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História Forms of Fear - Traições


Escrita por: Ella13

Notas do Autor


Ooi Lindxaaas
Link da Música nas notas Finais!
Boa Leitura!

Capítulo 12 - Traições


O Caleb dirigia calmamente, como se no banco de trás do carro a Julie e o Paul não estivessem tentando matar um ao outro. Já era pouco mais de 18horas da noite, a senhora Hunter tinha me chamado para jantar com eles, mas achei melhor não abusar da boa vontade dela.

- Paul, só vai as meninas, qual parte disso você não entendeu? – Julie dizia irritada.

- A parte que o Cameron disse que iria. – Paul falou no mesmo tom que a irmã.

- Mentira! – Julie exclamou. – Ele não vai! É mentira.

- Fala logo que não quer que eu vá, Julie! – Paul falou soando chateado.

Olhei para o Caleb e ele sorria de lado.

- Liga para a Zara e pergunta! – Julie disse bufando.

- Vou ligar mesmo. – Paul bufou igualmente.

- Cala a boca os dois. – Caleb disse calmo. – Se derem mais um piu eu ligo para o papai e peço para ele não deixar a Julie ir para essa noite das garotas e não deixar o Paul passar o pós ano novo com o Vô.

- Mas Caleb! – Julie gritou.

- Caleb nada. – Caleb disse.

O silencio reinou. Já estávamos perto da minha casa e me dava uma certa tristeza por saber que passaria a noite sozinha.

- Piu. – O Paul falou cortando o silencio.

Caleb freio o carro e se virou para olhar os irmãos.

- Vocês passaram a tarde toda brigando, fiquem só cinco minutos quietos. – Ele disse sério. Podia sentir o cheiro forte de seu perfume, era gostoso.

Os dois não responderam. Ele se virou para frente e voltou a dirigir, dessa vez o silencio foi para valer. Eles pararam em frente da minha casa.

- Foi legal hoje a tarde. – Falei olhando para o Caleb e sorrindo. Ele sorriu rapidamente de volta.

- Vai passar a ação de graças com a gente, né? – Julie perguntou curiosa.

- Ah... – Fiquei sem reação. – Eu não sei... Não sabia que estava convidada.

- Agora está. – Paul disse sério.

- Então, eu vou pensar. – Falei tirando meu cinto. – Tchau.

Falei descendo do carro. Eu esperava que o Caleb descesse e me acompanhasse até a porta, mas não foi o que ocorreu. Ele devia apenas estar estressado com os irmãos, mas eu sentia que ele tinha ficado mais seco comigo. O que era estranho.

Peguei a chave que eu havia escondido em uma brecha da porta, quando a pus na porta ela não girou. Virei a maçaneta e percebi que a porta já estava aberta. Caminhei lentamente, eu podia simplesmente sair da casa e chamar a policia, mas talvez fosse só a Dayse.

Entrei na cozinha na ponta dos pés e acabei dando de cara com a Naomi.

Nós duas demos um grito alto e agudo.

- O que você tá fazendo aqui? – Falei com a mão no peito, dava para sentir meu coração disparado.

- Vim arrumar algumas coisas. – Ela disse apoiada no balcão se recuperando do susto.

- Sei, veio mexer em algumas coisas. – Falei irritada.

- ótimo. – ela riu. – Além de puta, agora eu sou ladra.

- Eu não disse isso. – Falei me erguendo desconfiada. – Diga o que veio fazer aqui.

- Achei que fosse chegar com fome, preparei uma torta. – Ela disse cruzando os braços. – Tá no forno.

- E por que fez isso? – Falei espantada. – Você não é empregada.

- A Dayse pediu para eu ver se você estava bem, ela não tá na cidade. – Naomi fez uma pausa. – Se você morresse de fome seria minha culpa.

- Já fez sua torta, pode ir embora. – Falei rude.

- Você é insuportável. – Ela disse passando ao meu lado com raiva.

- Digo o mesmo, querida. – Bufei.

Ela bateu com força a porta.

Peguei meu celular e tentei ligar para o Tyler, mas ele não atendeu. Abri o forno e vi a torta, estava com uma cara boa, nunca pensei que a Naomi soubesse cozinhar. Peguei a forma e levei a comida até o Lixo. Eu não comeria isso nem amarrada. Já pensou me dar uma dor de barriga ou pior?

