Acordei com a Ana deitada encostada a mim, ao meu peito. Era a melhor forma de acordar que eu alguma vez imaginei. Sorri enquanto me recordava da noite anterior. Não podia estar mais feliz como agora. O que eu sinto por ela… é muito mais do que um sentimento físico… eu sinto-me tão bem por poder estar com ela… a nossa forma de agir um com o outro mudou nas últimas 3 semanas… é simplesmente fantástico. Nunca me senti tão bem, parece que há uma força a lutar por nós… eu não consigo explicar, mas parece que essa força vai ficando cada vez mais forte a cada dia que passa. A cada dia que passa eu sinto-me mais apaixonado por ela, não quero que nada nos aconteça, simplesmente apenas quero que as coisas entre nós se desenvolvam mais. Ela disse que me ama e ninguém vai conseguir apagar essa imagem da minha cabeça. Quando ela me disse isso, estava a ser verdadeira… não era apenas o momento depois do sexo. Aquilo que nós fizemos não foi sexo, foi amor porque ambos estávamos a sentir tudo o que estava a acontecer com uma intensidade extrema. Sei que ela sentiu o mesmo que eu durante o tempo todo. Era simplesmente impressionante o facto de alguém conseguir fazer com que eu me sinta assim. Eu não quero saber de mais ninguém, ela é perfeita para mim e eu não a quero deixar ir embora, nunca mais. Amá-la é tão errado… tão errado porque me faz sentir tão bem ao ponto de eu não querer mais ninguém a meu lado.
Ana começou a mexer-se, provavelmente ia acordar. Fiquei a olhá-la. Vê-la a dormir é uma coisa demasiado bonita. Já estava habituado a vê-la desta forma devido a ter passado mais de um mês a ir à casa dela para a confortar devido aos seus pesadelos. Não faço ideia do que pode acontecer de agora em diante. Nunca mais falámos sobre os outros homens, e nunca os vi à porta da escola à procura dela. Provavelmente estavam mais calmos depois de terem a matado a mãe dela.
- U-Kwon. – Disse ela fazendo-me acordar dos meus pensamentos. Sorri para ela e dei-lhe um beijo na testa. – Em que estavas a pensar?
- Em ti. – Respondi-lhe logo de imediato. Ana sorriu e ficou a olhar para mim durante uns segundos. Ela ficou vermelha de repente e tentou esconder a sua cabeça no meu peito. – O que se passa?
- Eu lembrei-me… do que fizemos… - Disse ela. Senti a respiração e o seu hálito quente no meu peito. Ana puxou o lençol mais para cima e tapou parte da sua cara. Eu ri-me com aquela situação. Era simplesmente bonito vê-la envergonhada.
- Estás arrependida?
Assim que perguntei isto, Ana desviou o lençol e olhou para mim muito séria. Confesso que fiquei nervoso com a sua expressão.
- Estás parvo? – Perguntou ela. Assentou o queixo no meu peito de forma a ficar a olhar-me. – Eu não me arrependo de nada do que fizemos…
- Isso quer dizer que foi bom?
- U-Kwon. – Disse ela num tom de repreensão. – Isso não se pergunta a uma rapariga. Vira-te.
Fiz o que ela disse. Senti-a a sair da cama. Olhei para ela de repente. Ela estava a vestir uma das minhas camisas.
- Eu disse para te virares. – Disse ela.
- Mas eu já te vi nua… - Disse-lhe eu. – Tipo uma noite inteira.
- É diferente. Eu estou envergonhada por me veres assim Kim Yu Kwon.
Saí também da cama, estava completamente nu como era lógico. Ana virou-se para não me olhar daquela forma. Eu mordi o lábio e caminhei até ela, abraçando-a por trás.
- Não precisas de estar envergonhada comigo. – Disse eu ao ouvido dela. Senti o corpo dela arrepiar-se todo. As minhas mãos rodeavam-lhe a cintura e eu pressionava-a contra o meu corpo. Ana continuava de costas para mim, tinha as suas mãos a agarrarem as minhas e apoiou a sua cabeça no meu pescoço. Fechou os olhos e eu olhei-a. – Adoro a forma como dizes o meu nome completo.
Ana virou-se de frente para mim e deu-me um beijo. As nossas línguas estavam em sintonia, uma vez mais. Apertei a sua cintura e ela arfou. Separou o beijo e lambeu-me os lábios depositando um beijo na ponta do meu nariz. Como era mais baixa que eu, ela tinha que se meter um bocadinho em pontas dos pés, o que era realmente uma coisa linda.
- Vai vestir-te. – Disse ela afastando-se e sentando-se na ponta da cama. Olhou para mim de cima a baixo e mordeu os lábios.
- Queres mesmo que me vista? – Perguntei indo na sua direção. Ana levantou-se e foi em direção à porta da casa de banho.
- Temos que ir para a escola, e por mais que eu quisesse ficar aqui contigo, não podíamos.
- Mas querias. – Ana olhou-me com um olhar pensativo. Gostava que ela ficasse em casa comigo, hoje. Não me apetecia nada ir à escola… só queria ficar com ela, nada mais. Ela sorriu e entrou na casa de banho. Ouvi a água quente a correr e entrei na casa de banho. Vi Ana a entrar no chuveiro, completamente nua. – Posso juntar-me a ti?
