - Eu posso desmarcar uma para passar um tempo com a minha menina. O que acha?

  - Só você e eu?

  - Só eu e você. - sorri, agachada ao seu lado.

  - Vou avisar minha professora.

  - Que ótimo. - sorri abertamente, beijando sua bochecha. - Eu te amo. - falei, abraçando-a forte.

  - Eu também. - sorriu, colocando uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. Sorri.

Levantei-me, meio desconfortável por saber que Justin nos observava. Ele mantinha um sorriso enorme no rosto. Sentei-me numa cadeira, puxando o carrinho de Jake para o meu lado.

  - Coma. - Justin mandou, colocando ovos no meu prato, junto a bacon e servindo-me um copo de suco de laranja.

  - Não estou com fome.

  - Coma, Anne. - mandou novamente. Quem ele pensa que é para mandar em mim? - O bebê também precisa de nutrientes.

  - Okay. - murmurei.

...

  - Você vai levá-los? - ele assentiu. - Então, cuide de Jacob, o entregue nas mãos da monitora. Faça o favor de avisar a professora da Mellanie que eu passarei lá meio dia e meio para pegá-la para almoçar. - pedi, enquanto entrávamos no elevador.

  - Você vai com a gente.

  - Não, eu posso pegar um taxi.

  - Anne, se seu medo é ficar em um carro, sozinha comigo, pode deixar que te deixamos primeiro no seu serviço. - eu mal havia tomado nota, mas aquele realmente era o meu medo.

  - Não precisa se preocupar.

  - Eu faço questão. Por favor.

  - Justin...

  - Não vou te deixar ir sozinha.

Suspirei, assentindo. Na calçada, encontramos um sedã, e um motorista ao seu lado. Olhei para Justin e ele deu de ombros.

  - Muitas coisas mudam em um ano. - sorriu. - Duncan, Anne. Anne, Duncan.

  - Senhora. - tocou o quepe e eu sorri. - Senhorita. - ele piscou para Mel e ela sorriu, batendo na mão dele. Franzi o cenho. O que eu perdi?

Duncan abriu a porta traseira para nós e Mellanie entrou rapidamente. Eu entrei em seguida e então Justin com Jake.

  - Duncan, para o prédio da Vogue. - Justin mandou, enquanto brincava com Jake. - Anne. - me chamou e eu me virei para olha-lo. - Eu sou muito gostoso, olha o meu filho! - exclamou e eu ri.

  - Eu também tive uma parcela nisso.

  - Os homens mandam nisso de genes. - murmurou brincalhão. (Pensando no sorriso do Justin em NSN quando ele sugere a Mama para pedir MC)

Era um sorriso tão criança. Uma coisa tão pura. Eu não pude evitar sorrir também.

  - Okay! - sorri.

  - Obrigada. - ele sorriu e eu franzi o cenho.

  - Pelo quê?

  - Por me dar motivos para sorrir. Por existir. Por respirar. Por cuidar da minha irmã como se fosse sua. Sabe... Essas coisas. - deu de ombros e eu estremeci por dentro.

Justin conseguia ser tão perfeito ao ponto de me fazer balançar em uma escolha que era para estar totalmente definida. Eu sabia que queria ficar com Marcus, mas Justin é um homem tão irresistível que faz com que essa vontade seja balançada. Ele deve ter percebido isso, seu sorriso o denunciou.

  - Você sabe que eu te amo, não é? Eu nunca vou esconder isso de ninguém. Você é a pessoa mais importante do mundo para mim. - declarou e se aproximou de mim, beijando minha testa. - Eu te admiro, pequena. - sussurrou, olhando em meus olhos.

Eu não sabia como agir toda vez que ele falava essas coisas lindas para mim. Não era justo. Como eu podia odiar alguém assim? Meus olhos deviam denunciar-me.

  - Chegamos, senhora. - Duncan avisou, descendo do carro. Em um segundo ele estava abrindo a porta.

  - Eu passo na sua escola na hora do almoço. - murmurei, buscando voz de onde não tinha, e beijei a testa de Mellanie. - Tenha um bom dia, meu amor.

  - Você também, mamãe. - sorri com ela me chamando assim novamente.

Virei-me para Justin, que estava com meu filho no colo e beijei Jake.

