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História Forms of Fear - A Carteira


Escrita por: Ella13

Notas do Autor


Ooooi!!!

LINK DA MÚSICA NAS NOTAS FINAIS

Próximo capítulo só dia 23, ok?
Boa Leitura!!

Capítulo 7 - A Carteira


Tomava minha vitamina e beliscava a tapioca, as vezes eu me sentia enjoada de sempre comer a mesma coisa. A Dayse estava limpando o escritório do meu pai, eu gostava de tomar café com ela aos sábados, era mais dinâmico.

Meu celular começou a tocar, ele estava carregando na sala. Me levantei calmamente e fui até ele. Era um numero novo.

- Alô? – Falei bruta, odiava números desconhecidos me ligando.

- Eloá. – Caleb disse. – Te acordei?

- Caleb? – Falei desconfiada. – Não, não.

- Que bom. – Ele sorriu. – Escuta, ontem você acabou esquecendo sua carteira, eu ia deixar na tua casa, mas fiquei meio sem jeito. Percebi que aquela senhora mexeu contigo, então preferi te dar um tempo, mas aí no resto do dia não tive tempo.

- Ah. – Falei, não tinha nem percebido. – Obrigada.

- Eu juro que não mexi em nada.

Ri daquilo, foi engraçado ele achar que eu pudesse ter pensado nisso.

- Não se preocupa. – Falei.

- E desculpa ter falado que você é desonesta. – Ele disse. – Ontem percebi que talvez eu tivesse te julgando por um único erro.

- Não precisa se desculpar. – Falei sem jeito. – Eu nem lembrava.

Fui sincera. Eu não era muito rancorosa. Quando ficava com raiva de algo ou alguém, ia lá e me vingava. Fim.

- Quer que eu leve na sua casa na hora do almoço? – Ele pediu.

- Eu vou sair daqui a pouco. – Disse. – Me diz onde você mora e eu passo aí.

- Minha casa é próxima a escola Militar. – Ele disse. – Uma das únicas.

- ótimo! – Falei. – Vou na loja da Ruby, depois passo aí.

- Certo. – Ele disse feliz. – Tchau.

- Tchau. – Finalizamos a ligação juntos.

.....

A Ruby me mostrava mais alguns vestidos. Eu já devia ter provado pelo menos uns 10, dos quais tinha gostado de 6. Mais do que isso o papai com certeza não compraria.

- Ruby. – Falei vasculhando minha bolsa atrás do meu celular. – É tudo muito lindo, mas eu tenho que ir agora. Mandarei o papai vim aqui dar uma olhada nos vestidos e paga-los.

O meu pai era o tipo de pessoa que julga alguém pelas suas roupas, sendo assim, sua filha não pode andar com nada muito curto. Ele sempre analisava minhas roupas antes de compra-las. Ou então mandava a Naomi olhar.

- A Heloise está vindo passar alguns dias conosco. – Ruby falou séria, como sempre era, seus cabelos escuros e corpo bem feito aparentavam sua idade de 36, mas seu rosto sempre séria a fazia parecer bem mais velha. – Vá jantar conosco essa noite.

Heloise era a filha do outro casamento do Dylan. Ela era simpática, mas a Ruby a considerava um fardo. O Tyler era indiferente com ela. Ela é o que podemos chamar de aproveitadora, se estava vindo para Westport no mínimo queria uma bela quantia de dinheiro do pai.

- Irei. – Sorri pegando meu celular. Ela me acompanhou até a entrada. Passando pelas grandes portas de vidro fume na entrada, pude sentir um vento gelado passar pelo meu corpo, iria começar a chover logo.

- Até a noite. – Ela disse e forçou seu sorriso de vendedora.

- Até. – Dei tchauzinho e fui caminhando até o colégio Militar. Ele era bem grande, ia de uma esquina a outra na rua, seus murros eram muito altos.

Na calçada em frente tinha algumas casa, supus que uma delas seria a do Caleb. Em frente a uma delas tinha um garoto de uns 13 anos, magrelo e de cabelo loiro jogando o lixo fora. Me aproximei dele.

- Oi? – Falei desconfiada.

Ele olhou ao redor para ter certeza que eu estava falando com ele.

- Você conhece o Caleb? – Falei próxima dele.

Ele me olhou dos pés a cabeça e fez uma careta.

- O que você quer com ele? – O menino perguntou. Eles se conheciam.

- Isso não é da sua conta. – Falei sem querer sem muito dura.

