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História Forms of Fear - A lâmina


Escrita por: Ella13

Notas do Autor


Presentinho para vocês!!

Capítulo 13 - A lâmina


Estava deitada no peito do Tyler. Não me perdoava por ter pensado que o Caleb podia sentir algo por mim, quando tudo o que eu preciso esta bem ao meu lado e sempre esteve. Eu podia ter feito a maior besteira da minha vida essa tarde, mas não fiz.

- Quer que eu durma com você hoje? – Tyler disse com a voz calma.

Ergui meu rosto para olha-lo. Ele estava com o braço sobre os olhos, parecia bem cansado. Meus pais sempre viajavam e eu passava as noites com a Dayse, mas dessa vez ela não pode vim, ou não quis vim.

- Quero. – Falei calma.

- Posso ligar para o meu pai e dizer que vou dormir na casa do Connor. – Tyler disse tirando o braço de cima de seus olhos e me olhando por breves segundos. – Como foi seu dia?

- Ah... – Falei entristecida. – Preferia que tivesse sido ao seu lado.

- Eu também. – Ele sorriu e me deu um selinho. – Vou tomar banho, ok?

Eu concordei com a cabeça. Ele se levantou e foi até o meu banheiro, fiquei deitada de bruços na cama. Peguei meu celular e vi que tinha uma mensagem do Caleb. Abri-a curiosa.

Caleb: Espero que esteja bem. Se precisar, pode vim dormir aqui. O quarto da Julie é bem grande ;)

Olhei a mensagem com total desdém.

Eloá: Não, Caleb. Não preciso de você. Para nada. Entenda isso.

Respondi, apagando a mensagem dele em seguida. Não era bom o Tyler ver isso e acabar brigando com o Caleb.

Me preocupava se a Blair estava bem, depois que fui a sorveteria não dei mais notícias a ela. Disquei o número dela e me levantei. Comecei a andar pelo quarto enquanto o celular chamava.

- Alô? – Ela disse após um tempo em silencio.

- Blair? Onde você tá? – Falei calma.

- Eloá. – Ela sussurrou. – Eu to com o Denzel.

- Ah, certo. – Falei um pouco desconfiada. Tinha medo que o Denzel descobrisse algo e contasse a Blair.

- Como foi com o Tyler? – Ela disse um pouco mais alto.

- A gente se entendeu. – Falei, sem dizer que ele estava comigo. Ela ficaria uma fera.

- Por isso ele te trai. – Ela disse com o tom enraivecido.

- Só aconteceu duas vezes, tá? – Falei irritada. Ela tinha mesmo que falar disso?

- Não, Eloá! – Ela berrou. – Você quis dizer que foram duas garotas. Que durou bastante tempo.

- Escuta aqui...

Ela desligou a ligação antes que eu concluísse. Eu sou feliz com o Tyler, isso não basta? Ele errou, mas eu também errei ao sair com o Caleb várias vezes.

Senti o Tyler me abraçar por trás e me assustei. Seu corpo estava gelado, provavelmente tomou banho gelado. Ele começou a beijar meu pescoço, senti arrepios passando pela minha coluna.

- Quem era? – Ele perguntou.

- A tapada da Blair. – Falei com os olhos fechados sentindo os lábios dele.

- Brigaram? – Ele disse com a voz abafada pelo meu pescoço.

- Sabe como é a Blair... – Ele puxou meu corpo com força contra o dele, fazendo com que eu não terminasse a frase.

- Eu te amo, Eloá. – Sua voz saiu sincera, de uma forma que eu nunca tinha ouvido antes.

Me virei para olha-lo. Seus olhos estavam profundos, mas não fraquejavam.

- Eu também te amo. – Falei segurando seu rosto para beija-lo. Suas mãos seguravam meu bumbum. Nossas línguas brincavam uma com a outra em perfeita harmonia.

Senti sua mão entrando em minha blusa, ela estava fria, o que acabou fazendo com que eu me contorcesse.

- Por favor. – Ele pediu fechando os olhos. – Diga que esta preparada.

