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História Forgive and forget - A Reunião


Escrita por: MariSlytherin

Notas do Autor


Olá gente!
Eai, todo mundo de férias? (Menos eu provavelmente) hahaha
No meio do caos que eu chamo de vida encontrei um espaço de tempo para postar aqui para vocês! Espero que não tenha, esquecido de mim hahaha
Aproveitem o capítulo grandinho de hoje para compensar o tempo sem postar. Capítulo revisado mas ignorem se tiver algum erro que deixei passar hahah boa leitura!

Capítulo 57 - A Reunião


A reunião com o ministro naquela manhã havia sido bem esclarecedora sobre como a missão iria acontecer. No meio de todo o drama familiar que assolava os Potter-Snape, a ordem e o ministério haviam feito descobertas grandes sobre o paradeiro do conjunto de comensais da morte que ainda estavam colocando terror no mundo bruxo, mesmo depois de seu grande líder ter sido morto pelas mãos de Harry Potter. Graças aos informantes estava quase confirmado o esconderijo dos bruxos das trevas. Com isso, a organização das missões já poderiam ser feitas. O ministro abriu um grande pergaminho em sua mesa, aonde o plano estava posto. 

Haveriam então dois grupos com duas missões diferentes. O grupo 1 seria responsável pela ida até o esconderijo dos comensais, que obviamente seriam os responsáveis por capturar os bruxos e os levarem de preferência vivos até os aurores do ministério. O grupo 2 seria o que iria ter função mais burocrática do que pratica. Eles estariam no ministério ou no quartel general da ordem no Largo Grimmauld coletando o máximo de informações possíveis para ajudar o grupo 1 na apreensão e julgamento dos comensais que se tudo desse certo iriam parar em Azkaban. Aí vinha um problema sério que Snape e Remus sabiam que iria dar dor de cabeça na reunião da ordem, marcada para a noite daquele mesmo dia. Kingsley foi muito claro ao expor que seria imprescindível que Harry, Snape e Natalie estivessem juntos no grupo 1, responsável pela captura dos comensais ou seja, por estarem efetivamente no campo de batalha. O por que era óbvio. Os comensais temiam Harry por ele ter matado o grande lorde deles, apesar de fomentarem por vingança. Harry era mais forte ao lado de Natalie, assim como Natalie era mais forte ao lado de Snape, ou seja, pela força do laço sanguíneo os três deveriam lutar juntos essa batalha. A profecia de Natalie era exatamente sobre isso: a derrota dos comensais da morte. A menina era a chave para o mundo bruxo voltar às luzes de novo. Draco Malfoy também era um elemento primordial pois, assim como Snape, conhecia a mente de um comensal da morte, sabia como tudo funcionava e em uma situação daquelas, familiaridade com a situação era de grande utilidade. Remus Lupin como líder da ordem estaria junto com o grupo, para acompanhar de perto a missão e também por que ele havia deixado claro que não deixaria de estar ao lado de Natalie naquele momento (Snape suspirou alto nesse momento, Lupin simplesmente o ignorou). O grupo 2 seria formado por quem se voluntariasse e pelas pessoas que já trabalhavam no ministério, ou seja, Arthur Weasley, Vincent, Hermione, Rony, Ginny e Jorge Weasley. Gui e Fleur estavam ocupados demais cuidando da gestação da mulher, que fora descoberta a poucas semanas. 

Natalie já tinha perdido as contas de quantas vezes seu pai havia revirado os olhos na reunião da ordem que estava acontecendo na grande mesa da cozinha do Largo Grimmauld. Ele ouvia impaciente as reclamações de Rony Weasley sobre ser injusto serem deixados de lado na missão contra os comensais da morte. Snape sabia que o jeito como os grupos foram separados iria dar uma grande dor de cabeça por esse motivo: o grande trio de ouro. 

- Fomos nós, Harry, Hermione e eu que corremos atrás das horcruxes de você-sabe-quem! Por que agora não podemos lutar juntos de novo? - Rony falava de braços cruzados. 

- Rony, a situação agora é diferente. Não fomos nem nós que decidimos por isso, foi o próprio ministro da magia. Acho que o mínimo que devemos fazer é seguir as ordens dadas por ele. - Remus falou com seu jeito calmo e paciente de sempre. - Você e Hermione não estão sendo deixados de lado, irão participar da missão mas de um jeito diferente. - Rony bufou, como se aquilo não fosse suficiente. 

- Lidar com burocracia e papéis! Eu só não entendendo por que até o Malfoy está no grupo um, e eu e Hermione ficamos de fora! - Rony exclamou. Draco ficou rígido ao  lado de Harry, este que lhe lançou um olhar meio que se desculpando pela situação. Hermione olhou feio para o namorado certamente não concordando com aquilo. 

