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História Forgive and forget - A insolência de Draco


Escrita por: MariSlytherin

Notas do Autor


Oi gente!
Queria agradecer todas as palavras de apoio nos comentários do último capítulo. <3
Enfim, mais um capítulo para vocês, espero que gostem, boa leitura!

Capítulo 53 - A insolência de Draco


 

Aquela semana havia sido uma semana com o clima tenso no Largo Grimmauld, talvez porque a cadeira ao lado de Draco durante as manhãs e os jantares estar vazia. Ninguém podia negar que todos haviam se acostumado a estarem em cinco moradores na casa e a presença de Severus fazia sim falta, principalmente para Draco. Ele estava morando com seu padrinho a quase três meses e tinha se acostumado a acordar todos os dias e ver sua cara mau humorada, a pedir conselhos quando precisava e coisas assim. Ele também não estava mais suportando ver Natalie andar com uma aparência abatida pela casa. Ela tentava de todas as formas disfarçar e dizer que estava tudo bem, mas era claro que ela não estava bem com aquela situação. Então Draco aproveitou que iria visitar sua mãe naquele dia e tentaria saber onde raios seu padrinho estava. Ele simplesmente não aguentava ver tudo aquilo acontecendo e não poder fazer nada. 

Draco sabia que sua mãe estava preocupada, ele conseguia ver as olheiras por causa das noites mal dormidas e a preocupação em seus olhos, mas sorria fraco para o filho, provavelmente para não preocupa-lo muito e para mostrar que estava tudo bem. Mas Draco conhecia sua mãe, sabia a fuga de Lucius havia tirado seu sono. 

- Vai ficar tudo bem, mãe. Estamos recebendo o máximo de segurança da ordem. - Draco falava segurando a mão da mãe. 

- Eu sei, Draco. Mas eu admito que tenho medo do que seu pai possa fazer. - Ela falou suspirando. - Eu amei seu pai, por isso eu sei que ele é um homem perigoso. 

- Eu sei que é, mas será que ele faria alguma coisa de ruim para nós? Afinal, somos a família dele... 

- Eu temo que não somos mais uma família, Draco. - Ela falou suspirando olhando profundamente para seu filho. - Eu entrei com um pedido para retirar o sobrenome de seu pai de meu nome. - Ela falou e Draco se surpreendeu. 

- Você está se divorciando dele? 

- Sim. Querido... Não vejo mais motivos para continuar com isso. - Ela falou sincera para o filho. 

- Mas com isso você não terá mais direito a nossa herança e... 

- Você terá, Draco, é a única coisa que importa para mim. - Narcisa falou passando mão delicadamente no rosto do filho e lhe deu um beijo na testa. - Você é um Malfoy legítimo e ficará com toda a fortuna de seu pai. 

- Isso tem alguma coisa a ver com meu padrinho? - Ele perguntou desconfiado, Narcisa corando levemente. 

- Severus? Por que teria? - Ela falou se fazendo de desentendida e Draco soltou um risinho. 

- Qual é, mãe. Não adianta negar que vocês estão tendo um caso, eu sei disso faz tempo. 

- Eu não nego, mas isso não tem a ver com Severus. Eu só não amo mais Lucius e não vejo motivos para continuar com o sobrenome dele por causa de sua fortuna. Tenho uma parte da herança Black, posso viver muito bem com isso. - Ela falou e Draco assentiu, mesmo ainda tendo certeza que pelo menos um pouco aquilo tinha a ver com a relação de sua mãe com Snape. 

- Você tem falado com ele? 

- Ele quem? 

- Meu padrinho, mãe... - Draco falou suspirando. - Eu até tinha esperanças dele estar aqui. 

- Não, ele não está. E sim, falei com ele. 

- E...? 

- Ele sendo ele mesmo, Draco. Já conversou com Dumbledore, já conversou comigo e parece não querer ouvir ninguém. - Ela falou desanimada mas Draco sorriu. 

- É claro! Ele esta em Hogwarts! - Ele falou animado. 

- Draco, eu sei o que você está pensando e eu te aconselho a não ir lá. Como eu disse, ele não ouve ninguém e você só vai irrita-lo. - Narcisa o advertiu e Draco deu de ombros. 

- Ótimo, meu hobby preferido. - Ele falou dando uma última mordida no biscoito que sua tia havia feito e se levantou. - Será que vai ter problema em entrar em Hogwarts nas ferias? 

- Você vai mesmo para lá, filho? 

