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História Forbidden Love - Welcome to Stratford!


Escrita por: SahKatrina

Notas do Autor


Enjoy!





(Ignorem a capa caso esteja muito ruim... Foi feita por mim e perdi totalmente o jeito com o Photoshop)

Capítulo 62 - Welcome to Stratford!


Fanfic / Fanfiction Forbidden Love - Welcome to Stratford!

Anne Marie P.O.V.

Aconcheguei Mellanie em meu colo, apoiando minha cabeça na parede do avião. Ela havia custado a dormir. Como eu, também tinha medo de voar. Demorara a fazê-la dormir.

  - Tudo bem?

  - Sim. - sorri, acariciando sua mão. - Ela tem medo de voar.

  - Nossa.

  - Você falou com Pattie? Ela sabe que estamos chegando?

  - Sim. Só não falei de Mellanie e Jake.

  - Justin... - Eu teria que falar que ela já sabia da existência desses. - Sabe...

  - Anne, por favor, o que houve?

  - Pattie já sabe das crianças. - despejei tudo rapidamente e ele me olhou com o cenho franzido.

  - Como assim?

  - Eu precisei contar a ela quando veio visitar Jazmyn. Não foi planejado.

  - E ela nunca me contou? Como... Como vocês puderam?

  - Justin, eu pedi a ela para não contar, por favor, não a julgue.

  - Como pode pedir a minha mãe para esconder algo assim de mim? Anne, você é maluca!

  - Justin! - exclamei, repreendendo-o.

  - Não, não! Você é uma maluca! Como pôde envolver a minha mãe nisso?

  - Naquela época eu ainda achava que você era um canalha, a culpa não é minha.

  - Ah, claro que não! Apenas eu sou o culpado, não é? - levantou irritado.

Ele caminhou nervoso até onde Jake estava dormindo, e se sentou na poltrona ao lado, encarando o bebê, que já não era tão bebê assim. Pensei que ele falaria algo, faria algo, mas não. Ele permaneceu quieto, acariciando os cabelos louros de Jacob. Parecia extremamente pensativo. Nas horas que se seguiram, após eu cair no sono, senti que ele veio até mim e tirou Mellanie do meu colo, mas não expressou nenhum tipo de carinho. Ele havia ficado magoado comigo e eu odiava isso. Não queria que ele se sentisse mal, porém, eu também não podia mudar fatos do passado. Nós dois erramos.

O vôo era extenso, e eu ao menos conseguia dormir direito. Quando acordei, Justin não estava mais ali, então pensei que estivesse no quarto. Eu nunca vira um avião assim. Caminhei até o pequeno quarto, porém, luxuoso, e vi a cena mais bela de todos os tempos. Justin deitado entre Mellanie e Jacob. Ele não dormia, apenas olhava para o teto.

  - Amor... - chamei cautelosa e ele olhou para mim, mas seu olhar parecia longe. - Está chateado comigo?

  - Não. - deu de ombros, voltando a olhar para o teto.

  - Você poderia ficar comigo um pouquinho? Sabe que odeio voar. - murmurei.

  - Por que não dorme?

  - Porque está chateado comigo.

  - Já disse que não.

  - E está mentindo.

  - Anne.

  - Por favor.

  - Okay. - murmurou, levantando-se com cuidado para não acordar as crianças, e caminhou até mim. Sorri e o puxei pela mão, trazendo-o para a parte da frente do avião, e o sentei em uma poltrona. Sentei em seu colo e, por mais que parecesse hesitar, ele passou seus braços por mim, aconchegando-me.

  - Eu te amo. - sussurrei, desenhando linhas imaginárias sobre o suéter que ele usava.

  - Eu também. - deu de ombros e eu levantei minha cabeça indignada.

  - Jura que vai ficar assim por aquilo?

  - Anne...

  - Você é um idiota!

  - Deus, mulher! Deixe-me pensar um pouco. - pediu e eu bufei.

Beijei seu pescoço, pensando em como tentar convencê-lo a me perdoar em um avião seria bom, e ele tentou me afastar. Chupei sua pele branca e ele suspirou. Subi meus beijos até seu rosto e distribui alguns por sua bochecha, maxilar, até chegar aos lábios. Ele olhou em meus olhos, antes de eu atacar sua boca com a minha. Ele correspondeu ao beijo e eu agradeci. Ao menos isso! Suas mãos apertaram onde estavam repousadas e eu arfei contra sua boca.