- Filho... - Arthur começou mas foi interrompido por Draco. 

- Como assim "até" o Malfoy, Weasley? - Draco perguntou friamente. 

- Você sabe o que quer dizer, Malfoy. - Rony falou com desprezo. 

- Não é por que meu filho leva o sobrenome do pai dele, que ele seja igual à aquele homem, Sr Weasley. - Narcisa Malfoy que por interesse próprio e com o apoio do ministério passará a ser parte da ordem (mesmo sob a estranheza de alguns, como Rony e Ginny), falou pela primeira vez desde que chegara ali e se sentará ao lado de Severus. - Draco não teve escolha, ele não pediu para levar a marca negra. 

Remus limpou a garganta chamando a atenção para ele. 

- Como falei no começo da reunião, Draco e Narcisa Malfoy se juntaram a nós para nos ajudar. Nós sabemos que podemos confiar neles, caso contrário nenhum dos dois estariam aqui. No momento devemos deixar nossos preconceitos para trás, de ambos os lados, e focar no importante: a captura dos comensais da morte. - Ele falou calmo porém com um tom de voz repreensível dando fim na discussão. - Por diversas razões essa é a divisão dos grupos mais plausível para nós no atual momento. 

- Remus... - Hermione começou falando calmamente. - Me desculpe, não estou reclamando nem nada, mas não entendi o por que eu e Rony não podemos estar junto com Harry. 

- Será que realmente devo lembrar você, Senhorita Granger e o senhor Weasley que isso daqui não é um trabalho em grupo de Hogwarts e sim uma missão séria da ordem da fênix que coloca em cheque a vida de muitas pessoas do mundo bruxo? - Snape enfim soltou depois de um tempo calado. Ele já estava de saco cheio das reclamações dos adolescentes. Hermione ficou vermelha com as palavras dura do homem. 

- Severus... Seja razoável, por favor. - Remus repreendeu e Severus revirou os olhos, mais uma vez. - Respondendo sua pergunta, Hermione, isso tem a ver com a profecia envolvendo Natalie. - Todos ficaram quietos e tensos pois nunca havia sido conversado sobre aquilo na frente de todos. Natalie se mexeu desconfortável na cadeira. - Acho que não é do conhecimento de todos mas a profecia intensifica relações de laços sanguíneos. Por isso Harry, Natalie e Severus devem lutar juntos. Harry fica mais forte lutando ao lado de Natalie, Natalie fica mais forte lutando ao lado de Severus. Natalie precisa estar na missão para derrotar os comensais da morte de um jeito ou de outro. E de qualquer maneira, tenho certeza que nenhum dos dois iriam abrir mão de estar perto dela, estando em posição de irmão e pai... 

- Certamente. - Harry e Snape falaram ao mesmo tempo. As pessoas olhavam aquela situação com certa estranheza e ao mesmo tempo com um ar engraçado. 

- Draco pode ajudar na identificação dos comensais, dado a sua convivência com os demais. E eu como líder da missão achei necessário estar na capturar dos comensais. - "E eu não também não abriria mão de estar lado da minha namorada" mas isso ele não falou em voz alta. 

- Bom, olha... - Harry começou falando, meio sem jeito por não saber como dizer o que queria sem magoar seus melhores amigos. - Eu estou de acordo com tudo isso. - Ele falou rápido e Rony lançou um olhar chocado para o amigo. - Remus tem razão, a situação aqui é diferente. A profecia diz respeito a minha irmã, e ela foi muito clara. Natalie é a chave para acabar com as trevas, com os comensais... Não estou dizendo que isso não tem a ver comigo, acho que todos aqui temos um pouco de responsabilidade em fazer isso dar certo. O que estou querendo dizer é que eu não estou em posição mais de escolher o que é bom ou não, não estamos mais caçando horcruxes a mando de Dumbledore. Estamos fazendo o que a profecia referente à Natalie profetizou. Sem falar que moramos juntos... bom... não sei o que isso tem a ver ou se facilita alguma coisa, mas enfim... - Harry deixou as palavras no ar.

