Londrina 24/ 04 / 2016
Lia P.O.V ON
- Não sei se posso, meu pai chega daqui a pouco, ele não vai gostar em saber que eu sai com um garoto desconhecido - Dei um sorriso tímido e Edu riu.
- Moça, não tem problema, qualquer dia desses "cê' vai - Assenti e ele entrou no seu Veloster, não antes de me dar um beijo no canto da boca, vou nem dizer que eu queria cavar um buraco no asfalto e ficar lá até Jesus voltar.
Entrei em casa e olhei mamãe rindo boba pra mim, lá vem o interrogatório.
- Gostei dele, tem cara de ser um homem direito - Se direito for dar um beijo no canto da minha boca, então ele é muito direito mesmo.
- Mãe, ele é legal, mas, eu não quero ficar com ninguém, não depois do que aconteceu com o Caio. - Suspirei e mamãe me deu um peteleco na minha cabeça.
-Nem todos os garotos são iguais a ele, pense nisso e não coma o resto da lasanha - Revirei os olhos.
Fui pro meu quarto e aproveitei pra tirar um cochilo, por que nós perdoa tudo, menos um cochilo depois do almoço.
Acordei com algo grande vibrando debaixo de mim, e não era meu celular, comecei a caçar aquela coisa de baixo de mim até que encontrei um iPhone dourado, que com certeza não era meu. E depois de atender a chamada vi que era do Edu, com certeza ele deve ter esquecido aqui.
Atendi a chamada e confirmei que era ele mesmo, e que o mesmo iria buscar daqui a pouco. Deixei o celular dele no meu criado mudo, e fui tomar um banho, escovar os dentes e lavar meu cabelo.
Depois de tudo feito, fui falar com meu pai, mas infelizmente ele já dormia, ultimamente ele tem ficado tão cansado.
- Lia, seu amigo chegou - Mamãe disse olhando pela janela.
- Eu vou só entregar o celular dele mãe, já volto, e para de ficar olhando pela janela, tá parecendo as vizinhas - Ela riu e jogou um pano de prato encima de mim, deixei o mesmo no sofá e peguei o celular do Edu no meu quarto e fui lá fora entregar para o mesmo.
- Nossa, muito obrigada, 'cê' não tem noção de como eu procurei esse bichinho aqui- Ele apontou pro celular e me deu um abraço, aquele de urso.
- De nada, agora eu preciso ir, tenho que jantar - Dei um sorriso amarelo e o mesmo balançou a cabeça negativamente.
- Você vai jantar hoje comigo, é o mínimo que eu posso fazer por ter cuidado do meu celular - Mal sabia ele, que eu dormi encima do pobre celular.
- Eu não sei se posso ir e se devo, eu te conheci hoje, quem sabe daqui a alguns dias, se você não enjoar de mim antes - Rimos e eu fiquei olhando diretamente pra aqueles olhos esverdeados.
- Tudo bem, lembre-se que eu sou muito persistente, mais muito persistente mesmo, entendeu? -Assenti e abracei o mesmo, o abraço dele era tão gostoso, eu me sentia a pessoa mais protegida do mundo.
- Tchau Dudu, até logo - Ele beijou minha bochecha entrou no seu carro e foi embora, levando minha sanidade junto com ele.
Entrei em casa e vi mamãe sentada lendo um caça palavras de cabeça pra baixo.
- Não adianta disfarçar, eu vi sua somba na janela, da próxima vez, tente ser mais discreta. Te amo, vou dormir.
Leia as notas finais
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