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História Forbidden Love - Cameras


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


Fui rápida agora? haha
APROVEITEM!

Capítulo 61 - Cameras


Fanfic / Fanfiction Forbidden Love - Cameras

Anne Marie P.O.V.

  - Obrigada. - sorri a Justin, agradecendo a xícara de café, e selei nossos lábios.

  - Ai, logo de manhã, não! - Mel exclamou, tapando os olhos, e escutei a vozinha de Jake movi atrás dela. Ele vinha andando devagar.

  - Mamã! - ele gritou, vindo até mim. Eu não podia acreditar que já estava o vendo andar e chamar por mim. Após um gole, deixei a xícara na ilha da cozinha e me abaixei para pega-lo.

  - Bom dia, meu príncipe. - beijei sua boquinha e ele riu. - E bom dia, ranzinza! - falei, sorrido para Mel e ela mostrou a língua, vindo até o pai.

  - Bom dia, papai. - abraçou sua cintura e Justin sorriu, a pegando e colocando sentada sobre a ilha da cozinha. - Bom dia, dona Anne. - sorri, beijando sua bochecha.

  - Como a minha princesa está? - Justin perguntou, abraçando-a e beijou sua cabeça, enquanto eu brincava com Jake, mas ainda sim prestando atenção neles.

  - Muito bem! - ela disse animada.

  - Hm... O que é esse ânimo todo, mocinha? - perguntei rindo e ela corou. - Mellanie, por que está corando? - perguntei e ela corou ainda mais, se possível, e olhou para o pai, voltando a olhar para mim. - Depois você irá me contar, tudo bem? - ela assentiu, sorrindo novamente.

  - O que? - Justin perguntou incrédulo. - Do que estão falando? - ri, negando com a cabeça, entregando Jake a ele.

  - Nada, pai! - Mel exclamou, começando a fazer graça para o irmão, enquanto eu preparava o leite deles.

  - Família Margarina, estou indo para o aeroporto. - Jazmyn apareceu na cozinha com suas malas.

  - Por que pegou um vôo tão cedo?

  - Quero chegar logo em casa. - falou, seus olhos brilhando.

  - Nathan vai contigo?

  - Sim. - sorriu animada. - Que pena vocês terem que ficar mais alguns dias.

  - Tenho algumas ultimas reuniões com novos anunciantes para o próximo ano. - dei de ombros, entregando o copo de plástico para Mellanie e peguei Jake, para dar-lhe a sua mamadeira.

  - E eu com engenheiros das novas fábricas e sedes na Alemanha. - Justin respondeu, afastando-se de Mel e retomando a sua xícara de café nas mãos.

  - E eu tenho aulas. - Mel sorriu orgulhosa, nos fazendo rir. - Não riam! Minha escola é mais importante que o trabalho idiota de vocês.

  - De onde você acha que vem o dinheiro que coloca comida nessa sua boquinha linda? - Justin perguntou sarcástico. - Dos nossos trabalhos idiotas. - tocou a cabeça dela, que deu de ombros.

  - Mas dia 22 estamos lá. - afirmei e ela sorriu.

  - Okay, estarei esperando. - ela veio até mim, me abraçando e beijou Justin. Após um beijo carinhoso nas testas de Mel e Jake, ela sorriu. - Tchau, pestes.

  - Xau, tia Jazz. - Jake falou enrolado e com a voz fofa de criança e nós sorrimos.

  - Tchau, tia. - Mel acenou. Jake imitou seu gesto.

  - Xau, mamã! Xau papá! - acenou pra nós e eu ri, emocionada.

  - Já está querendo me dispensar, garotão? - Justin perguntou, fazendo cosquinhas na barriga dele, e o mesmo gargalhou se contorcendo.  - Esse é o melhor som que eu poderia ouvir de manhã. - Justin comentou, seus olhos brilhando, e eu sorri junto a Jazzy.

  - Aproveite, maninho. - Jazmyn sorriu, saindo da cozinha. - Bye família! - gritou e então a porta da frente bateu.

Terminamos nosso rápido café da manhã e nos dirigimos ao carro de Justin. Duncan abriu a porta sorrindo e nos cumprimentando.

  - Bom dia, senhora. - sorri.

  - Bom dia, Duncan.

  - E ae, Duncan! - Mel gritou, tocando na mão dele e entrou no carro.

  - E ae, Can! - Jake a imitou novamente, batendo na mão do homem, que sorriu encantado. Jacob não falava seu nome certo, e isso o tornava mais fofo.

  - Senhor. - balançou a cabeça a Justin.

  - Bom dia, Duncan. - Justin sorriu.

Eu podia sentir a presença de paparazzis, e mesmo não tendo dito uma palavra a Justin, ele também parecia sentir, seus ombros tensos. O problema já não éramos nós dois, e sim as crianças. Haviam saído diversas matérias a nosso respeito, mas ninguém sabia de nossos filhos, e era um alívio, pois não queríamos nada em cima deles, porém, parece que não estava mais dando certo. Para ser sincera, eu não tinha noção de como havia dado certo. Como não haviam postado nada sobre nossos filhos? Era impossível. Eu não sabia a resposta.

Duncan fez o mesmo caminho dos últimos dias, primeiro a escola de Mellanie e Jacob, depois o meu trabalho.

  - Bom dia, Bieber. - sorri, beijando seus lábios e ele me deu um tapa na bunda. Corei.

  - Bom dia, meu amor. - sorriu e eu ri, saindo do carro com a ajuda de Duncan, que, após me desejar um ótimo dia de trabalho, adentrou o lugar do motorista e me esperou entrar no prédio para sumir.

  - Bom dia. - murmurei as recepcionistas, que me olhavam de cima a baixo e murmuraram quase silenciosamente. Estranhei a ausência do sorriso delas. Entrei no elevador e agradeci por estarem livres. Odiava pegar elevador cheio. Assim que ele parou no andar da revista, sorri a Betta.

  - Bom dia, senhora. - sorriu sem graça e eu retribui, começando a me irritar com isso. Eu tinha algo preso em mim?

Passei no meio da repartição e ninguém me disse 'bom dia', apenas me olhavam... Horrorizados? Tinha um misto de coisas... Vergonha, horror, incredulidade. Apertei os passos e entrei em minha sala suspirando. Margô logo adentrou também.

