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História Freak Out - Um brinde para nunca crescermos!


Escrita por: sammye

Notas do Autor


Hoy, tudo bom?
FELIZ NATAL PRA VOCÊS 🎄⛄ 🌟
O capítulo saiu curto, porém se estivesse junto do outro sairia muito extenso, então encarem como uma continuação do mesmo, tipo "Parte 2", okay? *--*
Desejo uma boa leitura!

Capítulo 22 - Um brinde para nunca crescermos!


Fanfic / Fanfiction Freak Out - Um brinde para nunca crescermos!

 

Havia escurecido por um breve período, logo tudo voltou a ser iluminado e eu pude ir correndo em direção ao local de onde havia vindo o barulho. Chegando na sala de estar, encontrei todos formando um círculo fechado, aproximando lentamente, encontrei a árvore de Natal caída ao chão com pai e filho ao lado. O detetive fez uma cara de espanto e tratou de entregar a bola de decoração que mantinha em mãos para o menino, apontando — Foi ele! – exclamou.

Noam ficou boquiaberto, sua reação para a acusação foi abrir o berreiro proclamando que não tinha sido ele. Fitei-o cética, como podia culpar uma criança por isso? Ele pareceu se arrepender, mas não admitiu ter feito isso, então consolou o filho dizendo que ele poderia assumir a culpa.

O garotinho se desprendeu dele e saiu correndo para fora dali aos prantos, sua tia o praguejou para o irmão antes de o seguir. No canto da parede, cruzei os braços e o encarei — Você não tem vergonha de acusar a criança? – ralhei irritada.

— Mas foi ele!

Revirei os olhos, dando as costas e saindo de perto antes que perdesse a paciência. Retornei à cozinha onde avistei a consultora consolando o garotinho, ele esfregava os olhos chorando pedindo desculpas — Sei que não foi você, meu amorzinho. Você é um bom menino, bons meninos se comportam bem, certo? – ela estava curvada em sua frente. ele concordou, abaixando as mãos e pousando os braços envolta dela, abraçando-a.

Os dois ficaram abraçados por um tempo até ela dizer que precisava ajudar a cuidar do jantar, ele se prontificou a auxiliar também e isso me assustou. Noam teimou, bateu o pé no chão e encenou uma careta de choro com cara de cachorrinho que caiu da mudança até conseguir desdobrar Misty — Posso servir os petiscos? Ele poderia levar numa tigela de plástico senão ele não vai parar até conseguir – argumentou, suspirando.

Ri — Tem sim, fica ali na segunda porta da parte de cima do armário – apontei para que ela pegasse a vasilha, todavia relutou em mexer nas prateleiras, por fim fui eu quem teve que pegar.

O garoto pegou um recipiente pequeno em mãos e saiu dali todo animado por poder fazer algo, minha mãe que estava contemplando a cena na porta ficou admirada com sua destreza — Ele é bem esperto para ser tão pequeno – comentou surpresa pendendo a cabeça para o lado observando-o passar, o seguiu com os olhos para depois optar por ajudar o pequenino.

— Ele tem dois anos mesmo? – questionei assim que ela saiu.

— Sim, em breve fará aniversário, daqui duas semanas. É estranho mesmo, ele é bem inteligente, herdou isso dos pais e teve uma boa educação por minha mãe. Damien era esperto desde pequeno e Samantha era um prodígio. Os dois combinaram.

— Um prodígio?

Assentiu — Ela é bastante habilidosa e inteligente, não tinha menos do que se esperar de um filho dela. Trabalha num departamento de investigação, é uma detetive profissional. – contou tranquilamente.

— Uau! Não sabia disso, achei que ela fosse de outro ramo.

Negou — Não, não. Por isso ela mal tem tempo para o garoto e Damien vive discutindo. – falou, depois começou a rir como se lembrasse de algo — Foi engraçado quando Noam chegou! Ninguém sabia da gravidez, foi logo no começo do ano quando ela bateu na porta de casa com uma criança de dois dias nos braços e todos fomos atender curiosamente. Ela disse: “Olá, lembra daquele trabalho? Esse é o fruto dele, nosso filho, e estou aqui para saber se você o quer assumir ou prefere que eu suma” – repetiu tentando imitar seu timbre de voz, um tanto sem emoção como se estivesse dizendo a coisa mais comum do mundo — Meu irmão quase teve um ataque cardíaco, ficou vermelho como se fosse explodir, entrou em estado de choque e se transformou numa estátua.

Arregalei os olhos — Ela foi tão direta assim? Que horror!

— Uhum, ela é uma mulher prática, sem rodeios.

— E o que aconteceu depois?

