Anteriormente em Forever:
- Vossas majestades!
O tom de voz forte, entretanto, não deixava de soar gentil e aveludado.
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Um grande sorriso tomou os lábios de Kushina, que se levantou as pressas do trono, esquecendo - se de todas as regras básicas de etiqueta e abraçou a ruiva.
O abraço durou alguns minutos. Um sorriso doce nos lábios das duas mulheres.
- Como você cresceu Karin! - Minato falou, ainda sentado ao trono.
- Está tão linda e com feições de uma mulher. - Completou a rainha.
- Obrigada tios. - Karin falou, intercalando o olhar entre os dois outros presentes. - Como eu senti saudades de vocês.
- Naruto ficará muito feliz em te ver. Ele se tornou um homem maravilhoso. - Elogiou Kushina.
- Como você se sente em relação as nossas decisões Karin? - O tom de Minato era sério e Kushina mandou - lhe um olhar reprovátorio.
- Isso não é hora Minato. Oras, falamos desse assunto depois que Karin se instalar em seus aposentos. - A rainha olhou por cima dos ombros da ruiva - Kyo, conduza Karin para seus aposentos para que ela possa descansar.
- Sim majestade! - O homem, parado ereto perto das portas duplas da sala do trono respondeu.
~*~
A enorme mesa de madeira escura do castelo real estava farta com o jantar.
Sentado na ponta direita, estava Minato e ao seu lado direito Kushina, ao esquerdo sentava Naruto. Karin sentava - se ao lado de Kushina.
- Sirvam o jantar. - Ordenou o rei e as empregadas ao redor se encaminharam para a mesa, servindo os nobres.
Depois de servidos e algumas garfadas por parte do quarteto, Kushina largou seus talheres e limpou delicadamente os lábios.
- Bom, acho apropriado conversamos sobre isso no jantar. Naruto querido, está feliz com a presença de sua prima?
- Claro mãe. Fazia anos que eu não via essa pestinha. - O tom animado do loiro fazia a rainha se sentir mais confortável com sua decisão. - Lembro - me quando éramos crianças e adorávamos subir nas árvores do jardim. Embora, a Karin sempre ficava preocupada em desarrumar seu penteado e ser repreendida pela senhora.
Kushina riu baixinho. Minato e Karin somente subiram o lado direito dos lábios.
- Sua prima já sabe por que a chamamos para ficar conosco. Lembra - se quando disse que arrumamos uma noiva para você meu filho? - A voz de Kushina estava cautelosa.
Naruto era extremamente brincalhão e avoado, entretanto, ele não era tão lerdo para não conseguir perceber onde sua mãe estava querendo chegar.
- Um minuto. - Pediu o loiro - Estou entendendo errado ou a noiva que escolheram é minha prima?
O silêncio de ambos os pais foi a resposta do loiro.
- Mas ela é minha prima. - Retrucou Naruto para os pais.
Na verdade, Naruto não se preocupava com o fato de Karin ser sua prima, afinal, era normal esse tipo de relacionamento parental. O que preocupava o loiro era o fato de sua prima ser extremamente fria e indiferente a tudo e a todos e ele não tinha certeza se conseguiria viver com alguém assim.
- Exatamente, é alguém que você conhece durante toda a sua vida. Ou seja, muito mais confortável. - Minato pronunciou - se na conversa - Além disso, o pai de Karin e seu tio, possuem terras em lugares que eu não governo e isso também seria uma maneira de conseguir mais território para o seu futuro reino.
O loiro mais novo engoliu em seco, olhando de soslaio para sua prima comendo calmamente sua refeição, como se eles não tivessem discutindo o futuro dela também.
--*--
Day 9
Uchiha Sasuke
- Vocês vão ter encontros? - O tom de voz do loiro esticado sobre minha cama recém arrumada era surpreso. - Uchiha Sasuke tendo encontros. Desculpe meu amigo, mas eu estou adorando essa garota
Rolei os olhos. Naruto conseguia ser irritante quando queria. Tão irritante quanto aquela rosada.
- Não são encontros. Simplesmente uma troca de favores, nada mais. - Respondi indiferente.
- Em um lugar afastado da vila onde nem mesmo eu, seu melhor amigo e futuro rei, posso saber? - A voz do loiro estava carregada de ironia.
- Naruto, você está me irritando. Sabe como eu fico quando estou assim. - Avisei.
- Tudo bem Sasuke, tudo bem. Não conto - lhe a novidade do momento.
Arquei minhas sobrancelhas para o loiro, como sinal que poderia continuar.
