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História Forget You - Amo-te hoje e sempre


Escrita por: Garota_Kawaii

Capítulo 1 - Amo-te hoje e sempre


Olho-me mais uma vez no espelho,meu rosto estava extremamente vermelho. Tento tirar as pequenas lágrimas que caiam contra a minha vontade.

Eu estou com a minha melhor vestimenta, ou na verdade a roupa que Tarik havia me dado, segundo ele ficava lindo em mim. Encaro meus olhos e dou um pequeno sorriso, me lembrando de alguns momentos.

Flashback On

Paro na frente da casa de meu melhor amigo, suspiro antes de bater em sua porta, me sentia estranhamente com frio ma barriga, estava usando as roupas que ele me dera, talvez seja apenas pensamentos bobos. Bato na porta. Fico esperando por uns segundos e ele logo aparece na porta. Tarik estava lindo. Cabelos arrumados, uma camiseta preta, calça jeans colada e seus tênis.

-Tira uma foto de dura mais- meu rosto arde com o comentário e o vejo me observar mais- Reconheço essa roupa- pega em minha mão com cuidado e me gira- Ficou perfeita em você.

-Obrigado, Pac- abaixo a cabeça pelo contrangimento- Então, quer ir aonde?

-Parece um encontro- ele riu, enquanto eu me envergonhava mais ainda- Ei, calma só estou brincando- levantou minha cabeça, me fazendo dar um meio sorriso- Daremos uma volta a cidade, com direito a tudo.

- Até sorvete?- eu e ele sabiamos que eu amava sorvete. Então o vejo apenas assentir com um sorriso enorme no rosto. Em seguida pega em meu braço, puxando-me.

Andamos até a praça principal que não era muito longe dali. Procuramos aquelas maquinas de sorvete americano pela praça gigante, após isso nos sentamos em qualquer banco vazio. Foi quando prestei atenção no clima. Estava fresco, tinha quase certeza que iria chover quando olhei para o céu e não vi quaisquer estrelas.

-Mike?- tirou-me de meus pensamentos com um olhar brilhante.

-Fala, moço.

-Quero ir naquele lago que você me levou uma vez- fez um biquinho.

-Esta tarde- ergo as sombrancelhas.

-Mas eu quero ir- fez seu rosto mais fofo.

-Ta bom- revirei os olhos. Ele comemorou.

Andamos por vinte minutos até chegar a uma estrada de terra que dava entreda a uma floresta, eram 21:45 e estava muito escuro.

-Mudei de ideia- tentou dar meia volta, mas o empedi.

-Chegamos até aqui, senhor Tarik- peguei meu celular no bolso e liguei a lanterna.

-Mas eu tenho medo de escuro, Mike- nunca entendi esse medo, mesmo que ele tivesse 18 anos ainda assim não dormia de luzes apagadas, já testemunhei algumas vezes.

-Eu seguro sua mão- ele respira e pega na minha mão.

Adentro a estrada, seguindo o caminho de barro e depois uma grama ja pisada entre as árvores. Algumas vezes sentia Pac apertar meus dedos, com medo.

-Quer voltar?- pergunto, apontando a luz em seu rosto, para vez sua expressão.

-N-não.

-Certeza?

-Sim, Mike- me viro para frente e volto a guia-lo.

Depois de um pequeno tempo andando, vejo pequenos vagalumes, iluminando o lago.

-Chegamos- o puxei para nos sentarmos no chão e admirar a paisagem.

-Aqui é tão lindo- diz observando cada detalhe.

-Eu sei, mereço todo o mérito- digo convencido.

-Nem pense em fazer isso- diz em tom de alerta para que eu não continue com a brincadeira.

-Mas fazer o que se foi eu que achei esse lugar lindo- continuei.

Demos início a uma competição de quem conhecia lugares encantadores, como o morro do outro lado da cidade ou o parque abandonado mais engraçado da cidade.

-Mas então, como veio parar no meio de uma mata com um lago extremamente incrível?- o olhei, recebendo reciprocidade.

-Em uma das brigas dos meus pais- suspirei- Eu sai de casa, não querendo ouvir as baixarias deles dois. Comecei a caminhar pela cidade até que encontrei essa mata e comecei a andar por aqui. Bom, aí acabei achando esse lugar.

-Seus pais ainda brigam muito?

-Você não tem noção do quanto- ri sarcástico.

-Sabe...- colocou a mão na minha- eu vou estar aqui, sempre

-Eu também.