  - Margô, seja sincera, tem algo em mim? Nos meus dentes, no meu rosto, talvez. - ela sorriu, como se pedisse desculpas e veio até minha mesa.

  - Acho que todos já viram isso. - falou, entregando-me uma revista que tinha Justin e eu na capa.

"A verdade sobre o relacionamento dos mais novos (ou não!) pombinhos da América!!!".

 Meu coração disparou e eu abri a revista. Como assim? Folheei algumas páginas, até chegar ao que me interessava. Era uma matéria sobre nós, obviamente, mas aquilo continha mais do que fatos atuais. Aquilo era como um dossiê de todo o meu relacionamento com Justin. Todo mesmo. Desde nosso primeiro beijo na praia, até nossa pequena viajem para os Hamptons. Eram detalhes tão íntimos, fotos que nunca deveriam aparecer. Nosso dia dos namorados na cabana; nossas relações em casa (tinham fotos disso! Tinham fotos de nós deitados no chão da sala da casa da minha mãe). Nossa viajem ao Canadá estava ali em quase detalhes, assim como nossas visitas ao orfanato. Imagens de mim grávida, de Justin em bares durante nossa separação. Declarações de pessoas que presenciaram esses momentos de longe. Nós na mansão de Justin, com nossos amigos, eu apenas com sua camisa, quase nua. Havia fotos nossas com Mellanie, levando-a para o hospital, fotos de Justin e eu naquele estacionamento, brincando e sorrindo, enquanto minha mãe viajava. O relato de uma senhora que vendia flores, dizendo que Justin parecia o homem mais feliz do mundo quando foi comprar um buquê, há mais de dois anos atrás. Eram tantas fotos. Nosso dia-a-dia com nossos filhos, falando de Mel e Jacob, dos meus encontros com minha mãe, falando que eu era falsa. Nossa vida estava resumida em naquela revista, a qual eu nunca havia ouvido falar, mas que devia estar lucrando muito com essa matéria. Eu tremia e chorava. Aquela revista só faltou me chamar de prostituta. Após as coisas sobre eu e Justin como casal, tinha sobre eu, apenas eu. Meus dias obscuros. Meu envolvimento com drogas, meus distúrbios e problemas. Minhas noites com Jullie, as quais bebíamos tanto que esquecíamos quem éramos. Eu com roupas curtíssimas, com vários homens, e pessoas da minha época de colégio dizendo que eu dormia com meus professores para ter nota. Eu me sentia humilhada. Aquilo não era possível. Tudo de ruim que eu fiz estava naquela revista, registrado em fotos que eu nunca soube que existiam.

Como alguém podia fazer isso? Mostraram minha pior parte. Todos deviam me achar uma vagabunda que seduziu o namorado da mãe debaixo do seu próprio teto. O pior é que eu sabia quem faria aquilo.

“Você precisará tomar cuidado”.

  - Anne, tome uma água com açúcar. - Margô pediu, aproximando-se com o copo. Eu peguei o copo e por pouco ele não foi ao chão. - Se acalme, por favor.

  - Margô... - olhei suplicante para ela. - Você tem nojo de mim? - perguntei e ela me olhou com pena.

  - Não, Anne. Não.

  - Eu tenho. - sussurrei, levando o copo até a boca.

Estava com meu coração a mil. Não sabia o que fazer. Como tocaria minha vida em frente agora? Eu... Aquelas coisas nunca deviam ter sido publicadas. Eu era apenas um adolescente. Eu havia sido abandonada por meu pai, era uma perdida. Eles não deviam usar disso para me torturar e expor desse modo.

  - Eu vou entrar! - escutei gritarem lá fora e franzi o cenho, limpando o rosto. Eu conhecida aquela voz. Levantei-me em um pulo e corri para a porta, escancarando-a. Minha mãe estava ali. Ela estava furiosa, brigando par poder entrar. Assim que seus olhos pararam em mim, ela fez cara de enjoada.

  - Vadia! - gritou, vindo até mim. Margô se manteve ao meu lado, e bloqueou a passagem de Tracy, enquanto eu me afastava um pouco. - Eu te dei tudo! Te dei tudo o que poderia querer. - meus olhos estavam arregalados, com medo, fragilizada. Eu sentia as lágrimas descerem como cachoeiras, livres por meu rosto. - Eu acreditei quando me consolava, acreditei quando dizia que ele não me traia. Mas você era a vagabunda que estava na cama dele. Debaixo do meu teto, sua prostituta! Não pode ver um homem com dinheiro que caiu em cima. Nós dois éramos felizes! - gritou. - Você estragou tudo! Tudo por dinheiro. Pegou meu futuro. Era para eu estar com ele. - tentou avançar. Ela chegou mais perto, em um movimento, e Margô ficou na minha frente. Eu estava encolhida. Todos viam aquilo e alguns gritavam o quanto eu era vadia, insensível. - Como pôde, biscate? Eu lhe dei um teto, lhe dei amor! - tive que rir sarcástica. - E a vagabunda ainda ri. - falou dramática, ela também chorava desesperadamente.

  - Você nunca me deu amor! - gritei com raiva. Eu não era a vilã da história. - A culpa não foi minha! Eu dei a ele o que você nunca deu: amor, carinho, compreensão! - eu parecia uma mejera falando. Dizem que quando a raiva toma conta de você, você diz tudo que não devia. Era isso que estava acontecendo comigo. Eu estava agindo como uma idiota.

  - Tudo por dinheiro! - gritou. - Tenho nojo de você! Você adotou uma menina, engravidou, tudo para prendê-lo e ter todo o seu dinheiro. Foi por isso. Você não parece minha filha, a menininha que cuidei com tanto amor.

  - Nunca usaria uma gravidez para isso! Você, melhor do que ninguém, sabe que não ligo para isso! Não sou como você. Eu amo meus filhos com toda a minha alma, eles são tudo para mim.

  - Desgraçada! Você só entrou na minha vida para acabar com tudo. Tudo que aconteceu de ruim tem a ver com você! - seus olhos pareciam em chamas. Com um movimento rápido, astuto, ela passou por Margô, empurrando-a longe, e veio para cima de mim, dando um tapa estalado em meu rosto, que me fez cambalear para o lado.

  - Isso, dá uma surra nessa vagabunda! - escutei ao fundo e deixei mais lágrimas caírem por meu rosto.