- Ok. – Ele disse me dando as costas. – Você que sabe.

- Espera! – Segurei ele. – Você não vai me dizer?

- Ih garota. – Ele me olhou torto. – Fala o que você quer com ele.

- Somos colegas, ok? – Falei irritada. Garoto impertinente.

- Paul? – Uma mulher magra, de cabelos escuros e olhos claros apareceu em frente aos portões marrons da casa. – O que houve?

- Nada. – Ele disse dando de ombros.

- Olá, moça! – Falei estendendo minha mão para ela. – A senhora sabe onde o Caleb mora?

Ela sorriu.

- O Caleb é meu filho. – Ela respondeu. Ele não tinha nada a ver com a mãe. – Desculpe se o Paul estava a irritando.

- Não, nada disso. – Sorri. O menino observava tudo.

- O Caleb não está em casa. – Ela prosseguiu. – Ele foi no restaurante. Se quiser pode entrar e esperar.

- Se não for incomodo. – Falei simpática.

Entramos na casa e ela era ótima. Tinha uma piscina na parte da frente e um enorme gramado até a entrada. A sala de jantar era ao lado da sala de visitas, mais a frente era a sala de televisão que era enorme, sem falar da cozinha que tinha uma mesa de madeira que dava para umas 12 pessoas. Passei pelas escadas que deviam levar para os quartos.

- Sente-se. – Ela disse me mostrando a cadeira na cozinha. – Eu estou terminando o almoço, ok?

- Certo. – Cruzei as pernas e observei ela cortando alguns legumes. Engraçado ela não ter uma empregada.

PLAY

- Mãe! – Uma voz feminina gritou do topo das escadas.

Olhei para trás e vi uma garota loira descendo apressada. Ela tinha o queixo duplo. Ela parou na metade das escadas assim que me viu.

- Julie. – A senhora Hunter disse. – O que houve?

- O papai ligou. – Ela falou desconfiada. – Disse que vai chegar tarde para o almoço.

Ela desceu mais um pouco as escadas e parou ao meu lado.

- Essa é a amiga do Caleb. – A mãe falou. – Seja simpática.

- Oi. – Ela estendeu a mão. – Qual teu nome?

- Eloá. – Falei pegando na mão dela.

- Ah. – Ela sorriu. – Tá namorando o Andrew?

- Julie! – A mãe dela disse surpresa. – Isso não é coisa que se pergunte.

- Claro que é. – Julie sorriu e se sentou ao meu lado. – Não precisa responder se não quiser.

- Quem é Andrew? - Falei perdida.

Ela riu de mim.

- Acho que você o conhece como Caleb. - Ela falou calma e doce.

- Somos só amigos. – Falei sem jeito.

- Mãe. – O menino, Paul, entrou na cozinha. – To com fome.

- Está quase pronto, querido. – Ela disse calma. Ele se sentou ao lado de Julie e começou a mexer no cabelo dela.

- Para, Paul! – Ela disse puxando o cabelo.

- Como está seu namorado Pietro? – Ele disse rindo.

- Ele não é meu namorado. – Ela disse séria. – Mãe!

Se for o mesmo Pietro que eu estou pensando, ela tem um péssimo gosto.

- Parem! - A senhora Hunter falou bufando.- Vão assustar a visita.

- Meu bem! - Julie falou. - Se ela quer entrar na família tem que tá acostumada com essas coisas.

- Para, Julie! - Paul disse e eu abaixei a cabeça. - Eles não estão namorando.

- E como você sabe? - Ela disse cruzando os braços e olhando o irmão que sorriu de lado.

- Me fala! - Ela se levantou e sacudiu ele.

- Digamos que teve repeteco esses dias. - Ele disse sorrindo. A senhora Hunter parou o que estava fazendo e se virou para prestar atenção na conversa.

- Seu pai tem que conversar com ele.- Senhora Hunter disse. - Ele não pode brincar dessa forma com uma garota.

Julie gargalhou.

- Ela que tá fazendo ele bancar o rídiculo. - Julie mordia os lábios para parar de rir.

- Eloá? – Caleb disse entrando na cozinha. – Faz tempo que você chegou?

Todos se calaram quando viram ele e fingiram que nada estava acontecendo.

- Oi! – Me levantei e abracei ele. – Não, cheguei quase agora.

- A mamãe não te assustou, né? – Ele disse sorrindo.

