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História Forms of Fear - Conselhos


Escrita por: Ella13

Notas do Autor


Demorei,mas cheguei!!

Se deliciem

Capítulo 20 - Conselhos


A casa do Caleb estava lotada de gente, mas é como a Dona Liz disse, devagarzinho a gente comporta todos os filhos. A Naomi tinha ido após a janta para casa com o Titan. Ele é ótimo, adorou ficar tentando puxar os abacaxis da minha blusa e ficou bem chateado quando não conseguiu.

- Vamos as Regras! – Jake falou entrando no quarto com o Brandon ao seu lado.

- Pai, não me envergonha na frente da Eloá. – Julie falou tapando os olhos.

- Julieta. – Jake apontou para ela. – Se a Eloá quer fazer parte dessa família tem que se acostumar com a vergonha.

Julie grunhiu e revirou os olhos.

- PRIMEIRO! – Brandon berrou.

- É estritamente proibido. – Jake falou. – E eu repito, PROIBIDO, a passagem de garotos por essa porta, ou a de meninas pela porta do quarto dos meninos, ok?

- Sim, senhor! – Zara falou.

- O que? – Ele disse serio. – Eu não ouvi.

- SIM, SENHOR! – Gritamos juntas.

- SEGUNDO! – Brandon berrou novamente.

- Podem ficar acordadas até amanhã se quiserem, mas sem bagunças e sem assaltos a geladeira. – Jake disse com posse de durão.

- SIM, SENHOR! – Gritamos novamente.

- E por ultimo. – Jake continuou.

- Mas não menos importante. – Brandon complementou.

- Quem desobedecer qualquer regra, vai para o quintal. – Jake apontou para a porta. – Aqui os gêmeos que não me deixam mentir.

Os gêmeos entraram pela porta.

- Ainda não começou a nevar. – Um deles disse.

- Foi molezinha. – O outro complementou.

- Ei, ei, ei. – Jake disse sério. – O combinado era tocar o terror, e não falar essa baboseira.

- Quarto dos meninos! – Um deles gritou.

- É! – O outro disse animado. Os dois saíram correndo do quarto sem dar ouvidos ao Jake.

- Onde está a Hailey? – Brandon disse olhando ao redor.

- Vai dormir com o vô Greg e a Vó Scar. – Julie disse calmamente.

- É o quarto da Elisa? – Brandon disse confuso.

- É. – Zara confirmou.

- É o quarto do Felipe. – Brandon disse dando um tapa nas costas do Jake.

- Mas não vai mesmo. – Jake disse rindo. – Ela dorme na casa da cachorra com ele, mas na minha casa não.

Ele saiu bufando do quarto, o Brandon parecia estar pronto para segura-lo.

A Julie ia dormir na sua cama de casal junto da Madeline. Eu dormiria do lado direito da cama num colchão. A Zara e a Indie iam dormir juntas num colchão de casal do lado esquerdo, e na frente da cama estava o colchão da Marie.

- Escuta. – Marie disse olhando para mim. Ela já estava deitada de barriga para baixo. – Você e o Drew namoram a quanto tempo?

- A gente não namora. – Falei tímida.

- Só amizade? – Ele perguntou travessa. Tinha uns 11 anos, mas me deixava bem nervosa.

- É. – Falei sorrindo fraco.

Ela, a Indie e a Madeline caíram na risada. Não uma risada comum, uma risada de estrondar o quarto.

- SEM BARULHO! – Brandon disse batendo na porta.

A Marie percebeu que eu continuava séria e se controlou.

- Desculpa, mas eu conheço meu primo ele não é o tipo de trazer amigas em casa. – Ela disse sorrindo.

- A gente pode falar de outra coisa. – Disse olhando para a Zara que estava em pé na porta do banheiro.

- Fica nervosa por que eu e ele já termos namorado? – Zara sorria.

- Talvez. – Balbuciei.

- Vou te dar umas dicas. – Ela disse pisando nos colchões e se sentando na minha frente. – Ok?

- Ok. – Falei nervosa.

- Primeiro, não fica encabulada por minha causa. E tenta compreender o que eu vou te dizer – Ela disse. – Eu amo o Andrew.

Ela falou fazendo meu corpo gelar.

- Amo mesmo. – Ela continuou falando. – Mas não da mesma forma que antes. Amo como um irmão muito querido. Ele foi meu primeiro namorado e não me arrependo disso, mas Eloá, existe muita coisa que você não sabe sobre a gente. E vá por mim, nem todo o amor do mundo poderá consertar o quão magoado a gente tá.