  - Eu o amo! - gritei em resposta. - Eu o amo, mamãe! - falei mais baixo, para ela, que me olhou novamente com aquele olhar de nojo, e me deu mais um tapa, seguido de outros. Eu não reagia, pois sabia que merecia aquilo. Eu nunca iria bater nela. Ela foi afastada de mim por dois seguranças e eu permaneci no canto, encolhida, descabelada, e chorando copiosamente.

Meu chefe me olhava com pena e repugnância. Ele olhou para minha mãe, perguntou se ela estava bem e pediu para a soltarem. Ele foi compreensível com ela, mas era eu que havia apanhado. Era eu quem estava num estado vergonhoso. E era eu a puta do país, no momento.

  - Senhora Winks, por favor, entre em sua sala. - falou ríspido, despedindo-se de minha mãe e eu fiz o que ele pediu, após lançar um olhar de desculpas para minha mãe.

  - Senhor, por favor, desculpe-me por isso. Não era a minha intenção causar esse alvoroço todo. Eu... Eu prometo que não irá...

  - Não irá se repetir mesmo, e não preciso de suas promessas para saber isso. - seu tom era autoritário, leviano, ríspido.

  - Essa revista... Ela não mostra a verdade...

  - Então tudo aquilo é mentira?

  - Hã... Não. - abaixei a cabeça. - Aquilo tudo sobre mim... Aconteceu. Não posso negar. Mas eu era uma adolescente. Eu não sou assim, não me orgulho disso, e nunca vai acontecer novamente. Eu sou uma mãe agora, faço tudo que está ao meu alcance para ser melhor.

  - Os filhos que usou para ganhar dinheiro. - meus olhos se arregalaram em incredulidade.

  - Não! Eu amo meus filhos, ao menos queria o dinheiro de Justin. Isso não julga nada para mim.

  - Não duvido que os ame, mas falar quanto ao seu caráter... Após essa revista é impossível. E não podemos ter uma pessoa como você em nossa revista.

  - O que?

  - A senhora está demitida.

  - Não! Eu... Eu nunca te decepcionei, nunca fiz nada de errado!

  - Mas não podemos ter alguém com sua fama aqui. Você fez um ótimo trabalho.

  - Eu não posso... Tenho que sustentar meus filhos, eu...

  - Você tem o pai deles agora, não tem? - seu tom debochado me deu raiva.

Ele estava insinuando o que todos estavam falando. Que eu havia engravidado só por dinheiro, mas não era verdade, não era!

Ele me deixou sozinha na sala e eu desabei no chão. Cai sentada ali no meio e chorei. Chorei como nunca fui capaz. Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Era... Improvável. Eu não ligava de todos saberem que eu e Justin estávamos juntos agora, mas eles não deviam pensar essas coisas ruins a respeito de meus filhos. Eles agora acham que eu sou a vilã, sendo que a única coisa que fiz foi me apaixonar. Apaixonar-me pela pessoa errada. Droga!

  - Anne, vamos, eu vou te ajudar a arrumar suas coisas, o motorista de Justin está lá embaixo. - Margô falou, entrando e me levantando.

  - Todos já sabem?

  - Imaginam. Richard me falou que você precisava de mim. - assenti.

Ela me ajudou a colocar todas as minhas coisas em uma caixa e fiz questão de picotar todos os papéis de novos prováveis anunciantes que eu fui atrás. Tudo o que podia trazer frutos para a revista num futuro eu estraguei. Excluí arquivos do computador, telefones de pessoas importantes. Era um ato infantil, mas eu estava pouco me fodendo. Respirei fundo antes de sair do escritório e levantei a cabeça, com a caixa em minhas coisas nas mãos. Eu não queria enfrentar o mundo lá fora, mas não podia ficar trancada dentro dessa sala. A única coisa que eu queria era estar com Justin e com meus filhos. Não era nem meio-dia ainda.

Sai pela porta, escutando burburinhos e xingamentos. A minha vida não tinha nada a ver com eles, mas mesmo assim todos queriam dar pitaco. Passei rápido pela repartição, despedi-me de Betta, que me olhou com pena e sorriu, desejando 'Boa sorte'. Novamente o elevador estava vazio, e eu agradeci por isso. Margô me acompanhou até a calçada, aonde alguns fotógrafos se aglomeravam, como se eu fosse uma celebridade. Era menos do que para uma celebridade de verdade, mas eles estavam ali, tentando uma foto ou uma declaração.

  - Anne, você se arrepende de ter traído sua mãe? - um deles gritou.

  - Anne, se cuida. - Margô pediu, abraçando-me. - Qualquer coisa me liga.

  - Claro, obrigada por me ajudar. Você também, qualquer coisa que precisar... Estou ai. - sorri de lado, passando a mão nas lágrimas que insistiam em descer.

  - Como se sente sendo uma oportunista? - fechei os olhos, escutando mais mil perguntas sobre minha índole duvidosa.

  - Como foi ser uma drogada? Você ainda dá um tapinha de vez em quando?

  - Venha, senhora. - Duncan me tapou com seu corpo, ajudando-me a chegar ao carro.

Suspirei ao estar ali dentro, protegida pelos vidros escuros.

  - Para onde quer ir, senhora? Estou a sua disposição.

  - Eu preciso de Justin... - murmurei, fungando. - Me leve ao seu escritório?

  - Claro.

Senti o carro deslizar para o transito caótico da Big Apple, e eu encostei-me ao banco, chorando mais um pouco. Lembrei-me de meu celular, esquecido dentro da bolsa, e o peguei, vendo as diversas chamadas perdidas. Jullie, Jennie, Chaz, Chris, Ash, Ryan, alguns números desconhecidos, e muitas de Justin. Não sei como ele não veio até mim. A única coisa que eu precisava agora era de um abraço dele e de ele me dizendo que tudo ficaria bem.

  - Senhora.

  - Hã... Obrigada. - agradeci.

Deixei a caixa com minhas coisas ali, pois sabia que não sumiria, no mínimo ia parar na casa de Justin. Se sumisse também, foda-se. Desci ali e a porta do prédio não estava diferente de onde eu trabalhava. Alguns fotógrafos voaram para cima de mim, e alguns seguranças me cercaram, guiando-me para dentro do prédio.

  - A senhora trabalha aqui? - perguntou um deles, sua voz rouca.

  - Não, eu...

