História Forbidden Love - Capítulo 11

Assim que Mark disse aquilo eu fiquei estática. Como era possível ele saber da minha relação com o meu irmão.

- S/n, estás bem? – Perguntou Shownu pondo a sua mão no meu ombro. – Estás branca…

Eu olhei para os rapazes e para o meu irmão e disse que não era nada. Olhei novamente para Mark, que sorria bastante. Levantei-me do sítio onde estava, agarrei na mão do Mark e saí do restaurante onde estávamos.

- O que queres dizer com isso? – Perguntei eu, já fora do restaurante, ao Mark.

- Não me digas que te esqueceste que tens uma relação amorosa com o teu próprio irmão? – Perguntou Mark. Perguntei mentalmente como é que ele poderia saber daquilo, uma vez que eu e Hyungwon sempre fomos discretos.

- Como é que…

- Como é que eu sei? Ainda perguntas isso? Já devias saber que eu sei tudo. Além disso, apesar de toda a vossa discrição, a forma como olham um para o outro diz muita coisa.

- O que é que tu queres, Tuan?

- O que é que eu quero? Minha querida Chae S/n, tu já devias saber o que eu quero. – Disse ele pondo a sua mão na minha cara e fazendo carinho naquela zona. – Eu quero-te a ti.

- Mas isso é…

- É chantagem, eu sei. Mas é a única forma que eu tenho de garantir que tu vais ser minha. Eu gosto realmente de ti, S/n, devias saber isso… vou dar-te tempo para pensares, mas vendo bem as coisas, não há grande coisa para pensar porque se não fores minha eu vou contar a toda a gente que namoras com o teu irmão.

Mark olhou para mim sério, mas depois sorriu. Aproximou-se de mim e beijou-me a bochecha, piscou-me o olho e depois afastou-se com as mãos nos bolsos. Eu fiquei estática no mesmo sítio, a olhar para o chão, enquanto pensava em tudo o que tinha acabado de acontecer. Se eu quiser manter em segredo a minha relação com o Hyungwon vou ter que aceitar ser do Mark… nunca pensei que as coisas chegariam a este ponto…

- S/n, o que aconteceu? O que é que ele queria? – Perguntou Hyungwon chegando ao pé de mim, acompanhado por Minhyuk, que trazia uma asa de frango na mão.

- Ele… eu tenho que ir embora Oppa’s… falamos depois… - Foi tudo o que consegui dizer. Saí dali o mais depressa possível e comecei a andar pelas ruas. Sabia que nenhum deles viria atrás de mim pois eles sabiam que se o fizessem, seria pior. Não vou às aulas da tarde, não tenho cabeça para isso. Preciso de pensar no que fazer, se bem que o Mark tem razão… a única forma de ninguém vir a saber da minha relação com o meu irmão é eu aceitar ser dele.

---quebra de tempo---

Estou sentada em cima de uma ponte, ao pé do rio. Gosto de vir para aqui quando tenho que pensar em coisas mais complicadas. Apesar de ser um lugar alto e não muito seguro, eu sinto-me bem aqui. Já está de noite, portanto não há muita movimentação neste lugar e as únicas luzes aqui presentes são as de alguns candeeiros de rua, que não são muitos e não transmitem muita luz, e é também a luz da lua, que está especialmente brilhante nesta noite. Senti alguém chegar ao pé de mim. Esse alguém sentou-se a meu lado e entregou-me um refrigerante.

Eu suspirei, mas acabei por aceitar o refrigerante. Abri a lata de sumo e bebi um pouco.

- Porquê? – Disse eu olhando para Mark. – Por que é que estás a fazer isto comigo?

- Já te disse o porquê. Eu quero-te. – Disse ele num tom de voz calmo.

- Tu podes ter todas as raparigas que quiseres… todas elas te querem… porquê eu?

- Tu és diferente das outras, S/n. – Disse Mark, e neste momento eu percebi que ele estava a falar a sério. – Com as outras raparigas eu não preciso de fazer um esforço para as conquistar, de facto… não preciso de fazer nada. E contigo é diferente, tu agradas-me, não és fútil como as outas, não ligas muito a maquilhagem e essas coisas todas… és apenas tu própria e não queres saber do resto, mesmo que toda a gente fique a olhar. É isso que eu gosto em ti, e é por isso que eu te escolhi a ti… eu acho que desta vez posso dizer que estou apaixonado… de forma verdadeira. Tu podes pensar que é tudo mentira… que estou a dizer todas estas coisas apenas para te tentar conquistar… mas não é verdade. Eu estou a ser sincero.

- Eu não sabia que eras assim… normalmente à frente de outras pessoas és sempre tão… diferente do que estás a ser agora… és mais parvo, e estúpido, e um grande filho da mãe…

- Eu sei, e faço isso porque não quero parecer fraco à frente dos outros. Sou dessa forma quando estou acompanhado porque não quero mostrar que sou assim, alguém com sentimentos e que tem objetivos. Por isso adotei a forma mais simples que consegui, ser aquele rapaz bonito que consegue conquistar todas as gajas sem ter que fazer nada, usa-as e depois as deita fora, mas mesmo assim elas continuam a desejar-me. Foi fácil tornar-me esta pessoa, mas sinceramente não gosto de que me tornei… e eu acho que contigo vou conseguir mudar…

- Mark… eu não…

- Shh, deixa-me acabar, por favor. – Disse ele e eu parei de falar e deixei-o falar. – Eu não vou contar o teu segredo com o Hyungwon… não concordo com isso, mas não o vou fazer. É algo da vossa responsabilidade e vocês é que sabem. Percebo que não queiras nada comigo… afinal de tudo… sou aquele que usa as gajas e depois as deixa… bem, eu vou-me embora, vou deixar-te sozinha agora. Mas não vás para casa muito tarde porque já é de noite. Vemo-nos por aí, adeus S/n.

Mark deu-me um beijo na bochecha e foi-se embora. Agora sim, estou bastante confusa. Não fazia ideia que o Mark podia ser assim. Tudo bem que ele podia estar a fingir quando me disse todas estas coisas, mas algo me diz que ele está a ser bastante verdadeiro. O que é que eu faço?