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História Forgive and forget - Forgiveness


Escrita por: MariSlytherin

Notas do Autor


GENTEEEEE QUE SAUDADES DE VOCÊS!!!
Finalmente consegui um tempo pra vir aqui e postar para vocês!
Espero que vocês curtam esse capítulo! Boa leitura!

Capítulo 54 - Forgiveness


Apesar de seu irmão não ter aberto o bico sobre ele e Draco estarem juntos, Natalie se sentia feliz ao ter contado sobre o relacionamento dela e de Remus, pois eles agora não precisavam se esconder nos cantos para se beijarem, trocarem carinhos ou falar alguma coisa mais carinhosa um para o outro. Eles estavam na sala, conversando carinhosamente um com o outro, bem próximos, quando Harry o pegou juntos pela primeira vez. Ele havia ficado vermelho e sem graça pela situação, apesar de já saber de tudo ver com os próprios olhos era bem diferente, mas no fim ele acabou lidando bem com a situação. Conversou com Remus e falou que estava muito feliz por ele estar com sua irmã, e que tinha certeza que ele a faria feliz. Parecia que naquele dia a tensão na casa havia diminuído um pouco, talvez por Natalie e Remus demonstrarem estar tão apaixonados. Harry e Draco mesmo trocavam olhares cúmplices, e sorriram um para o outro quando Remus disse para Natalie: "Minha linda, passe o suco de abóbora", e Natalie sorriu e disse "Claro, amor". Aquelas simples demonstração de carinho pareciam deixar a casa mais leve e alegre. 
Natalie aquele dia não fez questão nenhuma de esconder que ia dormir no quarto de Remus, e no dia seguinte ela amanheceu com o lençol macio cheirando a Remus Lupin emanharado em seu corpo. Sorriu e abriu os olhos. Nem sinal de Remus na cama, mas logo ouviu o som da água no chuveiro caindo. Sorriu maliciosa com uma ideia na mente. Se espreguiçou na cama e logo se levantou. Tirou a calcinha que era a única peça de roupa que estava usando e seguiu para o banheiro. Sem aviso prévio ela simplesmente adentrou o box, surpreendendo um Remus distraído no banho. 

- Bom dia, meu amor. Vim te fazer companhia. - Ela falou sensualmente e Remus a olhou de cima a baixo. 

- Merlin, eu sou o homem mais sortudo do mundo. - Ele falou e Natalie riu, se aproximando dele, sentindo a água cair em seu corpo. 

- Sim, você é. - Ela falou sorrindo safada, enquanto deixava seu corpo todo ficar molhado. 

Remus praticamente a devorava com os olhos. Ela retribuiu o olhar, em seguida passou as mãos pelo cabelo longo de um jeito sensual. Remus simplesmente não conseguia resistir aquilo, ele prensou o corpo de Natalie na parede gelada, fazendo todo o corpo da menina arrepiar. Tomou sua boca em um beijo nada calmo, passando a mão urgentemente em todo corpo da menina. Natalie agarrou sem dó o cabelo do homem, o puxando mais para si. Quando ficaram sem ar, o homem desceu sua boca até o pescoço da menina, dando mordidas e chupões, arrancando suspiros de Natalie. Suas mãos pousaram nos seios da menina, os massageando. Natalie já conseguia sentir a ereção de Remus em seu corpo, então arranhou todo o peito e abdômen do homem, chegando até seu membro, o agarrando e começando a masturba-lo. Isso só fez com que ele apertasse ainda mais as mãos nos seios de Natalie. Naquela manhã eles não estavam nem um pouco gentis, muito pelo contrário. Natalie sentiu Remus a puxar, movimentando seu corpo para ela ficar de trás para ele. Ela sorriu apoiando suas mãos na parede e empinando um pouco a bunda, Remus a apertando fazendo Natalie soltar uma exclamação. Não demorou muito para ela sentir o homem penetrar sua intimidade, dando estacadas fortes e rápidas fazendo Natalie perder o fôlego. O ritmo estava intenso e nenhum dos dois controlavam mais os gemidos de prazer que saiam de suas bocas. Com o ritmo acelerado que eles estavam, não tardou muito para o orgasmo chegar, levando os dois a loucura. Natalie se virou e se agarrou no pescoço de Remus, que ainda estava ofegante, beijou sua boca, dando leves passos os levando até debaixo do chuveiro. 