  - Me desculpe, somente pessoal autorizado pode entrar no prédio hoje.

  - Eu preciso ver Justin. Eu sou sua namorada, Anne Winks. - murmurei e ele arregalou os olhos.

  - Hã... Desculpe-me, senhora. - ele provável também já vira a revista. - Pode subir. - liberou minha passagem pela catraca e eu quase corri para o elevador. Precisava vê-lo.

Os andares pareceram passar em horas, eu sentia os olhares das pessoas sobre mim, talvez pensando que eu era uma sem vergonha por estar vindo ao prédio de Justin após todo esse escândalo.

Assim que a porta abriu no último andar, sai junto a mais algumas pessoas e andei até a secretária.

  - Senhora. - ela sorriu docemente. Pelo menos uma. - Mr. Bieber está em reunião.

  - Charles, Christian ou Ryan?

  - Também estão em reunião.

  - Então, vou esperar aqui, pode ser?

  - Claro, como desejar. - sorriu e eu fui até o sofá da recepção. - A senhora deseja um café, ou uma água?

  - Não, obrigada... Estou bem. - sorri.

Coloquei minha bolsa ao meu lado e cruzei as pernas, sentindo os olhares de algumas pessoas sobre mim. A maioria em reprovação, ou nojo, mas eu sinceramente não conseguia entender o motivo. Eu me lembrava da discussão com minha mãe e senti mais algumas lágrimas caírem. Aquele era o dia, não era possível! Eu odiava chorar na frente dos outros, mas sabe quando você segura até aonde não pode mais, e elas descem sem permissão? Eu estava assim. Tudo o que eu havia segurado por anos, pareciam sair hoje.

Meu mundo parecia estar de cabeça para baixo. Em um dia eu estava bem, era elogiada por meu chefe, e no outro, eu estava sendo escorraçada por todos, apanhando em público, e sendo conhecida como a vadia do país. Todos prontos para me julgar. Eu nunca engravidaria por dinheiro, nunca escolheria Justin por sua conta bancária. Tinha certeza que se o encontrasse na rua e ele não passasse de um funcionário, eu o amaria, pois ele é o homem mais doce que já conheci em toda a minha vida, e eu o amo incondicionalmente. Porém, aquela reportagem falara que eu o ignorava até ele me oferecer um enorme anel de diamante, e um contrato bancário. Era obvio que todos achariam o contrario. E pensar que quando saíram nossas fotos, há dias, haviam vários comentários dizendo que éramos um casal fofo e dizendo que torciam por nossa felicidade.

  - Anne. - pisquei, vendo Justin parado a minha frente, sua expressão suave, um sorriso triste de lado em seu rosto.

A minha única reação foi ir até ele e o abraçar. Eu o abracei com uma força sobre-humana. Respirei fundo, tentando conter o choro, que me atingiu ainda mais forte quando o vi.

  - Calma, meu anjo. Tudo vai ficar bem. - beijou o topo da minha cabeça. Era exatamente isso que eu precisava. Saber que tudo ficaria bem. - Eu estou aqui.

  - Eu te amo. Te amo. Te amo. - sussurrei desesperada. - Te juro que não estou com você por dinheiro. Eu te amo com toda a minha alma. - falei e ele sorriu.

  - Eu sei. Eu sei, pequena. - falou, me acalmando.

Ele me guiou para dentro de sua sala, após eu pegar minha bolsa, e eu me senti mais protegida. Sentamos-nos no sofá e eu me aninhei em seu colo, chorando como um idiota, enquanto ele tentava me acalmar. Aos poucos, senti que não tinha mais lágrimas. Eu estava secando. Acalmei-me e ele continuou acariciando meus cabelos.

  - Tracy foi me procurar. - murmurei e ele me olhou. Desci de seu colo, ficando de frente a ele, e respirei fundo, passando a mão no rosto. - Ela... Ela disse que eu sou uma oportunista; que acabei com a vida dela. - senti um nó em minha garganta novamente. - Ela me bateu. - sussurrei.

  - Anne...

  - Eu merecia, Justin. Ela estava no direito dela.

  - Não estava não!

  - E eu fui demitida. - conclui. - Ele disse que não pode ter uma pessoa que usa os filhos para conseguir dinheiro. - ri sem humor e vi que estava errada, ainda podia chorar. Uma lágrima desceu por meu rosto. Ele a beijou, e traçou beijos por minhas bochechas, nariz e boca.

  - Tudo vai ficar bem. Eu já cuidei para que essa revista saia de circulação.

  - Como eles sabiam de tudo aquilo? Justin, havia fotos intimas. Nós na sala da minha mãe, após chegar de viajem. No orfanato. No desfile. Nossa viajem. E como desenterraram meu passado? Aquilo não devia sair. - sussurrei. - Eu... Eu era uma perdida. Eu não sou mais daquele jeito. Eu te prometo que não sou. Desculpe-me.

  - Pare de se desculpar, Marie! Eu não me importo com o que eles falam! O que me importa é se você está bem.

  - Não! Eu não estou! - respondi me levantando. - Todos agora sabem como sou problemática! Todos sabem que já fui uma drogada! Eu sou uma pessoa ruim, não deveria estar com você. O homem perfeito com uma ex-vadia-drogada. Isso não é bom para a sua imagem. - ele me puxou pelo braço para me fazer cair em seu colo.

  - Cale a boca! - colou seus lábios nos meus. Nosso beijo era desesperado, porém, com ternura. Ele me mantinha presa a seu corpo. - Eu te amo, e nada me importa. Não sou perfeito, você sabe as coisas que já fiz.

  - Perto de mim, você é um iniciante. - sussurrei, deitando a cabeça em seu ombro.

  - Tenho muito mais tempo de experiência. Eu fodia as professoras por notas. Já destruí diversos carros de amigos em rachas...

  - Aff, Justin! - bufei. - Você leu aquela reportagem completa? Eu já fiz coisas inimagináveis.

  - Okay. Estamos discutindo para ver quem tem o passado mais podre? - perguntou e eu ri. - Não devíamos nos orgulhar disso. - falou em tom de representação.

  - Nunca me orgulhei. - falei baixinho.

  - Eu me orgulho de você. Com seu passado problemático e tudo o mais. Você é uma das mulheres que mais admiro no mundo todo. Só perde para a minha mãe porque você sabe... Dona Pattie é dona Pattie. - falou de modo engraçado e eu ri.