Nos encaramos por minutos em silêncio, apenas ouvindo os grilos ou o barulho da água se mexendo vagarosamente com o vento gelado.

-Como foi seu primeiro beijo?- Pac perguntou

-Todos dizem que é horrível, mas não foi para mim- digo, observando-o.

-É, é o que dizem...- o vejo ruborizar e abaixar o olhar.

-E o seu?- pergunto.

-Para ser sincero eu não tive essa oportunidade- mordeu os lábios, olhando para os lados envergonhado

-Sério?

-Não estava preparado- riu baixo.

-Como assim?

-Sabe como é, a gente sempre é julgado na escola, já tinham motivos suficiente para me zoarem, imagina se eu não beijasse bem e isso se espalhasse?

-Sei como é... Seria mais um motivo?

-Sim, então sempre evitei- suspirou. Fico um tempo o observando- Queria saber qual a sensação.

Continuo o analisando, começando pelos olhos comumente brilhantes até chegar em seus labios, finos e rosados. Passei uma das mãos em seu cabelo e deslizei até seu rosto macio, esfreguei o polegar sobre sua bochecha, sentindo que estávamos próximos demais e então me impulsiono para frente colando nossos lábios em um selinho demorado. Quando volto a o olhar ele parecia mais lindo que antes e não demorou muito para que ele avançasse em minha boca, pedindo mais contato. E após isso, em minutos estávamos deitados na grama, acariciando um o rosto do outro.

-Você beija bem- o elogio- Ia dar o que falar sobre você.

-Como assim?- se apoiou no próprio ombro me observando.

-Imagina seu beijo ser um assunto entre o pessoal da escola? Ia até sair no jornal "Maior beijoqueiro"

-Você não disse isso!- começou a rir, o que me contagiou também.

Flashback Off

Eu menti para ele, eu nunca havia beijado, e mesmo se tivesse eu sentia que queria que aquele beijo fosse o único que eu quisesse para minha vida, foi um pensamento tolo. Na minha cabeça esse beijo teve um significado, pena que pra ele foi apenas um beijo no meio de outras garotas que ele pegou depois disso.

Caminho para fora do meu quarto, indo até a sala. Vejo minha mãe deitada desajeitada no sofá, enquanto na televisão passava mais um programa de culinária.

-Eu te amo mãe- sussurro apertando os lábios em um sorriso.

Volto para meu quarto. Me ajoelho na frente da cama e pego uma caixa que a em baixo da mesma. Procurando o que tanto queria.

Flashback On

Ligação On

Pac: Vamos sair, Mike?

Eu: Pra onde?

Pac: Uma balada que tem no centro da cidade

Eu: Você sabe que não curto baladas, Pac.

Pac: Por favor, eu não quero ir sozinho.

Eu: Ta bom.

Pac: Ebaaaa… te vejo depois.

Ligação Off

Revirei os olhos e fui para o banheiro. Tomei um banho e me enrolei na toalha. Sai de la abrindo meu guarda-roupa e peguei a primeira peça que vi. Me arrumo e coloco meus tênis.

-Filho- minha mãe entra no quarto- Seu amigo está aqui.

Quando menos espero ele aparece entrando e minha mãe sai do local. Pac estava com uma expressão estranha e uma caixa em suas mãos.

-O que é isso?- o olho estranhando. O moreno senta na cama e abre a caixa, estava cheias de fotos nossas e alguns chocolates.

-Feliz dia do amigo!!- diz todo animado. Confesso que foi incrível ver todas as nossas fotos, nossos momentos, então eu sorri e gritei empolgado vendo o quão fofo aquilo era.

-Você é o melhor amigo do mundo- peguei a caixa e instantaneamente olhei para a parede em cima da cabeceira de minha cama onde havia um vazio completo, coberto apenas pela tinta verde- Podemos colocar na parede.

-Podemos- sorriu grande, abrindo uma gaveta procurando por fita adesiva- Temos um tempinho para planejarmos isso.

Começamos a colar as fotos de forma instantânea, estava tudo bagunçado, mas tinha meu rosto e o dele por todo lugar. Parei no meio da cama quando percebi que tinha ficado uma decoração bonita.

-Nunca vai esquecer de mim- parou no meio da cama na minha frente.

-Nem tem como- rimos juntos até que o som foi diminuindo e acabamos por ficar nos olhando. Era a primeira vez que ele me olhava como me olhou no lago, e foi quando seu rosto se aproximou do meu e me deu um selinho rápido.

-Agora vamos para a festinha, Mike- sorriu de lado, arrumando meus cabelos.

