História Forever (Hiatus) - The Bride

Anteriormente em Forever

Ino e Itachi, você irão se casar!”– Anunciou contente.

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Uchiha Sasuke

Um silêncio longo e constrangedor inundou a sala de jantar. A colher que Ino levava a boca parou no meio do caminho e Itachi engasgou com o vinho. Os olhos de minha mãe brilharam e um sorriso animado brincava em seus lábios.

Ino recolou a colher no prato e limpou os lados de seus lábios com o pano branco localizado em suas coxas.

- Desculpe. - Ela sorriu sem graça.  - Casamento? 

- É claro. Vocês sempre foram muito amigos e se daram muito bem como um casal. - Minha mãe demonstrava toda sua animação pela voz.

- Francamente, vocês não tem vergonha? - Perguntei, encarando meus pais - Você quer decidir o meu destino e achei que ficaria satisfeito e deixaria Itachi em paz.

- Sasuke... -  A voz doce de minha mãe me interrompeu.

- Eu não esperava isso de você mãe. - Acusei. - O problema de se casarem é tão evidente que você até o falou. Eles são amigos!

Itachi deu - me um leve cutucão no braço. 

- Está vendo Mikoto? Você educou muito mal essa criança! - O patriarca Uchiha se levantou bruscamente da cadeira, emburrando - a para trás. - O casamento vai acontecer, por que ja foi decidido. Você Sasuke, pare de tentar me ensinar como eu crio meus filhos e tomo as decisões para suas vidas! 

Ele se retirou da sala; os passos pesados demostravam o quanto estava nervoso.

Quando meu pai cruzou as portas de madeira, minha mãe se levantou de sua cadeira e saiu da sala atrás do Uchiha mais velho.

- Está maluco Sasuke? - Perguntou Itachi, levantando - se da sua cadeira. - Papai ainda vai mata - lo por sua petulância para com ele.

- Petulância? - Levantei - me - Ele quer o obrigar a se casar. Pelo que parece, não ficou satisfeito em estragar minha vida e quer levar você junto.

Olhei para a Ino. A loira permanecia com os olhos congelados no prato fundo contendo sopa.

- E ainda quer levar Ino junto. E ela nem é filha dele! - Completei.

Itachi estava pronto para me responder a altura, quando a voz de Ino soou em nossos ouvidos.

- Meninos... - Sua voz soava embargada. - Eu vou para o meu quarto.

Ela se levantou, ainda de cabeça baixa, seguindo na direção da porta. Ao passar por nos, Itachi segurou um de seus braços.

- Ino? - Meu irmão chamou - a e quando seus olhos encontraram os nossos, pudemos ver as lágrimas.

- Desculpe, mas eu realmente gostaria de ir para o meu quarto agora.

Ele a soltou e em menos de um minuto ela atravessava a porta para o corredor. 

~*~*~*~

*Narrador on*

A loira andava tão rapidamente pelos longos corredores do castelo Uchiha, que ela não se assustaria se tropeçasse na própria saia do vestido vinho que usava.

As lágrimas caiam em abundância pelos seus olhos azuis. O peito subindo e descendo rapidamente. 

Ela não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Não podia acreditar que estava sendo obrigada a se casar. E principalmente com seu amigo de infância, com o garoto que considerava seu irmão mais velho.

E o que seria de Sai? Ela prometera que voltaria para o moreno. Eles tinham planos de se casar - mesmo contra a vontade do pai -.

Ino sentia - se enganada pelos pais. Ela não conseguia acreditar que eles a estavam fazendo passar por isso.

Entrou em seu quarto, jogando - se na cama bem arrumada no centro do mesmo.

- O que houve senhorita? - Perguntou uma de suas damas de companhia.

- Estou condenada a infelicidade Lucy. - Confessou, mergulhando seu rosto em uma das cinco almofadas sobre a cama.

*Narrador off*

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Sakura Haruno

A lua ajudava a iluminar nosso quarto, abastecido somente com a luz de uma vela.

Hinata encontrava - se deitada em sua cama a esquerda do nosso pequeno quarto; As mãos cruzadas sobre o peito.

Hanabi estava adormecida em minhas pernas, enquanto lhe fazia carinhos no cabelo.