— Depois que descongelei meu irmão? – perguntou, rindo — Ele manteve Noam no colo e não o largou, não deixava ninguém chegar perto e muito menos tocar nele pois sabia que se vacilasse naquele momento, a Samantha partiria pra bem longe com a criança e cuidaria do jeito dela sem jogar a responsabilidade sobre seus ombros. Ela não o pressionou para ficar, os dois resolveram esse assunto numa conversa.

Franzi o cenho — Negociaram o menino como se fosse um poodle?

— É... Mais ou menos. De toda forma, foi uma surpresa ter Noam. E mamãe estava fora naquele dia, quando ela chegou de viagem e viu que tinha um neto, ela surtou com meu irmão e sua irresponsabilidade, mas também grudou no menino da mesma forma. Por isso é engraçado – comentou, sorrindo nostálgica — Mas enfim, o que eu iria dizer é que Damien aprendeu a andar e falar com menos de um ano pela educação que levou de minha mãe, sendo assim, com meu sobrinho não podia ser diferente.

Entendi, mas ainda achava que o menino era muito inteligente para ser tão novinho. Eu com dois anos comia terra – e cantava o tempo todo também – ou fazia coisas de bebês.

Preparei a mesa para o jantar, dona Judy veio auxiliar a arrumar tudo enquanto meu pai fazia sala. Não demorou muito para que nos sentássemos à mesa, meus pais se acomodaram nas pontas, meus irmãos ao meu lado juntamente com Amy, e o trio do outro lado.

Minha mãe estava tão encantada com o menino que não parava de brincar com ele, ela adorava crianças, até trabalhava num centro recreativo e educacional para menores de dez anos. Ela respirou fundo, murmurando que queria ter um neto e direcionando o olhar diretamente para Matt e eu. Nos entreolhamos, de soslaio fitei Mich, insinuando que ainda tinha ela — Michelle não pode ter um bebê, ela é o meu bebê – afirmou, passando a mão por debaixo do queixo de minha irmã, alisando sua face com carinho.

Revirei os olhos. Meu irmão sussurrou — Por isso que é mimada desse jeito. – reclamou, tornando ao seu lugar. Tive que concordar!

Levantei para servir os pratos e Bene se ofereceu para ajudar, mesmo que eu tenha recusado, ele auxiliou de toda forma por pura teimosia. Quando sentei novamente, minha irmã cochichou que precisava falar comigo depois em particular. Estranhei um pouco, isso de deixar para depois sempre me angustiava e me fazia querer arrancar os cabelos.

Por incrível que pareça, o jantar foi harmonioso e aproveitado com diálogos comuns. Minha mãe tentava arrancar todo tipo de informação dos irmãos como forma de me espreitar, papai passava o tempo contando piadas de pescadores enquanto Matt fazia novas amizades de “velha época” com a dupla faísca e fumaça. Misty e Amy se deram bem trocando informações e eu fiquei ali apenas observando com Michelle ao lado quietinha tão sozinha quanto eu.

— Hey, podemos conversar agora? – perguntou me cutucando.

Retirei o braço, incomodada — Sim, vamos. – pousei o pano de prato sobre a mesa e avisei que retornava em breve. Enganchei meu braço no seu para ajudá-la a se levantar, depois de pé, conseguimos caminhar.

— Então... Você sabe se....

Deu uma pausa e ficou em silêncio, suas bochechas estavam ruborizadas — Se?

— Se aquele homem tem namorada?

Arregalei os olhos com um sorriso malicioso — O Bene?

— Não, o irmão dele.

Desfiz o riso, fazendo uma careta decepcionada — Sério isso? Seu mau gosto ainda me assusta!

— Ora essa, ele é lindo, inteligente, gracioso e um bom pai.

— Bom pai? Não viu ele acusando o próprio filho?! – ergueu as mãos e deu de ombros — Mas ele é rude, ríspido e grosseiro. E um pervertido!

— Pervertido?

Fiz que sim — Foi ele quem invadiu o vestiário feminino!

— Ah! Mas ele não tem culpa. E também, se fosse comigo eu iria adorar!

Fitei-a cética — Faz favor, Michelle! Já não bastava o Cord?

— O Cord é um caso a parte de idiotice ao extremo.

Tive que concordar, o Damien me irritava mas não aparentava ser tão machista quando aquela peste — O que faço com você? – soltei um suspiro, frustrada — O Bene é tão doce e gentil, combina contigo!

— Mas não faz meu tipo, eu gosto de um rústico. Um desafio! – argumentou. Revirei os olhos — Vai me ajudar ou não?

Respirei fundo — O que não faço por você né?

Deu uns pulinhos, eufórica — Obrigada! Só não vai ser muito direta, ok? – pediu, abraçando-me animada.

— Isso eu não posso prometer porque meu jeito sutil é um tanto objetivo. Não sei se ele tem namorada, mas acho que não, tentarei descobrir e aí te falo – falei ainda abraçada a ela.