Mas suas palavras pareceu ter sido esclarecedora o suficiente pois não houve mais questionamentos sobre a divisão dos grupos. Houve apenas assentos de confirmação quando Remus perguntou se todos estavam de acordo com o que foi decidido e se todos iriam ajudar da maneira que podia. Natalie sentiu que Rony, Hermione e até mesmo Ginny haviam ficado chateados por estarem na parte burocrática da missão. Poderia entendê-los. Durante todo o processo da guerra eles estiveram juntos. Desde a Armada de Dumbledore, das caças as horcruxes e a batalha de Hogwarts. Mas como Harry dissera, a situação ali era outra e algumas coisas haviam mudado, isso era perceptível. Nate reparou que seu irmão não estava tão chateado com a ideia de passar a missão longe de seus melhores amigos. Talvez ele estivesse triste com a ideia de não poder lutar ao lado deles, mas ele não aparentava estar chateado ou incomodado. Ela sabia que isso tinha alguma coisa a ver com Draco. Se eles tivessem tendo um caso mesmo, ele não iria reclamar da decisão feita. Assim como ela estava aliviada ao saber que Remus estará com ela. Na verdade ela estava aliviada por ter todas aquelas outras quatro pessoas com ela. Harry se perdeu quando falou do fato deles morarem juntos, mas Natalie sabia que sim, aquilo facilitaria muito as coisas. Ela estava acostumada a conviver com aquelas pessoas, ela se sentia abrigada e segura. Se fosse para correr riscos indo atras de comensais da morte especialistas em magia negra, que fosse então com as pessoas que ela chamava de "casa". 

- Essa situação toda é um tanto quanto irônica, não? - Rony perguntou, enquanto ele, Harry e Hermione estavam parados ao lado da lareira, se preparando para voltar para a'Toca 

- O que? A gente não estar juntos no campo de batalha? - Harry perguntou franzindo a testa. 

- Não só isso. Tudo. Principalmente o fato que os dois sonserinos que mais te odiaram na vida agora fazem mais parte da sua vida do que a gente. - Rony falou sarcástico e Hermione deu um tapa em seu braço. 

- Ronald! 

- Calma, Mione, eu estou brincando! Céus, ela não tem um pingo de senso de humor! - Ele falou olhando para Harry que riu. 

- Se minha vida não estivesse uma bagunça ela não seria minha vida. - Harry deu de ombros. - Eu queria que vocês estivessem lá, queria mesmo. Mas vocês entendem, não é? 

- Claro, Harry! Fica tranquilo! Claro que ficamos chateados, mas refletindo bem, faz sentido. - Hermione falou compreensiva.

- Sem falar que Remus falou que se necessário a gente poderá ajudar. Espero que não precise, já que será do em casos emergenciais. 

- Mesmo assim, vai ser estranho sem vocês. - Ele falou sincero, coçando a cabeça. 

- Mas não é como que você tivesse odiado a ideia, não é? - Rony perguntou sugestivo e Harry fez cara de desentendido. - Qual é, Harry! Você adorou a ideia de que Malfoy vai estar com você. - Harry ficou parecendo uma pimenta de tão corado. 

- Bom... é... sim... é como vocês, sabem? Vocês gostam da ideia de estarem um com o outro, eu gosto da ideia de estar junto com meu namorado e... 

- Namorado? - Hermione e Rony falaram ao mesmo tempo um pouco alto de demais, ganhando um grande "shhhh" de Harry. 

- Sim, nós estamos namorando. Agora é... sério. - Ele falou olhando para baixo sentindo seu rosto queimar. 

- Pelas barbas de Dumbledore... Harry Potter e Draco Malfoy em um relacionamento sério. Quem diria. - Rony falou em um tom dramático fazendo Harry e Hermione rirem. Afinal, um pouco de senso de humor a garota ainda tinha. 

- Ele não é nada do que eu imaginava. Continua com o jeito sonserino dele, é claro... mas ele é uma grande pessoa e me faz bem. Não foi certo você o julgar daquela maneira na reunião, Ron. - Harry falou suavemente mas levemente magoado. 

-Desculpa cara, de verdade, só ainda é difícil me acostumar com a presença dos Malfoy. É difícil tirar a imagem de idiota babaca que ele construiu durante sete anos. 

- Ele não é mais um idiota babaca. - Harry constatou. 

- Eu sei, mas às vezes é difícil evitar. Quero dizer... ele era um idiota babaca em Hogwarts, né? 

- Obviamente. - Harry falou rindo. - Mas ele mudou. Eu sei sim, e seria muito importante para mim que vocês pudessem ver isso também. 

- Podemos conviver mais com ele pra conhecer ele melhor. Qualquer dia vem almoçar na'Toca e traga ele com você. - Hermione falou gentilmente. 

- Mas, Ginny... - Ele respondeu hesitante. 

- Venham como amigos. Ela não precisa saber ainda que você está em um novo relacionamento. - Hermione falou. 

