História Found my way - Yoongi imagine - II

Mais um sábado corrido: entrega atrasada dos últimos designers das botas para a coleção ‘outono inverno com Park Shin Hye’; terminar a pintura sobre a nova cor do teto do meu quarto; pegar Mashiro no veterinário, e eu aqui, escrevendo. Devem estar se perguntando o que aconteceu nesses meus dias de desaparecida, vou contar.

Eu e Yoon Gi temos um tipo de ‘amizade colorida’ ou ‘amigos com benefícios’. Não sei como chamar esse relacionamento indefinido, mas não namoramos, mas também não aceitamos um dizer a qualquer pessoa que não está em um relacionamento – a não ser ele pra imprensa – . O motivo dessa confusãozinha é que, a empresa a qual pertence seu grupo, proíbe esse tipo de relacionamento por poder causar distrações, ainda mais agora que o conjunto está a fazer um sucesso estrondoso.

Um emprego me apareceu logo após a peça de teatro em Daegu. Não imaginei que a peça traria tantas pessoas e muito menos que muitas delas observaram cada detalhe de cada peça de roupa cujo vestia os personagens. Depois disso, muitas empresas, marcas e lojas avulsas me contactaram. CARAMBA, NUNCA IMAGINEI QUE ALGO NA MINHA VIDA DARIA CERTO AO MENOS UMA VEZ!  Aceitei a oferta da Bean Pole sem nem pensar mais. É minha marca favorita, mesmo eu não sendo fã da Samsung, mas o eletrônico não afeta no tecido, não é?! Mas trabalhar em uma empresa grande deixa o meu tempo livre pequeno.

Minha mãe me ligou recentemente pelo Skype gritando, nem deixando que eu me pronunciasse.

— (S/n)! Teu professor é famoso! Eu o vi na tevê! TENHO CERTEZA QUE ERA ELE!

— Tá, mãe espe-

— Você ainda tem contato com ele, certo? USE A ALAVANCA! – meu deus, ela quem havia feito de tudo para impedir qualquer contato entre mim e ele e é ela quem surta. Ainda querendo que use o cara pra me dar bem na vida. É minha mãe mesmo

— Mãe? Posso fa-

— Tenho que ir, seu primo quer o notebook... CARLOS, COMO DESLIGA ISSO? – ela gritou pelo meu primo, mesmo ele estando sentado na cama atrás dela.

 Desliguei a chamada antes dela, prevenindo-me de surdez. Nesse dia, Yoon Gi estava aqui em casa, mais precisamente deitado ao meu lado observando os escândalos sem entendê-los.

— Tá tudo bem (S/a)?

— Sim, está. É só o normal dela. – o respondi já com o notebook de lado e me deitei ao seu lado o encarando, esboçando minha total felicidade.

 Sem que eu percebesse, o moreno já se encontrava acima do meu corpo com seu típico e encantador sorriso ladino e sacana.

— Queria ter te visto pessoalmente com aquele cabelo verde desbotado.

 Acariciando os cabelos tingidos de preto do maior e sem obter qualquer resposta, apenas senti seus lábios nos meus. Adoro a forma como ele age ousadamente, me surpreendendo hora ou outra. O beijo antes inocente se tornou aquecedor quando sua língua passou a acariciar a minha de uma forma mais violenta e suas grandes mãos caminharem pelo meu corpo até pairarem sobre meu short de moletom cinza.

— Que caralhos é isso (S/n)? – julguei que ele sentiu o volume entre minhas pernas. Será que ele pensou que um pau havia nascido ali?

— Chama-se absorvente. Já ouviu falar?

— Não me diga que..? Ahh não, hoje não!

— Fala como se eu controlasse meu organismo.

— Quantos dias? – confesso estar meio distraída e isso meio que o irritou.

— O que? – ele fez uma cara de taxo muito engraçada, mas não sou burra, sei que se eu risse, morreria.

— Até... isso ai parar?! – tão fofo quando fica sem jeito.

— Veio hoje. Meu período dura de três a quatro dias.

— Três dias. – novamente falando como se eu tivesse controle sobre meus dias férteis.

— Por quê?

— A turnê começa daqui a quatro dias, ou seja, meses longe de você. Será uma despedida épica.

— Parece até que vai ir embora pra sempre. – o respondi risonha e lhe enchi de selares pelo rosto.

— Três dias.

— E se não parar?

