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História O fotógrafo que viajou pelo mundo - Saindo com os amigos


Escrita por: Orca_literaria

Notas do Autor


Olá, pessoas!

Capítulo 3 - Saindo com os amigos


Abriu a caixa cheia de coisas. 

então, o que tem aí dentro? - Felps perguntou, espiando por cima.

- nada demais - começou a tirar as coisas - são roupas, fotografias e uma carta da minha mãe.

- quer que eu leia a carta? 

- pode ler - entregou a carta enquanto arrumava um lugar para deixar o porta retrato.

"Amado Tarik,

Espero que você esteja bem. Aguardo todos os dias por sua visita. Sinto saudades.

                                Beijos, mamãe"

Sua mãe sempre fora incrível. Depois que seu pai os deixou, ela trabalhou duro por dias e noites para trazer comida para casa. 

Secou as lágrimas que veio junto com as lembranças.

- sua mãe tem meu respeito - Felps dobrou a carta com cuidado e devolveu para Tarik.

- ela é forte. Espero ter puxado seu lado guerreiro - disse colocando a carta na gaveta.

A porta foi aberta com um estrondo repentino. Olharam e viram Authentic, Cauê, e Cellbit parados na porta.

olá! - Authentic entrou e se largou na cadeira de frente para Tarik.

- olá? - Tarik e Felps disseram juntos.

Cauê e Cellbit entraram também. Cellbit se jogou na outra cadeira, e Cauê se sentou na mesa; ao lado do retrato.

- essa é sua mãe? - Cauê perguntou, pegando o retrato.

- sim, minha mãe e eu - respondeu olhando a foto com um sorriso pequeno nos lábios.

- bonita - comentou Cellbit - seu pai que tirou a foto?

Tarik negou com a cabeça.

- minha mãe jogou fora todas as fotos que tinham ou foram tiradas pelo meu pai. 

- nossa, por que? - perguntou Authentic.

- ele foi embora. Minha mãe e eu passamos por muitas coisas só para conseguir um pouco de comida.

Os olhos de Tarik estavam escuros, o brilho novamente se dissipou. Parecia perdido em pensamentos. Os amigos se entreolharam sem saber o que fazer.

Felps foi quem mudou de assunto.

que tal ver o que mais tem dentro da caixa, hm? - perguntou balançando os ombros de Tarik.

Tarik sorriu e voltou a tirar as coisas na caixa.

- por acaso, vocês notaram que o Batista grudou no Jv? - perguntou Cauê, mordendo os lábios.

- quem? - Authentic e Cellbit se inclinaram para ele.

- um dos novatos de ontem.

- ah, lembrei! - Authentic deu um tapa na testa - ele até perguntou se os olhos deles o atraiu - disse rindo entre as palavras.

- ele mesmo - Cauê afirmou rindo também.

A memória de Cellbit era duvidosa, mas assim que lembrou, estralou os dedos e segurou a barriga de tanto rir.

- nahh, e o Cellbit deu em cima do Tarik - Cauê falou. Cellbit e Tarik o olharam - "seus olhos são lindos", não foi isso, Cell?

- eh, e elogiar é dar em cima agora? Cresce um pouco, rapaz - Cellbit jogou uma bolinha de papel em sua testa.

Tarik sorriu desesperado e voltou a atenção para caixa.No fundo da caixa tinha uma blusa; a ergueu no ar, vendo o desenho estampado.

- que blusa linda. Spok que ia gostar - disse Cauê, passando a mão na testa.

- é uma raposa branca. Sempre admirei esses animais - falou admirando a blusa. Depois a dobrou e colocou sobre a mesa - que horas são?

- hora do almoço - cantaram Authentic e Cauê.

- que tal sairmos para almoçar? - sugeriu Cell.

- ideia aprovada! - Authentic e Cauê exclamaram.

- e vocês? - Cell perguntou olhando para Tarik e Felps.

- nós vamos - Felps respondeu sorrindo.

- vou lá chamar os outros - disse Cellbit se levantando e foi seguido pelos outros dois.