Pensei no Caleb nesse momento. Eu achava que ele gostava de mim e me enganei bem feio, com o Tyler eu nunca me enganei. Se eu não fizer isso com o Tyler, com quem mais seria?

- Estou. – Falei e ele me olhou assustado.

- Vo-você tem certeza? – Ele me olhava perdido. Acho que ele não esperava que isso acontecesse tão cedo.

Fiz que sim com a cabeça e beijei seus lábios. Ele puxou minha blusa para cima e a tirou do meu corpo. Senti meu coração acelerando e minha garganta um pouco seca, eu estava com medo, sabia que estava, mas eu confio nele.

Puxei sua blusa para cima e ele me ajudou a tira-la. Ele era magro, mas eu adorava isso. Nunca gostei dos fortões como o Connor. Ele me empurrou na cama e começou a tirar minha calça, a medida que ele a abaixava ia beijando minhas pernas.

Ele subiu em cima de mim e começou a beijar meu pescoço, senti ele tirando sua própria calça. Abri meu sutiã e o joguei no quarto.

- A gente pode apagar a luz? – Falei e ele parou de me beijar.

- O que? – Ele sorriu.

- Por favor. – Mordi meus lábios nervosa.

Eu não queria que ele visse meu corpo.

- Tudo bem. – Ele falou um pouco desconfiado.

Ele caminhou até o interruptor. Fiquei olhando ele de cueca box vermelha, ele tinha uma bundinha bem interessante. A luz foi apagada e eu pude relaxar um pouco mais. A única luz que o quarto possuía era o da luz da lua que entrava pelas portas de vidro da varanda.

- Boba. – O Tyler disse voltando para cima de mim e mordendo meus lábios.

Ele abaixou minha calcinha e fiquei mais nervosa ainda.

Senti ele pegando em minha intimidade.

- Não fica nervosa. – Ele sussurrou em meu ouvido. Era incrível saber que o Tyler sabia o que eu sentia. – Se doer me avisa.

Senti ele me penetrar, não foi tão doloroso de inicio, mas após um tempo começou a arder. Era como se ele estivesse me esticando. Não sei, era estranho. Subi meu corpo um pouco para cima. Ele segurou meus ombros impedindo que eu subisse novamente e me penetrou por completo. Dei um pulinho na cama. Ele ficou parado, e foi como se meu corpo começasse a se adaptar aquilo.

Meu rosto estava enterrado no pescoço dele. Não conhecia melhor sensação que essa. Nossos corpos estavam em uma conexão única. Conexão que nunca tinha sentido.

Ele começou a fazer leves movimentos enquanto beijava e mordia meus lábios. Tentava não gemer, achava isso vergonhoso.

Ele aumentou os movimentos, deixando não tão confortável quanto antes. Arranhei suas costas fazendo com que ele as curvasse. Ele mordeu meu pescoço.

Foi quando senti um estalo em minha mente.

- Tyler? – Falei com a respiração cansada.

- o que? – Ele disse sem cessar os movimentos.

- Você... tá... de cami... sinha? – Falei com várias pausas na respiração.

- Relaxa. – Foi tudo o que ele disse.

Não tinha como relaxar! Não que fosse ser ruim ter um filho com o Tyler, mas eu quero me graduar antes disso, quero viajar e conhecer lugares, quero estar casada com ele e gerar no momento certo uma vida.

Ele aumentou os movimentos. Arranhei suas costas com força. Ele saiu de dentro de mim e se virou. Ele gozou no chão ao lado da minha cama e em seguida caiu sobre mim.

Fiquei parada sentido os batimentos cardíacos dele. Sua respiração estava descompassada.

Ele me olhou sorrindo e me beijou.

- Desculpa ter sido tão rápido. – Ele sussurrou em meu ouvido.

- Foi perfeito. – Falei alisando seus cabelos.

Ele se deitou ao meu lado e puxou o lençol sobre os nossos corpos. Fiquei deitada em seu peito alisando sua barriga. Minha mente estava livre de qualquer pensamento, pela primeira vez na vida minha única preocupação era se tinha sido bom para o Tyler.

Eu sempre achei que o sexo fosse ser diferente. Mas isso não significa que foi ruim.