- Eu não ajo mais isso, ok? – A mãe dele disse revirando os olhos.

Sorri. Ele me deixava sem jeito, isso não devia acontecer.

- Vai ficar para o almoço? – Ele disse.

- Não. – Falei sem jeito.

- Certo, te levo em casa. – Ele disse sorrindo.

- Não é preciso. – Disse rápido.

- Claro que é! – A mãe dele disse como se fosse obrigação dele. – E pode aparecer mais vezes, Eloá.

- Certo. – Abaixei a cabeça. Tudo isso tinha me deixando bem sem jeito.

- Vamos. – Caleb disse saindo da cozinha.

- Tchau amiga! – Julie falou sorrindo.

- Tchau. – Balancei minha mão no ar.

O Paul continuava sério. Acho que ele não gostou muito de mim.

Caleb saiu comigo até o carro que estava do outro lado da rua. Ele ocupou o banco do motorista e eu fiquei ao seu lado.

- Já posso imaginar você sendo assunto hoje na hora do almoço. – Ele sorriu e deu ré no carro.

- Eu? – Falei assustada. – Por que?

- Minha mãe vai contar a toda a família que uma garota apareceu aqui, A Julie vai concordar e toda essa coisa que as mulheres gostam de fazer. – Ele ficou com as bochechas coradas.

- Acho que seu irmão não gostou de mim. – Sorri sem jeito.

- Ele deve ter gostado. – Ele sorriu. – Só tá numa fase de ser antissocial.

- Você não tá namorando,né? – Perguntei curiosa.

- É. - Ele falou sem compreender.

- Mas já namorou? - Estava curiosa para saber do repeteco,mas não podia perguntar do nada sobre isso. A mãe dele ficaria sabendo e ia pensar que eu sou uma fofoqueira.

- Já teve uma garota, sabe? – Ele disse calmo. – Mas não deu muito certo, eu era um moleque.

- O que houve? – Falei curiosa, por que eu estou assim?

- Não sei. – Ele disse olhando para a rua. – Eu não soube demonstrar que gostava dela e aí ela desistiu de mim. – Ele sorriu, mas seus olhos estavam tristes. – A gente passou 4 meses juntos, hoje somos amigos, mas eu me sinto mal por não ter sido melhor para ela.

Isso devia ser papinho pra me fazer sentir pena ou algo do tipo, não acredito mesmo que ele se sinta assim por não ter valorizado uma garota. Aliás já tá tendo repeteco com outra garota.

Após alguns minutos olhei pela janela e percebi que já estávamos na minha rua. Ele parou. Tirei meu cinto.

- Sua família parece bem legal. – Falei sorrindo. A família do Tyler não era bem uma família, eram só pessoas se suportando, assim como a minha.

- Você tem que conhecer meus primos e primas. – Ele sorriu. – É uma família bem grande, mas eles são bem amistosos.

- Eu adoraria isso. – Sorri.

- Qualquer dia a gente marca. – Ele sorriu de volta.

Abracei-o beijando sua face, quando fui beijar do outro lado nossas bocas se arrastaram fazendo aquilo ser quase um selinho.

Olhei para ele assustada. Ele sorriu com as bochechas corando.

- Desculpa. – Falei rapidamente.

- A culpa foi minha. – Ele disse olhando para frente.

- Tchau. – Falei descendo do carro com pressa, mas o Caleb segurou meu braço.

- Caleb isso não foi nada, só esquece. – Falei apressada e com medo do que ele pudesse dizer.

Ele me olhou com os olhos azuis passando para verdes.

- Eu só ia dizer para você esperar enquanto eu pego sua carteira. – Ele disse sério, quase com raiva.

Ele pós a mão debaixo do banco e me entregou minha carteira.

- Ah, Tchau. – Falei e ele não me respondeu.

Entrei no jardim e senti um pingo cair em meu rosto.

Qual o problema do Caleb? Ele esperava que eu dissesse que foi importante? Eu tenho namorado. Ele com certeza me beijou de propósito. E se o repeteco for a Poliana? Nunca imaginei ela beijando alguém, ainda mais alguém com presença como o Caleb.

- Quem era, Eloá? – Tyler saiu de dentro da minha casa. Ele não parecia muito feliz.

 


Notas Finais


Link: https://www.youtube.com/watch?v=mZlDNud7b_o

Espero vocês no próximo capítulo!! E me digam o que acham que vai acontecer entre Tyler, Eloá e Caleb.

Beijoooos


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