História Forever - Farsas

''Eu vou continuar na sua mira para que você não me esqueça.
Eu vou continuar agitando seu coração, para que você não escape de mim
Eu vou roubar seu lábios e fugir
Eu sou um um um problema! Criador de problemas!''

Trouble Maker - HyunA

Acordo de manhã com o sol no meu rosto, tento me mexer nos braços de JongIn, eu poderia ficar ali por mais tempo, mas seus braços estavam machucando minha cintura como se estivessem com medo de me soltar, abro os olhos e olho onde estávamos e me lembro exatamente de como parei ali.  Olho para a janela e vejo dois segurança ali, o que me assustou, fazendo com que eu desse um pulo muito forte e acordasse JongIn.

Os guardas esperaram com que nós nos vestíssemos e saíssemos. Como eu estava desconfortável demais naquela situação, mandei JongIn na frente para conversar com os seguranças do parque enquanto eu termina de me vestir, faltava pouco mas enrolei o quanto pude e enquanto isso o som da conversa aumentava gradativamente. Termino de vestir e abro a porta da cabine para sair e tentar nos livrar da situação em que estávmos. mas isso foi impossível.

JongIn empurrou longe um dos seguranças que acabou caindo como um saco de batatas no chão e o outro levou um soco tão forte no nariz que começou a sangrar e perdeu os sentidos. Eu me afasto assustada de JongIn, mas o mesmo me puxa e começamos a correr, procurando a saída do parque e encontrarmos o carro para podermos sair dali. Quais seriam seus próximos planos eu não sabia. JongIn parecia e se tornava muito imprevisível quando estava comigo e isso podia tornar as situações em que nos metíamos mais complicadas.

Chegamos no carro e entramos nele. JongIn dirigiu por alguns minutos em silêncio, mas seu silêncio não escondia o quanto ele estava tenso. Eu não sabia lidar com ele e preferi depois de analisar algumas atitudes que eu iria tomar, que permanecer em silêncio era a melhor das opções. E assim ficamos, até ele estacionar o carro em um bairro que ficava próximo do centro de Seul.

- Você se arrepende? - Ele pergunta olhando para meus pés, evitando o meu olhar, o que era melhor, já que eu não sabia como reagir depois de um contato tão íntimo como tivemos à pouco.

- O que te faz pensar isso? - Eu pergunto olhando para suas mãos que vi que estavam machucadas. Eu as pego e olho para ele. - Isso foi de agora?

- Você pode não fazer isso? Responder uma pergunta com outra? Mas sim, isso foi de agora, não se preocupe. - Ele continua frio comigo mesmo depois de nossa primeira noite.

- Por que vc faz isso? Você sempre me ataca e não deixa eu me aproximar! Mesmo depois dessa noite!- Falo em um tom um pouco mais alto e furioso do que eu pretendia.

- Vamos escolher umas coisas pra você. - Ele simplesmente vira seu rosto e volta a dirigir, fugindo novamente do assunto. Tudo isso era um jogo para ele e eu me sentia uma inútil por ter me entregado de corpo e alma para ele.

Todo o caminho até o centro de Seul pode ser resumido em um silêncio abrangente e minhas tentativas de segurar minhas lágrimas em meio de uma tortura emocional que eu mesma me colocava.  Ele era frio como gelo e seus toques eram iguais às suas palavras, mas de alguma forma elas me atraiam como um ímã. Seus toques naquela noite em meu corpo eram delicados por alguns segundos mas depois eram firmes, como se quisessem perfurar minha pele e minha carne. Aqueles toques em meu corpo pareciam necessários, todos os gemidos e respirações ofegantes, todas as palavras ditas num sussurro à JongIn, tudo parecia necessário para ele. E principalmente meus gritos de dor que ele preenchia com gemidos de prazer em meu ouvido.

Meus pensamentos são postos de lado no momento em que ele estaciona o carro e olha para uma loja do outro lado da rua de grife e depois vira seu rosto para mim. Seus olhos pareciam poder ler meus pensamentos e minha alma, como se ele soubesse exatamente no que eu estava pensando nos segundos anteriores, fazendo com que meu rosto queimasse de vergonha.

- Não se preocupe com o preço e escolha o que você quer.- Suas palavras eram óbvias, afinal ele era um ladrão. Mas eu não queria fazer parte disso.

- Nós não podemos pagar dessa vez? - Eu pergunto timidamente ainda olhando para ele.

- Eu vou pagar. - Ele disse de forma ríspida, como se eu o tivesse insultado, o que era irônico.

Ele abre a porta para mim e vamos à loja. Ele era amigável com as vendedoras, se fazendo de outra pessoa, não o mesmo JongIn que eu conhecera. Ou será que eu conhecera o JongIn falso? Isso era apenas uma ilusão na esperança de ele ser uma pessoa melhor comigo.

Ele escolhe algumas roupas e me manda para o provador. Gosto de algumas e ele as aprova depois de umas críticas duras sobre o meu corpo. Pagamos com um cartão que eu deduzo não ser seu, ou ser falso.

Saímos e fomos para o apartamento que eu já estava familiarizada e novamente no caminho, não trocamos uma palavra. Isso não me incomodava completamente. Eu gostava da sua companhia, mesmo em silêncio, mas eu não deixava de querer sua atenção, que parecia ser tão importante para mim.

Ele carrega as sacolas até o apartamento e vemos um Chanyeol sério sentado no sofá assistindo o jornal e de repente correr em direção à JongIn, dando um soco em seu rosto.

- Você é idiota ou quê? - Ele pergunta gritando e eu fico olhando para os dois assustada. - Olha o jornal! Você é um merda de impulsivo e só coloca as pessoas ao seu redor em perigo!

​''...Uma compra de cerca de 40 minutos atrás foi feita em uma das melhores lojas internacionais de moda no centro de Seul, por um cartão falso que nos leva até o respectivo assaltante do banco principal de Seul. A compra foi de cerca de 15.000 dólares e foram somente roupas femininas. A polícia ainda não descobriu qual o nome do assaltante mas tiveram as fotos das gravações do banco e da compra de hoje de tarde reveladas. Os dois roubos foram feitos pelo mesmo homem, mas dessa vez ele estava com uma mulher, que está supostamente na faixa de seus 20 anos e que as testemunhas disseram ser sua namorada...''