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História Forever - Capítulo Único


Escrita por: JanMaknae

Notas do Autor


Oie!!! Bom, estou voltando com mais uma oneshot. Eu sei, eu tenho um monte de atualização pra fazer e lanço uma onseshot? Mas vejam bem, eu fiz isso hoje, em um momento deprê. Não estava me sentindo muito bem e quis extravasar, mas pra quem lê minhas histórias, EU VOU ATUALIZAR!! Prometo *-*
Espero que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Umas das estações mais lindas do ano é o inverno, que traz consigo o Natal e todos os brilhos dessa data tão especial. Mas esta data é marcada por outros motivos na vida de Choi MinHo.

Quando era garoto, com seus quinze anos, conheceu uma pessoa especial, que iluminou e agraciou sua vida. Um jovem garoto, de treze anos, chamado Lee TaeMin. Ele que mudou a vida do Choi completamente, e também, daqueles ao qual o mais velho conhecia.

TaeMin era gracioso, alegre, tinha um sorriso pueril que encantou MinHo no primeiro encontro. Quando ele avistou de sua janela o mais novo descer do carro na casa ao lado, encantou-se por ele. E por serem vizinhos, não demorou para que uma amizade surgisse.

...

                MinHo tornou-se amigo de TaeMin com muita facilidade e também apresentou seus próprios amigos, KiBum e JongHyun, para Tae. KiBum encantou-se de tal maneira por TaeMin que o tratava como um filho, mais até do que fazia com MinHo. KiBum, assim como seu noivo JongHyun, estavam com vinte e um anos na época que conheceram TaeMin.

- Está chegando o Natal – Tae disse animado. – É minha época favorita!

                Por este motivo decidiram fazer uma comemoração juntos, comemorando assim o um ano de amizade que cultivaram. A festa foi linda e foi marcada pelo pedido de namoro de MinHo para TaeMin, que aceitou com o rosto banhado de lágrimas e um sorriso lindo adornando seus lábios.

...

                Seis anos se passaram em perfeita harmonia. TaeMin completou vinte anos no dia em que MinHo passou no vestibular para medicina e KiBum anunciou que ele e Jong estavam esperando o segundo filho.

                MinHo morava com TaeMin em um apartamento simples fazia um ano e KiBum estava casado há cinco anos com JongHyun. Key fez questão que TaeMin fosse o padrinho de seu primeiro filho, que estava com três anos e chamava-se Jackson.

                Como de costume, eles fariam a festa de Natal no apartamento de MinHo e Tae. Os ânimos entre o casal, porém, não estavam dos melhores naquela data. Desentendimentos normais entre casais, coisas frívolas, mas que estavam passando dos limites.

- O que custa, MinHo, você ir comprar a droga do frango?! – TaeMin gritou irritado.

                MinHo estava estressado por conta da residência no hospital e acabou descontando em TaeMin sem querer.

- Custa porque estou cansado, droga! – gritou de volta. – Fiquei a noite toda acordado para poder ser liberado de manhã. O que esperava?!

                TaeMin estava com os olhos marejados e vermelhos. Ele pegou a carteira em cima da mesa e as chaves, indo em direção à porta.

- Eu vou então – disse irritado.

                E com um último olhar para MinHo, ele saiu do apartamento batendo a porta com força. MinHo suspirou, passando as mãos pelos cabelos. Não queria que isso acontecesse, não queria brigar com o mais novo dessa forma.

                Como seu apartamento ficava no segundo andar, ouviu o som de uma bizuna e um estrondo na rua. Correu para a janela e sentiu sua respiração travar ao ver TaeMin estirado no asfalto coberto de neve.

...

                O pobre Choi correu empurrando as pessoas, caindo ajoelhado ao lado de TaeMin. O mais novo estava com o ferro da placa atravessado em seu abdômen e uma possa de sangue se formava rápido abaixo de si, derretendo a neve.

- Tae... – MinHo murmurou chorando. – Meu amor, fala comigo.