- Ele consegue ser mais gentil do que imaginei. - Hinata contava - me sobre o tempo que passara com Naruto - Ele tem ideias tão inteligentes e inovadoras. Acho que ele será um rei maravilhoso. - Ela se virou, apoiando a cabeça na mão.

- Seus olhos estão brilhando minha irmã. - Comentei, sorrindo.

- Ah Sakura, eu adoraria sentir oa lábios dele nos meus.

Meus olhos se arregalaram e eu tive que colocar uma de minhas mãos sobre meus lábios para abafar a risada.

- Que pensamento pervertido. onde está aprendendo isso?

- Nem comece Sakura. Aposto que você adoraria ser beijada por quem ama. - Ela lançou - me um olhar travesso - Falando em amor, você não disse que não se dava bem com o Conde Uchiha? 

- Estabelecemos um contrato de paz. - Contei - lhe. - Além do mais, isso não teve nada a ver com o assunto amor.

- Vamos irmã, pode confessar. - Ela estimulou. - Que o acha tão atraente que seria fácil se ver apaixonada.

Revirei os olhos.

- Ele pode até ser realmente atraente. - Um sorriso maior abriu -se nos lábios de Hinata. - Mas não, nada de se apaixonar. - Confirmei.

- E sobre o que conversaram hoje?

- Estabelecemos outro acordo. - As sobrancelhas da morena se arquearam em curiosidade. - Ele vai me ensinar a ler e escrever e eu o ajudarei a formular um projeto autônomo. 

- Ler e escrever? - Perguntou surpresa.

- Não vai ser maravilhoso? Imagine só isso. - Olhei - a preocupada - Mas não pode contar isso a ninguém Hina. Será nosso segredo. Promete?

- Sou um túmulo Sakura. - Garantiu.

A porta de nosso quarto foi aberta, revelando um Neji com olhos comprimidos.

- Por que ainda não foram dormir? Estão me atrapalhando.

Neji era o único garoto da familia e para nos dar mais privacidade, dormia na sala, enquanto em um dos quartos ficavam nossos pais e o outro para nos três.

- Desculpe. Já estamos indo. - Avisei.

Ele revirou os olhos perolados e voltou a fechar a porta.

- Hora de dormir. - Cantarolei baixinho.

Retirei com cuidado Hanabi do meu colo, arrumando seu corpo corretamente na cama e deitando ao seu lado, puxando a coberta para nos.

Eu dividia a cama com Hanabi e não me importava; Seu corpo pequeno e magro quase não ocupava espaço.

- Acho que não deveria acreditar que nunca se apaixonaria pelo Uchiha. - Comentou a moreno baixinho. - Principalmente agora, que passarão um tempo juntos.

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*Narrador on*

Os passos da bota de couro preta do moreno reverberavam no piso do segundo andar do castelo Uchiha.

Deu dois toques na porta de madeira e ela logo foi aberta pela loira, vestida com um roupão branco de seda.

- Desculpe incomodar Ino. - Era Itachi. - Podemos dar uma volta no jardim e conversar? 

- Tudo bem. Só me dê um minuto.

A porta foi fechada novamente e aberta instantes depois. A loira agora vestia um roupão mais quente e menos transparente.

~*~*~*~

A noite estava fria. Os ventos repentinos balançando as folhas das árvores e a grama.

Encolhida em seu roupão, Ino esperava o moreno dar o primeiro passo.

- Eu sinto muito Ino. - O moreno falou, a voz carregada de ressentimento - Eu nunca esperava uma decisão dessa.

- Nem eu. - Confessou a loira.

- Eu gostaria de poder fazer alguma coisa para mudar essa situação. Mas você sabe como meu pai é.

E ela sabia. E muito bem.

Os anos que conhecia a família Uchiha a tinham mostrado como era o gênio do patriarca Uchiha; As incansáveis reclamações e pressões sobre os filhos, a mania de querer controlar tudo e todos a sua volta, a frieza com que tratava as demais pessoas.

Ino nunca tinha visto o senhor Fugaku dar um sorriso, por menos que fosse, em todos esses anos.

- Acontece que o vejo como um irmão mais velho Itachi. Eu o olho e nenhum sentimento de desejo ou outro tipo de amor me cerca. - Ela o encarava. Os olhos grudados nos dele. - Eu somente sinto por você um amor de irmã para com irmão.

- Bom, estamos empatados nesse quesito então. - Concordou.