- Ainda mais com Malfoy, isso iria devasta-la. - Rony completou. 

- É... eu sei. Bom, falarei com ele sobre isso e aviso vocês. - Ele falou encerrando a conversa e se despedindo dos amigos em seguida indo para seu quarto. 

Só alguns minutos depois Draco entrou em seu quarto de fininho, escondido do resto das pessoas da casa. Harry observou o loiro tirar sua camisa e sua calça e se juntar a ele na cama. 

- Desculpa, estou cansado demais para colocar um pijama. - Ele falou e Harry sorriu. 

- Você sabe que eu dispenso o uso de pijamas. - Harry falou malicioso. 

- Tarado. - Draco acusou e Harry riu. O loiro se aconchegou junto ao corpo de Harry, este que sentiu o corpo do namorado tenso. 

- Você estava conversando com sua mãe? 

- Sim. Ela está preocupada, sabe, com o lance a fuga do meu pai e tudo mais. - Ele falou e Harry soltou um longo suspirou e começou a fazer carinho no cabelo macio de Draco. 

- Seria estranho se ela não estivesse. Todos nós estamos. Mas estamos protegidos aqui. - Harry falou e Draco o olhou. 

- Aqui, Harry. Mas e quando saírmos? - Draco perguntou inseguro e Harry sorriu fraco, mesmo sentindo o mesmo aperto no peito que o namorado estava sentindo ele não demonstrou. Naquele momento precisava passar segurança para Draco. 

- Vamos estar juntos nessa, Draco. Sem falar que Natalie, Remus e Snape também estarão lá. Nada vai acontecer com a gente. - Ele falou tentando também se convencer disso. Querendo ou não aquelas pessoas passavam o máximo de segurança para ele. - Você tem certeza que quer fazer isso, Draco? Você sabe que não precisa... 

- Claro que eu quero, Harry! - Ele logo exclamou. - Eu não estou dando pra trás na missão nem nada, eu só estou... com medo.

- Tudo bem você estar com medo, Draco. Você provavelmente vai encontrar seu pai em algum momento disso, mas eu juro que tava de mal irá te acontecer. - Ele falou passando a mão ao redor do corpo do loiro o trazendo para mais perto. Draco sorriu se sentindo seguro. 

- Mamãe está totalmente contra isso. 

- Por que? 

- Ela tem medo do que os comensais podem fazer comigo. Mas ela está conversando com Severus, ele tem seus métodos de convencimento com minha mãe. - Ele falou e Harry fez um careta. 

- Que casal... estranho. 

- Falou o Harry Potter que namora Draco Malfoy. - Draco falou irônico e Harry riu e se sentiu aliviado de mesmo no meio daquele caos o loiro ainda mantinha seu senso de humor intacto. 

- Você até pareceu Rony agora. 

- Hm, seus amigos não ficaram felizes hoje, né? 

- Mais ou menos, mas no fim Rony se desculpou pelo ocorrido na reunião. Ele... bom, na verdade Hermione nos convidou para um almoço na'Toca. 

- Na casa dos Weasley? - Draco levantou a sobrancelha. 

- Sim. Sabe, eles ainda têm uma visão meio... ruim de você. Seria bom eles verem que você não é a pior pessoa do mundo.  

- É claro que eu não sou! Você nunca namoraria a pior pessoa do mundo. 

- Eu sei, basta eles verem isso também. - Harry sorriu e Draco assentiu. 

- Tá bom, se isso te fizer feliz. - Draco deu de ombros e Harry sorriu de orelha a orelha em seguida deu um selinho demorado nos lábios do loiro. 

- Você me faz feliz, e meus amigos saberem que você me faz feliz também me deixará feliz. 

- Cisa, você acha que eu deixaria algum mal acontecer a Draco? - Snape falou com a voz incrivelmente suave. Estava de frente para Narcisa, que tinha uma postura nervosa, com os braços cruzados. 

- A questão não é essa, Severus. Me dá arrepios imaginar o que aqueles comensais poderiam fazer com meu filho! E eles já fizeram! Eu não sei o que Lucius fará quando o encontrar! - A mulher falou nervosa. 

- Draco é um garoto inteligente e sei que ele sabe duelar muito bem. Ele sabe se proteger sozinho, mas se for necessário ou o protegerei, Cisa. Você sabe que o farei. - Severus falou e Narcisa por um segundo sorriu e olhou para o homem a sua frente o analisando. 

- Você realmente parece um pai. - Narcisa falou e o homem engoliu em seco. 

- Não imagino o por que disso. - Ele falou com seu sarcasmo habitual. 

