História Forbidden love(em pausa) - Medo

   Camila povs

O vento frio me fazia arrepiar,a rua escura e vazia fazia todo o meu corpo tremer de medo,as luzes fracas faziam tudo parecer uma história de terror.Acredite em mim se alguém te dizer pra não andar sozinha a noite não o faça,é uma das piores sensações do mundo.

Passos eram ouvidos atrás de mim e isso fez meu coração acelerar.Em uma movimento calmo me viro pra trás procurando por alguém porém só vejo uma rua vazia,Rua essa que eu nunca deveria ter passado.

Continuo a caminhar em direção a rua da minha casa até que sinto uma mão forte por cima da minha boca me impedindo de soltar um grito e logo um corpo sendo colado junto ao meu e um braço rodear minha cintura impedindo meus movimentos.

- fica quietinha

Escutei uma voz rouca susuurar em meu ouvido e naquele momento senti que os próximos minutos seriam um verdadeiro inferno na mão daquele ser.

- me solta

Sua mão estava na minha boca,o que fez minha voz sair abafada dificultando que alguém me escutasse.

- cala a boca

Sinto um puxão no meu cabelo e então não pude mais segurar as lágrimas que caíam pelo meu rosto.Dor,medo,eu não sabia exatamente o que eu sentia,mais era o suficiente pra fazer meus olhos encherem d'água.

Ele começou a morder e chupar meu pescoço e o meu medo aumentava cada vez mais,eu já sabia oque viria a seguir.

Porém não veio…

- SOLTA ELA - escutei uma voz rouca gritar e logo o homen que me segurava me soltou fazendo com que o meu corpo se coledisse com a parede,assim que me virei vi uma garota acertando um soco na cara do homen que na verdade não era tão Velho assim,o mesmo tirou uma coisa parecida com uma faca da cintura fazendo a garota da um passo pra trás.

- que foi?…tá com medinho é...? - ele disse com um sorriso cínico no rosto,ele foi pra cima da garota e a mesma segurou seu braço impedindo que ele acerta-se aquilo na cabeça dela,ele deu um chute na perna dela fazendo com que a mesma soltasse o braço dele e colocasse a mão na perna,com a distração dela ele aproveitou e já ia enfiar a faca no braço dela porém ela foi mais rápida e segurou mais uma vez o braço dele ficando com a faca a centímetros de seu rosto,os dois faziam uma guerra travada de quem conseguisse imobilizar o outro primeiro,ela direcionou seu olhar a mim e nossos olhares se encontraram,seus olhos eram verdes…lindos.Ele aproveitou que ela tava distraída e acertou a barriga dela com a faca fazendo ela soltar um grito de dor e eu arregalar os meus olhos.

Assim que percebi a distração do homen eu peguei uma pedra que tava ali no chão e acertei a sua cabeça fazendo ele cair desacordado no chão,me ajoelhei ao lado da garota e a sua barriga sangrava muito.

- você tá bem? - pergunto segurando sua mão que tava pressionada contra o ferimento

- eu acabei de tomar uma facada e você me pergunta se eu tô bem?

Sua voz era rouca e extremamente linda

- olha eu posso muito bem te denunciar pra Polícia

porque eu disse isso?…

- eu acabei de te salvar de um estupro e você fala isso? - ela diz com um expressão incrédula

- tudo bem eu não vou fazer isso,mais vem… levanta deixa eu cuidar de você - digo me levantando

- não vou a lugar nenhum com você - ela diz com uma cara de dor

- vamos por favor - digo calmamente,ela tava perdendo uma boa quantidade de sangue

- tudo bem - ela diz se levantando com uma certa dificuldade

- minha casa não fica longe daqui vamos - digo ajudando ela a andar

(….)

Já estávamos na frente da minha casa,ou mansão,tínhamos passado pelos segurança porém o pior viria agora,como eu ia levar essa garota pro meu quarto sem os meus pais verem a gente.

- não acha mais fácil subir essa árvore ao invés de ficar olhando a porta,não? - ela diz com uma voz fraca

- eu não vou subir nessa coisa - a árvore era grande…muito grande.