- Além do mais. - Ela voltou a caminhar pelo jardim e ele a acompanhou. - Existem coisas envolvidas nisso. Coisas que você deverá saber se nos casarmos.

Itachi parou de andar novamente, tocando gentilmente o braço direito da loira e a fazendo virar para encara - lo.

- Quando estiver pronta para contar, eu a escutarei Ino e vou entende - la. - O sorriso do moreno mais novo era gentil. - Até lá, vamos tentar aceitar o casamento e conviver normalmente um com o outro.

Ela balançou a cabeça, concordando. Estava feliz. Feliz por Itachi se mostrar tão confiante e paciente.

- Pelas circunstancias, entretanto, gostaria de convida - la para passear algumas vezes. Nem que seja somente um passeio em nosso jardim.

Ela sorriu.

- Eu iria adorar Itachi.

*Narrador off*

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Day 8

Sakura Haruno

Quando o dia do primeiro encontro entre mim e Sasuke chegou, em uma quinta - feira ensolarada, me dediquei ao máximo em terminar minhas tarefas para com a casa o mais rápido que pude.

Antes do almoço, toda a casa estava devidamente limpa e organizada.

Sentados todos a mesa, avisei aos meus pais sobre minha saída.

- Passarei as tardes de quinta e sábado ocupada. - Informei, levando uma garfada á boca.

- Como assim ocupada? Sem pedir permissão? - Minha mãe reclamou.

- Darei passeios com Gaara nessas tarde mamãe. - Expliquei. - Achei que não se importaria.

Eu não iria passear com Gaara. E na verdade, nem ele mesmo estava sabendo que eu o usara como desculpa.

- Sair com um garoto a sós não parece uma boa ideia. - Meu pai falou.

- Que isso Kizashi. - Minha mãe deu um leve tapa no braço de meu pai - Eles são melhores amigos. E quem sabe isso não seja um indício para um futuro compromisso de Sakura. Sempre achei Gaara um ótimo garoto. - Ela falou a última frase cheia de orgulho.

Hinata e eu trocamos um olhar cúmplice e eu levantei - me, pedindo licença.

- Vou indo então. Até mais tarde.

Sai pela porta antes que pudesse ser impedida.

No caminho, passei pela casa de Gaara e o encontrei cuidando de suas plantações.

- Ei ruivo. - Chamei - o e ele logo veio ao encontro - Preciso de uma ajuda sua.

- Lá vem você de novo Sakura. - Reclamou - Sempre que fala essa frase, acabo encrencado.

- Prometo que dessa vez é diferente. - Garanti - Preciso que fique longe da vista dos meus pais ou irmãos nas tardes de quinta e sábado.

- Por qual motivo? - Quis saber o ruivo.

- Não posso contar. - Ele olhou - me com seus olhos cor de amêndoas, desconfiado. - Por favor. Eu disse que sairia para passear essas tardes com você, mas se aparecer por ai, vão saber que eu estou mentindo.

O ruivo suspirou, monstrando - se ceder.

- Tudo bem rosada. Vou largar isso e andar por ai.

- Muito obrigada. - Abracei - o e depositei um beijo em sua bochecha. Ao me virar para seguir meu caminho, lembrei - me de um último aviso. - Ah, e Gaara, não vá ao nosso lugar secreto nestes dias também.

- Por que? O que você esta aprontando Sakura?

- Nada. - Assegurei. - Não vá okay? E obrigada novamente.

Voltei a andar, afastando - me e não deixando escapatórias ao ruivo, senão me ajudar.

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Não me demorei para chegar ao meu destino, afinal, eu ja conhecia o caminho até ali na palma da mão.

Olhei rapidamente pelo imenso campo, não encontrando Sasuke.

"Atrasado" - pensei comigo mesma, revirando os olhos.

Escolhi um local visivel para me sentar e esperar; na sombra de uma grande e única árvore que tinha no campo.

Depois de alguns minutos, avistei os cabelos negros do moreno. Acenei com uma das mãos, chamando a atenção dele.

- Está atrasado. - Reclamei.

- Me dê um tempo rosada. Não estou acostumado a vir aqui. - Respondeu. Sua voz mais fria e arrogante do que me lembrei.

Sasuke depositou pergaminhos, penas e um tinteiro sobre a grama.