- Minha noiva é minha prima Karin. Aquela ruiva de longe.
- Karin? - Perguntei surpreso. - Já tive um caso com ela a um tempo.
- Caso?
- Quando viajei com meu pai para resolver negócios na região oeste. Conheci ela em uma reunião ao qual meu pai fez com o pai dela. Nos conhecemos e ficamos atraídos um pelo outro e bom, o resto você já sabe.
- Acho que isso me surpreendeu mais do que ela ser minha noiva.
- Não se preocupe, você não vai precisar fazer nada na noite de núpcias. Ela é ótima. - Repuxei meus lábios para um lado só, abrindo um sorriso de lado cafajeste.
- E você é um idiota. - O loiro fechou a cara.
--*--
Day 10
Sakura Haruno
Como na quinta-feira, o dia estava ensolarado, os pássaros cantavam e um vento fresco balançava as folhas das inúmeras árvores do bosque. O fato de Sasuke estar atrasado também não tinha mudado.
Sentei - me confortavelmente na grama, aproveitando a sombra que as folhas e falhos da árvore faziam.
Avistei o moreno ao longe, mas ele vinha da direção contrária a correta. Levantei o braço, acenando para que ele pudesse me ver.
Quando se aproximou, percebi as roupas mais leves que ele usava, em comparação as do último encontro. Uma blusa de seda bufante dentro da calça marrom de pano leve.
- Olá rosada, encontrei um lugar muito melhor para estudarmos. - Ele recolheu uma cesta que havia levado com alguns sanduíches e frutas. - Vamos?
Concordei com a cabeça, acompanhando - o em direção as árvores após o bosque. Passamos por todo o bosque e entramos na floresta, atravessando - a.
Quando meus olhos focaram - se naquela linda cachoeira repleta de rochedos ao redor, eu me perguntei como ainda não havia descoberto aquele lugar.
- Como achou esse lugar Sasuke? - Eu olhava maravilhada ao redor.
- Me surpreende você ainda não te - lo achado, afinal, disse que conhece este lugar a muito tempo.
- Eu e Gaara somente ficamos no bosque. Nunca pensamos em andar além.
- Gaara? - Ele perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas, olhando - me. - Quem é Gaara? Pretendente?
- O que? - Ri, olhando de volta - Claro que não. Gaara é meu melhor amigo.
- Entendi. - Continuei observando o moreno, enquanto ele olhava para a cachoeira concentrado. - Então, vamos nadar rosada?
- Como? - Meus olhos se arregalaram.
- Com nossas roupas intimas. - Ele retirou os sapatos e em seguida a blusa de seda e eu me virei de costas no mesmo momento. - Vamos lá Sakura, eu gosto de cachoeiras e você disse que iria tentar entender - me para me ajudar.
- Mas não é certo nadarmos os dois com nossas roupas íntimas. - Protestei.
- De fato, entretanto, isso sendo proferido pela garota que respondeu ao conde mais rico e braço direito do rei e insultou o filho dele, é dificil de acreditar.
Virei - me resistente, encontrando - o somente de calções e exibindo um pelo corpo másculo e definido.
- Vamos lá Haruno, vai desistir agora? - Enquanto ele falava, meus olhos rondavam seu corpo. - Gosta do que vê? - Sua voz estava pretenciosa.
Revirei os olhos para o moreno.
- Entre primeiro Sasuke e vire - se de costas para que eu possa tirar meu vestido.
- Como quiser. - O moreno entrou aos poucos na água, mas quando entrou, permaneceu de costas para, mim.
Retirei meu vestido, trajando somente minha camisola branca na altura da metade das coxas e uma calçola da mesma cor. Soltei meus cabelos e entrei na cachoeira.
- Pode se virar Sasuke. - Falei.
--*--
Uchiha Sasuke
Quando segui a última ordem da rosada, eu estaria mentindo se dissesse que quando meus olhos a focaram eu senti algo se remexer dentro de mim. Ela estava tão maravilhosa e a vermelhidão em suas bochechas a deixaram com um ar inocente, o que a deixava extremamente sexy.
- Por que está me olhando assim? - Perguntou a mais nova.
Pisquei, voltando do meu pequeno transe devido á beleza da rosada.
- Não é nada Sakura. Vamos nadar. - Meu tom de voz saiu frio e autoritário e pude perceber certo desconforto da parte da rosada, mas não me importei.
Comecei a nadar, esticando meus braços e batendo as pernas devagar. Quando cheguei a uma distância maior de Sakura, voltei-me para observa - la. A garota somente brincava com a água, girando seu corpo para os dois lados, fazendo a água formar pequenas ondas.