- A gente ou você? – Falei rígida.

Ela sorriu boba.

- O Andrew sabe, só não conseguiu admitir para si mesmo ainda que a gente nunca vai dar certo. – Ela continuou. – A gente se desgastou, e mesmo que a gente volte, sempre vai haver ressentimento e medo. Medo do que pode dar errado novamente. Eu só desejo a ele felicidades. – Ela disse segurando minha mão. – E se a felicidade dele estiver em você, eu não me sentirei incomodada.

Ela parecia sincera. Parecia acreditar no que falava.

- Ele é um bom garoto. – Ela sorria boba ao se referir a ele. – É amável, e ótimo conselheiro. E te garanto que ele amadureceu muito desde o nosso namoro. Mas não existe mais nós, é apenas Andrew e Zara agora. A gente forçou um pouco a barra, acreditou em contos de fadas. Mas com você não, com você pode ser diferente, pode ser bem menos doloroso do que foi o nosso namoro. – Ela sorriu olhando para o colchão. – Ele me faz bem mais feliz como meu amigo e irmão do que como namorado. Era muito pressão sobre ele, por isso eu acredito que ele também pense algo assim.

- Aonde quer chegar? – Falei tímida.

- Você tá perdendo tempo, Eloá. – Ela riu. – Digo, o Drew é o máximo, é uma pena a gente ter se desgastado tanto, mas fazer o que? Eu não posso fazer nada. Mas você pode! E tá deixando de fazer não sei por que. Ele tá caidinho por você. Todo mundo sabe, boba. Se você tiver se sentindo ameaçada por mim ou algo assim, saiba que eu nem na concorrência estou. Então anda, para de perder tempo.

- Não acho que ele seja afim de mim. – Falei passando as mãos pelo meu cabelo.

A Julie pegou seu travesseiro e bateu na minha cara.

- Deixa de drama! – Julie falou. – Ele tá tão afim de você que te apresentou a família inteira. E não fique surpresa se amanhã ele te chamar para sair.

- Admite logo que gosta dele. – Madeline falou.

- Eu nunca disse que não gostava. – Falei olhando para o travesseiro da Julie agora em minhas mãos.

- Meu Deus! – Indie disse, ela era a mais calada. – Que direta.

- Cunhada. – Julie disse descendo da cama e vindo me abraçar, assim como as outras meninas.

- Vai por mim. – Zara disse me abraçando. – O Andrew vale muito a pena.

- Chega dessa melação. – Madeline se levantou saindo do abraço. – Agora que estamos todas entendidas, vamos assistir séries e preparar a Eloá para as possíveis situações que ela pode se meter com o Drew, pois assim quando acontecer, ela saberá o que fazer.

- Sim! – Marie disse rindo. – Ele pode te chamar para o cinema.

- Ou para ir tomar sorvete. – Julie sugeriu.

- Ir a praça! – Indie falou sorrindo.

- Não. – Zara riu. – Ele vai te chamar para dar uma volta de carro, ver a cidade, talvez até ir em Middleton, enfim. – Ela parecia lembrar de algo. - Será especial. Se ele fizer isso... Eloá, você terá ele na mão.

As meninas riram. Eu também ri. Esse era o tipo de conversa adolescente, onde a maior preocupação era “será que vai acontecer”. Parecia bem mais fácil a vida com os Hunter’s do que com o Tyler, o Connor ou a Blair. Parecia saudável.

POV Caleb

Tinha ido tomar banho no banheiro de baixo. Dividir um quarto pequeno com seis machos não era fácil, quanto mais um banheiro, porém quando ia entrar no quarto ouvi uma risadagem vindo do quarto das meninas. O corredor estava vazio, então não pude me conter, me encostei a porta para ouvir sobre o que falavam.

- Vou te dar umas dicas. – Era a voz da Zara. – Ok?

- Ok. – Eloá respondeu. Ela parecia nervosa. Essa meninas vão acabar com ela. Mato todas se assustarem a Eloá.

- Primeiro, não fica encabulada por minha causa. E tenta compreender o que eu vou te dizer. Eu amo o Andrew. – Ouvi a Zara pronunciar, não pude deixar de esboçar um sorriso, mas pra ela tá dizendo isso a Eloá só pode ter algo podre por trás, se bem que não é do feitio da Zara fazer jogo sujo. - Amo mesmo. – Ela disse novamente – Mas não da mesma forma que antes. – Sabia, tinha que existir o mas. - Amo como um irmão muito querido. Ele foi meu primeiro namorado e não me arrependo disso, mas Eloá, existe muita coisa que você não sabe sobre a gente. – Por favor, cale a boca. -  E vá por mim, nem todo o amor do mundo poderá consertar o quão magoado a gente tá.