- Claro, mãe. Eu não aguento mais aquela casa sem Severus. Parece que alguém morreu ou algo assim... Sem falar em Natalie. Não é justo o que ele está fazendo com ela! 

- Longe de mim achar justo, mas eu acho que eles deveriam se resolver sozinhos... 

- Natalie não vai falar com ele. Mas ele vai me ouvir mãe, nem que seja a última coisa que eu faça! - Draco falou determinado e Narcisa suspirou derrotada, sabia que quando Draco colocava uma coisa em sua cabeça ninguém conseguia tirar. 

Deu um beijo de despedida em sua mãe e aparatou em Hogsmade. Ao chegar nos portões de Hogwarts, a Diretora Minerva já o esperava. 

- O que faz aqui, Sr Malfoy? 

- Preciso falar com meu padrinho, diretora. 

- Com seu padrinho? Mas como...? 

- Minha mãe me falou que ele estava aqui. - Ele respondeu e a mulher levantou a sobrancelha. 

- Ele sabe que o senhor está aqui? 

- Não, mas eu preciso falar com ele. Você deve saber de toda a situação, espero fazê-lo voltar para casa. 

- Temo que sua visita está sendo uma perca de tempo, Sr Malfoy, porém vou deixá-lo entrar para ver se consegue colocar algum juízo na cabeça daquele homem. - Ela falou em um tom de voz severa e Malfoy sorriu. 

Andava lentamente pelo castelo vazio. Era estranho pois mesmo o castelo sendo destruído durante a guerra, tudo parecia estar no mesmo lugar, como se fosse seu primeiro dia do primeiro ano. Ao se lembrar disso uma nostalgia tomou conta dele, mas espantou os pensamentos pois tinha coisa mais importante a se pensar e seguiu até as masmorras. Ele parou em frente à porta da sala de seu padrinho, respirando fundo. Ele poderia estar assinando sua carta de suicídio por estar fazendo aquilo, mas ele pouco se importava. Bateu forte duas vezes e não demorou muito para um Severus Snape mau humorado abrir a porta. Quando os olhos negros encontraram Draco, Severus se surpreendeu. Receber a visita de seu afilhado era a última coisa que estava esperando naquele dia. 

- O que faz aqui, Draco? - Ele perguntou com a voz irritada. Draco olhou bem para o homem, estava claramente abatido, como se não dormisse a dias também. Por Merlin, aquilo tudo estava errado! Ninguém estava bem e as coisas deveriam se acertar logo! 

- Eu que deveria fazer essa pergunta, Severus, que porra você está fazendo aqui? - Draco perguntou, se sentindo irritado ao ver seu padrinho depois de tanto tempo. Toda aquela situação o irritava na verdade. 

- Olha o jeito como você fala comigo, garoto! - Ele falou e Malfoy bufou, passando por Snape e adentrando a sala do professor mesmo sem ter sido convidado. Snape suspirou derrotado, fechando a porta atrás de si. - Parece que todos agora acham que podem se dirigir a mim como bem quiser! 

- Está chateado por estar perdendo a autoridade que sempre teve? - Draco perguntou com um sorriso cínico no rosto, fazendo o sangue de Snape ferver em suas veias. 

- Como você se atreve a vim aqui me encher a paciência com sua falta de educação, Malfoy? - Snape perguntou possesso com a petulância que seu afilhado estava falando com ele. 

- Deixa eu te fazer uma pergunta, Severus: Como você se atreve a passar uma semana sem dar notícias e sem aparecer em casa depois de toda a porra que aconteceu no ministério? - Draco perguntou olhando sério para o homem, que fechou a cara com as palavras do menino. - Merlin, você tem uma filha e está agindo como se fosse um adolescente rebelde e... 

- QUEM É VOCÊ PARA SE METER NA MINHA VIDA, MALFOY? - Severus berrou e Draco revirou os olhos. 

- Graças a Merlin eu não sou seu filho. - Ele falou friamente e Severus já estava tremendo de raiva. Pegou um frasco de poção que estava em sua mesa e tacou na direção do garoto, que não teve dificuldade em se desviar do ataque. O vidro bateu na parede e se espatifou no chão em mil pedaços. - Está nervoso, padrinho? 

- Saia. Daqui. Agora. 