- H-Hyung... – ele sorriu fraco, tossindo um pouco de sangue. – Me desculpe... Não vou passar o Natal com você... – as lágrimas escorriam por seu rosto.

- Não diga isso! – MinHo disse nervoso, tentando estancar o sangue. – Você vai resistir, tem que resistir!

- Não... – ele segurou as mãos de MinHo, atraindo seu olhar. – Chegou a minha hora, meu amor...

- Eu sinto muito – ele dizia com a voz embargada. – Me perdoa, foi minha culpa, me perdoa!

                Ele chorava copiosamente, abraçando TaeMin como podia. O mais novo sorriu terno, acariciando o rosto do namorado.

- Você não fez nada, isso ia acontecer... – sua voz ficava cada vez mais fraca. – Eu te amo, Hyung... Sempre amei... – as lágrimas molhavam seu sorriso.

- Eu sempre vou te amar.

                MinHo assistiu TaeMin sorrir, enquanto fechava os olhos. Ele ouviu o som das sirenes da ambulância, mas não havia nada mais a ser feito. TaeMin havia falecido em seus braços.

...

                O Choi nunca se recuperou da perda de TaeMin. Durante um ano ele ficou recluso de tudo: não ia à faculdade, parou a residência, não saia de casa. Sua depressão foi tão forte, que ele teve que ser internado por desnutrição. Se fosse por KiBum e JongHyun cuidando de si, ele teria morrido dentro de seu apartamento e ninguém nunca saberia. Nem quando perdeu os pais em um acidente de carro MinHo sentiu tanto.

                KiBum também entrou em depressão, e só não decaiu de vez por conta de JongHyun, seu filho Jackson e o filho que carregava no ventre. Se não fosse por isso, teria definhado. TaeMin fazia-lhe muita falta, ele o considerava como seu filho. Dividia tudo com ele, o tinha por perto todos os dias e esse vazio o perturbava, machucava. Claro que não culpava MinHo, muito pelo contrário. Fora uma fatalidade que os destruiu.

                Muitos anos já haviam se passado. MinHo agora estava com quarenta e cinco anos, morava no mesmo apartamento e era cirurgião geral. KiBum e JongHyun já estavam com cinquenta e um anos, ambos eram donos de um restaurante e cozinhavam também. Jackson, com vinte e sete anos, era casado com um rapaz chamado Yugyeom e moravam em outra cidade; sendo Jack um professor de dança renomado e Yugyeom um psicólogo, e ambos estavam esperando o primeiro filho. E a filha mais nova de KiBum, Amber, estava com vinte e dois anos e cursava medicina.

                MinHo, porém, nunca se envolveu com outra pessoa. Quando conseguiu se recuperar um pouco da depressão que tivera no primeiro ano da perda de TaeMin, resolveu focar-se exclusivamente em seu trabalho. Com isso, tornou-se renomado e conhecido por realizar as mais difíceis cirurgias. Mas nada supria o vazio que sentia em sua alma, nenhum procedimento cirúrgico que realizada trazia alegria forte o suficiente para preenchê-lo.

                E era, novamente, Natal. Como todos os anos, MinHo fazia as comidas que TaeMin mais gostava de comer, arrumava a árvore de Natal e acendia a fogueira. KiBum e Jong sempre ligavam, chamando-o para ficar com eles e os filhos, mas sempre recusava. Não queria atrapalhar os festejos deles, não achava justo. E também, essa era a época em que sentia TaeMin consigo. Talvez fosse coisa de sua cabeça, mas preferia acreditar que não.

                Então, quando o relógio anunciou meia noite, sentou-se em frente à lareira com uma taça de vinho na mão, enrolado em um cobertor. As lágrimas começaram a escorrer, finas e silenciosas, por seu rosto. A saudade apertava seu peito. Doía; a dor o corrompia e o sufocava. Se culpava pelo que aconteceu e não importava quantas vezes JongHyun tenha lhe dito que não fora sua culpa ou mesmo ouvir isso de TaeMin. Achava que, se não tivesse sido tão bruto, nada disso teria acontecido e ainda teria TaeMin em seus braços, iluminando seus dias...