  - Te amo. - beijei seu pescoço. - Obrigada.

  - Também te amo, minha rainha.

  - Não vou te chamar de "meu rei" porque é feio. Não gosto.

  - Anne, você é muito egoísta. Você é minha rainha, mas eu não posso ser seu rei?

  - Minha vida? Tudo bem? Você é a tudo para mim. Mas meu rei é muito estranho. - fiz careta e ele riu.

  - Tudo bem, anjo.

  - Justin, você não tem nenhuma reunião?

  - Vamos embora para casa? Eu desmarco tudo.

  - Não! Você fica e trabalha. Não quer te atrapalhar. E como vou me aproveitar de você se você não trabalhar? - brinquei e ele riu.

  - Mando Chris no meu lugar, então. 

  - Você que sabe. Só não quero te atrapalhar.

  - Vamos passar o resto do dia em sua casa, com as crianças. Eu vou ver se adiantamos a viajem. Quanto mais rápido sairmos do país, melhor.

  - Tudo bem. - sorri de lado.

Agora teríamos que fugir para nos proteger desses maníacos. Eu já desconfiava de quem era o responsável por aquela reportagem, mas não iria falar disso. A única coisa que eu queria era deixar isso de lado, pelo menos por esses dias a única coisa que quero é meus filhos e Justin.

Ele deixou o escritório para ir falar com Christian, e eu fui até o banheiro. Olhei-me no espelho e dei um passo para trás. Caramba! Eu estava horrível. Meu rímel escorria por meu rosto e meu batom vermelho mal aparecia agora. Peguei um paninho em minha bolsa e comecei a passar pelo rosto, tirando todo o preto. Deixei meu rosto limpo e o lavei com água. Passei um pouco de pó, rímel e brilho labial. Era só o que eu carregava na bolsa.

  - Você está linda. - pus as mãos no peito, me recuperando do susto que Justin me dera e me virei sorrindo.

  - Eu estava parecendo o coringa, Bieber.

  - O coringa mais lindo do mundo. - ri. - Vamos?

  - Claro.

Guardei tudo e ele me envolveu com os seus braços. Respirei fundo, criando coragem para sair da proteção que o lugar me dava. Passamos pela recepção e nos despedimos da secretária, Justin já desejava feliz natal a todos.

  - Por que já está desejando feliz natal?

  - Ryan e Chris vão ficar cuidando da empresa até semana que vem. Eu não volto mais. Vou preparar tudo para que amanhã mesmo nós possamos ir para o Canadá.

  - Não vejo a hora de reencontrar sua família. Eles são tão bons comigo.

Saímos do elevador e lá fora eu já podia ver flashes.

  - Odeio fotos. - falei e Justin riu.

  - Eu não. Sou incrivelmente gostoso.

  - Concordo. Mas não gosto que essas outras vacas fiquem desejando o que é meu. - comentei e ele selou meus lábios. - Lá vamos nós! - falei com as mãos no vidro da porta e ele me puxou pela cintura.

Saímos porta e todo miraram as câmeras para nós. Uma enxurrada de perguntas fotos e gritaria.

  - Deixem-nos em paz! - Justin mandou, sua voz grossa.

Duncan abriu a porta para nós e eu me joguei dentro do carro, sendo seguida por Justin. Suspiramos teatralmente e rimos depois. Só ele era capaz de me fazer rir num momento desses.

  - Obrigada, amor. - falei e ele me olhou sorrindo.

  - Repete. - pediu, me puxando para o seu colo.

  - Repetir o que? Obrigada?

  - Não! Você me chamando de amor.

  - Meu Deus! Você é muito gay! - exclamei e ele riu.

  - Podemos ir direto para casa antes de ir buscar as crianças e eu te mostro como sou gay. - falou e eu corei, sabendo que Duncan podia ouvir tudo. Ele sorriu malicioso.

  - Proposta tentadora, mas eu quero meus bebês comigo, amor. - ele sorriu.

  - Vamos ter tempo de sobra no Canadá. - beijou meu pescoço e eu me curvei, o abraçando.

  - Essa viajem será ótima.

  - Com certeza! Às crianças vão ficar apaixonadas.

Passamos o resto do caminho até a escola das crianças abraçados, conversando sobre nossa viajem, e ele me fazia rir e esquecer o que estava acontecendo no mundo. Porém, não foi por muito tempo, já que assim que descemos na escola de Mellanie e Jake, mais ou menos, cinco paparazzis estavam nos aguardando. Eu fui até a sala deles, e Justin até a diretoria, avisar que iríamos viajar e que eles faltariam nesses últimos dias e que, provavelmente, faltariam nos primeiros dias de quando voltarem às aulas. Esperei-o para poder sair, pois não sabia o que fazer. Não queria aqueles abutres em cima deles.

  - Mamãe, o que é aquilo? - Mel perguntou, apontando para o portão, aonde eles apontavam suas maquinas para nós.

  - Querida, está acontecendo coisas... Ruins. Envolvendo a mamãe. Eu quero que não ligue para o que escutar e não pare ao passarmos por eles, tudo bem? - ela assentiu. - Tudo bem, pequenino? - Jake assentiu, pulando no meu colo e eu o abracei forte. - Eu amo vocês. - falei, acariciando os fios extremamente loiros de Jake, e beijei a testa de Mellanie.

  - Pai! - Mel gritou, pulando no colo de Justin, que a pegou em um movimento rápido e sorriu encantado com ela. Era impossível não se encantar com Mellanie. Mesmo eu e Justin, que já éramos acostumados com ela, ainda caiamos em suas graças.

  - Vocês querem passar para comer algo? Ou é melhor comprarmos e comermos em casa? - ele perguntou, olhando para mim.

  - Acho que é melhor comermos em casa. Sabe, até tudo isso se resolver.

  - Claro.

  - Quero pizza! - Mel pediu.

  - Pizza! - Jake gritou, se agitando em meus braços.

  - Pizza, então. - Justin puxou minha mão em direção ao portão e os dois seguranças, que faziam a segurança de Mellanie e Jacob, nos guiaram até o carro, escondendo os rostos de nossos filhos em nossos ombros. Ali era bem menos que na frente dos dois prédios, mas ainda assim incomodava, e para Jake aquilo estava sendo ainda pior.