Subi as escadas e fui até meu banheiro. Liguei o chuveiro e comecei a tomar um banho calmo. Meu celular estava em cima da pia tocando algumas musicas. Ouvi ele vibrar, devia ser mensagem do Tyler. Terminei o banho e me vesti calmamente.

Quando peguei o celular vi que era uma mensagem da Blair. Ao abri-la não pude acreditar no que eu via. Disquei o numero da Blair com as mãos tremulas e os olhos encharcados de lágrimas.

- Eloá? – Blair disse nervosa.

- Onde você conseguiu aquela foto? – Meus dentes se batiam e meus punhos já estavam cercados.

- Eu tirei a uns 10 minutos atrás, talvez eles ainda estejam na sorveteria. – Ela disse com a voz falha.

- Eu vou matar ela. – Gritei. – O QUE ELA FAZ AQUI?

- Eu não sei, ok? – Blair parecia desesperada. – Eu não sei.

- onde é o lugar? – Perguntei e ela ficou calada. – ONDE É!

- No final da rua da escola. – Ela disse rápido

- Eu vou matar ela.

- Eloá?

Desliguei antes que ela tentasse me dizer algo.

Guardei o celular no bolso e sentia minha respiração pesar. Dei um soco na parede fazendo os nos dos meus dedos arderem. Minha boca se abriu e um pequeno grito saiu de dentro dela. Mordia os lábios para controlar o choro, mas não dava. Não tinha como.

Na verdade tinha, mas eu não tinha tempo para cortes agora. Sai do quarto e desci as escadas rapidamente. Limpava as lágrimas com a palma da minha mão, mas elas não cessavam. Era lágrimas atrás de lágrima. Eu aceitei a traição com a garota da escola pública, aceitei a traição durante dois meses com a Poliana, e eu perdoei os dois, mas me trair com a Kate, eu não aceitaria.

Sai de casa batendo a porta com força, nem se quer a tranquei. Andava com passos longos pela calçada até a dita sorveteria. Isso não iria ficar assim. Não iria.

Passei do colégio e pude ver um local iluminado. Nunca tinha reparado nele. Tinha uma porta no centro e duas grandes janelas de cada lado. Me encostei no vidro e vi. Vi a mesma cena que da foto. Os dois, no balcão, tomando sorvete juntos. Mordi os lábios para segurar as lágrimas. Ergui os olhos e tentei prender todo aquele sentimento, mas ele parecia mais forte.

Entrei com brutalidade no estabelecimento, antes que eu caísse no choro. Uma garotinha passou com um bote de plástico ao meu lado e dentro dele sorvete. Tomei o pote da garotinha que fez cara de choro.

Joguei o pote nas costas da Kate que não estava muito longe de mim. O sorvete bateu em sua nuca fazendo sua cabeça quase bater no balcão. Se tivesse sido um pouco mais forte...

O Tyler se levantou sem entender o que tinha ocorrido. Então ele me viu. Eu bufava com tamanha fúria que estava indiferente quanto aos olhares ao meu redor. Tudo tinha parado, as risadas, o som, e o sorriso bobo no rosto do Tyler.

A Kate se levantou e olhou para trás. Ela sorriu ao me ver. Escorria sorvete de morango de seu cabelo castanho, mas ela continuava a sorrir.

- Eloá. – Ela disse por fim. – Não imagina o quanto senti sua falta, sua vaca.

- Eu não senti nem um pouco falta de você, Kate. – Pronunciei com ódio.

O Tyler me olhava nervoso. Eu ia matar ele de tanta porrada.

- Mas a Tyler estava aqui me contado do quanto ele sentiu falta de mim. – Ela sorriu convencida.

- Kate! – Tyler falou finalmente.

A merda ficou calada até agora e quando decide falar é um misero “Kate” que sai de sua boca.

- É. – Balancei a cabeça. – Ele realmente deve ter sentido falta de te comer enquanto você pedia para ele te bater.

- Eloá! – Tyler falou mais nervoso ainda.

Kate olhou desconfiada para ele.

- Contou a ela? – Kate engoliu em seco. – Contou nossas intimidades?