- Estou ficando muito mal acostumado com sexo matinal todos os dias, Natalie. - Remus falou e Natalie riu. 

- Você vai ter que fazer esse grande esforço por mim pelo resto de sua vida, Senhor Lupin. - Natalie falou e Remus a olhou intensamente. Eles nunca haviam conversado sobre o relacionamento deles desde que resolveram ficar juntos, sobre o que eles eram, para onde aquilo os estavam levando, mas era muito fácil pensar em passar sua vida inteira ao lado de Natalie. 

- Eu faço esse esforço por você. Vamos tomar banho direito agora? 

- Claro. - Ela falou sorrindo. 

Eles saíram do banho algum tempo depois e decidiram se trocar para ir tomar café da manhã.

- Natalie, você sabe onde está minha camise... - Ele falou saindo do banheiro mas parou de falar quando entrou em seu quarto e viu que Natalie estava de calcinha e com sua camisa social que não cobria praticamente nada de suas pernas. 

- Comigo, claro. Não sei onde foi parar meu pijama. Acho que já estava sem ele quando vim pra cá ontem. - Ela falou dando de ombros. - Vem, vamos descer. 

E antes que o homem pudesse falar alguma coisa, Natalie já estava no lado de fora do quarto. Ela descia as escadas despreocupadamente mas parou quando sentiu que Remus não a seguia. Ela se virou e ele estava a uns cinco degraus de diferença enquanto ela já havia chegado ao primeiro andar. 

- Algum problema? 

- Nenhum... Só estou admirando o quanto você fica sexy com a minha roupa. - Ele falou e Natalie sorriu sentindo seu coração disparar como se ela fosse uma adolescente de 15 anos ouvindo a primeira declaração de seu namorado. É, Remus causava essas sensações que até ela havia esquecido que existiam. O homem desceu os degraus ficando de frente para a menina.

- Apesar que eu prefiro você sem. 

Ela sentiu todo seu lado racional sendo deixado de lado atacando a boca de Remus no segundo seguinte. Merlin, eles haviam acabado de fazer sexo mas parecia que o fogo não tinha limites. Remus a prensou na parede de madeira atrás deles, passando a mão nas coxas nuas de Natalie. Ela arranhava suas unhas compridas nas costas do homem, deixando um notável caminho vermelho em sua pele. Mas o berro que eles escutaram logo em seguida foi como um balde de água fria que apagou o incêndio que havia entre eles. 

- O QUE SIGNIFICA ISSO? QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO? - O susto que Natalie levou foi descomunal. Ela empurrou Remus com toda a força de pode, desequilibrando o homem, que também assustado, olhou aterrorizado para um Severus Snape que parecia ter sido possuído por um demônio de tão raivoso que ele aparentava estar. - O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO AGARRADO NA MINHA FILHA, SEU LOBISOMEM IMPRESTAVÉL? 

Os berros com certeza poderiam ter sido ouvidos pelos vizinhos, se eles não fossem trouxas. Natalie ficou tão sem reação por tudo, mas principalmente pelo "minha filha" que nem um "a" conseguiu sair de sua boca. Remus parecia assustado com a situação. Snape que era sempre tão centrado agora parecia que havia sido tomado por um berrador. Mas agora que ele olhou a situação poderia entender o homem. Natalie estava semi nua, com sua camiseta... Isso fazia com que ele estivesse sem camiseta, e com um arranhão selvagem em suas costas, e os dois pareciam sair do banho... Do qual haviam tomado juntos. Snape não era idiota, ele sabia exatamente o que estava acontecendo ali por isso que ele estava tão possesso. 

- Severus... É... Calma... Eu e Natalie, hm... - Ele falava mas na verdade não sabia como colocar aquilo em palavras. Enfim seu maior pesadelo havia virado realidade: enfrentar o pai de Natalie, mesmo ele nunca imaginando que seria Severus Snape e não James Potter. 