Duncan passou em um lugar para comprarmos as pizzas e, dentro de meia hora, estávamos em casa. No portão do meu apartamento também tinha alguns fotógrafos, mas ainda menos do que teria se fossemos para o de Justin. Suspirei ao entrar em minha casa, sabendo que não teria mais como tirarem fotos. Mellanie subiu para tomar banho e eu fiz o mesmo, levando Jake comigo. Dei um banho nele comigo mesmo e depois o entreguei a Justin, que o secou e trocou.

  - Agora você pode dar um banho em mim.

  - Acho que você é bem grandinho para isso. - ele fez bico. - E nossos filhos estão em casa.

  - O que tem de mais? Você acha que Mellanie não sabe que nós fodemos?

  - Justin, você é tão inapropriado.

  - Falou à mulher que está nua.

  - Se não gostou fecha a porta. - dei de ombros e ele riu, vindo até mim. Em um movimento rápido ele tirou a calça social que ainda estava nele e entrou no Box, prensando-me na parede.

  - Eu te quero.

  - De noite, depois que as crianças dormirem.

  - Não posso esperar.

  - Pode sim. - ele negou e colou seus lábios nos meus começando um beijo rápido e feroz.

  - Não posso.

  - Não temos tempo. - murmurei, porém, levei minha mão até seu pênis e ele riu.

  - Me chupa. - pediu manhoso e eu ri.

  - Não vai pegar bem se sua filha entrar aqui e me ver de joelhos, na sua frente. - murmurei sarcástica, massageando o pau dele.

  - Eu tranquei a porta do quarto. - sorriu e eu fiz o mesmo, descendo ainda encostada na parede e ele me olhava atento.

Comecei a masturba-lo e ele mordeu o lábio, olhando para mim. Seu olhar queimava luxuria. Beijei a cabecinha, passando a língua, e desci a mesma por toda a extensão, chupando de levinho.

...

  - E ae, vamos comer? - Justin perguntou animado, pegando Jake no colo e o jogando para cima.

Mellanie gargalhou e eu franzi o cenho.

  - O que foi?

  - Tia Jazzy disse que quando vocês aparecessem animados desse jeito é porque tinham fodido. - abri a boca e arregalei os olhos, sentindo meu rosto ficar vermelho.

  - Sua mãe fez um ótimo trabalho. - Justin piscou, roubando um selinho meu e eu fiquei ainda mais vermelha.

Meu Deus, esse povo falava demais. Olhe o que minha filha sabe!

  - Mãe, você está bem?

  - Eu... Meu Deus, o mundo está perdido!

Justin gargalhou, pegando as caixas de pizza e levou para a sala. Peguei o refrigerante e sua cerveja e levei. Todos nos ajeitamos no sofá. Eu sentei as pernas esticadas em cima do colo de Justin, Jake em meu colo e Mellanie estirada no tapete felpudo. Ela escolheu um filme de comédia-romântica com Josh Druhamel, e eu me sentia leve. Justin massageava meus pés e Jake deitou em meu peito, brincando com uma mecha de cabelo meu, enquanto eu acariciava sua barriguinha.

Aquilo fazia toda essa bagunça valer a pena. Eu nunca desistiria disso, nem com o mundo contra mim.

  - Registrado! - me assustei com a voz de Jullie vindo do lado. Ela estava quase na minha frente e eu não a vi.

  - Ju. - sorri.

  - Você está bem? - perguntou, beijando minha testa.

  - Sim. - assenti, sorrindo de lado. - Isso faz tudo valer a pena. - ela sorriu, me mostrando a foto que tirara. Eu estava olhando para Jake e mal percebera. A foto ficara linda. Sorri abertamente.

  - Já postei.

  - Ju!

  - Anne, quanto mais mostrarmos que somos essa família perfeita, melhor. - Justin falou. - Cadê o Charles?

  - O tio não veio? - Mel perguntou, ansiosa. Ela era apaixonada por Chaz.

  - Neto Olida! - Jake gritou, batendo palmas e eu ri. Chris adorava chamar Chaz de boneco de Olinda por ele ser grandão. Até perto de Justin, que já não é o homem mais alto que existe, era engraçado. Justin era bem baixo perto dele.

  - Enquanto o bonitinho está aqui, Chaz está lá trabalhando feito um camelo. Aquele idiota!

  - Eu não pedi pra ele ficar não! Quem ia ficar era Ryan e Christian!

  - Quistian! - Jake gritou e nós rimos. - Tio Mala! - gargalhei.

  - Mala? - Justin perguntou confuso.

  - Ryan é tipo um cara protetor demais. Chaz o chama de mala, e Jake pegou isso.

  - Jake! - ri.

  - Pare de gritar, pirralhinho! - Justin brincou, pegando Jacob e beijando a bochecha dele.

  - Gritar! - gritou de novo e eu ri.

  - Anne, esse menino vai ficar sem voz. - Jullie brincou e eu sorri.

Justin brincava com Jake, enquanto meu bebê apertava suas bochechas, fazendo Justin sorrir.

  - Papá. - falou lentamente, beijando o nariz de Justin.

  - Eles são lindos e fofos. - Jullie murmurou em meu ouvido.

  - A razão do meu viver. - sorri, olhando para os dois risonhos. - Igual a você, vadia!

  - Ai eu sei amiga! - me abraçou, sentando-se em meu colo. - Você viu como ficamos lindas naquelas fotos da revista? Gente, divei demais! - falou animada. - Até queriam me entrevistar no portão! Sou uma celebridade! - gargalhei.

  - Te amo.

  - Eu sei! Se não me amasse seria a surpresa. - riu. - Agora que estou famosa, estava pensando em colocar um mega hair poderoso assim. Mais loira, um pouco mais de brilho. - mexeu nos cabelos.

  - Jullie, não estraga mais. Você já é feia!

  - Ah, olha quem fala! Bieber, tu é feio que dói!

  - Jullie, contar mentiras que é feio! - repreendeu e eu ri.

  - Mellanie, diga ao seu pai para ele se por no lugar dele. - não obteve resposta. Todos nós olhamos para o chão e Mellanie dormia. Rimos e Jullie saiu do meu colo. - Vou levá-la para o quarto.

  - Tem certeza? Eu posso levá-la. - Justin se oferece, mas ela já estava pegando a menina.

  - Eu levo. - deu de ombros.