Mergulhei, seguindo na direção da rosada e retornando a superfície atrás de Sakura.
- Vai me dizer que não sabe nadar?
Ela se sobressaltou, virando - se rapidamente para trás. Consequentemente nossos rostos ficaram muito próximos e eu podia sentir sua respiração em minha pele, inclusive a mudança nesta.
Estranhamente algo se remexeu dentro de mim e eu gostei da sensação de tê-la tão próxima.
- N...não. - Gaguejou e eu não pude evitar em abrir um sorriso de lado.
- Abrirei uma exceção ao nosso acordo e vou ensina-la a nadar também.
Procurei suas mãos dentro d'água e as segurei. Sua pele adquiriu um tom avermelhado nas bochechas, o que só estimulou que eu abrisse ainda mais meu sorriso.
(Escutar a música nº 1, por favor)
- Somente relaxe rosada. – Aconselhei e estiquei seus braços. – Suba as pernas e comece a bate – las na água sem pressa.
Sakura fez o que pedi prontamente e enquanto eu a guiava na cachoeira, peguei – me preso novamente nos olhos, nos lábios, nos cabelos da rosada. Era estranho, a sensação que esquentava o interior do meu corpo, eu nunca a tinha sentido antes e algo em minha mente dizia que eu começara a gostar de passar esses períodos com a rosada.
- Tudo bem. – Falei depois de um certo tempo e Sakura voltou a posição inicial – Agora vou ensinar a bater os braços.
Soltei suas mãos e nade para trás de si, colocando a mão em sua cintura por baixo da água.
- O que está fazendo? – O tom da rosada era preocupado, o que me fez rir.
- Fique tranquila. – Passei meus braços para frente de sua barriga e a ergui, de forma que ficasse de bruços sobre meus braços. – Agora bata os braços.
Ela os bateu por alguns minutos e logo depois parou, olhando na minha direção: - Você está me tratando como uma criança, sabe disso, não é?
- Está reclamando? Tudo bem. – Meu sorriso de lado apareceu no instante em que retirei meus braços de baixo da rosada e ela mergulhou na água.
Sakura logo retornou á superfície. Os cabelos rosados todos para frente e quando ela os tirou desajeitadamente, seu rosto estava muito vermelho, mas eu tinha certeza que dessa vez não era de vergonha.
- Sasuke! – Gritou. – Vou matar você!
A rosada começou a jogar água em minha direção e eu revidei. Sem pensar começamos uma guerrinha de água e agora com certeza parecíamos duas crianças. Ela ria quando a água a acertava no rosto e eu fui contagiado por sua risada alta e gostosa. Isso não acontecia a muito tempo.
Mergulhei e nadei em direção a suas pernas, puxando – as devagar, somente o suficiente para ela afundar um pouco e voltei a superfície.
- Está pedindo a morte Uchiha. – Ela falou e riu logo em seguida. – Agora vou me vingar a altura.
Sakura caminhava em minha direção jogando água, enquanto eu andava para trás. Quando ela chegou perto o suficiente, ela escorregou – talvez trocando os pés em baixo d’água –, peguei – a pela cintura a tempo de livra – lá de outro mergulho repentino. Meu ato resultou em colar nossos corpos mais do que toda a nossa sociedade acharia respeitável para um casal que não estava casado.
Suas mãos seguravam firmemente em meus braços e seus lábios superiores estavam presos pelos dentes inferiores, seus olhos fixos nos meus. Eu podia sentir o perfume de cerejeiras vindo da rosada e me senti mais confortável do que imaginei com ela em meus braços.
- Sasuke. – Ela chamou minha atenção, sem graça. – Acho melhor saímos da água. Vamos lançar, eu trouxe alguns sanduiches.
Sakura desvencilhou – se dos meus braços e pela primeira vez na minha vida, eu podia dizer, senti um vazio enquanto ela caminhava de volta à margem da cachoeira.
-*-
Sakura Haruno
Meu coração estava mais acelerado do que um dia imaginei que poderia ficar. Minha respiração estava descompassada e eu pedia a Deus para que ela voltasse ao normal enquanto seguia para a margem da cachoeira.
Como eu queria dizer que esses sintomas eram causados pela guerrinha de água com Sasuke. Mas eu sabia que seria uma grande mentira. Eu sabia que as causas deles eram as mãos firmes de Sasuke na minha cintura, me segurando. E os olhos negros como a noite mais bela sem estrelas me analisando.