  - Te amo - sussurrei, entorpecida com a sensação de tê-lo por perto, e minhas mãos entraram por debaixo de sua camiseta.

  - As crianças estão ali. - falou sério.

  - Vai negar a mim?

  - Não acho que aqui seja a melhor hora. - deu de ombros, tentando novamente me tirar de cima de si. - Anne, por favor, eu quero beber algo.

  - Sinceramente, não acredito que esteja me negando apenas por estar chateado.

  - Não estou chateado.

Levantei, bufando, e segui até o banheiro. Lavei o rosto e a nuca e me encarei no espelho.

Justin Bieber P.O.V.

Peguei um copo e coloquei algumas pedras de gelo, enchendo-o com a bebida amarela. Não acreditava na minha força de vontade para negar Anne. Eu havia conseguido. Havia provado a mim mesmo que não dependia dela, nem de seu corpo, nem do sexo.

Estava com a cabeça fervilhando. Minha mãe sabia todo esse tempo que eu era pai, e em momento algum ela me contou. Eu entendo que tenha sido um pedido de Anne, e que ela também não estava totalmente errada, mas Pattie é minha mãe, não podia ter me escondido algo assim. Como ela pode me visitar naquele tempo e fingir que era alheia a tudo? Como Anne conseguiu tornar todos a minha volta seus parceiros em algo tão grande? Eu passei meses sofrendo para reconquistá-los. E passei anos sofrendo ao lado de Tracy. Se eu soubesse de Jacob, provavelmente, tudo seria diferente.

Virei-me em direção a porta do banheiro ao escutar Anne fingir uma tosse, e quase cuspi todo o líquido em minha boca ao vê-la totalmente nua, apoiada ao batente da porta. Foi como se tudo se desligasse em meu cérebro. Meu Deus, que mulher. Eu sabia de cor cada parte daquele corpo, mas ainda assim, ficava bobo sempre que o via. Anne era uma mulher incrível, linda e maravilhosa. Acho que nunca conheceria outra igual.

  - Anne...

  - Não vá me dizer que não me quer. - falou, sorrindo sedutora.

Okay! Eu, com certeza, nunca conheceria igual.

Senti meu membro começar a dar sinal que estava ficando animado e respirei fundo, tomando um longo gole da minha bebida. Eu parecia um adolescente virgem perto de Anne.

  - Vá se vestir. - pedi com o máximo de força que tinha e ela me olhou com a sobrancelha arqueada.

  - Jura? - parecia indignada.

  - Hã... Sim.

  - Deus! Agora eu fiquei parecendo uma completa vadia. Obrigada! - exclamou, virando-se de costas, e em seguida abaixando para pegar as roupas no chão do banheiro. Sua bunda empinada, redondinha, grande. Comecei a caminhar até ela para apertá-la. Eu estava pronto para desistir de tudo, quando o choro de Jake veio do quarto. Respirei fundo, virando o resto da bebida, e coloquei o copo sobre a mesa, mudando meus passos de direção.

Ela iria ficar puta.

  - Ei, pequeno. - falei, pegando-o no colo, tirando-o logo dali para não acordar Mellanie.

  - Mamã. - falou sonolento.

  - Está com fome, amor?

  - Mamã.

  - Anne, eu acho que ele quer o peito.

  - Eu já estou indo. - falou, e logo ela apareceu já vestida. Tinha de admitir que ficava decepcionado por vê-la vestida. Por mim, Anne poderia passar o dia completamente nua e eu não ligaria.

Ela pegou Jake de meu colo e se sentou longe de mim. Suspirei e beijei a cabecinha de Jake, antes de voltar ao pequeno quarto e me deitar ao lado de Mellanie. Ela se aconchegou em meu peito e eu sorri, beijando o topo de sua cabeça, que cheirava a frutas vermelhas. Faltava pouco tempo para pousarmos, talvez menos de uma hora, e eu tinha passado a viagem inteira acordado. Estava chateado com Anne, mas não conseguiria ficar por muito tempo.