- Você sabe o que eu estou sentindo, Severus. - Ela pegou a mão dele mas não tirou os olhos daqueles olhos negros. - Eu sei que você também se preocupa com Natalie, mas você estará lá ao lado dela. Não posso estar com meu filho, então por favor... 

- Não se preocupe, Cisa. Eu vou cuidar dele. - Ele afirmou e Narcisa sorriu. Ela se aproximou do homem e juntou seus lábios, se esquecendo por um minuto que estavam no meio da cozinha do Largo Grimmauld. 

Natalie, que já estava vestida com seu pijama pronta para ir dormir, adentrou a cozinha dando de cara com cena, parando e prendendo a respiração. Não estava esperando ver seu pai se engraçando com Narcisa Malfoy. Aquilo na verdade era bem estranho. Mas ela já estava ali, se ela desse meia volta eles iam perceber a presença dela de um jeito ou de outro. 

- Será que estou atrapalhando o casalzinho aí? - Natalie falou irônica e ambos se separaram. Ela sorriu amarelo para ambos. Narcisa parecia extremamente envergonhada enquanto Severus apenas suspirou alto. 

- Natalie... eu... Severus... nós... er, bom... acho que vou para casa. - Ela falou lançando um breve olhar para o homem. 
- Eu a acompanho até a lareira. - Severus disse e antes lançou um olhar para Natalie, que deu de ombros e foi fazer seu chá. 
Alguns minutos depois Severus estava de volta. 

- Natalie... 

- Sério que você vai deixar a situação mais constrangedora? - Ela perguntou quase rindo. 

- Foi você quem tornou a situação constrangedora... 

- A culpa não foi minha. Eu só queria fazer um chá antes de dormir enquanto você e Narcisa se pegavam descaradamente no meio da cozinha. - Ela deu de ombros ignorando a cara irritada de Snape. 

- Controle suas palavras ao falar comigo, Natalie. E a senhorita está ciente que não tem um pingo de moral para falar sobre isso, não é? - Natalie bufou. Vinte e dois anos nas costas e levando bronca paterna. Era só o que faltava em sua vida. - De qualquer maneira, só queria esclarecer as coisas... 

- Eu sei que vocês estão juntos. Draco já havia me contado. 

- Draco? 

- Pelo jeito vocês não são nem um pouco discretos. - Natalie riu pela cara de confusão de Severus. - Vocês estão mesmo tendo um caso, então? 

- Sim. - O homem falou apenas e Natalie sabia que era o máximo de resposta que iria conseguir. 

- Fico feliz por vocês então. Só acho que quem não ficará feliz será Lucius Malfoy quando descobrir que você está pegando a mulher dele. 

- Primeiro, da para você melhorar esse vocabulário, por Merlin? Acho que não preciso lembrar quem eu sou, não é? - Natalie revirou os olhos. Sermão de pai, isso era uma coisa que ela não sentia falta. - Segundo, Narcisa não está mais com Lucius. 

- Porque ele estava preso, mas agora ele fugiu. Se isso chegar aos ouvidos dele você sabe que ele vai querer te matar!

- Ele já deve querer me matar de qualquer maneira. - Snape falou e Natalie suspirou. - E não tem como ele ficar sabendo. 

- Só toma cuidado, tá? - Natalie falou tão naturalmente que nem ao menos percebeu que estava preocupada com o homem por uma coisa tão banal. Sabia que não havia necessidade daquilo, mas ela simplesmente sentiu. Deveria ser a intensificação do laço de sangue que a profecia causava. 

- Você está preocupada com isso? - Snape perguntou surpreso levantando a sobrancelha. 

- Acho que não preciso lembrar quem eu sou, né? - Ela repetiu a frase que Snape havia dito momentos atras. Ele engoliu em seco. Definitivamente não estava acostumado com aquilo te ter alguém que se preocupava com ele de verdade. Ele simplesmente não sabia o que responder. Natalie era uma das únicas pessoas no mundo que deixava Severus Snape sem palavras. - Creio que vou dormir, já tomei meu chá. 

- Ah, hm... eu também vou. Já esta tarde. - Ele falou, mesmo sentindo que não era exatamente aquilo que ele queria falar. Natalie sorriu.

- Boa noite... Severus. 

- Boa noite, Natalie. - Ele falou e viu a menina sumir no corredor escuro. A casa estava silenciosa pois todos já haviam ido dormir. Mas Severus ficou mais um tempo acordado ainda com aquele sentimento que deveria ter reagido as palavras de Natalie. 
 


Notas Finais


Eai gentes, o que acharam??? Fic cada vez mais perto do final, socorro!!
Beijos e até a próxima!


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