História Forever Together - Discussão

~Kagami on ~
Kuroko corria para longe de mim, eu podia sentir sua revolta, sua tristeza e mesmo assim eu precisei me manter frio.
— Que garoto chato esse hein! — reclamou Liz — Enfim, vamos ao que me interessa, Taiga.
— Certo, aqui não é um bom lugar, vamos para o meu apartamento. — respondi.
— Reservado como sempre...OK vamos lá. — disse Liz com um sorriso nos lábios.
Chegando em meu apartamento ela jogou seus sapatos no chão e entrou como se o local fosse dela.
— Que vista incrível ! Posso me acostumar a viver assim! — Exclamou Liz ao olhar pela janela.
— Espera, viver assim? A onde você quer chegar com isso? — perguntei confuso.
— Taiga seu grande lerdo! — ela fez piada — você sabe o que eu quero, eu quero seu dinheiro e seu apartamento, tudo de valor.
— COMO ASSIM !? — eu disse surpreso.
— Vou refrescar sua memória: eu sei que você é gay e que tem uma grande queda por aquele garotinho de cabelos azuis. — ela começou a falar.
— Não ouse encostar nele sua....— falei rosnando.
— Mais do que você já fez? Há não me faça rir Taiga! Você fez um ótimo show! — dizia Liz debochando da minha cara.
— Você disse que eu deveria seguir o plano...isso foi tudo uma chantagem sua? — perguntei me inrritando mais.
— Chantagem? O plano era você seguir a cena que eu faria no momento que te encontrasse para dispistar qualquer um em potencial de atrapalhar nossa " conversinha ". — Falava Liz calmamente olhando para mim.
— Você não precisava fingir namorar comigo...AINDA MAIS NA FRENTE DELE ! — levantei meu tom de voz.
— Que fofo! Palmas para o amor cego de Kagami Taiga! — ela falava sarcasticamente.
— Mas olha aqui — disse ela se aproximando de mim — quem é pior: eu que comecei ou você que terminou?
— Não me compare ao seu tipinho. sua PUTA! — resmunguei.
— Não, não, Taiga meu bem, você devia me tratar muito melhor. Afinal, seria uma pena se eu contasse para o seu papai que o filinho favorito dele é na verdade um viadinho que não se assume para a família. — ela falava me encarando.
— Há! e você que veio até aqui mesmo depois do fato de eu preferir o Kuroko do que você, lembra do fora que eu te dei durante a época que voltei para os Estados Unidos? Afinal, " querida Liz " você é só uma patricinha mimada que não suporta ser rejeitada. — eu respondi colocando a mão em minha testa e rindo.
— CALADO! SEU VIADINHO DE MERDA! — ela gritou.
Parece que eu consegui acertar sua ferida hein.
— Não vou ficar calado! — respondi furioso — e quer saber? Foda-se o que meu pai vai achar disso tudo ! Eu só concordei em falar com você por causa dele!
— Seu desgraçado....— ela rosnou — não era isso que tínhamos combinado!
— Eu combinei de resolver os assuntos pendentes que eu tinha com você, nada mais que isso. — falei tentando recuperar calma.
— Então por que fez toda aquela ceninha na frente do seu "amado"? Hein? Achei que você fosse mais fiel.
— ela disse tentando me provocar.
— Eu não sou você para pegar qualquer um que eu ver na frente, o que eu fiz foi para o bem dele...— eu falei baixando os olhos.
— Não quero que ele se envolva nessa confusão toda, você é nada mais nada menos do que uma adolescente mimada que não sabe aceitar a vida. — eu continuei falando.
— Fale o que quiser Taiga, você sabe muito bem que aquele garoto que você gosta está envolvido nessa história tanto quanto você! — ela falava tentando me provocar — Eu trabalho na empresa do seu pai, sei o quanto ele se importa com a imagem de familia e vida perfeita.
— O velho não tem NADA com o que se importar em relação a minha vida. — resmunguei.
— Será mesmo? E quanto ao seu preciso Kuroko?— ela começou a sorrir.
— O que quer dizer!? — disse com um mal pressentimento.
— Nada, nada, só que seria uma pena mesmo se seu pai fizesse algo contra ele. — ela falou enquanto seu sorriso parecia se tornar psicótico.
— Já falei para ficar longe dele! — gritei.