— Três dias. – ele disse com tanta firmeza que parecia estar avisando meu organismo para que o obedecesse.

 Por conta da viadagem feminina – porque eu, particularmente, odeio isso ter de acontecer a cada ovulação do mês – ficamos somente aquecendo um ao outro enquanto trocávamos palavras e ele me informava sobre a turnê mundial começando em Seul e terminando também em Seul.

— Dois meses? – foi minha vez de reclamar.

— Passa rápido, você vai ver.

— Não mais que três dias. – ele levantou a cabeça, assim me encarando erguendo ambas as sobrancelhas.

— Não tem o que comparar ai. – e assim ele encerrou a discussão antes mesmo de começar alguma.

 Continuamos a conversa sobre a turnê e ele me contava os países em que passaria.

— Brasil? Jura?

— Serão somente dois dias.

— Por que não to lá pra ver?! – emburrada, ergui-me para ficar sentada com as pernas cruzadas sobre o colchão frente ao preguiçoso que não levantou um músculo da cama desde que chegou.

— Pra que ir ao Brasil só pra ver o show se tem aqui na cidade?

— É meu país natal. Sensação completamente diferente. Vou tomar um banho, vem? – já em pé frente a porta do quarto com minha toalha nas mãos, o convidei, mas a resposta não me foi agradável.

— E vê esse sangue escorrer enquanto se mistura na água? Bleh. Não, obrigado. – ele fez uma careta me irritando.

— Então em meus dias férteis, não sou amada... Amor falso. – retirei-me do quarto e segui ate a porta ao final do corredor.

 Minha vontade era de castiga-lo pela piada desagradável, mas terei de ficar 2 meses sem vê-lo e não aproveitar o quanto eu puder, seria um castigo a mim também.

                          [...]

 O viado branco teve a bendita sorte de ter acabado nos exatos três dias. Quando o fez, acordei e passei à tarde sem sinal de nada.

— Tu és muito filho da mãe, mas confesso que agradeci por isso. – assim foi meu cumprimento quando o recebi na porta de casa.

 De inicio, ele me olhou confuso, mas um ‘ah’ logo saiu de sua boca quando finalmente raciocinou e já me atacou. Santo desespero, mas nada passava na minha mente como pensamento ou ideia. Queria tanto quanto ele, então me entreguei de bandeja a Yoon Gi

 Sentir seus dedos deslizarem por minha pele sensível, arrepia-me até os mais minúsculos pelos do corpo. Sua língua a brincar com a pele do meu pescoço, alternando entre meu ombro e minha orelha, ouvindo sua respiração já pesada bem pertinho de mim, leva-me ao céu. Com a outra mão, antes desocupada, começou a adentrar pelo meu short-saia nuvem me puxava do céu ao inferno.

 Não notei quando Yoon Gi havia tirado os sapatos que usava, mas quando voltei ao consciente por breves segundos, percebi que já nos encontrávamos na sala. Ele me sentou na mesinha de madeira no centro da sala – esta que era de vidro, mas a troquei por motivos de não querer ter que limpar frequentemente – e se ajoelhou a minha frente ao terminar de retirar minha vestimenta inferior por meus pés.

 Quando senti o calor de sua língua deslizar por todo meu sexo, causou-me arrepios por lugares que nem sabia ser possíveis. Causou-me sensações de uma forma que me fez sentir como se fosse virgem.

Estava a delirar-me e a aproveitar cada segundo das sensações que o homem quem mais amo me causava. Minha degustação prazerosa aumentou quando senti que nos tornamos um ao penetra-me com toda a saudade podendo ser sentida ao ato do maior.

— Eu... Te... Amo... Demais! Jesus, (S/a)! – a cada estocada forte, uma palavra era emitida até finaliza-la chegando em seu clímax.

 Mas eu não estava satisfeita, não havia chegado ao meu ponto de prazer ideal, então não deixei que Yoon Gi se retirasse de mim. Creio que ele entendeu quando agarrei sua bunda com ambas as mãos apertando seus glúteos com força o indicando meu pedido por mais – certeza que meus dedos ainda estão marcados naquela branqueleza dele –. Não aceitava, nem aceito, Yoon Gi sair da minha casa sem ter me feito gozar. Não mesmo!

— Eu te amo, amo, amo, amo muito você! – eu não estava organizando as palavras para falar, apenas abria a boca e deixava que elas chegassem até ele junto de meu clímax.