- Se for para tomar banho, podes. Se quiseres outra coisa podes dar meia volta e ir embora. – Disse ela e eu sorri. De facto eu queria mais, mas ela tinha razão, tínhamos que ir para a escola. Entrei no chuveiro com ela. Lavei-lhe a cabeça e passei gel de banho nas suas costas, de forma lenta. Ela sentia todos os meus toques e por vezes fechava os olhos enquanto eu lhe tocava. - U-Kwon, devíamos despachar-nos…
- Queres mesmo ir à escola? – Perguntei eu com a voz um pouco rouca. Beijei-lhe o ombro e fui descendo os beijos pelo seu braço todo. Ana por vezes gemia com o simples toque dos meus lábios na sua pele e eu adorava isso. – Ana…
Ela virou-se de frente para mim, molhou os lábios e beijou-me de forma extremamente intensa. Prensei-a na parede e correspondi ao beijo. Mais uma vez tínhamos este desejo um pelo outro, algo que aparentemente nenhum de nós conseguia controlar.
- Tu deixas-me louca. – Disse Ana enquanto eu lhe beijava o pescoço.
- Assim já sabes o efeito que tens em mim. – Disse eu distribuindo beijos pelo seu corpo. – Faltam 40 minutos para a primeira aula. Podemos estar 20 minutos aqui, 10 minutos para nos vestirmos e comermos alguma coisa e os últimos 10 minutos para chegarmos à escola. O que me dizes?
Ela beijou-me, foi a melhor resposta que ela me podia ter dado nesta altura. Uma vez mais ficámos entregues um ao outro, desta vez no chuveiro. A água quente corria sobre os nossos corpos deixando um ambiente diferente. O vapor na casa de banho, simplesmente tudo deixava um ambiente propício para o que estávamos a fazer.
Após o termos feito novamente, fomos para o quarto e vestimos uma roupa. Eu tinha umas calças de ganga clara, uma blusa branca de manga curta que tinha umas letras vermelhas e meti um boné. Ana vestiu uns calções azuis escuros e uma camisa branca um pouco fina. Olhou para mim e abanou a cabeça. Tirou-me o boné e ajeitou-me o cabelo, dando-me um beijo de seguida.
- Não gosto de te ver com isso. – Disse ela. – Pelo menos não com essa roupa. Estás perfeito assim.
Mordi o lábio olhando-a de cima a baixo. Ela estava linda como sempre. Depois de termos tomado o pequeno-almoço, de forma rápida claro, saímos de casa e caminhámos até à escola. Não ficava muito longe e isso era bom. Fomos o caminho todo a falar e de mãos dadas. Era incrível esta sensação que ela passava para mim. Estávamos quase a chegar quando Ana parou a meio do caminho.
- Sim. – Disse ela. Olhei-a confuso e ela continuou. – Foi bom.
Sorri e mordi o lábio com aquilo. Dei-lhe um beijo e continuámos a andar.
- Pergunto-me como consegues andar depois da nossa noite e do tempo que ficámos no chuveiro. – Disse-lhe.
- Não foste assim tão forte, não te aches, Kim Yu Kwon.
- A sério? – Fiquei desiludido com o que ela disse. “Não foste assim tão forte”. Baixei a cabeça e continuei a andar.
- Ei. – Disse ela chamando a minha atenção. Abraçou-me e falou ao meu ouvido. – Para tua informação, eu estou a esforçar-me para não me atirar ao chão com as dores que tenho nas pernas.
Fiquei claramente feliz com aquilo. Metia-a às minhas cavalitas e fomos ter com os outros visto que ainda faltavam 3 minutos para tocar.
- Elah, às cavalitas dele. – Disse Zico.
- Aconteceu algo? – Perguntou Taeil. Eu sorri, assim como Ana. Pousei Ana no chão e ela quase caiu. – Nem vou perguntar mais nada, a rapariga até quase cai. U-Kwon para a próxima vai com mais calma.
- Lee Taeil. – Disse Ana completamente corada. – Não digas essas coisas, não combina com a tua personalidade.
Taeil riu-se.
- Vocês estão numa relação? – Perguntou Kyung com uma cara um pouco estranha, estava diferente dos outros.
- Sim. – Respondi eu e Ana ao mesmo tempo. Olhámos um para o outro e sorrimos.
- Ah… entendi…
Ana sentou-se ao pé de Kyung e meteu o seu braço à volta dele. – Estás bem? Pareces estranho… - Disse ela. Kyung pediu um abraço a Ana e ambos se levantaram. Ele deu-lhe um abraço e agarrou na cintura dela com certa delicadeza. Não sei porquê mas este momento foi estranho. Ele disse qualquer coisa há minha namorada durante o abraço deles e depois soltaram-se. Cada um de nós foi para a sua sala. Eu, Ana, Zico e Kyung éramos da mesma turma, no entanto, Zico e Kyung foram mais atrás de nós.
- O que te disse o Kyung durante o vosso abraço? – Perguntei.
- Ele disse que estava tudo bem e que não se passava nada. Disse para eu não me preocupar. – Disse Ana. – Mas eu não acreditei nele… ele tinha voz de choro. Tenho que ver se falo com ele depois.
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