História Forgive me, Sweetheart ... - Por que teve que acabar assim?

*Frisk pov ‘on

Angústia.

Isso era o que eu estava sentindo naquele momento.

Tristeza.

Foi o que ele me fez sentir.

Sozinha.

Foi como ele me deixou naquele momento.

Ele sempre inventava desculpas esfarrapadas, sempre me dizendo que havia dormido mais  que o previsto ou que tinha outro compromisso, mas na verdade ele saia com outras mulheres, sempre me deixando sozinha em nossos compromissos e em nossos encontros, eu já mal o via...

- Acho que não adianta mais eu esperar... – eu disse em um sussurro, estava esperando ele há cerca de duas horas no restaurante de Undyne, eu estava me sentindo péssima por aquilo.

- Ei Frisk! – disse Undyne, vindo até minha mesa, o que fez eu me encolher de vergonha - Ainda esperando ele?

-Infelizmente sim... – eu a respondi cabisbaixa, eu sei que ele deve estar se divertindo com outra, o que era bem recorrente.

- Frisk... Eu sei que ele deve estar só atrasado. – disse ela em uma tentativa de me reconfortar, aquilo doía, doía muito, e eu iria tirar essa história a limpo com ele.

- Undyne eu vou encontrar ele e acabar tudo, já não aguento mais, ele sempre faz isso! – disse eu saindo de seu restaurante, estava com fome por ter esperado ele para jantarmos juntos, eu já estava em prantos correndo até sua casa e com minha barriga roncando, me alertando novamente da minha fome, mas eu ignorei. Chegando lá bati na porta enquanto enxugava as lágrimas que insistiam em brotar de meus olhos.

- Frisk! – disse Papyrus animado – O quê houve com você? Está com os olhos inchados. – ele disse,  eu apenas ouvi ele balbuciando palavras de consolo, que foram em vão.

- Papy, eu posso falar com Sans? – eu o indaguei, deixando mais lágrimas caírem de meus olhos.

- Frisk, eu não posso, ele está... Ocupado! É! Ele está ocupado. – falou ele em uma tentativa de me enganar com aquelas palavras.

- Papyrus, por favor, eu preciso tirar essa história a limpo. Ele me deixou sozinha no nosso jantar de aniversário hoje, de novo. – eu disse cabisbaixa, não estava mais aguentando aquele sentimento me consumir cada vez mais, isso estava me destruindo. – Papyrus, me deixe entrar, por favor... – eu disse em um sussurro, Papyrus me abraçou logo em seguida e abriu a passagem para mim, que já mal me aguentava em pé por tal sentimento e pela fome avassaladora. Eu adentrei a casa e me dirigi até o quarto de meu namorado, onde parei de frente para a porta que estava sugando todas as minhas esperanças e que me separava do verdadeiro motivo de Sans não comparecer aos nosso encontros, de forma exitante segurei na maçaneta e a girei sem que fizesse barulho e eu vi a cena que destruiu meu coração, vi Sans aos beijos com uma pessoa importante para mim, minha mãe Toriel, aquilo me fez vacilar enquanto dava passos incrédulos para trás, havia tropeçado em uma das tábuas de madeira que materializavam o chão que me fez cair e fazer um barulho que assustou os dois amantes, que os fez cessar o beijo intenso.

- K-Kiddo?! – disse Sans surpreso com a minha vinda até a casa dele para tirar minha tão almejada satisfação, ele se desfez dos braços de Toriel e se aproximou de mim. – Kiddo eu...

- Eu te odeio! – falei em um grito, eu estava arrasada, eu vi meu namorado e minha mãe em um beijo que só foi cessado ao perceber minha presença, isso me fez me sentir pior.

- Minha criança tenha calma. – disse Toriel serena, mas em sua voz percebia-se o nervosismo de me ter ali.

- Eu odeio todos vocês! – eu disse me levantando de minha queda já aos prantos, indo em direção à porta para dar fim ao meu sofrimento, vi Papyrus surpreso subindo as escadas me chamando, mas eu o ignorei tudo que desejo agora é... Morrer. Dirigi-me até a Capital do Underground em lágrimas, preocupando todos a minha volta, todos me chamando e tentando alcançar meus passos apressados , mas em vão. Meu coração batia de forma acelerada, estava arrasada, estava com meu coração partido, eu estava sozinha, corri o mais rápido que pude ao jardim do Rei Asgore, meu pai, que não estava lá, o que me fez me sentir sozinha, isolada, me sentia uma idiota...