Estava pensando em tudo o que eu tinha que fazer assim que pousássemos em Stratford. Eu havia visto algumas casas na cidade, e talvez fosse comprar uma delas. Jazmyn havia me falado que alguns jornalistas haviam ido até minha família para tentar obter alguma informação, e eu sabia que, assim que chegássemos, eles não nos dariam sossego. Precisava proteger minha família, e iria comprar uma casa mais afastada, e no nome de Ryan, para não me acharem.

Não demorou muito para que pousássemos, e a única coisa que passava por minha mente era Anne lá na frente, sozinha, enquanto o avião descia. Ela gostava de apertar minha mão quando isso acontecia. Tentei acordar Mellanie, porém era praticamente impossível, portanto saí, sentando-me ao lado de Anne. Levemente peguei sua mão, e a apertei, sentindo seu corpo rígido enquanto o avião descia. Ela mordeu o lábio, tentando, em um ato falho, conter um sorriso e eu dei de ombros.

 

Sorri abertamente, vendo Jazmyn na pista do pequeno aeroporto rural nos esperando, assim que desci as escadas.

  - Justin! - gritou, correndo até mim, que estava no fim da escada, com Mellanie em meu colo, e se jogou em mim. - Finalmente! - exclamou, beijando Mel, que acordava aos poucos pelo escândalo.

Estava amanhecendo em Ontário, e um fraco sol se sobre saia sobre a neve. Sentia saudades do meu país.

  - Bora? - assenti.

  - Papai... - Mel sussurrou, se apertando mais em mim, e escondendo o rosto em meu pescoço.

  - Chegamos, querida. - Anne falou carinhosa. Eu sentia vontade de agarrá-la e não soltar nunca mais quando ela agia assim. Era uma mãe exemplar.

  - Na casa da vovó? - perguntou sonolenta.

  - Em Ontário, no meio do nada. - Jazmyn corrigiu. - Estamos quase lá. - falou, pegando Mellanie do meu colo. - Vamos, o tio Jaxon está no carro.

  - Tio Jaxon? - Jazmyn assentiu, enquanto começava a falar de Jaxon para ela, e eu me virei para Anne, observando cada detalhe dela naquela luz fraquinha que o sol jogava sobre ela.

  - Bem vinda à Stratford. Ou quase. - murmurei e ela me lançou um sorriso de lado, falso, junto a um olhar matador. - Er... Quer me dar o Jake?

  - Não, não precisa. Muito obrigada, amorzinho. - foi sarcástica e me deixou falando sozinho, enquanto ia em direção ao carro.

Balancei a cabeça, e segui também, vendo o funcionário do aeroporto colocar a ultima mala, rosa e com borboletas de Mellanie, no porta-malas.

  - Então, você é meu tio?

  - E você é minha sobrinha? - Jaxon arqueou uma das sobrancelhas e sorriu. Ele estava dirigindo.

  - Já está dirigido, pirralho? - perguntei em tom zombateiro e ele revirou os olhos.

  - E você já é pai. - falou rindo. - Papai vai ficar louco.

Dei de ombros, tirando-o do banco do motorista e o mesmo bufou, indo para o banco de trás junto a Jazmyn, Mellanie e Jacob. Dei partida e logo estávamos na pista para Stratford. O percurso não demorou muito, Mellanie parecia ter acordado de vez, e agora cantava para todos nós. Jacob não acordava nem por um decreto e Anne parecia agradecer isso. Ela não direcionava sua palavra a mim, nem mesmo um olhar. Estava brava comigo. Ficaria ainda mais quando eu tivesse que deixá-la para ir visitar a casa. Seria uma surpresa.

Eu apontava para Mellanie os lugares mais marcantes de minha infância assim que começamos a entrar na cidade, e suspirei ao parar de frente a casa de minha mãe. Não passara minha infância nela, mas ela me trazia boas lembranças. Jazmyn saiu rapidamente, puxando Mellanie, e pegou Jake em seguida. Jaxon desceu e quando Anne ia fazer o mesmo, impedi.

  - Justin, por favor, me solte. - pediu, rangendo os dentes.

  - Anne...

  - Me deixe. - pediu, dando um tranco forte em seu braço, e desceu do carro.

Bufei, descendo atrás e a puxei novamente, agora a prendendo contra o meu corpo.

  - O que foi? Agora resolveu que não sou repugnante para você?

