História Forever Yours - Pra minha alegria

O dia fora cansativo para todos eles, principalmente para Taekwoon, que quando pensou levar um bronca ganhou foi uma semana de folga. O chefe não fez mais que o cobrir de elogios pelo esforço e dedicação, uma semana seria um tipo de recompensa. Quem disse que Taekwoon estaria reclamando?

Em uma semana podia descansar o que precisasse e ainda iria compensar com seu amado todo o tempo de espera –de fato estavam ambos quase subindo pelas paredes–, não gostava de assumir quando sentia falta dele, nem de todas as coisas melosas de um relacionamento, não gostava de tratamentos meigos nem de clichês de novela.

Mas por Wonsik qualquer coisa valeria o esforço.

Nem sabia dizer ao certo como ou por quê apaixonou-se por um ser tão irresponsável, desajeitado, engraçado, meigo e sexy como ele. Wonsik conseguia ser tudo o que quisesse e o mais velho admirava isso nele, gostava silenciosamente da forma fascinante que o outro coloria sua vida. Por si só seria o típico médico ranzinza e anti social que sempre foi desde o colégio, evitando ao máximo qualquer tipo de relação ou sequer um peguete.

Taekwoon ria ao vento com esses pensamentos enquanto dirigia para casa, resolveu de última hora parar numa padaria e fazer uma pequena surpresa para seu amado dongsaeng. Ele não resistia nunca a alguns sonhos de doce de leite.

Ao chegar surpreendeu-se com a casa vazia em plena quinta feira à noite, suspirou exausto e deixou os sonhos sobre a bancada da cozinha e a bolsa jogada em algum canto da sala. Wonsik devia estar ainda trabalhando, já que seu serviço contava com alguns imprevistos.

Já faziam mais de trinta e seis horas que estava naquele hospital, contadas com duas cirurgias de emergência, um transplante mais que cansativo e dezenas de suturas. Tudo por um irresponsável que resolveu beber e dirigir deixando várias pessoas feridas após colidir com um ônibus.

Deu graças aos céus por não ter ficado com os pacientes fraturados já que não tinha o menor prazer em consertar ossos, optava pelos mais difíceis com órgãos arrebentados, foi uma noite muito longa, mas ainda sim estava feliz por ter salvo todos eles.

Olhou o celular uma última vez, sua bateria estava perto do fim, aproveitou-se de seus restos e escreveu rápido para ele antes de jogar o aparelho pelo sofá.

"Tenho uma surpresa pra você, está por onde? :/"

O moreno dava de ombros quando a mensagem não era recebida ainda  e deitou-se no sofá mesmo, estava cansado e com dor de cabeça, com preguiça até mesmo de tomar um banho. O sono veio antes que pudesse pensar em mandar outra mensagem.

Acordou ao sentir uma respiração pesada e quente contra seu rosto, mãos tocando seu corpo com a intenção de chamar sua atenção. Um sorriso brotara no rosto do moreno automaticamente e suas mãos juntavam-se às dele.

-Era essa minha surpresa, Hyung? –Quis rir com a frase e ergueu levemente o corpo para beijar o homem a sua frente.

-Não exatamente, eu achei que já estivesse aqui.

-Teve um problema do tamanho do mundo na empresa e tive que correr, eu achei que só voltava amanhã ou depois. –O mais novo sorrira com a retribuição do beijo e sentou-se no sofá logo ao lado dele, encarando-o deitado ali com certa admiração.

-Eu também, mas para minha alegria o plantão foi menor do que eu esperava, e adivinha, vou passar uma semana com você.

-Você 'tá brincando. –O sorriso não coube bem em seu rosto tamanha sua surpresa, Taekwoon não evitou sorrir também e sentou-se de frente para ele.

-É sério, é aquela coisa que te falo que alguma hora seu esforço é recompensado mesmo que não pareça, eu me dei bem só por cuidar de meus pacientes sem reclamar dos casos ruins.