- Era bom com a Kate? – Perguntei olhando para o peito dele, queria evitar o contato visual.

- Ah. – Ele disse tímido e um pouco nervoso. – Era sexo, sexo não é ruim.

- Mas é melhor comigo? – Eu sabia a resposta, mas queria ouvir.

- Muito melhor. – Ele disse sem hesitar.

- preciso me preocupar por ela estar na cidade? – Falei alisando-o.

- Não. – Ele beijou minha cabeça. – Posso te pedir uma coisa?

- pode. – Olhei-o pela primeira vez.

- Tenta evitar tá tão grudada no Caleb. – Ele pediu. – Pode conversar com ele e tudo, eu confio em vocês, mas evita dar espaço para o povo falar.

- não se preocupa. – Me apoiei em meu braço e beijei os lábios dele. Ele sorria.

- Vou pegar um papel higiênico para limpar nossa bagunça. – Ele disse se levantando da cama e vestindo suas calças

- Sua bagunça! – Falei beijando suas costas.

Ele me olhou sorrindo. Era incrível ver o Tyler tão feliz, e melhor ainda saber que o motivo era eu.

Ele foi até o banheiro. Me levantei e vesti meu sutiã e minha calcinha.

- O que é isso? – Ele falou atrás de mim.

Me virei e vi ele me olhando sério da porta do banheiro.

Vesti meu short e olhei desconfiada para ele.

- O que? – Falei perdida.

- não de uma de desentendida. – ele se aproximou de mim. – Você está cheia de cortes no seu bumbum. Por quê?

- Tyler. – Olhei para baixo. – Não liga para isso.

- Não ligar? – Ele disse estressado. – Você se mutila e quer que eu ache isso normal? Por quanto tempo me esconde isso?

- Tyler, não estraga esse momento. – Pedi me entristecendo.

- Quem estragou foi você. – Ele berrou. – Merda, Eloá.

- A culpa é sempre minha...

- vai se vitimar agora? – Ele riu. – Pra mim já chega.

Ele se abaixou e pegou sua blusa a vestindo.

- Vai pra onde? – Falei com medo.

- Vou embora. – Ele disse caminhando até a porta do quarto.

- Tyler. – Segurei seu braço, mas ele o puxou brutalmente.

- Não me amola, Eloá. – Ele disse batendo a porta do meu quarto.

Fiquei parada sem entender o que havia ocorrido. Eu sempre consigo estragar tudo. Sempre.

Peguei no banheiro o papel e o joguei sobre o gozo do Tyler. Não estava afim de limpar isso.

Fui até o banheiro e peguei minha lâmina.

Fiquei observando ela. Tudo isso aconteceu por culpa dela, mas agora não tem mais volta.

No fim das contas, é sempre ela que faz eu me sentir melhor comigo mesma.

Olhei o meu braço. Agora que o Tyler sabe, não vejo problemas de me cortar aqui. Talvez dê mais brigas, mas pra que esconder?

Aproximei a lâmina de meu braço. Respirei fundo antes de passa-la rasgando minha pele e sentindo o doce alivio percorrer todo o meu corpo.

Fechei os olhos e dirigi a lamina até meu braço. Senti algo segurando meu pulso e ao abrir os olhos vi o Tyler ao meu lado.

- Ty-Tyler? – Gaguejei nervosa.

Ele tirou a lamina de minhas mãos, a colocou sobre a pia e me abraçou.

Fiquei imóvel. Minhas mãos tremiam.

- Eu não vou te deixar sozinha. – Ele sussurrou. – Lembra?

Ao ouvir aquelas palavras perdi o controle sobre meu corpo. Senti as lágrimas quentes descerem por minhas bochechas e abracei ao Tyler com força.

- Nunca mais se machuque. – Ele disse me apertando. – Por favor.

Apertei suas costas, fazendo seu corpo chegar mais perto do meu. O contato dos nossos corpos se tornou mais acolhedor do que os cortes da lâmina. Eu não queria perdê-lo, nunca.


Notas Finais


Admitam,não esperavam que o Tyler voltasse, né?


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