Demorei um tempo para retornar à sala, quando cheguei encontrei Matt e Damien abraçados cantarolando uma música sem sentido e aos soluços em frente à lareira, do lado Benedict acompanhava a cena com Misty desesperada — Você está bêbado também? – repreendeu ela.

— Eu não!

— Então o que é isso em sua mão? – mirou para uma garrafa de cerveja.

— É... Água.

Bufou, fazendo a mecha de cabelo levantar, furiosa — Como vamos voltar pra casa? Sabe que não sei dirigir!

— Eu não estou bebendo, é do Damien, eu juro!

Ela voltou o olhar em minha direção — Seu irmão está desvirtuando os meus, olha isso!

Arqueei a sobrancelha desdenhosa, sério que ela estava acusando o Matt? Era mais fácil o contrário!

Antes que pudesse pronunciar algo, Noam passou correndo pela casa gritando que o céu estava resfriado. Parou perto de seu pai, puxando a barra da calça — Papai, papai! Cobertor? – pediu tentando chamar sua atenção.

Ele estava meio alterado, encarou o filho, confuso — Cobertor?

— Aquecer céu gripado! – explicou, então puxei a cortina e vi a neve caindo.

Riu — Não, meu filho. O céu não está doente, apenas está nevando – explicou, carregando-o no colo e o colocando de frente a janela.

Mich suspirou aparecendo do meu lado — Viu só? Eu disse! – murmurou, observando-os com um brilho nos olhos.

Não respondi, apenas balancei a cabeça e ignorei. Toquei no vidro admirando a paisagem, tudo estava ganhando uma tom branco e a vista ia se formando gradativamente, a neve era simplesmente magnífica! Meus pais se aproximaram e ficaram contemplando a cena, depois veio Amy em seguida Matt.

O pequeno dizia “O céu está dodói” enquanto todos tínhamos nos reunido envolta dele para presenciar o momento. Era uma sensação nostálgica mas bela, a neve cobrindo a casa e objetos do lado de fora, também tinham as luzes das decorações que faziam tudo reluzir. Respirei fundo e soltei um suspiro, estava admirada.

Após isso, nos reunimos mais uma vez para nos despedir. Os irmãos foram embora cedo por causa da criança, Damien estava embriagado e Benedic o conduzia para que não fizesse besteira, esse o qual realmente não havia bebido. Misty seguia logo atrás com Noam no colo repreendendo o irmão por ter bebido demais.

Convidei meus pais para passarem a noite em casa, contudo papai disse que teria de ir. Nem mesmo meu irmão e sua esposa quiseram ficar, todos estavam exaustos e preferiam o conforto de suas casas, isso era compreensível. Por fim, restara apenas mamãe, eu e Mchelle.

Joguei o corpo sobre o sofá, esticando as pernas em cima da mesa e apoiando a cabeça no estofado, fechando os olhos, rindo. Foi divertido, adorava essa sensação que essa noite proporcionava. Amanhã cedo teríamos um café da manhã em família, como todo ano, depois iríamos passar o período vespertino se divertindo na quadra e nos parques aproveitando o clima. Ao anoitecer, nos encontraríamos ao redor da lareira tomando uma bebida quente, confortáveis em frente ao fogo ouvindo histórias que meu pai contava.

Sorri, contente. Não sabia explicar, creio que nem sequer precisava de explicação. Essa época do ano preenchia minha alma com uma empolgação, deixava tudo mais claro e brilhante, iluminado e divertido. E meu coração apenas buscava por diversão até mesmo nos momentos mais simples do cotidiano, como fazer uma refeição ou tirar uma foto. Não necessitava de porquê, bastava apenas sentir.

E quando abro os olhos novamente, mamãe me acerta na cara com uma almofada. Grunhi, pegando de volta e jogando em sua direção, ela desviou, rindo. Depois pegou de volta e arremessou. Mich que estava quieta no sofá ao lado se encolheu receosa com medo de que fosse atingida, mas antes que pudesse pensar em algo, dona Judy a acertou com cautela para que entrasse na brincadeira também. Ela contra-atacou. E lá se vai minha noite de sono!

 


Notas Finais


Estava um tanto insegura com esse capítulo, pois não é de meu feitio dividir, eu tentei fazer o melhor dentro do meu possível e buscar até o impossível (só que aí ficaria mais massante), então decidi deixar um capítulo mais leve :3

Devem ter percebido que o foco esteve no Noam durante esse Natal, é que ao meu ver, crianças são o espírito natalino mais próximos de nós para nos cativar com sua inocência e ingenuidade de um mundo até então sem maldades. E como adoro crianças, queria trazer isso pra vocês. Espero que tenham gostado 💝 Voltarei com a programação normal no próximo capítulo!

E aí, como está sendo o Natal de vocês? 🎅 Aqui foi bem tranquilo o que significa ser uma raridade sksjakajks
Nos vemos no próximo, sim? 💖


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