- Kate, eu posso explicar. – Ouvir o Tyler dizer isso me apertou o coração.

Ele não tinha que explicar nada a ela. Tinha que me explicar. Ele não podia me trocar assim. Não depois de tudo.

Mordi os lábios sentindo o choro.

- Se retirem daqui. – Um dos trabalhadores do local falou. – Não me obriguem a chamar a policia.

- Não será necessário. – Falei com a voz firme, não sei como consegui. – E a propósito, a garotinha devia ganhar um sorvete de graça.

Olhei para o rapaz que me olhou com certa pena. A menininha estava ao meu lado olhando tudo isso ocorrer, me magoou ser tão infantil na frente de uma criança, ela e todas as pessoas que estavam aqui não devia terem sido sujeitas a verem meu surto.

Sai do local limpando meu rosto. As lágrimas tinham começado antes mesmo que eu cruzasse a porta.

- Eloá! – Tyler disse atrás de mim.

Apressei o passo. Se eu parasse era capaz de mata-lo.

Senti ele correndo e corri também. Minhas lágrimas desciam tão descontroladas que minha garganta doía. Parecia que o ar não conseguia passar. O Tyler agarrou meu braço fazendo eu me virar e olha-lo.

- ME SOLTA! – Berrei tentando sair das mãos dele.

- Eu posso explicar. – Ele me olhava com pena.

- não precisa me explicar nada! – O empurrei. – Eu já entendi bem o que tá acontecendo. Eu te amava, Tyler.

- O que você tá dizendo? – Ele disse nervoso. – Eu te amo, Eloá. Aquilo não é o que você tá pensando!

- A tá. – Ri enquanto chorava. – Eu devo ter imaginado que você estava tomando sorvete com a Kate.

- Amor, deixa eu explicar. – Ele pediu.

Bati forte em seu rosto. O tapa fez minha mão arder. Pus a mão na boca para controlar o choro.

- Eu te odeio. – Falei em pânico. Eu não queria perde-lo, mas eu sempre perdoei as traições dele, porem acho que quem não vai me querer é ele.

- Quando eu cheguei de Dane vi uma mensagem da Kate no meu celular. – Ele começou a falar. – E eu senti algo diferente.

- Meu Deus! – Falei tapando os ouvidos. Eu não ia ouvir isso.

- pensei que ainda gostasse dela. – Ele continuou falando. – Então marcamos de nos encontrar.

- CALA A BOCA! – Berrei aos prantos. Eu só queria que ele parasse de falar.

- Mas não sinto, amor. – Ele disse agarrando meus braços. – Não sinto. Eu só preciso de você, Eloá! Só você!

- E por que se encontrou com ela? – me ajoelhei na calçada, estava sendo difícil continuar em pé. Olhar para sua face, como se nada tivesse acontecido. Como posso confiar nele?

- Pelos mesmos motivos que você passou a tarde na casa do Caleb. – Ele disse me fazendo olhar para cima. Seu rosto estava repleto de decepção. – Duvida, Eloá. Eu precisava saber o que sentia pela Kate.

- Como... Como sabe do Caleb? – Gaguejei.

- Ele me contou, Eloá. – Tyler se ajoelhou a minha frente. – Você não achou mesmo que ele gostava de você, né? Eloá, como você é tola. O Caleb nunca gostaria de você.

Tapei o rosto com minhas mãos. Aquilo foi como um soco no meu estômago. Por que, Caleb? Eu confiei tanto nele, pensei que ele gostasse pelo menos um pouco de mim. Por que eu fui tão idiota?

Senti o Tyler me puxando para seus braços. Meu corpo inteiro tremia, era demais para aguentar.

- Eu te amo. – Tyler sussurrava enquanto beijava meu cabelo.

- Não me deixa sozinha, Tyler. – Pedi soluçando. – Tá doendo, amor. Ta doendo muito.

Minhas lágrimas escorriam com mais frequência a cada segundo que passava. Eu não podia acreditar no que o Tyler tinha feito, mas saber o que o Caleb tinha feito, doeu bem mais.

A dois segundos atrás eu queria matar o Tyler,mas agora eu só quero ele mais e mais perto de mim

 


Notas Finais


Link: https://www.youtube.com/watch?v=4fZHk-_V4o0

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Beijoooooos


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