  - Te amo, pequeno príncipe. - sussurrei. Ergui a cabeça, ficando cara a cara com Justin e ele sorriu, puxando minha nuca com uma das mãos e colando seus lábios aos meus. Foi apenas um beijo rápido. Seus lábios chuparam os meus, puxando o inferior no final, e ele sorriu ao me deixar livre. Eu estava vermelha.

  - Tenha um bom dia, anjo. - falou, seus olhos brilhando e eu assenti, saindo rapidamente do carro com a ajuda de Duncan.

  - Obrigada, Duncan. Foi um prazer. - murmurei envergonhada pelo que ele presenciara.

  - Tenha um bom dia, senhora.

  - Só Anne, por favor. - pedi e ele assentiu.

  - Como quiser, Anne. - sorriu e eu retribui.

Olhei uma última vez para o carro e respirei fundo, adentrando o enorme prédio. Senti o ae condicionado em contato com a minha pele quente e suspirei, sentindo gotículas de suor cair pelo meio de minha a costas. Droga, Justin! Sorri ao segurança que ficava perto das catracas e peguei meu graxa no bolso externo da bolsa do note, o passando para ter a passagem liberada. Caminhei confiante ao elevador, mas não era assim que eu me sentia. Estava insegura com tudo. Não sabia exatamente o que queria da minha vida. Não sabia se continuar a resistir era a melhor opção, não sabia se enganar Marcus dessa maneira era o correto, ou se eu devia me abrir para ele e dizer tudo o que está acontecendo. Dizer que Justin não é simplesmente o pai dos meus filhos, e sim o homem que consegue me enlouquecer e que, muito provável, é o homem da minha vida. Contar que já me rendi a seus beijos, pois a ideia de tê-lo tão perto e não poder toca-lo era irritantemente insuportável. Eu não sabia de mais nada.

As portas do elevador se abriram no andar sede da Vogue e eu respirei fundo, deixando as costas eretas e seguindo em frente.

  - Bom dia, senhora Winks. - Betta cumprimentou.

  - Bom dia. - forcei um sorriso que saiu muito convincente. Ótimo, Anne!

Continuei a andar e retribuir os cumprimentos, e suspirei aliviada ao entrar na minha sala. Margô atrás de mim.

  - Senhora, podemos passar a agenda?

  - Só preciso de mais um café. - murmurei. - Forte! - reforcei, deixando minha bolsa num sofá.

  - Eu estava mesmo indo até a cafeteria.

  - Obrigada, Margô. Repassamos a agenda em seguida.

Ela assentiu e deixou a sala, deixando-me sozinha. Ela voltou após alguns minutos, começando a passar a agenda enquanto eu tomava meu café.

 - Pode desmarcar essa reunião e remarcá-la para a próxima semana? Tenho um almoço com a minha filha.

  - Tudo bem. - assentiu.

Terminamos, vendo que hoje seria um dia cheio. Eu adorava isso. Enfiei a cara no trabalho. Após duas horas imersa em decisões, fui interrompida por meu telefone.

  - Winks.

  - Senhora, tem uma entrega aqui na recepção. - Betta avisou.

  - Entrega?

  - Sim, precisa da sua assinatura.

  - Tudo bem, estou indo.

Bufei, levantando, e segui para fora do escritório. Ao chegar à recepção, deparei-me com um garoto e um enorme e belo buquê de rosas vermelhas.

  - Anne Winks?

  - Sim.

  - Para você. - ele me entregou.

  - Hã... Desculpe-me, estou sem minha carteira. - murmurei passando a mão pelo bolso da saia.

  - Sem problemas. - sorriu, acenando com a cabeça e fazendo seu caminho até o elevador.

  - Ai, que lindo! - Betta exclamou, seus olhos brilhando.

  - É, são mesmo. - falei, procurando pelo cartão, ele estava ali no meio.

Voltei ao meu escritório, ainda estarrecida com o conteúdo do cartão:

  "Para a mulher que não sai de meus pensamentos.

             Eu te amo. Justin."

Não acredito que ele fez isso! Arg! Após minutos observando as rosas, irritada a joguei no sofá, não me importando com sua beleza delicada.

Voltei a enfiar a cara no trabalho, para não pensar no quão desconfortável e meigo aquilo havia sido. Justin era um caso estranho e perdido. Não adiantava dizer o quanto eu não o queria em minha vida sem ser como pai de meus filhos. Ele era muito persistente. Após meia hora, outro buquê chegou, só que agora eram rosas cor-de-rosa.

  "O que você causa em mim?".