- Bom, vamos começar comigo ou com você?

- Comigo. - Respondeu rapidamente.

Peguei um dos pergaminhos e umas das penas. Entreguei o pergaminho a Sasuke, que o pegou bruscamente e levei a pena ao tinteiro. Entreguei - a a Sasuke.

- Quero que escreva as três primeiras coisas que vem a mente. - Pedi.

O moreno arrumou o pergaminho em uma das pernas e passou a escrever o que eu tinha pedido. Entregou - me minutos depois.

- Dinheiro, mulheres. - Li em voz alta o que ele escreveu. - E a terceira coisa? - Perguntei, abaixando o pergaminho até minhas pernas e olhando o moreno.

- Não tem terceira. Essas são as coisas que me vem a cabeça. As melhores coisas que podemos ter na vida. - Falou, arrogante - Muito dinheiro e várias mulheres.

Franzi as sobrancelhas e crispei meus lábios.

- Vamos tentar novamente Sasuke. - Respirei fundo, entregando - lhe novamente a pena e o pergaminho. - Escreva três coisas que você considera boas. Como por exemplo, o nascimento de uma nova vida ou a risada de uma criança.

- Por que eu acharia isso algo bom?  - O moreno perguntou - me bruscamente. - Quer saber? Isso tudo é uma perda de tempo mesmo.

O moreno se levantou, caminhando na direção que tinha vindo.

Perda de tempo? Como assim? O que estava acontecendo?

Levantei - me depressa e passei a correr na direção do moreno, parando na frente do mesmo e colocando minhas mãos em seu peito.

- Nada disso Uchiha. Pode voltar. Nos combinamos. - Alertei - o.

- Que se dane o combinado Sakura. E me dê licença. - Sasuke desviou - se de mim.

Segurei seu braço, impedindo - o de continuar e o puxei para baixo, fazendo - o se sentar bruscamente na grama.

- O que aconteceu Sasuke?

Eu sabia que não era da minha conta. Sabia que não tinha nada com a vida do moreno. Mas algo dentro de mim sabia que ele não estava bem e queria saber o que era.

- Não é da sua conta Sakura. - Ele virou o rosto para o lado.

- Você parece uma criança Sasuke. - Reclamei. - O que é que houve?

Meus dedos deslizaram pelo queixo do moreno, fazendo - o me encarar.

- O que aconteceu? - Repeti.

Sasuke suspirou. Retirei minha mão de seu queixo quando percebi um olhar do moreno naquela direção.

- É o meu pai Sakura. Ele e aquela mania insuportável de querer controlar a vida de todos a sua volta. - Sasuke levou seus olhos aos céus. - Primeiro com a minha e agora com a de Itachi.

- Itachi? - Perguntei em tom de dúvida.

- Meu irmão mais novo. - Tirou minha dúvida e continuou - Nosso pai quer obriga - lo a se casar com nossa melhor amiga de infância. Eu achei que ele ficaria satisfeito em me condenar a tornar - me padre, mas parece que não.

- P-padre? - Gaguejei a palavra.

Uchiha Sasuke iria se tornar padre?

- Desculpe dizer isso Sasuke, mas seu pai sempre aparentou ser um mau caráter. - Dei de ombros. - De qualquer maneira, talvez isso seja o destino. Você não sabe se seu irmão e a amiga podem se apaixonar.

O moreno soltou uma risada nasal.

- Mas, você, padre? - Meu tom de voz demostrava minha descrença.

- Pode acreditar senhorita Sakura. -Ele se levantou e estendeu a mão para que eu pudesse me levantar com sua ajuda. - Vamos voltar aos estudos. E desta vez, começaremos com você.

Aceitei seu gesto de gentileza e voltamos lado a lado para a sombra da árvore.

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*Narrador on*

A grande porta que dava acesso a sala de tronos promoveu um leve rangido quando foi aperta por dois guardas localizados em cada lado da passagem.

Os saltos altos batiam com leveza na cerâmica do chão a medida que a dama se aproximava do rei e da rainha.

- Estava ansiosa pela chegada dela. Aposto que Naruto gostará de sua noiva. - Comentou Kushina, a rainha, discretamente com o marido.

A garota reverenciou suas majestades com graça.

- Vossas majestades!

O tom de voz forte, entretanto, não deixava de soar gentil e aveludado.

Continua...