  - Amor, o que acha de chamarmos Jullie para ir com a gente? - perguntei, vendo-a sumir pela escada.

  - Claro. Se você vai ficar feliz.

  - Ia ser legal todo mundo junto, as crianças estão acostumadas com a presença deles. - ele sorriu. - Chaz e Ryan vão para o Canadá, né?

  - Sim, vão... Acho que Christian vai passar em Atlanta com a família; Caitlin vai vir do Japão para passar o natal com eles.

  - Caitlin...? - arqueei a sobrancelha.

  - Irmã dele. Ela é modelo, vive no Japão.

  - E você já teve algo com ela?

  - Não... - ele olhou para mim e eu o encarava desconfiada, então continuou. - Foi nada importante. - completou, sorrindo amarelo.

  - Aham...

  - Ela vai estar em um país e eu em outro. Ah, não podemos esquecer-nos de Mark. Nunca me esqueço de Mark!

  - Outro de seus amantes? - perguntei sarcástica e ele riu sem humor.

  - Há, amorzinho! Ele é o marido dela, e tem mãos enormes e... Perigosas. - murmurou e eu gargalhei.

  - Você apanhou dele?

  - Talvez.

  - Papá apanho! - Jake falou rindo e eu gargalhei. - Faco! - falou a palavra errada e Justin o encarou incrédulo.

  - Eu vou te mostrar o fraco! - falou e começou a fazer cosquinhas no mini Justin em seu colo, que gargalhava de uma maneira gostosa de ouvir, misturando-se a de Justin.

Levantei-me, pretendendo ir ver Mellanie, e dei a volta no sofá, acariciando os cabelos de Justin e beijei sua bochecha, correndo para a escada.

  - Gostosa! - gritou e eu ri.

  - Tosa! - Jake o imitou e escutei Justin fingir-se de bravo com ele, antes de sumir no andar de cima:

  - Olha a falta de respeito menino! Isso é privilegio meu!

Guiei-me até o quarto de Mellanie e encontrei Jullie ajeitando o cobertor sobre minha menina. Ela beijou a testa da menina e se virou para mim.

  - Prontinho.

  - Obrigada.

Parei ao lado da cama de Mellanie, observando seu sono. Seu rosto sereno, calmo. Sua boca esboçava um pequeno sorriso de lado, demonstrando os bons sonhos que estava tendo. Eu não queria que tudo o que estava acontecendo caísse sobre ela e Jacob. Eles eram tão novos para passar por isso. Tão frágeis para suportar o peso de meus atos. Quanto mais rápido saíssemos desse país, melhor. Eu não fugia por mim, por medo das pessoas; fugia por meus filhos. Só me sentiria em paz quando tivesse a certeza de que eles estariam. Eles e Justin, pois Justin também era o que mais me importava no momento. O que pensaria de um renomado empresário com tudo isso em suas costas? E se sua credibilidade fosse questionada por isso? Se ele prejudicasse tudo o que conquistou por estar comigo? Eu não queria que nada disso acontecesse, e esperava poder resolver tudo. Esperaria as férias acabarem, e tudo se acalmar. E então me pronunciaria sobre o caso. Eles saberiam tudo, eu não faria questão de esconder. Não só por mim, que talvez fosse fraca demais para suportar a frieza das pessoas para comigo, mas por minha família e todos que me cercavam. Sabia que cairia sobre eles também.

Passei a ponta de meus dedos por seu rostinho delicado e desci por seus cabelos louros acinzentados. Beijei sua testa e murmurei um "Boa noite".

Sai do quarto com Jullie, que me olhava silencio.

  - Ai, amiga, você está arrasada! - exclamou, puxando-me para um abraço apertado. - Tudo vai ficar bem. - falou em meu ouvido, afagando meus cabelos e eu assenti.

  - Eu sei. Obrigada.

  - Não agradeça! Sou sua melhor amiga, minha obrigação é te apoiar sempre que precisar. - assenti, me separando dela e olhando para seu rosto, um leve sorriso em seus lábios. - E você me deixou famosa, bobinha!

  - Deus, só você para se alegrar com esse tipo de fama!

  - Fale bem ou falem mal, mas falem de mim! - sorri, a abraçando novamente e beijando sua bochecha.

  - Tosa! - escutei a voz de Jake e sorri, separando-me de Jullie.

  - Justin! - exclamei o repreendendo e ele deu de ombros, sorrindo abertamente.

  - Tosa, tia Jullie! - exclamou, batendo palmas.

  - Finalmente seu pai te ensinou algo que preste! - ela exclamou, pegando ele no colo e seguindo para a escada. - Vamos achar os doces que sua mãe esconde.

Antes que eu pudesse ir atrás dela, Justin puxou meu braço, colando nossos corpos.

  - Deixe-a cuidar dele.

  - Ela vai entupir ele de doce.

  - E eu quero me entupir de você.

  - Isso foi péssimo!

  - Mas meus beijos são ótimos. - me puxou pela cintura, sorrindo.

  - São mesmo. - confirmei, passando meus braços por seu pescoço e ele diminuiu a distância entre nós, colando nossas bocas.

...

  - Justin, deixe-a em paz para vir me ajudar! - mandei, gritando do quarto de Mellanie.

Os dois corriam pelo apartamento, gritando o como a viajem seria incrível e que iriam fazer guerra de bolas de neve e mais um bilhão de coisas. Eles estavam super empolgados. Porém, eu me encarregava de fazer as malas, sozinha. Se depois Mellanie viesse reclamar por eu não ter posto alguma peça que ela gosta, ela vai ficar sem, e ainda de castigo.

  - Mãe, a blusa roxa, não esquece! - gritou ao passar pela porta de seu quarto, quando eu estava fechando a mala.

  - Mellanie, vou fazer você andar pelada naquele frio do Canadá se não parar quieta e vir aqui ver o que quer levar!

  - Mãe, não posso andar pelada! - exclamou, parando na porta do quarto, indignada.

  - Então pare de agir como um animal, vulgo seu pai, e venha aqui. - falei e ela bufou.

  - Animal? - Justin apareceu atrás dela, com a sobrancelha arqueada.

  - Venha, Mellanie!

  - Ai, tá bom! - bufou, indo até seu closet e eu sorri vitoriosa.

  - E você - me virei para Justin -, cadê suas malas?