Bufei e joguei-as em cima das outras.

Após mais meia hora, outras chegaram.

  "Não consigo esquecer o gosto de seus lábios".

Ela foram para o mesmo lugar. Às onze horas da manhã, mais rosas chegaram. Essas eram brancas.

  "Ainda guardo um mapa de seu corpo em minha mente. Você me enlouquece".

E consequentemente, elas foram para o mesmo lugar das outras. Mais meia hora depois, mais uma.

  "Você é a mulher mais bela de todo o mundo. Às vezes tento achar defeitos, mas nada até agora".

Meio-dia esperei por outras, e não me decepcionei. Elas chegaram, azuis dessa vez. Ele havia mandado pintar rosas?

  "Achei um defeito: você está longe de mim! Tenha um bom almoço com nossa princesa.

        Amo vocês duas".

Ah, Justin! Joguei as rosas no sofá e guardei o cartão na primeira gaveta da mesa, junto a todos os outros. Por que ele tinha que ser tão adorável? Bufei, pegando minha bolsa. Levantei de minha mesa, ajeitando a roupa e retocando a maquiagem, então, sai da minha sala. Todos me olhavam sorrido. Justin me pagava! Se ele queria que eu ligasse para ele por essas flores, estava muito enganado. Não ligaria! Avisei a Margô que estava saindo e desci. Ao chegar à calçada, surpreendi-me a ver Duncan encostado ao carro que me trouxe de manhã.

  - Senhora. - sorriu, tocando seu quepe e veio até mim. - Meu patrão pediu para que eu lhe atendesse por hoje.

  - Não, obrigada. Vou pegar o metrô. - falei rude, começando a andar para a esquerda até a estação mais próxima.

  - Senhora! - chamou, mas eu virei à esquina, sem me importar. Alguns segundos depois, seu carro me seguia lado a lado. Olhei irritada e bufei, apertando os passos. Estava me irritando.

  - Pare de me seguir! - gritei, chamando a atenção das pessoas e corei no mesmo instante.

  - Ordens do padrão, senhora. Por favor, aceite a carona. Pela menina. - pediu. - Se for de metrô, não terá tempo nem para um hot dog no Central Park. - argumentou.

Bufei, pensando naquilo, e assenti. Antes que ele pudesse sair do carro, abri a porta e entrei. De repente, o escutei falando com alguém. Justin.

  - Sim, senhor. Ela já está no carro. Claro. - e então a voz de Justin ecoou pelo carro.

  - Anne, meu carro e Duncan ficarão a sua disposição, por hoje e quando precisar.

  - Não quero falar com você, seu maldito estúpido controlador! - grunhi irritada e escutei sua risadinha.

  - Tudo bem, anjo. Como quiser. Tenha um bom almoço. - e então a ligação foi desligada.

Justin estava muito controlador. Estava um inferno. Durando o caminho, fui tentando relaxar para poder estar completamente com Mellanie, de corpo e alma. Não queria estragar nosso tempo juntas por causa de Justin. O carro parou de frente ao enorme e sofisticado colégio na Park Avenue e eu desci, indo até o portão. O porteiro liberou minha entrada, dizendo que a diretora queria falar comigo e eu adentrei os portões, passando pelos enormes seguranças. Eu não me lembrava de tê-los visto antes. Dei de ombros, devia ser apenas mais segurança. Se tinha uma coisa que não podia negar era que essa escola era segura. Ela tinha todo o equipamento necessário, já que abrigava os filhos dos maiores empresários da cidade.

Andei pelos enormes corredores cheios de crianças. Elas estavam na hora do almoço, e era difícil os pais pegarem seus filhos para almoçarem. A maioria das mães eram socialites despreocupadas com tudo.

  - A diretora quer me ver? - perguntei a recepcionista e ela sorriu gentil e assentiu.

  - Pode entrar, senhora.

  - Obrigada.

Não sabia o porquê de ela me chamar. As mensalidades estavam em ordem, já que eu estava bancando apenas o berçário de Jake. Justin pagara o ano escolar de Mellanie, eu tinha certeza que fora ele.

  - Com licença.

  - Senhorita Winks, pode entrar. - a loira por trás da mesa de madeira escura sorriu para mim, apontando a cadeira a sua frente.

  - Boa tarde. - sorri, apertando sua mão, e me sentei.

  - Boa tarde.