Ela tinha razão, não sei se seria uma boa escolha voltar com a Zara.

- A gente ou você? – Eloá parecia enraivecida.

- O Andrew sabe, só não conseguiu admitir para si mesmo ainda que a gente nunca vai dar certo. – Ela falava como se fosse especialista em Caleb Hunter. – A gente se desgastou, e mesmo que a gente volte, sempre vai haver ressentimento e medo. Medo do que pode dar errado novamente... Eu só desejo a ele felicidades. E se a felicidade dele estiver em você, eu não me sentirei incomodada.

Um belo modo de querer se livrar de mim. Me jogando para a garota desconhecida.

Pra mim já chega de ouvir tanta baboseira de menininha. Entrei no meu quarto. Os gêmeos pulavam no colchão de ar.

- Ei. – Falei sério. – Vão na cozinha, a mãe de vocês tá chamando.

Eles saíram correndo, deixando o colchão livre pra mim, cai deitado nele e olhei para o teto.

Eu ainda sinto algo pela Zara, mas não é tão profundo quanto antes. As vezes chego a pensar que é arrependimento por ter sido um lixo com ela. Acho que eu só sinto a necessidade de me redimir com ela.

Mas com a Eloá é bem confuso. De primeira eu só queria separar ela e o Tyler, mas aí fui conhecendo ela melhor e cara... Ela é muito carente. Sinceramente não acho que eu seja o cara certo para cuidar dela. Tenho medo de magoa-la tanto quanto fiz com a Zara.

Eu sinto um carinho especial pela Eloá, não vou negar, mas não sei se é carinho suficiente para faze-la feliz como minha namorada.

- Ei, cara. – Cameron disse saindo do banheiro.

- Cadê o pessoal? – Disse vendo ele procurar algo em sua mala.

- Estão fazendo uma revolução no quarto da Scar. – Ele disse jogando suas roupas em cima de mim. – O Jake quer mandar o Felipe para cá, mas todos sabemos que não vai caber.

- Se ele se livrar dos gêmeos, quem sabe... – Falei pensativo.

Cameron vestiu sua cueca e o short. Ele jogou sua toalha molhada na cama do Paul. O Paul iria sair no tapa com ele.

- O que te deu, hein? – Cameron falou se sentando a minha frente.

- Ah, sei lá. – Falei despreocupado. – O que você acha da Eloá?

- Ela é bacana. – Ele disse após pensar um pouco.

- Eu to bugado com ela. – Falei me sentando. – Não quero ter algo com ela por pena, mas não quero ficar iludindo ela assim.

- Isso não é por causa que você acredita que pode voltar com a Zara? – Ele me olhou sério.

- Não. – Falei na defensiva. – Nada a ver!

- E se a Zara falasse que ainda gosta de você, o que você faria? – Ele disse sério.

Lembrei dela falando no quarto que me amava. Cara, eu fiquei louco, mas sabia que era bom demais para ser verdade.

- Eu não perderia a chance. – Falei sabendo que isso daria briga.

- Então ainda gosta dela? – Ele sorriu me deixando surpreso.

- Gosto, cara. – Sorri. – É mais que isso.

- Jura? – Ele sorriu feliz.

- Juro. – Falei sincero.

- Então deixe-a em paz. – Ele pronunciou com desprezo. – Se você gosta tanto dela, então não a faça sofrer de novo. Olha de todos os caras ruins que ela podia ter namorado, você foi o pior.

Ele disse fazendo eu me sentir um merda.

- Eu sei que você é bacana e tudo mais, você é meu irmão, cara. – Ele disse menos tenso. – Mas antes de você, está ela. E ela, bem, ela exige bem mais carinho e atenção do que você tá disposto a dar.

- Eu mudei, Cameron. – Falei sério.

- Mas não foi o suficiente. – Ele riu. – Drew, vai haver mais cobrança ainda em cima de você, a Zara não se contenta com o bom, ela quer o todo. E o seu todo não é muito agradável. É sujo, uma carga pesada para ela suportar.

Abaixei a cabeça. Só precisava pensar alguns minutos. Eu achei que pudesse ser melhor para a Zara agora, mas talvez o Cam esteja certo, eu sou uma carga muito pesada para ela. Mas isso não tira as duvidas da minha cabeça com relação a Eloá.