Ao estar completamente fora da cachoeira, torci a barra da minha camisola e capturei a cesta que havia trago, sentando – me perto da cachoeira e retirando de lá os sanduiches. Sasuke sentou – se na minha frente segundos depois e eu só sabia pensar se ele conseguirá perceber meu peito subindo e descendo mais rápido do que o normal.
- Espero que goste do sanduiche. Não tinha muitos ingredientes para colocar nele, mas acho que estão gostosos. – Entreguei um a ele e depois peguei um para mim.
- Você não tinha muitos ingredientes? – Sasuke deu uma mordida no sanduiche e pela sua expressão posterior, parecia ter gostado. – Você já passou fome rosada?
- Não, graças a Deus, nunca. Mas sem a ajuda de Gaara e de seus pais em uma época, minha família poderia ter passado por isso. – Dei mais uma mordida no meu sanduiche, enquanto seu olhar vigilante me perseguia. – Sabe Sasuke, a vida para vocês nobres é muito mais fácil. Não existe as palavras barreira ou dificuldade no dicionário de vocês, pelo menos, não em questões relacionadas a alimentação.
- Essa parte, preciso concordar com você. Antes, eu não ligaria para esse assunto. – O moreno começou – Mas depois que conheci você, eu não sei, é como se você tivesse aberto meus olhos para as coisas que realmente importam.
- E isso é somente nosso terceiro encontro. – Comentei, sorrindo. – Sou ótima nisso, eu sei.
- Nem deveria ter elogiado. – Resmungou o moreno.
Encarei a cachoeira por alguns segundos e uma ideia martelou em minha mente.
- Acho que sei uma boa ação que você pode fazer Sasuke. – Eu disse, voltando a olha – lo e percebendo um requisito do recheio do sanduiche na lateral de sua boca. – Tem algo em sua boca. – Avisei.
- Aqui? – Sasuke passou a mão em todos os lugares possíveis de seu rosto, menos no local onde estava o recheio.
- Não. – Fiquei se joelhos e me inclinei para frente, na direção do moreno. Passei meu dedo indicador sobre o recheio e um pouco sobre seus lábios. – Pronto.
Ainda na mesma posição, o moreno alternou seu olhar para meu dedo em seus lábios e para meus olhos verdes. Lá estávamos nos novamente, encarando um ao outro.
- Desculpe. – Voltei a me sentar. Talvez ele não gostasse desse tipo de contato, mas foi por puro impulso que o fiz. Quando me vi, já estava com os dedos nos lábios dele. – Bom, voltando ao assunto, como gosta de água, você poderia disponibilizar mais água para um orfanato de crianças.
- Continue. – O moreno não pareceu constrangido. E eu confesso que não foi muito agradável saber que ele parecia ter um poder sobre mim que eu não tinha sobre ele.
- Existe um orfanato na aldeia seguinte a Konoha, Suna. Eu normalmente vou até lá visitar as crianças. – Contei – lhe – Elas são umas graças, mas sempre falta água na região onde fica localizado o orfanato. Você poderia, não sei, mandar carroças com grandes barris de água para as crianças.
- Parece uma boa ideia. – O moreno comentou. – Espero que não tenha compromisso pelos próximos dois dias, por que vamos para Suna.
- O que?
- Sim, nos encontramos na parte da manhã no mercado. Vamos na minha carruagem e mandarei as carroças assim que saímos de Konoha.
Sasuke se levantou e estendeu a mão para mim.
- Vamos embora por hoje, afinal, já está ficando tarde. – Aceitei sua mão. – Obrigado pela tarde Sakura, eu me diverti muito.
Meu coração falhou uma batida quando o ouvi dizer que tinha sido agradável passar a tarde inteira comigo. E embora eu estivesse preocupada em ficar dois das fora de casa com um homem, meu coração também parecia animado com isso.
Trocamos nossas roupas e voltamos pelo mesmo caminho que tínhamos vindo.
-*-
Uchiha Sasuke
O cavalo galopava rapidamente e meu corpo era impulsionado para cima a medida que eu percorria o caminho em direção ao castelo da família Uchiha.
Embora minhas mãos estivessem segurando a rédea e guiando o cavalo majestosamente, minha mente estava estagnada em uma certa garota de cabelos rosas e olhos verdes. De fato, eu tinha adorado passar a tarde na companhia na rosada.
Eu ainda podia sentir seus dedos em meus lábios, limpando o que fosse da lateral deles. O pensamento do acontecido fazia meu corpo se aquecer novamente.
Em um lugar fundo o suficiente em mim, onde as vezes, até mesmo eu não conseguia enxergar, eu sentia que algo estava começando a acontecer.
Continua...
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