  - Então, por que a senhora me chamou? Mellanie tem se comportado?

  - Oh, sim! Ela é uma ótima aluna. - sorri. - Eu queria falar sobre a mensalidade do menino, Jacob.

  - O que tem? Eu fiz o depósito.

  - Sim, recebemos. Mas eu queria apenas avisar que, novamente, tanto o próximo ano escolar dele, quanto o de Mellanie, já foram pagos.

  - Pagos?

  - Sim. Hoje de manhã, no horário de entrada, recebemos a visita do senhor Bieber. Ele pagou o próximo ano, e até mesmo o acampamento de férias que terá. - informou e meu queixo caiu. - A propósito, as férias começam na próxima semana, e o acampamento para Mellanie começa um dia depois. - continuou. - Aqui nesse folder, a senhora encontra todas as atividades propostas e todas as informações necessárias. - entregou-me o papel e eu o peguei, assentindo. Estava com raiva.

  - Hã... Obrigada. - murmurei. - Eu vou pegar minha filha, para o almoço, e a trago de volta antes da uma e meia. - informei e ela sorriu.

  - O senhor Bieber deixou avisado.

  - Ah, claro de deixou. - sussurrei com desgosto.

  - Ele é um ótimo pai. - sorriu de lado, como se estivesse apenas me lembrando disso. Ela devia este percebendo que eu estava prestes a matá-lo. - Quer o bem dos filhos.

  - Obrigada. - falei novamente. - Tenha uma boa tarde. - murmurei, antes de deixar a sala. Então, lembrei-me dos seguranças, e a ideia absurda de que eles podiam ter sido colocados ali por Justin passou por minha cabeça. Voltei a abrir a porta, e com um sorriso de desculpas, voltei a perguntar. - Os seguranças...

  - Sim, foi ele quem preferiu tê-los ali. - assentiu e eu assenti novamente, murmurando um agradecimento e sai da sala novamente.

Mel me esperava ali na recepção.

  - Mãe, a senhora está bem? Está vermelha.

  - Estou sim, querida. Nada demais. - sorri, observando-a com aquele uniforme. Uma saia preta colegial, uma camisa social branca e uma gravatinha preta meio enlarguecida. Estava linda. - Vamos?

  - Sim. - falou animada, despedindo-se da secretaria. Fiz o mesmo e segui com ela pelo corredor. - Mamãe, você viu que grandões esses seguranças? - perguntou abobada. - O meu pai deixou eles para nos protegerem. - sorri, assentindo e a guiei para o carro.

Eu queria muito pode ligar para ele agora e dizer tudo o que pensava, mas não faria isso. Não faria isso! Pelo menos, não na frente de Mellanie. Iria aproveitar o dia com a minha filha.

Ela escolheu aonde iríamos, um restaurante com tema de contos de fadas. Faire Childrens. Era encantador até mesmo para mim. Na porta, éramos recebidos por um dos sete anões da branca de neve, o Dunga. Ele era muito fofo. Guiou-nos até uma mesa na ala das florestas encantadas e nos entregou os cardápios. Mellanie pediu o filé encantado, com as batatas felizes e uma salada do pântano. Eu sorri vendo seus olhos brilharem. Pedi a mesma coisa e então, começamos a conversar, enquanto víamos a Cinderela dançar pelo salão com seu príncipe.

Nosso almoço foi tão sereno, tão bom. Eu sentia falta da minha princesa. Saímos de lá com a relação mãe e filha renovada e com um laço ainda maior. Eu lhe expliquei a situação da maneira mais suave que podia para uma criança da idade dela, e ela pareceu-me aceitar bem. Estava feliz com isso. Voltei com ela para a escola e aproveitei o abraço forte que ela me deu.

Ao voltar para o carro, percebi que não estava com meu celular, então pedi a Duncan que realizasse uma chamada para Justin. Ele estava no meio de uma reunião, mas parou ela para me atender.

  - Anne, aconteceu algo? - sua voz soou preocupada pelo alto falante do carro.

  - Aconteceu! - gritei irritada. - Você é um imbecil!

  - Ah... - riu levemente. - Podemos discutir isso de noite? Eu estou ocupado e no meio de uma reunião importante.

  - Quem te deu o direito de pagar a mensalidade e de por aqueles dois armários na porta da escola? Você está ficando louco? E quem te mandou deixar seu carro luxuoso e seu prestativo motorista a minha disposição? Eu não sou nada sua! - falei descontrolada e ele respirou fundo.