-Uau, e o que seria para você casos ruins? –Agora que acostumara-se com a luz o mais velho notava a bagunça que estavam os cabelos platinados do outro, dando-lhe um lindo ar rebelde.

-Experimenta ficar a tarde toda fazendo exames de fezes, medicina também tem seus lados desagradáveis Ravi.

-Que nojo! Às vezes não te entendo como você aceita essas coisas, pra minha alegria desisti desse caminho a tempo. –O mais novo cruzava as pernas ocupando menos espaço no sofá permitindo que as pernas do mais velho se esticassem uma de cada lado de seu corpo.

-Por amor à profissão, você sabe disso, e olha só o que eu ganhei, uma semana inteira contigo pra minha alegria. –Aproximou os rostos ao inclinar o corpo colocando suas mãos nos ombros dele.

-Hm, poderíamos tirar um certo atraso o que acha? –Wonsik levou as mãos à cintura do moreno e os lábios ao seu pescoço fazendo-o conter um suspiro.

-Eu te trouxe um presentinho, está lá na cozinha. –Imaginou que com alguma fala relacionada à comida faria-o afastar-se de si num pulo. Erro feio, erro rude.

-Hm, pra minha alegria meu melhor presente já está aqui. –Antes mesmo que o mais velho pudesse sorrir com a resposta seus lábios foram atacados com voracidade, o peso do corpo menor fez-se presente sobre o seu o fazendo deitar no sofá e abraçá-lo com firmeza.

-Bobo você, sabe que eu não gosto de fazer isso no sofá, é desconfortável.

-Depois do que eu te fiz fazer no banheiro do hospital vai falar que isso aqui é ruim? –Taekwoon revirou os olhos com a frase arrancando uma risada sincera dele, que logo sumia assim que o moreno mordeu os lábios sentindo seu abdômen ser arranhado por baixo da camisa.

-Você que é um filho da puta Ravi, quis que eu fizesse sexting no meio do plantão e ainda com fotos? –Resmungou com os risos convencidos do outro, tentava não gemer com os beijos molhados em seu pescoço. Tarefa dificílima.

-Eu que te ensinei a gostar de sexo por telefone, sexting não devia ser um problema.

-Ficar duro num ambiente hospitalar pra mim é um problema, idiota.

-Adoraria ter visto sua cara, mas que tal colocarmos aquelas mensagens em prática meu Leo?

Quando o moreno percebia nenhum dos dois estavam usando roupas de cima, sorriu deixando o resto pra lá e parou para admirar o dorso nu de seu amado antes de atacar seus lábios novamente. Pouco a pouco as pegadas ficavam mais fortes deixando marcas avermelhadas em ambas as peles claras, o beijo era intenso e caloroso, permitindo escaparem gemidos deles.

-Vai pagar seu atraso, doutor? –A frase era solta ao pé do ouvido do médico seguida de uma leve mordida em seu lóbulo.

-Pago o que você quiser, gostoso. –Os dois sabiam que era quase sempre uma briga para decidir quem seria o passivo, alguém teria que ceder. E dessa vez não seria Taekwoon.

Os dedos do moreno acompanharam o desenho de cada uma das tatuagens do outro, havia decorado cada pedacinho dele, não precisava estar de olhos abertos para desenhá-las. Wonsik levou uma mão às costas do outro o puxando para mais perto de si, porém o moreno usou da mesma estratégia jogando seu peso contra ele o fazendo deitar.

Os beijos desceram até seu peito acompanhados de olhares nada castos e sorrisos sacanas, as mãos do moreno invadiram sua calça, que já estava formando volume embaixo de si. Fez movimentos ainda lentos com as mãos e foi descendo o corpo sem parar de olhar para ele.

-Você está safado hoje Leo, adoro você assim.. Hmm AAH!