- melhor do que ter um corpo morto no seu Jardim -

- ta bom vamos logo -

(…)

Já estávamos dentro do meu quarto,enquanto eu tô aqui no meu banheiro procurando a caixinha de primeiros socorros.

Peguei a maleta e fui em direção a ela que estava sentada em minha cama com uma cara de dor,sua respiração pesada,suas buchechas coradas…a garota tinha pele álva,cabelos negros,seus olhos estavam fechados porém eu sabia a sua cor…verdes.Ela estava vestida com uma calça de coro Preta,uma camisa branca toda ensanguentada e uma camisa xadrez por cima,em seus pés ela tinha um par de conturno que combinava com sua roupa.

- vai me ajudar ou vai ficar me olhando? - ela diz de uma maneira rude,seu rosto se contorcido em uma careta de dor.

- dá próxima vez não ajudo mais - digo me sentando ao seu lado - deita pra mim poder limpar seu ferimento - e assim ela faz,se deitou na cama com sua cabeça repousada sobre o meu travesseiro,iria levantar sua blusa quando a mão da mesma me impediu.

- não - ela disse com seus olhos arregalados para logo serem fechados com força pela dor.

- oque foi? - digo preucupada,sua expressão não demonstrava somente a dor.

- só…não me machuca

A dor ja não estava tão presente em seu olhar,agora o que eu realmente via era…medo.

- tudo bem - retirei da caixa um gaze e peguei o álcool - vai arder um pouquinho - aviso e limpo o corte que não era tão grande porém parecia ser profundo,ela precisaria levar pontos.

- você precisa levar pontos - digo preocupada com o corte que eu tinha acabado de limpar.

- eu tô bem…eu só preciso ir pra casa - ela iria se levantar porém ao se mover ela parece ter sentido dor pois voltou a deitar-se soltando um grunhido de dor

- eu vou passar mais álcool pra não infeccionar,o seu corte ta muito fundo - disse ignorando ela.na hora em que passei o álcool em seu corte pude reparar melhor em sua barriga,claramente podia se ver uns quadradinhos nela.afastei esses pensamentos da minha cabeça e comecei a fazer o curativo em seu corte. - pronto - digo assim que guardo as coisas na maleta

- obrigado - ela diz de cabeça baixa,parecia triste ou…com vergonha.

- era o mínimo que eu poderia fazer depois do que você fez por mim - me sento com cuidado ao seu lado na cama.

- eu preciso ir - ela se levanta com cuidado e vai andando devagar até a janela.

- você vai por ai? - ela não iria descer por uma janela com corte daquele…ou ia?

- eu não quero acordar os seus pais,é melhor eu ir por aqui mesmo…adeus - ela diz em um tom sereno e desce devagar pela janela até eu não poder ve-la mais.

Solto um longo suspiro e vou em direção ao banheiro,depois de por a maleta em seu devido lugar e volto ao meu quarto,vou ao meu closet e pego meu pijama de bananas colocando o mesmo.

Vou me deitar em minha cama porém vejo um objeto desconhecido em cima da mesma.fui até minha cama pegando o mesmo em minha mão e vendo que se tratava de uma corrente com um pingente de leão,concerteza aquilo era daquela menina…

(………)

06:15

O som insistente do despertador entrava pelos meus ouvidos fazendo meu corpo despertar porém não abri meus olhos ainda,sentia uma coisa gelada em minhas mãos me fazendo só assim abrir meus olhos me deparando com a pequena corrente da menina que me salvou…será que ela tá bem?…será que chegou bem em casa?.

Tiro meus pensamentos de minha cabeça e vou em direção ao meu banheiro para tomar meu banho e fazer minha higiene matinal.

Depois de tomar banho e vestir minha roupa eu vou em direção a cozinha tomar meu Café da manhã com minha família…mais não antes de colocar o colar em Minha mochila.