  - Anne, nos falamos depois.

  - Se você aparecer na minha frente eu juro que te faço engolir cada um daqueles buquês que me mandou. - ameacei e ele fez um ruído engraçado.

  - Te amo, anjo. - falou antes de desligar na minha cara.

  - Filho da... Pattie! - xinguei.

Meu sangue estava roxo de raiva. - Desgraça de homem! - murmurei, encostando no banco de couro do carro, e respirei fundo, passando as mãos no rosto.

Duncan novamente abriu a porta para mim quando chegamos, e eu me desculpei por fazê-lo escutar aquela discussão tola. Ele sorriu e negou com a cabeça. Voltei ao prédio e me enfiei no trabalho. Uma hora depois, um novo buquê de flores chegou. Fechei os olhos, respirando fundo, tomando fôlego e peguei o cartão.

  "Brigar contigo me deixou excitado o resto da reunião. Se minha empresa for à falência, SINTA-SE CULPADA!".

Não pude evitar rir, mas joguei as flores no sofá cheio de outras delas e o cartão na gaveta. Os espaçamentos entre as entregas aumentaram para cada hora. O próximo chegou em um verde limão chamativo. Era horrível.

  "Eu sei, essa cor é horrível; um pecado para os olhos. Espero que ela tenha um gosto melhor do que sua aparência na hora em que me fazer engoli-las".

Gargalhei e joguei o buquê no sofá e o cartão na gaveta. Justin era uma piada. Só ele para me fazer rir enquanto quero matá-lo. Ao passar das horas, chegavam rosas de cores mais chamativas e com bilhetinhos ainda mais bobos:

  "Oi. Ainda quer me fazer engolir as rosas? Será que essas roxas têm gosto de uva? Não sei se quero descobrir".

  "Você sabe que quem está enviando isso sou eu, né? O Justin. O SEU Justin. É claro que sabe, ou ameaça a muitos dizendo que eles têm que engolir rosas?".

  "Anne, sua mão de vaca! Por que não está dando gorjeta ao menino? Sabia que ele está cobrando de mim?".

  "Você é má! Pare de me deixar falando sozinho. Você tem meu número, se não tiver ai está ele: ×××-××××".

  "Meu dia de trabalho está chegando ao fim - e o menino está ficando cansado, coitado! Topa jantar comigo? Apenas amigos. Duncan estará a sua espera".

Suspirei, vendo o relógio do meu celular marcar oito e meia. Eu ainda tinha pilhas de trabalho para resolver. Resolvi levá-los para casa. O andar da Vogue já devia estar totalmente vazio, apenas eu e Margô estava naquele lugar. Eu teria que aumentar o salário daquela mulher, ela trabalha tanto quanto eu.

Avisei-a pelo telefone que podia ir embora, e comecei a guardar minhas coisas, quando o meu escritório foi abruptamente invadido por alguém que eu não esperava. Tracy estava ali. Ela sorriu para mim, seus olhos caídos. Eu não estava preparada para enfrentá-la. Não agora. Eu estava prestes a aceitar jantar com Justin.

  - Anne. - falou.

  - Tracy. - murmurei, incrédula.

Tudo que fiz para ela passou por minha cabeça. Tudo que Justin me contara sobre esse ano estava sedo remoído por meu cérebro. Eu sentia pena e raiva dela ao mesmo tempo, e me sentia culpada, pois sabia que era ela que devia sentir raiva de mim, e não eu dela. Ela não tivera culpa de nada. Ela era apenas uma vítima das ameaças daquele homem.

  - Filha, você está tão bonita. Mudada. Uma mulher.

  - Mamãe, o que faz aqui? - sussurrei.

  - Estava com saudades, meu amor! - veio até mim, abraçando-me. Os papéis no nosso meio.

  - Eu... Hã... Também.

  - Olhe para você! Oh, Deus! Está tão crescida. Que orgulho. Sinto tanto por ter desacreditado de você e de Jennifer. Olhe para vocês agora: você editora chefe da Vogue e ela apesar de ter largado tudo, agora é uma das mais requisitadas organizadora de eventos do mundo da moda.

Seus olhos lagrimejaram. Ótimo! Por que agora ela tinha que vir e agir como uma mãe exemplar? Por que todos que eu quero ter motivos para odiar e me manter longe agem dessa maneira comigo? Eles tinham que ser desconfortáveis, irritantes e odiosos, não amorosos e fofos. Não era justo comigo! Sorri sem graça.

