Eu estava atordoada.
O rosto daquela mulher ainda tá na cabeça e nem estava prestando a atenção no que ele está falando.
-... não acho que ela sobreviva muito.-finalmente presto a atenção.
Eu acabo de conhecer uma tia e fico sabendo que ela vai morrer!?
-ela parece nova.-sussurro.
- ah,ela não está saudável, por isso ela está aqui,ela tem problemas psicológicos, e ainda está bem mal.
-como ela parou aqui?-pergunto curiosa.
-bom,a filha dela morreu, a boatos de que ela a matou para o diabo, mas nada confirmado. Ela vivia atormentando os outros com sua loucura. Ela vivia insistindo que tinha algo perseguindo ela,pegamos ela tentando se matar e trouxemos ela para cá.
Franzo a testa
Isso é meu parente?
-só falta dizer que vendeu a alma pro demônio.
-não duvido nada, já vi umas coisas bem sinistra.
-não vai me dizer que acredita?
Isso é loucura. Essas coisas não existem.
Ele da de ombros.
-espere para ver, essa é sua primeira vez aqui.
Sinto um arrepio percorrer minha espinha.
-ela é louca. Por isso está aqui.-reviro os olhos.-acho que já está na hora de ir.
Me levanto e ele se levanta também.
-fico feliz que tenha vindo visitá-la, ninguém nunca veio.
-ela é minha parente, por mais que não a conhecia.- ajeito a bolsa em meu ombro.
-vai vir mais vezes?-pergunta me acompanhando até lá fora.
-sim.
Ela já ficou muito tempo sozinha,quem sabe assim ela não se cura.
-não crie esperanças,poucos saem daqui.
Assinto e me despeço.
Paço pelos portões e caminho até o carro de Percy.
Ele me esperava escorado na porta.
-como foi?
Solto ar que havia prendido.
- da próxima vez você entra comigo.-falo.
-eu avisei. -ele abre a porta para mim e sorrio.-então haverá uma próxima vez?
-sim,não posso deixa-la,eu sou a única pessoa que ela tem no momento.
- estou vendo que seu coração não é de gelo como todos falam.
-ninguém realmente me conhece.-dou de ombros.-obrigado por vir. Luke não gosta desses lugares.
-tá mais para as pessoas desses lugares.
O olho.
-é a verdade. Ele não se importam com eles.
Tem razão. Penso.
-ela me deu arrepios. Tinha o rosto desfigurado e dizia coisas sem nexo. -faço uma careta.
-louca.-diz e olho feio para ele.-não acha? Porque será que está ali?
-só foi indelicado de sua parte.-digo rindo e ele acompanha.
Conto para ele tudo que Andrew me disse.
-credo,pessoas demoníacas.-faz uma careta.
-não acredito nisso.
-tem muita coisa que prova que realmente existe.
-como também tem que provam que é conversa pra boi dormir.
-não vou discutir por causa disso, cada um acredita no que quiser.
Assinto.
-vêm comigo na próxima? -pergunto corando.
Desde quando eu coro?
-claro,quantas quiser.
Sorrio.
Como não tinha o percebido antes.
- você é um bom amigo,não sei como Luke não gosta de você. -,falo e ele balança a cabeça.
-bom amigo...- resmunga.
-hã? - pergunto.
- nada.
***
-você não acha que escureceu de repente? -observo pela janela do carro,o céu.
Ainda faltava muito para chegar.
-tá com cara de chuva.-diz franzindo a testa. -o mais aconselhável é parar em um lugar.
-em qual? Vai demorar um pouco para chegar na cidade.-falo encarando as árvores e estrada de terra.-afinal,você sabe onde estamos?
-não exatamente. Acho que virei uma rua errada lá trás, podia jurar que é a certa.-diz.-já era para ter chegado no asfalto.
Me encolho.
-o que vamos fazer?-pergunto.
Os primeiros pingos de água começam a cair.
-vai ser uma chuva forte. Acho melhor pararmos e esperar.
- não é uma boa opção. -digo. - ei,aquilo é uma casa?
Franzo a testa encarando o que parece ser uma casa mais a frente.
-Annabeth o que uma casa estaria fazendo nesse fim de mundo?
-olha então. -falo.
Percy olha para a casa e freia o carro.
-mas o que diabos....
-vamos entrar.-falo saindo do carro.
-Annabeth, por mais que seja a única casa daqui não podemos invadir.-diz enquanto corro até a porta da casa. Parece bem aconchegante.
-está aberta.- falo alegre.-você escolhe. Entrar,ou,pegar a chuva.
Ele bufa e corre até mim.
Entro com ele atrás de mim.
Sorrio vendo o quão a casa era bonita por dentro.
Mais animada corro pela casa como uma criança.
Observando cada detalhe.
-não tem ninguém aqui.-digo indo até a cozinha.-E TEM COMIDA.
Faço uma dancinha esquisita.
Estou com fome.
-parece que tinha alguém a pouco tempo aqui.-diz.-acho melhor sairmos.
Ouço um relâmpago e olho para ele.
-Acho melhor não. -falo pegando o pão em cima da mesa.
Passo margarina pego o suco gelado e coloco no copo.
Realmente, tinha alguém aqui recentemente.
Mas a comida está intocada.
Não tem vasilhas sujas ou molhadas.
Nenhum pedaço de bolo tirado.
Nem nada do tipo.
Quem faz um banquete desses e sai sem nem comer?
Afinal,quem mora longe de tudo?
Onde será que estamos?
Caminho até a janela da sala, deixando Percy comendo na cozinha.
A chuva forte caia, sabia que só iria piorar e não teria previsão para parar.
Suspiro me encolhendo. Está frio aqui.
Subo para os quarto e pego um cobertor voltando para a sala.
Me enrolo nele sentando no sofá.
Agora é só eu e Percy nesse lugar isolado.
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