O mais velho descia os beijos do abdômen até a virilha antes de tirar suas últimas peças de roupa, o outro só conseguiu gemer alto quando Leo substituíra as mãos pela boca. Ouvi-lo gemer e se contorcer daquele jeito enquanto subia e descia devagar deixou-o mais excitado e não pôde evitar tocar-se também.

Quando sentira o corpo dele tremer devido à proximidade do ápice o soltou sorrindo o mais safado que conseguiu e sem dizer uma palavra, Wonsik resmungou, mas estava sentindo tanta falta e necessidade de seu Hyung que não iria incomodar-se de ser o passivo.

Meneou com a cabeça dando a resposta, o mais velho voltava a beijar seu pescoço e levava sua mão até sua entrada, é lógico que eu não faria nada para machucar seu amado. Adentrou dois dedos lentamente e investiu-os com certa força, Wonsik gemeu alto abraçando-se a ele e quase que automaticamente suas mãos foram até seu cinto libertando-o das roupas restantes.

-Tem certeza de que quer ser o passivo? –No instante que se posicionou sua voz soou preocupada e recebeu um beijo carinhoso em resposta.

-Tenho sim, eu te amo... Agora vai logo com isso antes que eu me arrependa. –Fez uma breve pausa e falou a última muito rápido, recebeu um sorriso atrevido e um beijo caloroso para distraí-lo da dor.

Cuja não se fez presente quase que em momento nenhum, os dois criaram seu ritmo perfeitamente independente de estarem no sofá ou na cama. Os gemidos de prazer preenchiam a sala junto ao cheiro de suor e sexo, enquanto Leo acelerava os movimentos como podia Ravi arranhava suas costas deixando marcas.

-Aahmm R-Ravi eu vou...

-Hmm Leo, mais r-rápido... eu também...

O ápice de ambos veio quase ao mesmo tempo e caíram exaustos um sobre o outro ali mesmo, sorriram enquanto sentiam aquela sensação maravilhosa passar e se separavam com calma, mas sem sair da posição.

-Eu estava com tanta saudade disso. –As mãos tatuadas foram ao rosto do mais velho o puxando para um beijo calmo.

-Eu também, você é uma delícia Ravi, por dentro e por fora.

-Que piada horrível, prefiro as minhas. –Os sorrisos largos estreitaram-se sem se desfazerem, os olhares fixaram-se os permitindo parar para admirar um ao outro.

-Você me faz tão bem Wonsik.

-Taek você não é de ser romântico, por que diz isso? –Sua expressão mudara para uma preocupada.

-Você não tem ideia de quanta dor e sangue eu vi hoje, tive que operar às pressas uma menininha de dez anos, me senti tão mal.

-Nossa, o que aconteceu?

-Um bêbado filho da puta acertou um ônibus no cruzamento e ele capotou, tinha várias crianças nele.

-Perderam alguém hoje? Que cara é essas? –Seus dedos seguravam uma lágrima antes desta cair. Leo amava o carinho que o outro tinha consigo, ainda mais que só permitia-se chorar na frente dele e de mais ninguém.

-Ainda bem que não, a garotinha ficou bem, eu consegui salvá-la.

-Então por que toda essa preocupação no seu olhar meu amor? –Mesmo quando tentava ser poético o moreno apenas ria soprado.

-Um amigo meu deu entrada no hospital e eu pedi para ser o médico atendente, estou com medo de que ele tenha algo muito grave, dava pra sentir a preocupação no olhar dos filhos dele.

-Não se preocupe meu amor, você é o melhor médico do mundo e vai se dar bem, você sempre consegue.

-Melhor do mundo é? –Ajeitou-se ao lado dele deitando sobre seu ombro e recebendo alguns cafunés, o sofá era largo o bastante para isso ainda.

-Sim, e mais gostoso também, pra minha alegria só meu. –Riu com o comentário e depositou um selinho nos lábios dele, sorrindo-lhe sacana em seguida.

-Acho que precisamos de um banho não?