- CALMA? Calma? Eu acabo de ver minha filha e você quase se comendo no meio do corredor e você quer que eu tenha CALMA? - Severus falava com os punhos cerrados. - O que está acontecendo entre vocês? - Remus engoliu em seco e Natalie bufou, saindo no choque. Afinal, quem Snape pensava que era pra ficar pedindo explicações? Ele não tinha moral para isso, não depois de tudo o que ele a fez passar. E de qualquer forma, se tinha uma coisa que Natalie odiava era dar satisfação da sua vida pra alguém. 

- Escuta, Snape, quem você pensa que é pra falar assim com Remus ou comigo? O macho alfa da família? Baixa sua voz aí, querido! - Natalie falou pela primeira vez, e vendo que suas palavras atingiram Snape, ela decidiu provoca-lo, já que ele estava tão incomodado com a situação. - Mas já que é tanto do seu interesse, eu vou te disser: Eu e Remus estamos namorando, transando, trepando, fazendo sexo, se amando... Ou o jeito que você quiser disser. O que importa é que estamos juntos... A algumas boas semanas se quer saber. - Ela falou e Snape parecia que ia ter um surto psicótico ali mesmo. 

Remus lançou um olhar horrorizado para Natalie, como se quisesse dizer: "você é louca, ele vai me assassinar"? E Remus tinha certeza que ele já era um homem morto quando Severus tirou a varinha das veste e lançou um feitiço na direção de Remus, que desviou por pouco. Estava desarmado e pouco poderia fazer naquela situação. 

- ELA É SUA AFILHADA, LUPIN! Você deveria a proteger e não ir para cama com ela, seu grande imbecil! - Snape gritou e não demorou muito para Harry e Draco aparecerem nas escadas, entendendo qual era a natureza dos gritos que ecoavam pela casa inteira. Quando Snape ameaçou lançar mais um feitiço em direção a Remus, Natalie se colocou na frente do homem. 

- Expelliarmus! - Ela gritou e a varinha de Snape veio até sua mão. Eles trocavam um olhar raivoso. - Que porcaria você veio fazer aqui, Snape? 

- Eu vim conversar com você, Natalie. Eu só não esperava ver essa pouca vergonha no meio do corredor! 

- Por que você se importa tanto com isso? - Perguntou Natalie indignada de braços cruzados. 

- Você ainda pergunta? Por Merlin, Lupin tem idade para ser seu pai... E ele é seu padrinho e... ARGH, ele é Remus Lupin! - Snape falava sentindo seu sangue ferver. Natalie, sua filha, namorando um maroto? Remus poderia ser o menos pior de todos, mas isso não excluía o fato de Snape estar querendo arrancar a cabeça dele fora. Remus abriu a boca para retrucar mas Natalie foi mais rápida e apontou os dedos para o homem. 

- Sim, ele é Remus Lupin... Um bruxo maravilhoso, corajoso, inteligente que esteve ao meu lado desde a primeira vez que coloquei os pés dentro dessa casa, o bruxo que James e Lily Potter escolheram para ser meu padrinho que é o homem com quem eu quero ficar. Mas de qualquer modo eu nem sei por que estou dando satisfações para você, sendo que você não é ninguém na minha vida! - Natalie cuspiu as palavras para cima de Snape, que ficou irado. 

- EU SOU SEU PAI! 

- AH É? Me lembro muito bem do senhor dizendo que eu era filha de James Potter! JAMES POTTER NÃO SEVERUS SNAPE! 

- PARE DE GRITAR COMIGO! 

- PARE VOCÊ DE GRITAR COMIGO! - Natalie gritou confrontando o homem. Harry e Draco apenas olhavam a cena sem poder fazer muita coisa. Já Remus pressentia que a qualquer momento aquilo poderia dar merda, então se colocou no meio dos dois. 

- Parem de discutir vocês dois, por favor. Vamos lidar com isso como adultos civilizados. Severus com certeza veio aqui para esclarecer algumas coisas, não é? E vocês têm muito o que esclarecer e conversar. - Remus falou com a voz calma. Severus cerrou os olhos. Mesmo depois de tudo o que Snape falou ele estava claramente o ajudando com aquilo. Malditos grifinorios...

- Eu não tenho nada para conversar com esse homem. - Natalie falou com rancor. 

- Sim você tem! - Remus falou e Natalie revirou os olhos. 

- Sim, nós temos. - Snape falou sério. 