  - Jade já as fez e as mandará com Duncan.

  - Nem para isso você presta, Justin? - perguntei, indo para o meu quarto.

  - Nossa, Anne! O que te deu? Até parece que não cuidei de você, noite passada. - resmungou como uma criança emburrada, seguindo-me.

  - Justin... Em algumas horas eu estarei em um avião, indo ver sua família, após aquela revista ter sido publicada.

  - Não entendi. O problema é seu medo de avião, reencontrar minha família, ou a revista ainda te perturba? Se for isso, já disse que meu assessor cuidou de tudo e não existe nenhuma cópia pelo mundo.

  - Primeiro: não tenho medo de avião; segundo: sim, eu estou receosa sobre encontrar a sua mãe; terceiro: A PORRA DA REVISTA FOI VISTA PELO MUNDO INTEIRO?!

  - Essa é sua mala? - desconversou e apontou a mala vazia, com um monte de roupas jogadas ao redor.

  - Ah, não! Jacob! - bufei. - Me ajuda? - virei para ele, sorrindo inocentemente.

  - Anne, tenho uma puta vontade de te mandar se foder! - exclamou e eu sorri ainda mais fofa. - Mas não posso resistir a esse seu sorriso. - sorriu bobo e eu o abracei. - Vamos logo.

Ele me ajudou a redobrar as coisas e colocar tudo na mala. Jacob havia feito aquilo na surdina, antes de eu dar de mamar para ele e o fazer dormir. Era um sapeca!

  - Chegamos à parte que me interessa. - sorriu safado, vendo-me abrir a gaveta de lingeries. - Pode deixar, com licença.

Ele me afastou e começou a remexer na gaveta. Olhava uma, olhava outra; dispensava as maiores e sorria com as minúsculas. Escolhia lingeries provocantes e sexys, dizendo como nossas noites seriam, e o que ele faria comigo quando me visse com elas. Eu ficava quietinha, observando e sorrindo. Pensava se aquela era uma situação banal para outros casais, ou se era algo apenas meu e dele. Era um pouco estranho, mas também era sexy. Ele dizia cada coisa que eu chegava a corar. Também desenterrava coisas que eu mal me lembrava, e me fazia rir como uma tonta.

  - Amor, talvez tenhamos que passar na Victoria's Secrets, quando chegarmos ao Canadá. Você só tem uma lingerie vermelha! - falou abismado e eu sorri.

  - Nossa, que trágico!

  - Você faz pouco caso porque não sabe o como uma lingerie pode ficar em seu corpo, tampouco os efeitos que causa em mim.

  - Eu sei dos efeitos que causo em você. - falei, sorrindo maliciosa e me aproximei dele, abaixando para ficar a sua altura. Ele se encontrava ajoelhado de frente a minha gaveta. - São muitos. - falei, acariciando sua nuca e o senti estremecer. Sorri.

  - São. - assentiu, se virando para mim e tomando minha boca. Cai de bunda no chão do closet, ele por cima de mim, sem parar de me beijar.

  - Mãe! Pai! Que nojo! Meu Deus! - Justin desgrudou nossas bocas, sem se afastar, e riu baixinho, olhando para mim. Ele me deu um último selinho, antes de levantar e olhar para Mellanie.

  - Fala, princesa.

  - Vim avisar que terminei minha mala. - murmurou, olhando para mim ainda deitada no chão, agora apoiada nos cotovelos. - Vocês são nojentos.

  - Acha que nasceu como? - Justin tocou a ponta do nariz dela com o dedo e piscou. - Agora, vai! Tenho que conversar com a sua mãe. - a fez virar, empurrando pela porta do closet.

  - Justin! - exclamei quando ele veio de encontro a mim, tomando minha boca rapidamente.

  - Arg! Esperam eu sair do quarto pelo menos!

  - Está muito devagar. - Justin rebateu e eu dei um tapa em sua nuca, o puxando para mim enquanto riamos a engatávamos outro beijo.

 

   - Prontas? - Justin perguntou, com Jake em seu colo, bagunçando seu topete perfeito. Quer dizer... Não mais tão perfeito.

  - Mel? - ela assentiu, sorrindo do tamanho do mundo. - Tudo certo. - assenti e então sorrimos.


Notas Finais


E ai? O que acharam? Estava na hora de tudo ser revelado, afinal, tudo tem consequências, não? Bom eu voltei rápido, e espero continuar assim. Só não voltei antes pq esse ano está sendo mais puxando que o anterior. Essa é a segunda semana de aula e eu já tive dois seminários, alguns deveres de HTML, e amanhã tenho prova de física (estou completamente perdida nessa matéria gente!!!!). Em fim, vou tentar voltar até sábado, okay?

E, gente, o que é esse filme do 50 tons???? Ao mesmo tempo em que eu achei um filme super precário, um pouco mal feito, não sei (só eu achei que tem coisas que acontecem muito de repente e outras parecem que só foram jogadas no filme?), eu simplesmente me apaixonei por ele (apesar de não conseguir olhar nas partes finais (quem assistiu deve saber de que parte estou falando), eu nunca permitiria aquilo, nem que o homem fosse o Justin e ele estivesse super mega ultra enfeitiçado por mim), e já assisti duas vezes (sim, matei aula para ir assistir pela segunda vez, mas foda-se). Minha mãe até ficou me ignorando pq ela não gostou de eu ter ido assistir isso, muito menos duas vezes (sim, eu conto para ela sobre quando mato aula, ou qualquer coisa assim). A trilha sonora é a melhor coisa que já ouvi (okay, exagerei um pouco, mas é muito boa), e o Jamie está ainda mais maravilhoso do que estava em Once Upon A Time (sim, eu assisto OUAT e sempre fui apaixonadinha pelo Graham). Eu tenho quase certeza que esse será um filme tipo Amizade Colorida (meu filme preferido ever) para mim, eu posso assistir mil vezes, decorar as falas, mas nunca vou me cansar. E admito, minha parte preferida do filme é o começo, quando ele sai para correr e ela tá andando no estacionamento, sabe? Agora me perguntem, qual o meu problema? E por que uma cena tão nada a ver é a minha preferida? Não sei, só sei que tem alguma coisa nessa cena que é o que me chama para o filme.

Em fim, espero que tenham gostado, obrigada por comentários, favoritos e tudo. Eu amo vocês! Bye!!!


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