- bom dia - digo sorridente assim que chego na cozinha encontrando toda minha família junta.meu pai com seu típico terno Preto,minha mãe limpando a buchechinha da sofi que estava com um vestidinho florido e suas buchechinhas sujas e meu irmão Cameron com sua típica jaqueta vermelha do time.

- bom dia - me respondem todos sorridentes

- oque aconteceu pra tá toda feliz?…passou a noite com o namorado? - disse meu irmão rindo assim como minha mãe,sofi estava concentrada em amassar as bananas que já estavam amassadas em seu pratinho da frozen e meu pai…meu pai olhava pra mim com uma feição de raiva.

- Camila hoje um dos seguranças me disseram que viu uma pessoa descendo a árvore que fica perto da sua janela,isso é verdade?

Eu podia escutar meu irmão segurando o riso,a respiração presa da minha mãe e a banana sendo esmagadas pela minha irmã mais principalmente o meu coração

- deve ter sido algum animal papa - dou de ombro e começo a tomar meu café da manhã assim como todos.

(….)


- bom dia amor - dou um selinho no Austin

- bom dia gata - aperta minha bunda me fazendo ficar vermelha,Austin era o típico capitão do time de futebol,o temido por todos da escola,digamos que até filhinho de papai…mais eu gosto muito dele.

- bom dia - rude,fria use qualquer adjetivo que você quiser pra Dinah nesse momento - bom dia bunduda,Bom dia Bombril - ela puxa o cabelo do meu namorado fazendo o mesmo fazer cara de dor e nossos amigos rirem dele

- tchau amor,tchau seus idiotas - diz e sai indo em direção ao time de futebol onde estava o meu irmão e o shawm que é seu namorado.

- não precisava disso chee - era sempre isso ou ela e o Austin brigavam ou cada um ia pro seu canto com uma carranca na cara.

- é pra ele aprende que nós não precisamos dele aqui - dessa vez quem falou foi a vero outra amiga nossa. - eu odeio esse garoto - ela diz entre dentes

- odiar os outros é pecado vero - ally,a "Santa" do grupo.Seria santa sim se não fizesse coisas embaixo da arquibancada junto com o seu namorado Troy.

- falou a que goza todo dia embaixo da arquibancada - todos riem da frase da mani…mani é namorada da Dinah,ela também é líder de torcida assim como eu e Lucy,que é namorada da vero,a ally faz vôlei,Troy faz basquete e Dinah e vero fazem futebol feminino.

- vamos logo o sinal ja tocou - digo após ouvir o sino e fomos pra sala.

(….)

As aulas passaram normalmente,tirando a parte em que o Austin tentava tocar em minhas partes íntimas na aula de laboratório.

A vero e a Dinah ficaram pro treino assim como a ally e os meninos,a lu e a mani foram pro shopping,eu não quis,era como se alguma coisa me empedisse.

É aquela maldita sensação me empediu de tudo menos de passar pela aquela rua.

Meu caminho por lá já estava acabando,minha casa não está tão longe e dessa vez nenhum tarado tentou me agarrar.

Eu já iria virar a rua e entrar na da minha casa quando vejo uma silhueta conhecida caída no chão.

Sua pele estava mais pálida,seus lábios não tinham cor,seus olhos estavam fechados,roupas rasgadas e cheias de sangue assim como seu rosto que também estava cheio de arranhões,saia muito sangue do corte que ela levou ontem.corri até a ela me abaixando ao seu lado.ela tremia e suava frio.

- ei…acorda…fala comigo - cutuco seu rosto com um dedo - você precisa de um hospital - pego meu celular e disco o número do meu pai,em um toque ele atende.

~Ligação on~

Papa? -

Hija? -

- Papa,eu vou te mandar um endereço e eu preciso que você mande uma ambulância rapidamente pra cá -

- aconteceu alguma coisa com você? - a preocupação era nítida em sua voz

- só manda a ambulância rápido -

~Ligação off~

Sem esperar sua resposta eu desligo a ligação e volto pra onde a garota está,mando o endereço a ele e novamente me agacho ao lado dela

- quem fez isso com você? - pergunto alisando seus longos cabelos negros.