  - Repugnante? - perguntei com a sobrancelha arqueada. - Anne, eu não te acho repugnante.

  - E me deixou com cara de vadia implorando por atenção por que quis? - Antes que eu pudesse responder ela interrompeu. - Okay, não importa, de qualquer jeito.

  - Olhe, vou sair um pouco, mas logo estou de volta.

  - Acabamos de chegar e você vai me deixar sozinha com a sua família? Justin...

  - Anne, eu volto logo.

  - Ainda está chateado comigo e com sua mãe?

  - Não... Está tudo bem.

  - Não parece que está dizendo a verdade. - resmungou, finalmente parecendo mais tranquila em meus braços.

Talvez ela realmente me conhecesse bem. Eu ainda estava com aquilo na cabeça, mas não era algo que eu sabia que ficaria por muito tempo. Ficar chateado com minha mãe é ruim, mas ficar com Anne era a pior coisa do mundo. Não aguentaria por muito tempo. E aquela não era a minha prioridade. Mas ficar sozinho agora me ajudaria a pensar melhor, também.

  - Eu volto logo. - repeti, beijando o topo de sua cabeça e me soltei dela, voltando para o carro.

  - Filho da mãe! - escutei-a resmungar e sorri, acenando e entrando no carro. 

Acelerei em direção a imobiliária a qual um amigo do meu pai era sócio, e em minutos estava de frente a ela. Tudo naquela cidade era perto, sem transito, sem stress e conhecido. Eu adorava aquilo.

Anne Marie P.O.V.

Respirei fundo antes de pisar dentro da casa de Pattie. Eu não estava preparada para reencontrar todos. Como ia explicar a todo mundo os meus filhos? Como ia explicar aquela revista? E meu passado? Eu não estava nem um pouco pronta.

  - Nossos parentes vão chegar à próxima semana, fique tranquila. - Jaxon apareceu ao meu lado, e eu pulei de susto. - Desculpe. - sorriu.

  - Não foi nada. - suspirei. - Quem tanto está aqui? - perguntei receosa e ele gargalhou.

  - Pattie, Diane e Jeremy. Bruce foi ao mercado.

  - Melhor.

  - Então - começou -, Mellanie é legal. - sorri amarelo.

  - Desculpe não ter contado para você, Jaxon.

  - Ah, eu não me importo com isso. - riu levemente. - Mas eu gostei deles, e os outros também.

  - Será? E se eles me acharem uma megera por tê-los escondido?

  - Ah, é provável. - arregalei os olhos. - Eu estou brincando! - exclamou rindo. - Todos entenderam o motivo. Justin sempre foi um idiota. - deu de ombros.

  - Vocês sabem?

  - Mamãe contou a todos. Está contando, na verdade. - tirou o casaco. - Ela não quer que ninguém tenha uma má ideia sua.

  - Pattie é um anjo.

Ele apenas concordou. E eu não pude deixar de imaginar se aquela revista realmente chegara aqui.

  - A revista...?

  - Sim. Mas depois mamãe às recolheu das bancas de jornal. De toda a cidade. - olhei surpresa para ele. - E eu servi de ajudante. - parecia lamentar. - Acho que poucas pessoas leram.

  - Graças a Deus.

  - Aqueles lances... Era verdade? - a curiosidade em sua voz era quase palpável.

  - Sim. - dei de ombros. - Acho que não fui um exemplo de pessoa. - sorri sem graça.

  - Eu curti. Essa coisa de garota má é sexy. - piscou e eu gargalhei.

Acabei chamando a atenção de Pattie, que veio me buscar, querendo que todos me vissem. Diane estava na sala, de frente a lareira, sendo arrebatada pelos encantos de Mellanie, e Jeremy segurava Jake, que agora dormia confortável nos braços do avô. Ele babava no primeiro neto homem. Para homens isso é uma grande coisa, certo? Eu não entedia, mas ele demonstrava que sim.

  - Anne, querida. - Diane sorriu para mim.

  - Ei, Diane. - sorri, indo até ela e beijando seu rosto após um abraço afetuoso. - Que saudade.

  - Anne! - Jeremy saudou e eu fui até ele, beijando seu rosto e acariciando Jacob. - Ele é um garotão lindo! - exclamou, maravilhado. - E ela uma princesa. - sorri.