- Vou deixá-los a sós... Oh, Harry e Draco, vocês estão aí. - Remus falou olhando para os dois meninos de pijamas parados na escada. 

- Foi meio difícil não acordar com essa gritaria. - Draco falou dando de ombros. - Mas já estamos saindo. 

Remus, Draco e Harry subiram deixando apenas Natalie e Severus parados no corredor. Natalie percebeu que ainda estava com a varinha de Snape na mão e a devolveu. Percebeu também que estava semi nua. Definitivamente aquilo não era apropriado para o momento. 

- Vou me trocar e volto em um minuto. - Ela falou e Snape assentiu. 

Ela colocou uma roupa qualquer e desceu encontrando o homem na cozinha. Ele andava de um lado pro outro claramente nervoso. Natalie suspirou, cruzando os braços, fazendo o homem parar e olhar para ela. 

- O que você veio fazer aqui, Snape? - Ela falou brava. Ela ainda estava magoado com o homem e irritada pelo o que tinha acabado de acontecer. Não sabia se ter aquela conversa iria melhorar ou piorar a situação. - Além de claro, interromper meu momento com Remus. 

- Da pra não tocar nesse assunto agora? Já está difícil esquecer o que eu vi, acho que vou ficar traumatizado pro resto da minha vida. 

- Cala a boca, Snape. Desembucha logo. - Ela falou quase perdendo a paciência. Snape suspirou. Ninguém em sã consciência falava daquele jeito com ele, exceto é claro, Natalie. Sua filha. 

- Precisamos conversar, Natalie, sobre o que aconteceu semana passada, sobre tudo... Não podemos deixar as coisas como estão agora. 

- Você sabe que você foi o responsável por isso, não sabe? 

- Escuta, Natalie, eu sei que o que eu fiz não foi nada legal, que eu te magoei, que eu tornei as coisas ainda mais difíceis então, é... - Ele falou hesitando. Ele sabia o que tinha que falar mas era difícil. Ele nunca demonstrava seus sentimentos para ninguém e naquele momento ele estava precisando ser um livro aberto. Mas era um esforço necessário. - Me desculpa. - Mas Natalie não ia dar o braço a torcer tão facilmente. 

- Por que você fez aquilo, Snape? Me afastou, me fez ficar com raiva de você, me magoou e falou coisas horríveis? Rancor? Amargura? Raiva por eu levar o sobrenome que você sempre odiou? 

- Não foi nada disso, Natalie. É que... Merlin, eu nunca na minha vida pensei em ter uma filha. Olhe para mim, eu não sou nenhum James Potter. Uma parte da minha vida eu me dediquei a artes das trevas, a outra eu fui espião duplo em uma guerra. Ter uma filha nunca esteve nos meus planos, até porque eu amei uma única mulher na minha vida e ela está morta agora. Eu não sei ser pai... Eu sou uma pessoa difícil de lidar, eu sou frio, eu odeio sentimentalismo... Como eu seria um bom pai para você? - Snape desabafou as palavras e Natalie sentiu um nó em sua garganta. 

- Você nem ao menos tentou, Snape! Você parou para pensar que eu ja sabia de tudo antes mesmo de ouvir a profecia? Que eu só precisava de uma confirmação? Que quando eu disse na sua cara que eu te achava um grande bruxo eu já sabia que você era meu pai? - Ela falou se segurando para não chorar ali mesmo e Snape engoliu em seco. - Eu não quero que você seja James, eu não quero que você ocupe o lugar dele, eu só quero que você seja... Você. 

- Eu não sou o maior exemplo de figura paternal, Natalie... 

- Acho que você está enganado. 

- Como é? 

- Você se colocou à frente de uma maldição da morte para me proteger. Eu conheço alguém que fez isso pelo filho também, você sabe muito bem quem. Então, se isso não é ser pai, Severus, eu não sei mais o que é. - Natalie não conseguiu mais segurar suas lágrimas e Snape parecia manter a postura com muito esforço. Usar Lily como exemplo havia sido muito golpe baixo. Snape olhou para o pulso da menina, aonde reluzia uma pulseira de ouro, simples porém bonita. Natalie sempre estava com ela. 

- Eu dei essa pulseira para sua mãe, de aniversário. - Snape comentou e incrivelmente Natalie sorriu. 