-Vamos

-Sim.

Descemos as escadas nos despedindo da minha mãe e saímos. Ele me guiou até a tal balada. Quando chegamos, entramos e vimos o de sempre... pessoas bêbadas se esfregando umas nas outras.

-Que lugar horrível Pac- digo em seu ouvido. Meu comentário o faz rir.

-Só de divirta, Mike.

-Oi gatinho- uma garota aparece, dando em cima do Pac- Vamos dançar- ela o puxou para pista de dança.

Me sento em uma das cadeiras que haviam ali. Fico observando Pac dançar com aquela garota. Agora a música que antes era agitada, ficou calma. Tarik se aproximou dela e aos poucos seus lábios estavam um no outro. Meu sangue ferveu e meu coração apertou, quando iria me levantar escuto uma voz.

-Gosta dele?- apontou discretamente para Pac.

-Não.

-Não é o que parece- o rapaz que tinha olhos azuis e cabelos loiros da um gole em sua bebida.

-Quem é você?- pergunto.

-Rafael, mas pode me chamar de Cellbit- sorriu.

-Ele é meu melhor amigo- explico, quase sentindo meu coração sair pela garganta.

-Esta apaixonado pelo seu melhor amigo?- pergunta dando uma leve gargalhada.

-Não estou apaixonado por ele!- digo impaciente.

-Você não vê né- deu um sorriso sarcástico- Eu sei que ai- apontou para meu coração- Ta tão acelerado que parece que uma hora só vai parar.

-C-como/

-Eu percebo tudo- me ofereceu a bebida dele.

-Mas não estou apaixonado- bebi o líquido que continha ali de uma vez.

-Paixão é complicado, já vi muita gente morrendo de amores, principalmente depois de um beijo esperançoso.

-Ele nunca me beijou.

-Claro que não, foi você que o beijou- olho para ele surpreendido e apenas ouço sua risada- Quer outra bebida?- pergunta, direcionando o olhar para o bar.

-Vou precisar.

Flashback Off

Seguro a corda em minhas mãos e deixo uma lágrima cair, era minha última chance, e eu queria desistir. Me certifico que a corda não vai se soltar e tranco a porta de meu quarto.

-Então é isso- encara a corda.

Antes de colocar sobre meu pescoço passo a me lembrar de outro momento com Pac, ou quase isso.

Flashback On

Abro meu Snapchat e vejo que tem uma notificação de Tarik. Abro e começo a ver o que ele tinha postado.

Pac estava em uma balada e pelo que parece era com os mais novos amigos dele. Desde que começou a mudar seu jeito, conheceu pessoas novas e agora só anda com elas. Não recebo mais mensagens com convites ou perguntando se estou bem.

Vejo o último Snap dele. Admito que deixei uma lágrima cair. É uma garota...Ela o beija e quando se separam, Tarik da um de seus melhores sorrisos-maldito sorriso- e beija várias vezes seu rosto, olhando-a de um jeito apaixonado.

-Tudo bem, Mike?- Cellbit entra no quarto. Desde que Pac me abandonou, Rafa anda me ajudando muito.

-Cell você estava certo- me levanto e abraço-o- Eu estou apaixonado pelo Tarik.

-Eu sei, mas o que houve?- pergunta acariciando meus cabelos.

-Pac está com uma garota. Ele estava com um olhar tão apaixonado, Cell- começo a sentir meu rosto a esquentar a cada lágrima que rolava.

-Se acalme, Mike- beijou o topo da minha cabeça- Eu estou aqui ok?

-Ele não...

1 mês depois:

Cellbit vinha me ver todo dia e por incrível que pareça ele conseguia me animar. Ele dizia sobre meu coração estar quebrado, mas que iríamos colar com fita cada pedacinho. Sempre me dando esperança.

-Tem alguém batendo na porta do quarto, Mike- estávamos jogados no chão do quarto, observando pequenas estrelas que eu e Rafael colocamos no teto.

-Abra- digo, com ar brincalhão.

-Folgado- se levantou e abriu a porta- Mike? É o Tarik.

Me levanto rápido, não acreditando nas palavras de Cellbit, mas logo vi a silhueta tão mudada de meu amigo.

-Quem é você?- Pac pergunta.

-Sou Rafa, melhor amigo do Mike- sorriu debochador. 

-Desde quando?- ergue as sombrancelhas.

-Desde quando você decidiu que eu não era mais necessário- faço questão de o responder.

