História Forever Young - A New Year

Louis Tomlinson:

E então estávamos voltando para Londres depois do natal. Foi horrível ficar longe de Harry e Niall, mas ao mesmo tempo foi bom ver meus pais e minhas irmãs. Só não foi melhor, porquê eu tinha Eleanor aqui comigo. Ela ficava a cada dez minutos tentando, inutilmente, chamar minha atenção e de alguma forma conseguir algo de mim.

Eleanor sabe que eu sou gay, mas ela não sabe que estou com os meninos. Acho que ela até desconfia já que ela odeia Niall e Harry com todas as forças. Assim como Simon, ela sempre ressalta o quanto errado e nojento amar uma pessoa do mesmo sexo.

Eu tentei correr. No começo era apenas uma amizade mais chegada. Tanto com Harry como com Niall. Porém, em algum momento as coisas ficaram mais intensas. Primeiro com Harry. Estávamos bêbados após uma festa e então transamos. Sim, eu fui o passivo naquele dia. Depois disso decidimos dar uma chance ao que sentimos. Só que nos faltava algo. Algo não, alguém. Niall. Aquele que nos completou.

Fiquei com o coração na mão em ter que deixar ele em casa. Eu ainda o chamei para vir. Seria normal ele passar as festas de fim de ano na casa de um "amigo". Porém, a gestão não deixou. Primeiro me obrigou a trazer Eleanor. Segundo, disse que eu tinha que manter as aparências ou receberíamos mais alguma punição e dessa vez eles ameaçaram Niall. Então, confiscaram meu celular e o de Harry. No caso dele, ele podia receber ligações apenas dos pais, da irmã e do padrasto. Fora isso mais ninguém.

Depois de voltar dos meus pensamentos com minha mãe me chamando. Eu estava terminando de arrumar minhas coisas para voltar para Londres. Eleanor já tinha ido mais cedo. A história pública seria que ela ia passar o ano novo com a família nos EUA e que eu escolhi passar com os meninos porque ainda no começo de Janeiro tínhamos shows agendados e algumas entrevistas e o ensaio para o segundo álbum que já estava para ser lançado.

Depois de me despedir da minha família, entrei no carro que já foi saindo dali. Oliver era o meu motorista. Mesmo eu tendo um carro e sabendo dirigir, Simon dizia que já cuidava de tudo.

Coloquei meus fones e sorri ouvindo a música. Era dos Rolling Stones. Niall e Harry amam essa música e acabaram baixando no meu celular. Pensei em ligar já que eles me devolveram, mas acabei mandando apenas uma mensagem falando que já estava a caminho.

Fechei meus olhos lembrando de tudo. Como nos conhecemos e como toda essa loucura começou.

Há algumas semanas eu me senti pleno. Tocamos no Madson Square Garden de NY. Eu jamais tremi tanto na minha vida. Niall chorava abraçando sempre Harry ou eu. Era incrível a sensação de saber que todas aquelas pessoas, pessoas que mesmo sem conhecer pessoalmente nós amamos, estavam ali para nos ver e nos ouvir cantar.

Eu nunca levei fé na minha voz. Sempre achei fina e falhada demais. Porém, dona Johanna sempre dizia que eu tinha um Dom e que jamais poderia pensar em não usar dele. Em sequer permitir que isso seja esquecido.

Foi então que eu entrei no programa e tudo aconteceu. Tudo explodiu!

Cheguei ao prédio e peguei minhas malas praticamente correndo para o elevador. Harry mandou uma mensagem dizendo que chegaria a noite. Mas, eu sabia que tinha um certo irlandês ali me esperando.

Assim que entrei em casa, Niall pulou em meu colo. Ri de seu entusiasmo e o beijei. Ele era bem mimado por Harry e eu. Depois de um beijo daqueles que lhe tirar todo ar, ele me ajudou a desfazer as malas e então pedimos comida. Niall Horan é mesmo um comilão daqueles!

Tomei um banho enquanto ele aguardava a comida chegar e pela risada feliz ele deveria estar falando com Harry.

Apenas isso nos fazia feliz. Saber que os três sempre estariam juntos mesmo com todo preconceito e opressão da gestão que quer porque quer mandar nos nossos sentimentos e pensamentos.

Mas, ao menos isso, ninguém pode tirar de nós!