- Luise me deu quando eu completei 11 anos. Ela falou que mamãe disse para ela que aquela pulseira era importante para ela e seria importante para mim também. - Ela falou e estranhamente viu Snape abrir um sorriso, como nunca havia visto antes. E de repente ela se esqueceu que estava com raiva do homem, ela esqueceu da mágoa e do rancor. - Você amava muito ela né? 

- Demais. 

- Vocês tiveram um caso? - Natalie perguntou e Snape ergueu a sobrancelha. 

- Não sei se foi um "caso". Nós ficamos juntos uma noite só, ela havia brigado com Potter, eles estavam separados. 

- Ela não traiu ele, então. 

- Não, ela não seria capaz. - Ele falou e Natalie se sentiu aliviada. 

- Eu cheguei a pensar que você nunca mais iria querer olhar na minha cara. Pensei que você me odiasse por eu ser uma filha que você nunca quis ter... 

- Eu não te odeio, Natalie, por Merlin! Eu só precisava de um tempo para pensar. Pensar em Lily nunca foi uma coisa fácil para mim, e descobrir que eu tenho uma filha com ela não está sendo fácil também. É maravilhoso, claro, saber que você tem meu sangue, e o dela... Mas era muita coisa para lidar naquele momento. E teve a profecia, seu irmão me dando um soco, a pressão do ministro, Narcisa, Lucius Malfoy... Eram muitas coisas acontecendo e eu não lidei nada bem com isso. 

- Não mesmo. Mas eu também não sou um exemplo de filha, Severus. Só Merlin sabe o que Matthew e Luise passaram comigo. - Natalie de repente riu, lembrando de sua adolescência rebelde. Se ela tivesse passado sua vida sabendo que Snape era seu pai com certeza o homem estaria de cabelos brancos de tanto trabalho que ela daria para ele. - Eu sou grossa, impulsiva, sempre faço as coisas que me dão vontade, muitas vezes inconsequente, não gosto de ninguém no meu pé me controlando... Também não sou a pessoa mais fácil de lidar, mas acho que podemos fazer isso juntos. Se você quiser, é claro... - Natalie falou sentindo que era a hora de consertar as coisas. - Eu... Hm... Não gostaria que você se afastasse de novo. Podemos nos esforçar para fazer dar certo. Só não sei se vou conseguir te chamar de "pai", acho que está muito cedo pra isso, mas algum dia quem sabe... - Natalie falava rápido nervosa. 

- Tudo bem, Natalie. Eu vim aqui exatamente para acertar as coisas entre nós. Eu sei que eu fui egoísta eu me afastar de você... Me desculpa. - Snape falou sincero e Natalie sorriu. Era estranho estar tendo aquela conversa com o homem, já que ele era tão frio e seco normalmente. Ela tinha certeza que naquele momento estava conhecendo Severus Snape sem nenhuma máscara de indiferença. 

Natalie sentiu uma vontade imensa de abraçar o homem. Estava agradecida por ele ter ido até ela acertar as coisas, no fim toda a raiva havia passado e ela continuava achando que ele era um bruxo admirável. Mesmo com todos os erros durante sua vida, ela sentia não que conseguia odia-lo, talvez porque a ligação de sangue deles naquele momento prevaleceria. Ela sabia que se dependesse do homem, ele iria ficar ali parado, a olhando esperando uma resposta, então agradecendo que ela era impulsiva o suficiente para fazer o que queria, abraçou o homem fortemente, que no primeiro momento ficou com o corpo duro sem saber o que fazer. Ele definitivamente não estava acostumado a ser abraçado daquele jeito, mas aquele gesto era apenas a certeza de que agora estava tudo bem. Ele então passou os braços ao redor de Natalie, a abraçando também. 

Parados no batente da porta da cozinha, Harry, Draco e Remus assistiam a cena. Era estranho mas ao mesmo tempo emocionante. Draco sorria orgulhoso, pois sabia que suas palavras no dia anterior haviam surtido efeito. Eles se separaram percebendo que não estavam mais sozinhos. Snape parecia sem graça mas Natalie estava claramente feliz. 

- Acho que você já pode vir morar aqui de novo, professor. Juro que não vou mais bater em você... Me desculpe por aquilo. - Harry falou coçando a cabeça nervoso. 