-Eu nunca disse isso, Mike

-Claro que não- digo- Só ficou 1 mês sem ligar e perguntar se eu ainda existia

-Podemos conversar?- me olhou penetrante e depois olhou para Cellbit- A sós?

-Ele vai me contar depois- saiu do quarto. Pac fecha a porta e senta nos pés da cama. Ele ficou em silêncio, um silêncio insuportável.

-Por que não me ligou?

-Estava ocupado demais.

-Ocupado de mais indo as baladas?- me sento na cama, encarando-o.

-Eu só queria me divertir com gente diferente.

-Nunca te impedi disso, mas eu estava lá toda vez que você precisou e quando você decidiu que não compensava, me esqueceu- cruzei os braços.

-Não esqueci, Mike- tenta me abraçar, mas eu o empurro.

-Nem uma única mensagem, uma visita, não sei… Você me trocou.

-Eu não te troquei. Agora eu preciso dar mais atenção a minha namorada também- diz serio.

-Você está namorando?- pergunto, sentindo um aperto no peito. Ele concorda com a cabeça- Fico feliz de ser o último a saber. Agora você pode ir embora?

Me senti completamente desconfortável, tudo doia em mim, eu tentei ser o menos visível possível nisso, mas quando vi uma lágrima escorria. Droga!

-Por que está assim? Por causa da minha namorada?- riu debochador- Você sabe que o que tínhamos e o namoro foram coisas diferentes.

-Eu sei, você pode só sair?

-Por acaso você confundiu as coisas não foi, Mike?- segurou meu queixo querendo me olhar.

-Eu te amo, eu sempre amei

-O que?- ele teve pouca reação- Mike... Eu... Olha

-Sai daqui, por favor- peço, ele me olha parecendo ter pena e sai.

Quando ele fecha a porta, coloco as mãos no rosto e desabo em lágrimas... De novo.

3 semanas depois:

Eu e Pac éramos razoavelmente amigos. Estranho né? Não sei o motivo de concordar com isso, mas talvez fosse bom para minha superação.

Ligação On

Pac: Vamos tomar um sorvete?

Eu: Vamos.

Pac: Vou levar minha namorada, ta?

Eu: Vou levar o Cell.

Pac: Ta

Ligação Off

Me arrumo e ligo para Cellbit o convidando. Felizmente ele concordou. Em pouco tempo já estavamos nos quatro indo em direção a sorveteria. Tarik e a namorada, conversavam e andavam de mãos dadas, eu e Cell só conversavamos. Ele estava tentando evitar com que eu ficasse vendo os pombinhos se esfregando.

-Falou com o Felipe, Cell?- pergunto maliciosamente.

-Falei, Mike- corou- Ele me chamou pra sair.

-Serio???- estava super feliz.

-Sim- sorrio envergonhado.

-Meu melhor amigo está apaixonado- grito e depois começo a rir com a expressão dele. Percebo de canto de olho que Pac olhou para trás com uma expressão séria.

Quando chegamos na sorveteria, cada um pediu seu sorvete e nos sentamos em uma das mesas de la. Pac e a tal de Laura conversavam animadamente e eu e Cellbit apenas tomávamos o sorvete.

-Vou ir ao banheiro- Tarik se levanta.

-Hum- Laura me olha de um jeito estranho- Você é o melhor amigo do meu namorado?

-Sou apenas amigo agora- respondi tentando ao máximo ser educado.

-Quero deixar avisado que se você se aproximar muito dele, vou acabar com você- Cellbit ia falar algo pra ela, mas eu tampo sua boca.

-Como se eu me importasse com sua ameaça- digo com um sorriso debochador.

-Ele nunca te amará do mesmo jeito que me ama!- reviro os olhos- Ele não vai fazer as coisas que faz comigo quando estamos na cama e/

-Cansei- pego o resto do meu sorvete e jogo tudo na sua cabeça. Ela me olha com raiva.

-Por que fez isso, Mike?!- vejo Pac vir em nossa direção e pegar uns papéis.

-Ela que começou.

-Mentira, amor- diz fazendo uma cara de cachorro sem dono.

-Mike sai daqui, por favor.

-Mas Pac/

-EU NÃO QUERO MAIS TE VER OK? ME ESQUECE PORRA!- gritou e todas as pessoas olharam para nós.

-VAI ACREDITAR NELA?- gritei de volta, mas logo me acalmei- Você me conhece a tanto tempo e duvida de mim?

-COMO SE EU PREFERISSE ACREDITAR EM UM VIADINHO COMO VOCÊ!- continou alterado.