Eles pareciam ter apreciado a ideia de netos e bisnetos mais rápido do que eu poderia imaginar.

  - Mellanie estava me contando sobre a sua escola. - Diane contou, sorrindo levemente e eu suspirei, sorrindo junto.

  - Ela odeia a escola. - comentei e Mel deu de ombros.

  - Odeio mesmo. - confirmou e nós rimos.

Sentei-me em uma cadeira reclinável e Jazzy veio se sentar em meu colo, enquanto víamos Mellanie interagir com Diane, como se a conhecesse por anos. E Jeremy e Jaxon babarem em Jake, que acordava aos poucos. Após um bom tempo ali, Pattie me levou para a cozinha com ela e nós permanecemos em silencio por alguns minutos, enquanto ela preparava algumas coisas para comermos.

  - Eu contei a Justin. - comecei e ela me olhou surpresa. - Ele ficou magoado conosco, Pattie. Ele nem entrou.

  - Querida, uma coisa sobre ele: quando está magoado ou irritado, ele gosta de ficar sozinho. Ele gosta de poder pensar. E geralmente é em um lugar calmo. Provavelmente, ele foi procurar esse lugar. - assenti.

  - Eu só não queria ter o magoado. Hoje, vendo tudo de uma maneira mais ampla, vejo o como fui idiota. Eu nunca devia ter escondido nada dele.

  - Eu pedi para que você contasse, Anne. Mas, posso entender seus motivos. Agora você não pode simplesmente se martirizar por tudo isso.

  - Papai! - escutei a voz de Mellanie e em seguida a de Justin. Ele havia voltado.

  - Ei, babe. - ele estava beijando sua testa quando eu entrei na sala. - Vovó. - ele se abaixou e abraçou sua avó, beijando seu rosto em seguida.

  - Lindos filhos, querido. - ela sorriu para ele, e o mesmo assentiu, sorrindo.

  - São meus; não podia ser diferente. - piscou.

Ele se dirigiu para o pai, e ali ficou. Não havia percebido que eu estava o observando. Ele brincava com Jake e Jaxon.

  - Filho! - Pattie exclamou, chamando a atenção dele para a porta e então ele me viu. Mas seu olhar se desviou rapidamente para sua mãe.

  - Ei, mamãe! - ele sorriu, se levantando e a abraçando. - Como a senhora está?

Bom, pelo menos com ela, ele não parecia estar irritado. Após abraçá-la, ele veio até mim. Sua postura ereta e sua expressão séria.

  - Preciso falar com você.  - falou e eu assenti, o seguindo para fora.

Peguei meu casaco antes de sair, e logo estávamos do lado de fora da casa.

  - Podíamos conversar lá dentro, né? Que frio! - murmurei, encolhendo-me dentro do casaco.

  - Eu não queria que ninguém escutasse ainda. - deu de ombros.

  - Escutasse o que?

  - Não vamos ficar aqui. - Parecia empolgado.

  - Como assim? Justin, nós acabamos de chegar!

  - Eu sei. - aproximou-se e laçou minha cintura, puxando- me para ele. - Mas, se você reparar, esse lugar está cheio de fotógrafos. - comentou, olhando ao nosso redor e eu fiz o mesmo, porém, não vi nada. - Nos carros, e tem um em cima de uma árvore. - olhei para ele chocada.

  - Em cima de uma árvore?

  - Aham.

  - Que gente retardada! - exclamei, nervosa. - Odeio saber que eles estão atrás de nós, Justin. - falei, olhando para ele.

  - E é por isso que eu quero te contar algo.

  - Então conte.

  - Meu pai estava cuidando de algumas coisas para mim enquanto eu estava em Nova York. Eu não quero todas essas pessoas aqui, em cima de nós, de nossos filhos, de minha família... É um inferno! - concordei. - Então, comprei uma casa bem afastada daqui, em um condomínio fechado e com um ótimo esquema de segurança. Não é enorme, mas tem quartos suficientes para todos. Eu, você, nossos filhos, amigos e minha família. É muito bonita e reservada e...

  - Ei! Calma... Eu pensei que as festas de natal e ano novo de sua família fossem uma tradição da rua. Todos vêm e se divertem juntos. Não podemos levá-los para longe.