- Coma as flores douradas... – ouvi esse sussurro ecoando pela sala, que logo procurei o dono da voz, estava assustada com aquilo. – Elas irão te livrar desse sofrimento. – a voz sussurrou novamente, em um impulso arranquei algumas flores do solo e as levei até minha boca deixando algumas lágrimas caírem de meus olhos, após ingeri-las não me veio a acontecer nada, o mesmo sentimento estava me consumindo, até que vi a minha frente um garoto semelhante a mim segurando uma faca – Frisk partiram teu coração, certo? – ele disse se aproximando de mim, com receio tentei recuar, mas não sentia meu corpo, cai naquela cama de flores, vi aquele garoto se aproximar mais de mim largando sua faca e me puxando para junto de seu corpo me induzindo a um beijo forçado e intenso, sentia-me mais fraca até que minha visão ficar turva e dar lugar a um breu, senti aquele garoto me pegar em seu colo e senti meu coração bater cada vez mais fraco – Você me pertence agora, minha querida Frisk... – sussurrou ele, senti um toque em meus lábios, me lembrei de Sans e do que estava passando agora, tudo isso me fez derramar lágrimas – O que houve querida? Não se preocupe, te garanto que você não sofrerá muito, estou te tirando desse sofrimento para te dar a felicidade, em troca você me dará seu corpo e sua alma – ele disse, me lembrando do que aconteceu, assenti sem pensar - Pois muito bem minha querida, agora você é minha esposa, para todo o sempre. – disse ele dando uma risada estrondosa, me sentia intimidada e com medo, senti meu corpo sendo levado a um beijo forçado novamente, senti sua língua invadir minha boca , ouvi passos apressados vindo do corredor que levava até o jardim até que o garoto que havia me intitulado sua cessou o beijo, dando outra risada – Olá Sans! Que bom que você pode vir. –disse ele – Mas é uma pena que ela não possa te ver agora, mas também não poderia ver nem se estivesse em condições... – disse ele dando outra risada sádica, me apertando contra seu corpo.

- Solte ela Chara! – disse Sans, ele estava aos prantos, mas também não existia motivos para isso, dizendo que o que me segurava era Chara, fiquei assustada, fiquei sem Determinação .

- Não irei soltar o que me pertence esqueleto desprezível. – disse Chara, me apertando mais e mais contra seu corpo. – Agora querida, com seu poder de reset iremos resetar esse mundo e começar a minha rota favorita... A Genocida! – disse ele rindo novamente, me puxando para outro beijo, o que fez Sans urrar de raiva.

- A solte seu demônio! – disse ele, com seus passos pesados se aproximando de nós, o que me fez chorar ainda mais e reunir todas as minhas forças para dizer a Sans:

-Eu sempre te amei Sans e sempre vou te amar... – eu disse acabando com todas as minhas forças restantes, desmaiando nos braços de Chara.

* Frisk pov ‘off

* Narrador pov ‘on

Chara se teleportou junto de Frisk para um lugar nunca mostrado no Underground, a deitando sobre uma cama de flores douradas, sussurrando em seu ouvido enquanto fazia carícias:

- Eu vou te amar pra sempre... Mesmo que ame outro, eu irei te fazer me amar, mesmo que tenha que te forçar para isso! – ao dizer isso Chara apertou o pescoço de Frisk como se fosse a enforcar, o quê fez no inicio, mas logo a puxou para um beijo desesperado, sussurrando várias declarações de amor para ela, que estava inconsciente, a prometendo nunca a deixar ir embora ou fugir, pois agora Frisk tinha um dono sádico e violento, mas também carinhoso e apaixonado pela mesma, seu nome era Chara Dreemurr.

No jardim do rei Sans estava aos prantos, estava se sentindo péssimo, horrível, estava se sentindo um idiota, juntando forças ele disse em meio a um sussurro triste e melancólico:

- Me desculpe, Sweetheart...