- Não, eu não vou sair, Severus. Você pode ignorar Dumbledore, você pode ignorar minha mãe, mas você vai me ouvir! - Ele falou decidido olhando para os olhos raivosos de seu padrinho que lhe dava arrepios, mas sabia que por mais bravo que o homem estivesse ele não iria fazer nada a Malfoy. Quem sabe jogar outra poção em cima dele... - Eu posso não ser seu filho, eu posso não ser ninguém para se meter na sua vida, mas sou eu quem esta vivendo no Largo Grimmauld. Sou eu que estou vendo o quanto sua filha está sofrendo... E sabe, ela é bem parecida com você. - Snape pareceu congelar com as palavras de Draco. - Ela tenta esconder seus sentimentos, fala que tá tudo bem, mas todo mundo sabe que não está tudo bem, não é Snape? Essas suas olheiras... Você não dorme a quantos dias? 

- Isso não te interessa, Malfoy. - Ele rosnou as palavras e Draco bufou. - Não vou ficar ouvindo lição de moral de um garoto de 18 anos! 

- O que estou querendo dizer, padrinho, é que você precisa voltar para casa. Eu não sei o que se passa na sua cabeça e sinceramente eu não tento mais entender... Mas eu sei que você precisa se acertar com Natalie. - Ele falou em um tom mais baixo e suplicante. 

- Quem te viu quem te ver, Draco, se preocupando com os Potter. 

- Parece que temos muito em comum, não é? - Ele sorriu irônico. - Mas é claro, Natalie não é uma Potter e eu também me preocupo com você. Parece que você próprio sabota sua vida, Severus. Por Merlin, de uma oportunidade de uma vez na vida ser feliz! Você não pensou que poderia finalmente ter uma família? 

- As coisas não são tão fáceis Draco, Natalie nunca me verá como pai... 

- Você nem deu a oportunidade para ela, Severus! - Draco falou alto, suspirando cansado. Severus não falou nada, apenas ficou o olhando furioso. - Você já perdeu uma vez a mulher de sua vida, não vá perder a segunda... - Draco falou friamente e se virou para sair, mas quando estava na porta, virou para falar uma última coisa. - Ah, e nem a terceira... Já que minha mãe realmente se importa com você. - E sem falar mais nada saiu batendo a porta. 

Draco saiu da sala de Snape e soltou um longo suspiro. Aquilo havia sido ousado de sua parte, não podia negar. Nunca havia enfrentado seu padrinho daquela maneira mas foi um mal necessário. Severus era praticamente como um pai para ele e ele tinha um grande carinho por Natalie, sem contar o quanto aquilo estava atingido seu namorado... Queria que tudo se acertasse para todo mundo voltar a ficar bem de novo. 

Snape visualizou Draco sair de sua sala batendo a porta e ficou imóvel por alguns segundos. Ficara chocado com tal insolência do garoto. Vir em sua sala e querendo dar lição de moral para cima dele havia sido um ato de grande coragem. Mas Snape não pode negar que absolutamente todas as palavras de Draco o atingiram o seu íntimo mais profundo. Não sabia como mas todas as suas palavras haviam feito sentido. Ele simplesmente não deu sinal de vida, não voltou para o Largo Grimmauld e para ser sincero, havia perdido a noção do tempo. Ele realmente não dormia direito a dias, mal comia e mal saída de seus cômodos e na verdade não tinha a mínima ideia de que já havia passado uma semana desde o ocorrido. Ele não pensou em Draco tendo que lidar com a situação na casa, sem contar na fuga de Lucius. Não pensou na ordem que com certeza estava tendo um trabalho danado para conseguir resolver os problemas dos comensais e não pensou sentimentos de Natalie, no que a garota estava passando. Ouvir com todas as palavras que Natalie estava sofrendo por causa dele o atingiu bem no coração. E também havia Narcisa. Nesses últimos dias ela era a única pessoa que ele via, ela que sempre esteve ao lado dele e agora ele não sabia mais qual que era a real relação dos dois, já que o próprio Draco já estava a par das coisas. Realmente, ele não pensou nas consequências de seus atos... Ele estava preocupado o quanto ele estava sofrendo e como ele lidaria com tudo aquilo. Ele fechou os olhos e socou forte sua mesa, fazendo algumas poções pularem e caírem no chão. Maldito Dumbledore! Aquele velho mesmo morto sempre tem razão... Ele de fato estava sendo o maior egoísta do mundo. 
 


Notas Finais


Draco ousado nesse capítulo hahaha no próximo tudo vai se resolver gente, to escrevendo ele porém meu processo de escrita tá bem lento ultimamente, então pfvr tenham paciência e não desistam de mim <3
Beijos e até a próxima!


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