  - E eu já falei com a minha mãe. Ela acertou as coisas com as nossas vizinhas e nada irá mudar, porém, os Bieber não participarão dessa vez. Será só esse ano, até que essa merda toda se ajeite. Eu não quero esses abutres entre nossos filhos e minha família. Lá eles não conseguirão entrar.

  - Que saco, Justin! - me afastei dele, passando minhas mãos frias e quase sem movimentos por meus cabelos. - Está vendo? É isso que eu não queria. Eu não quero todos parando a vida deles por minha causa. Se eu não fosse filha da minha mãe, nada disso estaria acontecendo.

  - Pare com isso, Anne! Minha mãe disse que não se importa. E além do mais, é apenas esse ano. Ano que vem tudo volta ao normal. Minha mãe organiza sua enorme festa, Mellanie e Jacob poderão correr por todo aquele espaço lá atrás com todo o resto das crianças.

  - E sua família? Seus tios e tias, primos e todo aquele pessoal que eu conheci?

  - Eles ainda virão. Alguns tios meus passarão o natal conosco e o ano novo aqui. Outros almoçarão conosco e terão a ceia aqui. Ninguém se importa de mudar a rotina por uma vez. Todos estão de acordo. - me abraçou. - Não se preocupe, por favor.

  - Odeio isso de ninguém conseguir cuidar da própria vida. - murmurei e ele riu levemente.

  - Okay, minha garota revoltada, que tal me beijar agora? - pediu e eu o olhei com a sobrancelha arqueada.

  - Pensei que estive putinho comigo. - comentei e ele sorriu, dando de ombros.

  - Foi só por algum tempo. Sabe que não posso me desentender contigo por muito tempo.

  - Eu sei. - sorri e o puxei, selando nossos lábios.

  - Ah... - me deu mais um beijo rápido. - Por favor, não podemos contar nada ainda. A casa não está totalmente pronta. Tem uma decoradora cuidando de tudo, e estão cuidando de alguns últimos detalhes da extensão que precisei fazer.

  - Tudo bem. Não irei contar. Palavra de escoteira.

  - Não sabia que você foi escoteira. - comentou, beijando minha bochecha.

  - Ah, eu não fui, mas ajuda a enfatizar. - ele riu.

 

A família de Justin começava a chegar à cidade e, com o natal chegando, o número de paparazzis na cidade também aumentavam. Justin não pode conter alguns de seus primos que deram entrevistas apenas para aparecer, e no momento eu estava tendo controlá-lo para não matar um deles.

  - Eu deixei claro, Anne! Eu deixei bem claro: "não falem com eles!". É tão difícil assim entender? - Perguntou, as mãos tapando o rosto.

  - Justin, eles não falaram nada. São apenas adolescentes aproveitando quinze minutos de fama. Por favor, não vamos deixar isso atrapalhar nossas férias. - pedi, ajoelhada no chão a sua frente.

  - Você está certa. Eu não deixarei. Só não entendo o porquê fazer isso.

  - Crianças são sempre crianças.

Assim que ele se acalmou completamente e não tinha mais perigo de atacar um de seus primos ao passar pelo corredor, descemos juntos até a cozinha, aonde Mellanie e Jacob faziam biscoitos com Pattie.

  - Eles não estão enchendo muito seu saco, Pattie? - perguntei, passando a mão pelo rosto sujo de farinha de Jake.

  - Eles são ótimos, Anne. Super educados. - Marta, tia de Justin comentou, respondendo por Pattie.

  - Tem certeza? - murmurei surpresa, mas então mordi o lábio inferior, rindo. - Quero dizer, Mellanie sabe ser educada quando quer. - todos nós rimos.

  - Eu sou um anjo, mamãe! - ela exclamou, pegando um punhado de gotas de chocolate e jogando na boca.

  - Estou vendo, mocinha. - comentei, beijando sua cabeça. - E você, pequeno?

  - Anjo! - ele gritou, animado.

  - É mesmo. - sorri.

  - Mamãe, eu levarei Anne para um... Hã, passeio, e volto logo. Tudo bem as crianças ficarem aqui?

  - Claro. - eles trocaram sorrisos cúmplices.