 Finalmente ele se retirou e, só naquele instante, pude notar que ele vestia uma camisinha. Quando ele colocou isso?

 Não fiquei jogada na mesa da sala, óbvio. Quando ele subiu as escadas para ir ao único banheiro da casa, rolei até o sofá, mesmo estando suada e sendo o menor sofá, não me preocupei em mover um músculo.

— Obrigado. – Yoon Gi se pronunciou depois de estar a uns dois minutos com o corpo seminu jogado encima do meu.

— Pelo que?

— Por me proporcionar esses curtos, mas proveitosos momentos de felicidade e, principalmente, por ter voltado para mim. – sorri boba com sua fala e ainda sorrio ao me lembrar de cada palavra trocada entre nós.

— Sendo assim, obrigada.

— Pelo que? – seu sorriso era mais que brilhante, radiante, memorizável e admirável. Posso olhar esse rosto todo o meu dia sem pausa. Exagero, não da não. Eu te amo Min Yoon Gi, mas tem limite ne, jagi.

— Por ter me convencido a conviver loucuras ao seu lado, como transar atrás da arquibancada do ginásio; por ter escolhido a mim para passar cada um desses momentos magníficos com você; por ter me esperado todo esse tempo; por me perdoar por ter te abandonado e por me aceitar de volta. Obrigada por conceder a mim a possibilidade de te dar essa felicidade que eu não imaginava poder lhe dar.

 Compartilhamos sorrisos por um longo momento sem dizer nenhuma palavra se quer. Ficamos ali, deitados seminus e semissuados, um por cima do outro em um sofá que mal nos cabia, apenas olhando e admirando o rosto da pessoa mais importante que nos foi concebido, com sorrisos cheios de palavras não ditas e sentimentos emitidos pelo silêncio.

                          [...]

 Fazem cerca de três semanas e meia que eles foram para a turnê e eu apenas acompanho as notÍcias nas redes sociais sobre os shows acontecidos e acompanho toda live que algum fã faz pelo YouTube. Esse é o motivo dos meus atrasos: paro tudo que estou a fazer para dar total atenção ao que ele está a fazer à não sei quantos quilômetros de distância.

 Sobre Mashiro, ele é um gatinho de pelugem negra que se instalou aqui em casa sem nem convite feito. Não o adotei ou o registrei, mas cuido dele como se fosse meu, mesmo que ele venha só para dormir ou comer. É, eu compro até mesmo ração pro bichano. O levei mais cedo à veterinária para algumas vacinas para evitar qualquer coisa que ele possa deixar na casa, já que pretendo deixar que o folgado usufrua de mim. Imagino a reação do Yoon Gi quando descobrir.

 Por falar nele novamente, estava a observar no show da semana passada a forma de como Suga e Min Yoon Gi são diferentes, mesmo sendo a mesma pessoa. Como explicar... quando presente no palco, ele se transforma em algo inovador e espetacular. Impossível não ama-lo. Mas não só ele, cada membro, cada um dos meninos se transformam em verdadeiros ídolos da música. Até parece gente.

Yoon Soo está aqui, cutucando nos meus desenhos já prontos e matracando sobre algo que não escutei uma palavra se quer. Se ela vê que estou dando mais atenção ao computador do que a ela, meu cabelo vai pro saco. Não duvido das ameaças feitas a mim por ela sobre me deixar careca se eu a ignorar mais vezes.

 Alguns de vocês me perguntaram o que acontecerá se souberem do meu diário online – onde qualquer ser esperto suficiente para navegar pelo blog esfera pode ler –, então respondo: não vão! Despeço-me hoje de vocês para não correr esses riscos, para não atrasar-me mais com o trabalho e nem correr o risco de ficar careca.  

 Desejo de coração e com toda minha humilde sinceridade que, mesmo com os altos e baixos existentes na vida de cada um, não deixem de aproveita-la e nem de dar a valor aos pequenos momentos inesquecíveis que pessoas especiais e importantes, lhe proporcionam. Aproveite enquanto todos estão ai contigo e faça valer cada passo dado no dia; o levantar da cama e o gastar de energia.

Ah, e não deixe seu vizinho barulhento atormentar sua vida com um gemido diferente a cada dia, impedindo sua noite de sono. Qualquer coisa, taca fogo na casa dele que resolve. Como diz Suga: Bultaoreune (불타오르네).