- Eu sinto tanta a sua falta... – disse com a voz embargada.

                Foi quando uma tosse forte o atingiu. Já fazia dias que estava com essa tosse e tinha até saído sangue uma vez, mas não tanto quanto agora. Ele se assustou um pouco com o tanto de sangue que ficou em sua mão.

                Outra crise de tosse e mais sangue saia. Procurou pelo chão o pano que estava e sentiu-se travar quando o viu sendo estirado por alguém. Levantou o olhar e deparou-se com TaeMin, sorrindo pra si.

- T-Tae... – murmurou incrédulo.

- Oi, meu amor – respondeu calmo.

                Ouvir a voz doce e calma de TaeMin fez novas lágrimas escorrerem por seu rosto. Não acreditava no que via. Já havia pedido tanto, rezado tanto para vê-lo... E agora ele estava ali, diante de si.

- I-Isso... Tae...

                TaeMin riu breve. Ele levantou o pano, limpando o rosto de MinHo, que sentiu-se travar ao sentir o toque de seu amado, depois de tantos anos.

- Eu sinto muito por ter lhe deixado aqui, mas saiba que não estava sozinho, MinHo – ele disse com os olhos marejados. – Eu estava com você em todos esses anos, cuidando de você... E fiquei tão triste, lhe vendo definhar dentro dessa casa, por minha causa... – as lágrimas escorreram por seu rosto.

- Me perdoe... – ele disse triste. – Eu sinto muito, Tae... Por tudo...

- Não precisa se desculpar, meu amor – disse sorrindo. – Você não teve culpa de nada.

- Mas como... ? – disse, em dúvida. – Como você... ?

                Tae riu breve, de forma suave.

- Eu vim lhe buscar – disse emocionado, com os olhos marejados. – Chegou a hora de você ir comigo.

                MinHo sorriu, pela primeira vez em muito tempo. Sentiu-se aliviado, com o peito transbordando de alegria.

- Eu te esperei por tanto tempo – disse com a voz embargada.

                Ele abraçou TaeMin apertado, sentindo-se enfim, em paz.

...

                KiBum e Jong que andavam pelo corredor do apartamento de MinHo, sentiram uma sensação estranha. Key olhou para Jong e pegou a cópia da chave que tinha do apartamento do Choi e destrancou a porta, entrando no apartamento.

                Ele caminhou pela sala pequena e avistou MinHo, encostado no sofá, coberto e com a taça de vinho ao seu lado. Seus olhos estavam fechados. KiBum já sabia, mas foi até ele para confirmar, tocando em seu pulso e vendo que não havia batimento. As lágrimas escorreram por seu rosto, e sentiu seu ombro ser apertado de leve. Quando levantou o rosto, viu JongHyun ajoelhado ao seu lado com lágrimas no rosto. Ele abraçou forte o marido, sentindo a dor da perda novamente.

- KiBum! – ouviu seu nome ser chamado ao longe.

                Quando abriu os olhos, ainda abraçado ao marido, viu MinHo de mãos dadas à TaeMin. Ambos sorriam e o Choi aparentava a mesma idade de quando perderam TaeMin e estava bem, feliz como a muito não o via. TaeMin lançou-lhe um beijo e sorriu com os olhos marejados, abraçando MinHo.

                KiBum sorriu e fechou os olhos. Quando os abriu novamente, não estavam mais lá. Ele abraçou JongHyun mais forte. Estava triste pela perda de seu amigo querido, mas estava feliz por saber que ele estava bem e com a pessoa que amava.

                Depois de tanto tempo, finalmente MinHo estava em paz e com a pessoa que amava.


Notas Finais


É isso!!! Espero que tenham gostado. Eu volto em breve com atualizações de histórias, tá? Um beijo!!! *-*
Amo vocês ^.~


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