- quer que eu saia? - Felps perguntou, dando um tapinha em seu ombro.

- não, adoro sua companhia - sorriu para ele.



Foram almoçar em um restaurante próximo, que também pertencia ao Sr.Linnyker. O restaurante era rústico; móveis de madeira bruta. Lustres com poucos detalhes. janelas altas e estreitas.

Cellbit chamou os velhos amigos, os novatos, e Mikael, que não desgrudava os olhos de Tarik que não parava de passar a mão no rosto por causa disso.

boa tarde! Já decidiram o que vão pedir? -o garçom perguntou com o bloquinho de notas em mãos.

- não, ainda não decidimos - Jazz respondeu calmo. O garçom assentiu e foi embora.

- Jazz grossinho, uí - Spok afinou a voz e riu em seguida.

- eu não fui grosso, fui? - Jazz peguntou olhando para eles.

- não, ele só está brincando com você -Batista respondeu dando risada.

O olhar intenso de Mikael deixava Tarik em desespero. Tentava esconder seu rosto bebendo água ou cobrindo parte dele com as mãos. Estavam frente a frente e colados na parede, mesmo se quisesse não ia conseguir sair sem tocar os outros. Respirou fundo.

- dá para você parar de me olhar - Tarik murmurou mordendo os dentes - isso irrita.

- esse é o propósito - Mikael apoiou a cabeça nas costas da mão.

- estou falando sério, para de olhar para mim.

- que medo. Você é menor e mais fraco que eu; não aguenta uma briga.

- testa sua sorte comigo, então - saíram faíscas de seus olhos escuros. Mikael se divertiu com sua expressão.

Sua raiva foi dissipada pelos olhares dos outros. Seu tom de pele mudou de rosa claro para vermelho escarlate em segundos.

- estão brincando do que, crianças? - Cellbit perguntou apoiando o queixo na mão.

será que vocês nunca vão parar? Essa briga é ridícula - disse Spok, franzindo as sobrancelhas - poxa, em nenhum lugar vocês sossegam.

- tive uma ideia! Esqueçam as carreiras, não é mesmo, Jv? - Batista deu uma cotovelada em seu ombro.

- é sim - Jv respondeu quase derrubando o copo de água.

- já criaram amizades? - Mikael perguntou surpreso.

- puft, vocês que estão brigando desde o primeiro dia - disse Jazz fechando os olhos - seguem o conselho de Batista.

Tarik cerrou os punhos embaixo da mesa. Mikael bufou desviando o olhar para a janela.

- okay, vamos tentar - Tarik suspirou, nem aguentava olhar para a pessoa na sua frente.

- okay nada, não vou fazer amizade com um fotógrafo. Pessoas desse ramo não se importam com os outros.

- ah, vai começar! - Tarik revirou os olhos e bateu na mesa - o que você tem contra o meu trabalho?

- admita, Tarik, se dessem alguma coisa para você cuidar, iria querer se livrar da coisa o mais rápido possível!

- mentira! - os olhos de Tarik pegavam fogo. Os amigos em volta podiam jurar que a qualquer momento sairiam chamas de seus olhos.

- como tem tanta certeza? - Mikael os punhos na mesa e apontou um dedo para Tarik - seu trabalho é um infortúnio!

Ambos tinham as respirações rápidas e pesadas. Ambos estavam com os olhos arregalados, prestes a cair das órbitas. Mas Tarik foi o primeiro a relaxar. O primeiro a se sentar novamente. 

- meu trabalho é registrar memórias em uma máquina fotográfica; garantir que uma pessoa não se esqueça do que valeu a pena viver.

Ouvindo sua voz suave. Vendo sua expressão relaxada. Encarando seus olhos brilhantes, cheios de vida. Mikael relaxou e se sentou novamente. 

Os amigos se entreolharam sem saber o que fazer. Talvez, fosse melhor não fazer nada. 

A comida chegou. Aos poucos, as conversas retornaram à mesa.


Notas Finais


Espero que gostem,um abraço e...tchau😝


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