  - Mamãe, não posso falar agora. - falei, tentando fugir da conversa que eu teria que ter em algum momento. Ela iria descobrir meus filhos em algum momento. Eu não sabia como ainda não havia saído fotos deles com Justin, ou comigo. Os paparazzis havia me esquecido, mas não a Justin. Era quase impossível de ninguém ter conseguido uma foto. Porém, eu queria acreditar em minha sorte.

  - Eu preciso de alguém, querida. - murmurou. - Justin me deixou.

  - É eu sei. - falei e me arrependi. Ela me olhou estranhamente desconfiada. Dei de ombros. - Temos amigos em comum, e tem revistas. Bom... - encolhi meus ombros.

  - Claro. - sorriu amarga. - Aposto que eles estão comemorando.

  - Por que fariam isso?

  - Eles me odiavam, Anne. Todos eles. - falou com desgosto.

  - Era recíproco, certo? - dei de ombros, sabendo a resposta. Ela também os odiava. Os odeia ainda. - Eu realmente preciso ir embora, mas... Nós podemos nos encontrar depois. - sugeri, esperando que ela dissesse que estaria ocupada pelo resto do ano.

  - Amanhã, tudo bem? Ligo para avisar o restaurante. - sorriu animada e eu não pude recusar. Era minha mãe, e por mais vadia que eu fosse sua felicidade ainda me encantava. Assenti, dando-lhe um meio sorriso e, pela primeira vez na noite, seus olhos realmente brilharam.

  - Tudo bem, mamãe. Vemos-nos amanhã.

  - Obrigada, querida. Mando George vir buscá-la. - assenti. Eu estava com cara de quem anda de metrô. Estava escrito em minha testa que eu estava sem carro hoje? Todos estavam mandando motoristas para mim.

  - Boa noite mamãe.

  - Boa noite. - ela sorriu, beijando minha testa e saiu com aquele seu andar requebrante, sexy e confiante. Minha mãe era uma mulher linda e muito sexy para sua idade. Atraia muitos olhares por onde passava. Os homens enlouqueciam. Sorri com o pensamento e terminei de recolher minhas coisas.

Durante minha descida pelo elevador, pensei se era justo eu ir atrás de Justin. Não era. Então, decidi que não iria mais parecer frouxa.

  - Senhora. - Duncan sorriu.

  - Eu... Hã... Não vou. Mas, tenho uma coisa para você. Eu... Segure para mim, por favor, que eu já desço. - entreguei a bolsa do notebook dele, junto à pasta de papéis que eu trazia.

Voltei ao prédio, chamando um segurança comigo. Assim que entramos em meu escritório, o cheiro forte das rosas nos atingiu e vi seu rosto se contrair.

  - Esse homem é apaixonado. - comentou.

  - Um idiota. - peguei um buquê, coloquei em seus braços e assim por diante. Após, parte das flores em seus braços e a outra no meu, descemos juntos. Duncan arregalou os olhos ao ver o que eu trazia. Abri a porta traseira do carro, pedi para o segurança jogar as flores lá e fiz o mesmo.

  - Obrigada. - sorri ao homem negro e enorme que me ajudou e ele balançou a cabeça.

  - Senhora...

  - Não, Duncan. Um segundo. - pedi, fuçando minha bolsa atrás de papel e caneta. Os achei e escrevi um bilhete.

  "Idiota!"

Era simples. Peguei minhas coisas e entreguei o bilhete a ele e dei as costas.

  - Ah - virei para ele novamente. - Mande ele se foder também.


Notas Finais


Eiii! Desculpe a demora, eu acabei não parando em casa para postar. Se o capitulo tiver erros, ignorem, por favor, pois não revisei ele, então deve estar cheio de erros grosseiros! Espero que tenham gostado, e espero que os bilhetinhos do Justin não tenham ficado muito ruins, eu não sei se sou uma pessoa muito romântica!
Sobre Common Denominator, eu estou, realmente, tentando escrever um capitulo digno de vocês, leitoras, porém, está cada vez mais complicado, e minha cabeça anda ada vez mais cheia de coisas. Tentarei postar essa semana!
O próximo de FL eu espero conseguir postar logo! O próximo vocês vão ficar louquinhas, prometo! ahsuahsuhau
Kisses babes!


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