Ela estava passando dos limites, ela pode falar o que quizer de mim, pode ferrar a minha vida com meu pai, pode até inventar mentiras MAS MACHUCAR O KUROKO ELA NÃO VAI.
— Olha só o protetor do amor ali gente! — ela debochou novamente — você acha mesmo que ele vai falar com você amanhã normalmente? Acha que ele vai simplesmente ignorar o beijo que tivemos? Francamente você o machucou mais do que qualquer um. — ela falava calmamente como se tudo fosse um jogo.
— Eu sei que não vai ser fácil ele me perdoar, mas eu amo ele mais do que qualquer outra coisa, e se eu tiver que abrir mão da minha família " rica " eu não me importo nem um pouco. — eu disse.
— Então por que você não abriu mão antes de eu aparecer hein!? — ela exclamou.
— Porque você ameaçou acabar com qualquer um que atrapalhasse a conversa!! — eu perdi o controle, estava mesmo inrritado. — Você disse que ou a gente conversava ou você ia me forçar a isso matando quem impedisse.
— Ha...ha...hahahaha, que bonitinho... Não esperava menos de você.
Ela mostrou sua verdadeira face.
— Parabéns por entender a mensagem Taiga, seu "amado" está a salvo por enquanto. — ela falava de um jeito assassino — mas sabe, eu adoraria brincar com ele algum dia desses...
Eu peguei seu braço com força.
— " BRINCAR " COM ELE VAI SER A ULTIMA COISA QUE VOCÊ VAI FAZER NA VIDA ! — gritei.
Ela se soltou e me encarou novamente.
— Você sabe que só não te mato aqui e agora porque eu tenho uma quedinha por você — ela falou com a voz manhosa.
— Eu sei, e também sei que você trabalha como assistente e segurança do meu pai.
— Exato! — ela sorriu novamente — eu tenho permissão para matar, e eu tenho métodos para isso, afinal é meu trabalho matar aqueles que incomodam meu chefe.
Eu sabia que chegaríamos nisso...ainda bem que o Kuroko não está aqui.
— Olha...fala o que quiser para o velho, ta legal? Só deixe eu e o Kuroko em paz...— falei tentando parecer calmo.
— Tudo Bem! — ela disse.
— SÉRIO!? — perguntei confuso.
— Aham....tenho outros planos em mente agora — ela disse colocando seus sapatos e indo para a porta — Eu só queria ver você em desespero e preocupação. É o que chamam de amor e ódio! Enfim...Vou indo nessa, tenho coisas para fazer nos Estados Unidos e meu avião saí em 30 minutos, quem sabe um dia eu volte?
Ela saiu pela porta antes de eu responder.
— DESGRAÇADA!!!!!! — gritei alto para descontar a raiva.
Meu telefone tocou e eu atendi.
— Alô...— atendi tentando voltar minha vóz ao normal.
— Taiga, a Liz visitou você? — falou o homem do outro lado da linha.
— Sim...Você ta louco!? Mandar essa maluca aqui é loucura pai! — falei inrritado mais uma vez.
— Cale a boca seu insolente! Dos meus planos cuido eu! Ela foi visitar para garantir que você esteja bem socialmente, não quero filho ladrão ou algo assim — respondia o homem.— Então escuta essa aqui: estou namorando meu melhor amigo. — decidi falar antes de Liz.
— E eu com isso? Não me importo com sua vida amorosa, só me importo com sua imagem perante a mídia...e casais assim fazem sucesso atualmente. Além disso sua mãe pode usar vocês como casal gay para a revista de moda dela e....— ele continuou falando.

Eu desliguei o telefone antes de ele terminar.

— Velho estúpido... Ele só se importa com a mídia, fama e sociedade...só falei do Kuroko para que a Liz não invente histórias depois... — falei comigo mesmo.

Tentei ligar para Kuroko mas seu celular só caia na caixa postal, tentei 10 vezes...nenhuma resposta.
— Droga...— resmunguei.
Me deitei na cama e comecei a pensar em como falar com ele novamente, custe o que custar, eu vou ter ele de volta nem que eu precise implorar de joelhos.
— Você está a salvo...é isso que importa...e eu vou voltar para você, apenas espere um  pouco mais, meu amor. — falei para mim mesmo.
Logo adormeci, prometendo para mim mesmo dizer tudo o que aconteceu realmente para o Kuroko.