- Você sempre teve dificuldades de controlar suas emoções, não é senhor Potter? De qualquer modo, desculpas aceitas. - Snape falou. 

- Desculpa pela grosseria de ontem, padrinho. Mas alguém tinha que falar algumas verdades para você. - Draco falou rindo se lembrando do quanto Snape havia ficado puto com ele. O homem revirou os olhos. 

- Tudo bem, Draco. - E então ele olhou para Remus, que permanecia calado encostado na parede. - Você, precisamos conversar. Biblioteca, já. 

- Severus... - Natalie o censurou. 

- Não se preocupe, não vou matar seu namorado, por mais que eu tenha vontade. - Severus falou sarcástico. Remus suspirou e o seguiu até a biblioteca da casa. 

- Se você pensa que vou pedir desculpas para você, como todos, está enganado. - Remus falou calmo se sentando em uma poltrona. - Eu não fiz nada de errado. 

- Tirando o fato de estar transando com a minha filha, é claro. Sem contar que em partes também é filha do seu melhor amigo. 

- Isso não é errado... Muito pelo contrário... - Remus sorriu malicioso e Snape cerrou os dentes. 

- Cala a boca, Lupin. Eu só vou te dizer uma coisa sobre esse assunto: se você um dia se atrever a machucar essa menina eu não ligo de usar meus dotes de comensal em você. - Ele ameaçou mas Remus não se sentiu atingido. 

- Engraçado você falar isso, Severus, já que quem esteve ao lado de Natalie durante essa semana que ela estava sofrendo por você, fui eu. - Ele falou e Severus o olhou friamente, sentindo seu orgulho sendo ferido. Remus tinha total razão. 

- Você gosta dela, Remus? 

- Mas é claro! Por que raios estaria com alguém que eu não gostasse? 

- O que eu quero dizer é: você gosta, de verdade? Porque você sofreu perdas... Eu não acharia justo Natalie ser só um apoio para você superar o que você passou na guerra. 

- Minha relação com Natalie não é assim, Severus. Eu ainda sofro pela minha ex mulher e pelo meu filho, mas eu preciso seguir em frente. Por incrível que pareça, Natalie fez eu esquecer um pouco desse sofrimento. - Remus falou sendo sincero. Era estranho falar dos seus sentimentos sobre Natalie com alguém, mas como Severus era o pai dela, e pelo jeito, super protetor, achou que ele deveria saber. 

- Tá bom, que vocês sejam felizes, mas por favor, parem de se pegar em público. - Snape falou levantando a sobrancelha se lembrando da terrível cena que teve que presenciar no corredor naquela manhã. 

- Claro, isso não vai se repetir. - Remus falou pela primeira vez corando. Céus, agora que ele se lembrará eles estavam se pegando muito fortemente mesmo. 

- Mudando de assunto: como anda as coisas na ordem? 

- Uma correria. Vou ter uma reunião com o ministro amanhã para resolver sobre a missão para capturar Lucius. Acho que deveria comparecer, vamos nos dividir em grupo e acho que concordamos que você deve ficar junto com Natalie, e Harry... Por causa da profecia e tudo mais. - Remus falou e Snape assentiu concordando. 

- Tá bom, estarei lá. - Com isso o assunto se deu encerrado e eles se juntaram a Natalie, Harry e Draco para enfim conseguirem tomar um café da manhã. 

Enfim a harmonia do Largo Grimmauld havia voltado junto com Severus Snape. Só naquele momento Natalie se deu conta do quanto ele fazia falta ali, mesmo quase nunca falando alguma coisa e sempre mau humorado. Não poderia se sentir mais completa. Estava ali com seu pai, seu padrinho (ou namorado, já que ela não conseguia mais ver Remus simplesmente como seu padrinho), seu irmão e tinha certeza, seu cunhado. Eles eram praticamente uma família. 


Notas Finais


Depois de mais de 10 dias consegui postar, e creio que vou demorar mais ou menos isso pro próximo já que minha vida está uma loucura na correria por causa da facul, pesquisa, etc etc hahaha mas aos poucos vou postando o que consigo escrever.

Mas enfim, me digam o que acharam do capítulo! Beijossss <3


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