Arizona
Foi uma pena eu não conseguir terminar o serviço com a Callie, mas vendo pelo lado bom quando eu a provoco assim ela fica bem mais ousada que o normal depois e eu adoro. Mas só a deixei mesmo pois a chamada no meu BIP era um 911 então eu tinha que ir.
Quando cheguei na emergência fui em direção à uma mulher grávida.
- Mulher 32 anos, grávida de 18 semanas, caiu da escada e está sem complicações aparentes. - Disse a Murphy.
- Como estão os batimentos da mãe e do feto? - Perguntei.
- Eles estão estáveis.
- Ok! Oi, eu sou a Dra. Robbins vocês estão bem aparentemente, mas eu gostaria de fazer um ultra-som só pra ter certeza. A paciente confirmou com a cabeça e fomos até a outra sala fãzer o ultra-som.
Chegamos a sala e enquanto ela se deitava, eu preparava os equipamentos para podermos começar.
- Então, como está o meu bebê doutora?
Não consegui responder a pergunta, a mulher veio aqui por ter caído da escada e agora terei de lhe dar uma má notícia.
- Eh senhorita...
- Adams. Lisa Adams.
- Entao Lisa a sua filha tem o que eu posso chamar de mielomeningolocele ou espinha bífida.
- E o que exatamente seria isso?
- A sua filha tem uma má formação dos ossos na coluna vertebral, e faz com que a medula espinhal fique em contato com o líquido amniótico, que é o fluido que envolve o embrião no útero. E bebês com essa anomalia podem vir a desenvolver hidrocefalia ou perder a capacidade de andar. - Falei e a mulher começou a chorar.
- E isso tem cura?
- Eu posso fazer a cirurgia e reparar, só que isso tem que ser feito com o bebê ainda dentro do útero para obtermos maior chance de sucesso.
- Mas como assim? Isso é possível?
- Tanto e possível, como é mais seguro e a chance do bebê não ter hidrocefalia e poder andar futuramente são bem maiores.
- Eu quero fazer a cirurgia o mais rápido possível.
- Vou marcar a cirurgia pra daqui um mês, pois ela só pode ser feita após o feto completar de 20 à 25 semanas, e durante esse tempo você vai ter que ficar internada aqui.
- É claro, eu faço de tudo para poder ver o meu bebê nascer saudável.
Sai da sala e lá fora chamei a Murphy e pedi pra que ela marcasse a cirurgia e colocasse e Lisa em um quarto. E quando eu estava pra sair dali a Murphy me chamou.
- Dra. Robbins, você é a Dra.Torres se acertaram? Não precisa responder se não quiser.
- Nós estamos bem sim. - Respondi.
- Eu quero que saiba que fico muito feliz por vocês duas de verdade. - Agradeci e fui embora.
Estava andando pelo corredor quando vi a Callie, ela estava de costas pra mim, fui em sua direção sem fazer barulho e quando cheguei bem perto a puxei pela cintura colando o seu corpo no meu é beijei o seu pescoço, senti então todo o seu corpo se arrepiar.
- Como vice consegue ser tão gostosa assim? - Sussurrei em seu ouvido.
- Sinceramente eu não sei.
- O que você acha de irmos a sua casa hoje a noite e terminarmos o que começamos a algumas horas atrás? - Falei a apertando ainda mais em meus braços.
- Hoje não vai dar não.
- E porque não? - Perguntei e dei uma leve mordida em sua orelha.
- Não faz assim Arizona, você sabe que eu não aguento quando você faz isso, eu realmente não posso porque a Rachel vai se mudar lá pra minha casa hoje.
- Mas porque ela está se mudando pra lá? - Perguntei meio decepcionada já que isso acabou com os meus planos.
- A minha mãe encerrou todas as contas dela, só por ela ser homossexual, eu ainda não posso acreditar que ela continua tão preconceituosa a esse ponto. - A Callie começou a chorar.
- Calma não fica assim. - Falei enquanto a abraçava e fazia cafuné em seus cabelos.
Callie
Já era de noite e a minha irmã ja estava no hospital com as suas malas prontas, fomos então a minha casa e a Arizona foi junto pra ajudar no que fosse preciso.
Enquanto eu arrumava o quarto em que a Rachel iria ficar, as duas estavam desfazendo as malas enquanto trocavam alguns toques e risos, se eu fiquei com ciúmes? Sim, eu fiquei com muito ciúmes enquanto eu ficava arrumando as coisas as duas só bagunçavam.
Depois de um tempo eu já havia arrumado tudo é estava na cozinha fazendo um docê pra levar para a Sofia e de repente a Ari chegou me abraçando por trás, eu adoro quando ela faz isso mais a separei de mim e fui para o outro lado.
- O que foi meu amor, porque você saiu dos meus braços assim? - Ela perguntou surpresa com a minha reação.
- Porque você não vai lá na sala e abraça a Rachel de novo, não precisa se incomodar comigo não. - Falei me virando de costas pra ela.
- Calliope Torres, eu não acredito que você está com ciúmes da Rachel, a sua irmã.
- Eu com ciúmes. - Falei debochada. - Mais é claro que eu fiquei! Vocês já estiveram juntas. - Terminei de falar e ela começou a rir. - Qual é a graça?
- Como você é boba meu amor, eu tô com você e não preciso de mais ninguém pra ser feliz. - Ela veio na minha direção e parou nos deixando bem de frente uma pra outra, colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e disse. - Eu te amo, e você não tem porque ter ciumes. - Assim que a Ari acabou de falar eu a peguei em um beijo de tirar o fôlego.
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