- Quer meu conselho? – Ele disse tocando meu braço. – Se esforça com a Eloá, quem sabe ela não consegue te fazer bem? E cá entre nós, ela parece tá bem mais disposta a te acompanhar na vida do que a Zara conseguiria.

- Não me parece justo brincar com ela. – Falei serio.

- Quem falou em brincar? – Ele me olhou confuso.

- É, cara. – Me levantei irritado. – Brincar! Brincar para esquecer a Zara. Brincar de tentar não destruir ela, mesmo ela sendo emocionalmente frágil. – Ri, esse era o problema. – O meu lance é com as vadias, Cameron. Por isso não deu certo com a Zara e nem vai dar certo com a Eloá. Elas são garotas frágeis e que precisam de cuidado. E cuidado é algo que eu não sei distribuir.

- Para de ser esse marmanjo durão e sem sentimentos. – Ele se levantou entristecido. – Você já foi longe demais com a Eloá, Caleb. Ou leva isso adiante e tenta faze-la feliz, ou da um basta ainda essa noite. Não é justo leva-la ao céu e logo em seguida puxa-la de volta para o inferno.

Ele saiu do quarto irritado, batendo a porta.

Por que tinha que me importar tanto com a merda que é a vida da Eloá? Por que quis tentar faze-la feliz? Acho que sem querer, eu a iludi muito.

POV Eloá.

Senti algo em meu rosto. Tentei afastar com a mão, mas continuou. Abri os olhos e algo tapou minha boca.

Vi os olhos azulados do Caleb. Eles estavam serenos. Me sentei e ele tirou a mão devagar da minha boca.

- O que tá fazendo? – Perguntei tentando não desviar a vista para o seu corpo. Ele estava com uma camisa regata e short.

- To te salvando. – Ele sussurrou sorrindo. – Agora vem.

Ele segurou minha mão ajudando para que eu me levantasse.

- Eu não posso sair assim. – Falei envergonhada. Eu usava apenas um short e uma blusa de alça do pijama.

- Eu pego minha jaqueta pra você. – Ele disse calmo. – Vem.

Saímos do quarto escuro. No corredor vi o Felipe, o Ches, o Paul e o Cameron. Coloquei minha mãos sobre meus seios e abaixei a cabeça.

- O que tá acontecendo? – me virei para o Caleb que fechava silenciosamente a porta.

- As suas amigas não te falaram da noite ímpar? – Felipe perguntou rindo.

- Não. – Falei percebendo o Caleb entrar em seu quarto. Todos os meninos estavam sem camisa, e tenho que admitir que isso me deixava mega sem graça.

- Toda vez que a família se reúne e passa alguma madrugada de dia ímpar juntos, significa que é dia de pegadinha. – Cameron me explicou.

- As otárias devem ter pensando que por causa da ultima vez a gente desistiu. – Paul falou revirando os olhos.

- Tem sorte do Caleb gostar de você. – Ches falou sorrindo. – E fica ligada para da próxima vez já se preparar. Dá ultima vez soltamos uma ratazana no quarto delas, dessa vez seremos mais caridosos

- Tá. – Minha vergonha não permitia eu dizer mais nada.

- Toma. – Caleb apareceu com sua jaqueta preta.

Os meninos se entre olharam curiosos. E em seguida me encararam.

- Só amigos? – Ches provocou.

- Sim. – Encarei-o. – Só isso.

- Rapazes. – Felipe disse olhando o celular. – Falta seis minutos para as 6hrs, se preparem.

- O que vão fazer? – Perguntei curiosa.

- Melar elas com chantilly. – Ches sorriu. – Todos ao mesmo tempo.

Caleb parecia nervoso.

- O castigo por causa do rato foi bem pesado. – Felipe disse.

- Ter que vim de Madison até aqui a pé foi tenso. – Sam se aproximou

- E cada um só tinha cinco reais. – Jonas completou.

- Vocês não podem....

Comecei a falar, mas senti o Caleb tocar meu braço.

- Vamos lá pra fora. – Caleb deslizou o dedo pelo meu braço, segurando minha mão em seguida. – Preciso te falar algo.

- Tá sentindo esse cheiro, Ches? – Felipe perguntou.

- Eu to! – Paul se meteu.

- É impressão minha ou é cheiro de DR? – Ches se manifestou por fim.

Caleb sorriu, mas foi um sorriso fraco.

- Vem. – Ele me puxou. Caminhamos até as escadas e descemos juntos.

Ele estava quieto, isso não podia ser boa coisa.

As meninas não me prepararam para isso!