 

Estávamos naquele carro há uns 30 minutos e Justin mantinha o segredo. Eu não gostava de segredos, mas já desconfiava do que estávamos indo fazer. Mais alguns minutos e estávamos de frente a uma elegante portaria. Os enormes portões dourados se abriram assim que Justin apareceu do lado de fora do vidro e um segurança acenou com a cabeça para ele. Adentramos o lugar e eu olhei ao redor maravilhada. Os pinheiros se erguiam imponentes no caminho, cobertos com a neve que caia. As casas eram mais escondidas, atrás das árvores. Não era possível vê-las, apenas havia caminhos indicados por placas. Tudo era muito natural. Levamos mais alguns minutos pela estrada de terra, até eu ver uma placa com os dizeres: "Bem-Vindos".

  - Como as pessoas sabem aonde são as entrada das suas casas? É tudo igual, escrito a mesma coisa.

  - Conta as entrada. - sugeriu, rindo levemente. Obviamente não era assim, mas aquilo não me importava.

Entramos pela estradinha e mais um pouco saímos em uma clareira. Minha boca se abriu, perplexa com o lugar. Era lindo. A primeira coisa que vi foi o mar de flores, todas cobertas pela neve. Então, havia um lago cristalino, e uma ponte larga para que o carro passasse, dando em uma casa. Uma casa de tijolos, cheia de plantas e neve, se erguia graciosa e esplendorosa a luz fraca do sol. Era linda. Justin a contornou, parando na garagem ao lado. O portão branco se abriu e ele entrou. Quando desci do carro ele sorriu.

  - Vamos entrar aqui pela garagem, e depois te mostro lá fora. - informou e me puxou pela mão, para dentro.

Saímos em um pequeno corredor, que tinha apenas uma porta, um armário para casacos. As paredes eram de tijolos, pintada de branco, e as portas eram normais, marrons. Continuamos pelo corredor, saindo na lavanderia. Havia três grandes lavadoras industriais, como as das lavanderias de Nova York; um pequeno armário suspenso na parede que havia a taboa de passar roupa, cheio de produtos de limpeza. Atrás da porta estavam as vassouras, rodos, pás e esfregões. Ela abriu a porta, deixando-me passar na frente e sai na cozinha. Ela também era toda branca, porém, os aparelhos e utensílios eram pretos e reluzentes. Tudo novo e tecnológico. Prático. Também tinha comida o suficiente nos armários para um batalhão. Sorri com o exagero de Justin.

A próxima porta era como as de um restaurante, que abrem para os dois lados, e dava para a sala de estar. Ali, era equipada com um conjunto de grandes sofás de couro escuro, uma mesinha de centro muito bonita, a madeira preta, do mesmo tom do sofá, e o meio de vidro. Lá tinham alguns controles. Todas as paredes eram pintadas de branco, e a sala tinha quadros decorando-a; quadros coloridos e bonitos. A janela nos deixava ver o lado de fora, todo branco. Justin correu animado ao centro da sala, e pegou dois controles. Mexendo em seus botões, as janelas começaram a ser cobertas por persianas que saiam do nada, e o cômodo passava a ter uma iluminação mais intima. E então, mais um clique e a enorme TV saia de dentro do móvel que passara despercebido por mim. Ela era grande e esplendorosa. Sorri animada. Todos adorariam aquele lugar. Era lindo.

  - Ali - Justin apontou a sala que estava com as portas duplas abertas, mostrando uma mesa de jantar grande e com espaço suficiente para mais ou menos dez pessoas -, é a sala de jantar. Depois você vê com cuidado. Vamos subir.

A escada era num canto da sala, em espiral. Subimos por ela, dando em um “pequeno hall” em que podíamos ir para dois corredores, um de cada lado. A casa tinha o lado da frente, que nos mostrava a parte da frente da casa, ou seja, o jardim; e as janelas do outro corredor nos mostrava a parte de trás da casa. Olhando de frente não parecia tão grande, mas a era maior para os fundos. Devia ser devido às reformas que Justin fizera.

 Ele me levou para o corredor da frente. De um lado tinha três portas, e para o outro também; tinha um banheiro pequeno, para todos usarem, e depois as três portas: primeiro era um escritório/biblioteca. Em uma parede tinha a grande estante de livros, em outra uma mesinha com bebidas, e de frente a janela um mesa. Era simples e elegante; a segunda porta era um quarto simples, com uma grande cama no centro, um armário e uma TV em cima de uma cômoda, a parede decorada com alguns decalques pretos; e por ultimo era quase que uma torre. Tinha uma pequena escada de uns quatro degraus, que dava numa porta branca com detalhes dourados. A abri, deparando-me com um quarto branco. E tinha seu próprio banheiro.