Aquilo não era uma briga, era humilhação, estava usando contra mim, quis que eu me sentisse menor que ele.

-Ok, o VIADINHO aqui vai embora- me levanto. Ele segura meu braço.

-Não foi o que eu quis dizer.

-Mas disse- peguei na mão de Cellbit e o puxei de la.

Saindo de lá ouço pessoas cochicharem sobre mim e a briga de agora, provavelmente me julgando.

Flashback Off

Sorrio sarcasticamente. Foi a última vez que o vi. Depois disso as coisas ficaram piores e tudo me fazia lembrar dele. Coloco à corda em meu pescoço e amarro firme. Olho para a cabiceira da minha cama e vejo nossas fotos, sorrindo, brincando, felizes.

Hoje é seu aniversário, Tarik. O garoto que conheci já não abita o corpo daquele jovem, aquele jovem amor.

Chuto a cadeira que está em baixo de meus pés. Cenas e flechs passam pela minha cabeça, tudo de bom e ruim. As brigas dos meus pais, o sorriso da minha mãe fazendo panquecas, Tarik e nosso primeiro momento, Cellbit com o namorado, e por fim eu vi o brilho dos olhos de Pac, mas logo se apagaram.

P.O.V Pac

Sinto uma dor agonizante em meu peito, como se eu tivesse feito uma coisa ruim que me traria consequência, ou a dor de perder algo, eu me senti vazio.

Ouço alguém bater na porta com força. Quando vou atender, vejo Cellbit com lágrimas no olhos e com um olhar de raiva.

-Você!- me deu um soco no rosto, em seguida outro do outro lado- Seu imbecil- subiu em cima de mim e começou a me socar, mas logo sua força foi acabando e ele saiu de cima de mim, encolhendo-se na parede e chorando alto.

-Rafael...- tentei me aproximar.

-Você matou ele- falou melancólico, aquilo foi a sensação mais horrível que eu senti vinda dele, nunca o vi triste, nem decepcionado, mas a dor em sua voz, apertaram meu coração.

-Eu o que?

-Ele ta morto!- jogou um papel em mim- ESTÁ MORTO!- levantou-se e foi embora rapidamente.

Pego o papel em minhas mãos e o desamasso devagar, com medo do que veria... Era uma carta. Coloco a mão em minha boca e sinto meu rosto arder.


"Feliz aniversário.

      Lembra o que pensávamos sobre aniversário? "Só mais um dia" sempre foi assim, mas nunca passamos em branco, nunca deixamos nada passar.

Você deve estar sabendo o que aconteceu agora, tenho certeza que Rafael vai cumprir com o que me prometeu, e não foi te bater. Ele sabia dessa carta, mas não sabia da minha escolha.

Você pediu para que eu te esquecesse e sim vou fazer isso, mas está tão difícil. Não se preocupe.
      A culpa não é sua, não.

Eu sempre acreditei que quem decide acabar com a própria vida é uma pessoa ingrata, até a dor ter me atingido, até a decepção vir. Eu quis tanto ser forte, mas algo tão simples como o amor me matou... Eu morri aos poucos. Eu sempre morri aos poucos e eu estava tentando consertar com cola e fita adesiva, mas adivinha? Não consegui.

Eu fui fraco.

E eu não lutei por você, eu podia ter tentado mais, eu podia sim! Mas dei tudo de mim, era tudo que eu tinha... Amor


Não foi suficiente, sinto muito atrapalhar sua vida. E sinto muito por deixar Cellbit. Para você não vai ser muito difícil ficar sem mim, já estava sem.

Sinto muito por te amar e deixar isso me destruir.

By: Mike"

Fico observando a carta por um tempo. Tentando processar tudo que li. Tinha uma foto impressa do computador de nós dois juntos, estávamos sorrindo, foi o dia em que fomos no parque de diversão, o dia que ele disse que me amava, mas eu não acreditei que era real, não acreditei no beijo, no carinho, no olhar e agora não tenho mais... Eu deixei o escapar das minhas mãos, eu disse que sempre estaria com ele, mas...

Eu devia ter notado antes, notado que ele também sentia algo, eu devia ter me assumido, eu devia ter o beijado mais. Como não pude notar que ele me amava? Eu poderia ter evitado tudo isso!

Se eu pudesse mudar isso. Eu posso mudar isso? Posso fazer algo por ele dessa vez?

'É… eu não aguentaria viver sem você, Mike… Logo te verei novamente'


Notas Finais


Eu espero que tenham gostado... To meio na bad '-' sorry <3


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