Ele abriu a porta de vidro da cozinha e me levou até o jardim, ainda não tinha vindo aqui. Havia uma grande mesa de madeira com dois bancos enormes. Parecia perfeito para um piquenique.

- Você tá bem? – Perguntei me virando para ele.

O sol já estava pintando o céu de um tom laranja e rosado muito bonito.

- Eu sinto muito por não ter sido totalmente sincero com você. – Ele me olhava sério, uma seriedade que eu nunca tinha visto.

- Como assim? – Falei abaixando a cabeça.

Ele se aproximou de mim ficando a alguns centímetros de distancia apenas. Ele pós sua mão por dentro da jaqueta e puxou meu corpo para perto do dele. Bati meu corpo com força contra o dele. Me segurei em seu peito com a respiração pesada.

- Eu gosto de você, Eloá. – Ele segurou minha nuca com sua mão livre. – Quero fazer isso dar certo.

- Ah, é? – Falei quase que sem ar.

Seus olhos encaravam minha boca, me deixando mais nervosa ainda.

- É. – Ele disse com a voz rouca. – Posso?

Ele aproximou seus lábios dos meus.

- U-hum. – Foi o único som que pude fazer.

Ele sorriu. Chegou mais perto e pude sentir seu hálito quentinho. Ele mordeu de leve meu lábio inferior o puxando para cima.

- Tem lábios macios, Eloá. – Ele falava meu nome de uma forma sexy.

- É? – Meu Deus, que idiota! Eu não conseguia nem fingir não ser demente.

- É. – Ele disse sorrindo.

Colamos nossos lábios. Foi uma sensação gostosa que fez meu coração disparar. Ele encaixou nossos lábios e pediu passagem para a sua língua passar. Permiti. Entrelacei meus braços ao redor de seu pescoço e senti sua pele tão gostosa quanto a do Titan.

Ele afastou um pouco meu corpo para trás me prensando contra a mesa.

Ele me ergueu me fazendo sentar nela, minhas pernas ficaram em volta de sua cintura.

Ele era mais alto do que eu, por isso teve que se inclinar um pouco.

Ele mordeu novamente meu lábio. Um som saiu de minha garganta. Olhei envergonhada para ele.

- Tá gostoso? – Ele perguntou com a testa encostada a minha.

- Sim. – Falei mordendo os lábios, tímida. Fazia tempo que eu não me sentia assim.

Ele sorriu e voltou a me beijar. Ele deslizou sua mão por minha coxa, senti um arrepio passar por ela. Ele subiu sua mão um pouco e deu uma tapa estalada em minha coxa.

Pulei de leve na mesa com o susto, não esperava isso.

Sua mão puxou meus cabelos e ele começou a beijar meu pescoço. Beijos molhados e demorados. Suas mãos empurraram minha bunda trazendo meu corpo mais para perto do corpo dele

Ouvimos um grito vindo de dentro da casa. Um não, vários.

Ele parou de me beijar e olhou para trás, para a sacada. Era do quarto das meninas os gritos.

Ele me olhou sorrindo, parecia bem menos tenso.

- Gostou? – Ele perguntou me olhando. Seus olhos eram tão profundos e sérios.

- Gostei? – Falei como uma boba. – E você?

Ele pegou minha mão e a beijou, assim como o Ches tinha feito mais cedo.

- Muito. – Ele disse. – Quer sair comigo hoje? A gente pode dar uma volta na cidade, conhecer o centro de artesanato, parece brega, mas é muito legal.

- Quero! – Sorria como uma idiota. A esse ponto eu iria a qualquer lugar com ele.

- Certo. – Ele sorriu, em seguida segurou meu rosto e me deu um selinho calmo e delicado.

Ele me ajudou a descer da mesa. Fechou a jaqueta com o zíper e segurou minha mão. E foi assim que entramos na casa, de mãos dadas e sorrindo como dois idiotas.

Esse momento não podia ser mais perfeito...

Algo estalou dentro de mim.

- Caleb? – Parei no meio da cozinha. – Quem é o pai do Titan?

Ele parou sem soltar minha mão. Ao se virar vi que ele sorria de lado.

- Eu não sei. – Ele falou calmo. – Ela não fala a ninguém. Mas por quê?

- Nada. – Falei sorrindo. Fiquei na ponta dos pés e dei outro selinho nele.

Não podia ser possível. Que o papai não tenha feito isso. Por favor, que eu apenas esteja um pouco inebriada por causa desse beijo e que minha mente esteja maluca.


Notas Finais


Não aceito comentários pequenos porque me esforcei Kkkkk'

Beijooos


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