  - Quanto branco! - exclamei.

  - Mellanie contou a minha mãe como queria o quarto perfeito para ela. Claro que não sabe que o reproduzimos aqui.

  - É lindo, parece de uma princesa. Só deveria ter mais cores, não acha?

  - Aham. Mas ela quis assim.

Saímos dali e fomos ao outro corredor. Havia mais três quartos e um banheiro. O primeiro era igual ao de hóspedes anterior; o segundo era o de Jacob. Entrei nele e meu queixo caiu. Era lindo. Azul e fofo. Era a cara dele. Cheio de brinquedos, com uma cama suspensa, com um escorregador. Jake se jogaria de cabeça naquele quarto.

  - Ele vai amar. - sorri, segurando um ursinho de pelúcia. - Lindo!

  - Vem, vamos ver o mais importante.

Ele puxou minha mão e eu me deixei ser guiada até o último quarto daquele corredor. A entrada era como a de Mellanie. A pequena escadinha, dando numa porta comum, branca. Assim que a abri, sorri. Era simples. No meio havia uma grande cama king size, de frente a janela, e na parede uma TV. Havia uma pequena cômoda num canto, mas ali era só. Então entravamos numa porta, e ali era o closet. Era pequeno, já que a casa não dispunha de um espaço tão grande assim. Mais a frente tinha a suíte. O quarto de Mellanie deveria ser como aquele. No banheiro havia uma hidromassagem, a janela atrás dela dando para os fundos da casa, como todas as outras daquele corredor. Os detalhes eram dourados. Também havia um chuveiro e a bancada. Tudo era lindo.

Mais de perto da banheira eu podia ver o lado de trás da casa. Havia um pequeno quiosque enfeitado com pisca-pisca e um balanço que deveria dar para umas duas pessoas. A esquerda havia um parquinho para as crianças e mais ao longe, quase entrando na floresta que rodeava a casa, havia um pequeno casebre.

  - Eu arrumei lá com mais lugares para dormir. É como se fosse uma casa normal, com um quarto. Mas com espaço para sacos de dormir. Não sei exatamente quantas pessoas vão dormir aqui. - explicou e eu assenti.

Continuei a apreciar a vista, vendo algumas montanhas bem longe, e a imensidão de árvores. Tudo branco e mágico.

  - É realmente lindo, Justin.

  - Eu sei.

Suas mãos passaram por minha cintura e ele apoiou o queixo em minha cabeça. Permanecemos em silêncio, aproveitando aquela paisagem e aquele momento. Aquele era um pedacinho de paz ao meio do caos. Um Oasis no meio do deserto.

  - Obrigada. - Justin sussurrou quase inaudível.

Não respondi. Não precisava. 


Notas Finais


Ei!!
Bom, essa parte da fic eu já tinha planejada desde o inicio da fanfic, ou seja, eu tinha imagens de como eu imaginava casa cômodo na época (porque sou ansiosa e sempre planejo tudo), mas então, quando eu realmente vim escrever o capitulo, acabei descrevendo de forma diferente e muito pouca coisa ficou como o que eu tinha planejado. Deixarei os links do que ainda está parecido com as descrições que dei na fanfic aqui, para quem quiser ver, ou se interessar.
Casa: http://weheartit.com/entry/47531342/in-set/8093901-fanfiction?page=3
Quarto Jake: http://weheartit.com/entry/54803067/via/kiniaaq
Quarto Anne e Justin: http://weheartit.com/entry/46500686/via/sarakatrina (mais ou menos assim, porém, mais moderno, um pouco mais espaçoso...)

Como eu disse em Common Denominator, a partir de agora nem darei uma data para poder postar, já que a escola está pegando mais tempo do que eu esperava. De qualquer jeito, teremos capítulos. A primeira temporada da fic está quase na reta final... Eu sou muito lerda,então irei prolongar ainda mais a fanfic, por tanto, talvez mais uns dez capitulos, ou mais... Apenas para deixar avisado.

Obrigada por cada comentário e favorito de vocês :3 Amo vocês, até mais ;)


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