O dia acabou e eu não havia conseguido me concentrar em absolutamente nada. Retardada? Bastante, mas quem nasce trouxa, tende a fazer trouxisse (referências kkkk). Pelo menos naquele dia, nenhum dos 5 estavam a minha espera para me atormentar, mas tinha alguém que valia o dobro deles: Suga... Yoongi, é muito estranho o chamar de Suga, lembro-me de coisas indesejáveis. Eu ia passar direto por ele, mas o mesmo me puxou e me jogo pra dentro do carro cuja porta do lado do passageiro já estava aberta.
- Qual é seu problema? – perguntei o seguindo com os olhos, ele deu a volta pela frente do carro e sentou-se ao meu lado.
- Você! – o olho assustada. O que eu tenho com isso? – Por que ta me evitando?
- Te evitando? Eu nunca nem conversei com você além do necessário. – obvio que iria ignorar aquele incidente que podemos chamar de pagamento de não sei o que. – Por que agora seria diferente? Você é meu professor de musica e eu sua aluna, nada mais.
- (S/n), você é minha vizinha. – ele me lembrou dessa trolagem do destino com uma cara de tacho que quase dei um soco. E pra não cometer esse delito que sinto vontade de fazer, sai do carro. Ele não veio atrás de mim, confesso que fiquei um pouco abalada sim. NÃO! (S/N) AFASTA ESSA IMAGEM DAQUELE ROSTINHO PALIDO SERENO ENQUANTO TOCA PIANO... AAAAISH CARALHO!
Descobri que a vida queria me fuder de vez, sem nem ao menos me beijar, quando cheguei na esquina e começou a chover. Ótimo.
Resultado: fui correndo parecendo pintinho molhado no meio da rua e ainda ralei um dos joelhos por te caído no chão quando minha bolsa me jogou pra frente. Se podia piorar? Não só podia como piorou. Cheguei à porta de casa e abri a mochila procurando as chaves e nada, dentro do bolso, nada. Gritei pelos meus pais, nada. Corri pra porta de trás, nada. Porra vida, quer me fuder, me beija!
Sai do quinta e fiquei sentada na calçada, por uns 2 minutos me lembrei da sorveteria onde Jin trabalha e, mesmo no frio, eles devem abrir. Me levantei e avistei a porta da sorveteria aberta e resolvi ir ate lá, melhor que ficar na chuva. Dei por volta de cincos passos e senti alguém me puxando. Meu braço deve ter doce pra pessoas ficarem puxando assim ne. Olho pra frente e avisto Yoongi encharcado com os cabelos grudados em seu pescoço.
- Mas que? – pergunto e sou ignorada com sucesso. Já perdi as contas de quantas vezes fui ignorada. Desisto disso também.
Ainda segurando meu braço com uma das mãos, ele abre a porta com a outra. Fui puxada pra dentro de sua casa.
- O que é? Da pra me deixar em paz? – passo por ele e vou até a porta. Eu tentei abrir, mas ele colocou aquela mãozona que já estava vermelha, segurando a porta.
- Prefere ficar na chuva e adoecer que ficar aqui? – ele disse num tom baixo. Tão baixo que se houvesse outro ser aqui, não o teria escutado. Fiquei um tempo processando: O que é pior? Chuva ou ficar trancada numa casa fechada junto de Min Yoongi? Parei de pensar quando ele se afastou de mim e subiu as escadas.
- Se eu ir dormir, não verei essa cara pálida. – penso alto.
Não demorou muito e ouvi as madeiras da escada rangendo. Olho pra trás e vejo Yoongi com uma toalha na cabeça e outra na mão. Ele me entrega esta e senta no sofá.
- Te incomoda eu estar te evitando? – digo sem querer. PORRA, (S/N) É PRA VOCÊ IR DORMIR, E NÃO FICAR FAZENDO MERDA!
- Então confessa que está me evitando?
- Eu não... Ah esquece. – começo a secar meus cabelos com a toalha. Tava tudo na maior paz, se meu estômago não tivesse resolvido abrir a boca. O filho da mão sentadão no sofá da uma risada exageradamente alta.
- Que? Sua barriga não ronca, não?
- Não alto desse jeito. – ele se levanta do sofá ainda rindo e passa por mim entrando na cozinha. – Vai ficar ai com fome? – ele gritou da cozinha. Certo, eu não tinha outra escolha. Fui até a cozinha e me sentei numa banqueta de frente pra bancada. Ele começa a pegar uns negócios do armário. PERA, ELE VAI FAZER UM SANDUICHE PRA MIM? SERIO? COMO É QUE É?
Meu pensamento foi confirmado quando ele se aproximou de mim com um prato com um sanduiche partido em dois.
- Tem veneno aqui não ne? – perguntei seria. Vá saber ne. Desse homem eu espero tudo.
- O que você acha que eu sou? – não respondi comer era mais importante no momento. – E sim.
- Huh? Sim? De onde isso veio? – perguntei sem o olhar.
- Me incomoda você estar me evitando. – ao processar aquilo, até meu sanduiche caiu de minhas mãos.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.