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História Freak Out - Confidência


Escrita por: sammye

Notas do Autor


Hoy! 💝 Isso mesmo, FO está de volta! *♡* ~e cheio de notinhas também sksajkaskj Awnt, sentiram saudades? Porque eu senti, e muita! 💞
Ah, irei atualizar provavelmente – ressalto: provavelmente – às segundas ou terças. "Mas Samy, hoje é domingo". Eu sei, é que que eu não queria dar esse gostinho pro calendário e ficar mais de um mês sem postar, ou seja, hoje faz um mês certinho. Porque eu disse semanas, não meses u_u
Além do mais, esse capítulo acabou de sair do forno, está fresquinho! Espero que gostem, desejo uma boa leitura! 💛

Capítulo 26 - Confidência


Fanfic / Fanfiction Freak Out - Confidência

 

A festa fora cancelada logo após o incidente, a casa alugada estava vazia visto que os demais convidados já tinham ido embora depois de averiguar a estabilidade da situação. Durante o desespero de meu irmão para socorrer e acalmar o filho e conforme Avril se mantinha trêmula e aturdida, tentei parecer tranquila para manter o controle e evitar o caos maior mesmo que meu coração estivesse descontrolado e minhas mãos meladas pelo suor.

Damien se reclusou com Noam do lado de fora, abraçados, ele estava ajoelhado agradecendo por nada de pior ter acontecido enquanto o menino chorava em seu colo sem entender nada do que estava acontecendo. Na cabecinha dele, não fazia nenhum sentido o nosso desespero.

Depois de um tempo, quando a cantora decidiu ir embora, meu irmão veio para agradecer e a surpreendeu – até eu mesma – com um abraço dizendo que se não fosse por ela, talvez agora o choro estaria sendo num hospital.

Ela ficou visivelmente abalada e sem jeito, aparentemente constrangida. Talvez pelo fato de Damien ser sempre hostil e aparentar ser forte e insensível — Não precisa agradecer, eu nem sequer me toquei, agi por impulso... Então, não é necessário agradecer – disse, dando um tapinha de leve no ombro dele e se afastando, forçando um sorriso tentando não demonstrar sua notória preocupação — O importante é que agora Noam está em segurança!

Ele enxugou uma lágrima com a costas da mão sorrindo de volta e recuando um passo. Ele havia a ensopado novamente — Mesmo assim, muito obrigado! Lhe devo uma a partir de agora, você salvou meu filho e não esquecerei disso. – proclamou sendo sério, olhando-a nos olhos.

Avril assentiu. Depois disse que tinha que ir embora e se despediu de Noam com um abraço, cerificando-se que ele estava bem. E para sua graça, ele até fez uma brincadeira e arrancou risos de todos nós.

Quando saiu, percebi que restara apenas Karen na casa. Ela estava num cantinho assustada e sem com quem conversar, ofereci para leva-la para casa, visto que meu irmão queria ficar a sós com seu filho e espantando os próprios temores, então aproveitei para conversar com a garota e lhe tranquilizar.

 

~x~

 

No dia seguinte – já alojada em casa novamente – tive que sair cedo pois havia compromisso marcado na cidade. Preparei o café da manhã e deixei tudo pronto antes de sair para evitar a aglomeração de tarefas ao retornar.

Na rua, busquei pelo endereço marcado atrás do cartãozinho e parei em frente à um prédio simples feito de tijolos à vista com escadas de emergência do lado de trás de cada andar. Subi a escadinha segurando no corrimão, estava para bater na porta quando uma voz sutil interviu no processo — Senhoria Moxi?

Virei para o observar — Senhor Jamie, como vai? – esbocei um sorriso gentil ao vê-lo. Ele vestia um terno de linho clássico daqueles episódios em que suas melhores vendas eram realizadas. Manteve a postura, ajeitando o terno e segurando a maleta enquanto a outra mão fazia referência ao imóvel — Podemos entrar?

— Claro!

Aguardei que destrancasse a porta em seu molho de chaves, em seguida o acompanhei até o terceiro andar. Ao mostrar o imóvel, fiquei um pouco surpresa — Ele tem vista para o parquinho, é no centro e tem comércios ao redor – persuadiu, caminhando em minha frente e mostrando os cômodos.

Perambulei sobre o assoalho buscando pelos defeitos que ressaltariam minha escolha. Levei um tempo até constatar que, definitivamente, não era o que queria. Então partimos para outra, o segundo apartamento parecia maior mas a vizinhança não era muito agradável. O próprio porteiro me olhou dos pés à cabeça como se minha cor lhe causasse enjoo e eu quase travei uma discussão ali mesmo, todavia sou melhor que isso e ele não iria me abater com um comentário desnecessário.

Ignorando o desafeto, pedi por um outro lugar porque aquele não me agradou tanto. O quarto imóvel era mais agradável, possuía dois andares disponíveis o qual poderia fazer escritório e casa, seria bom porque poderia atender os clientes no andar debaixo. Era um espaço amplo, a parede precisava de um retoque e alguns cantos do lado de fora estavam meio desgastado, mas nada que uma reforma não resolva.

Jamie sorriu ao notar minha empolgação — Vejo que gostou desse. – sorria ao falar, aquele típico sorriso de revista que eram nada confiantes.

— Sim, adorei. Porém, não é o que quero.

O corretor evitou desmanchar o sorriso para não me desagradar, depois continuou apresentando outras casas das mais variadas, desde as mais simples como a mais sofisticada. Teve uma que me arrancou o fôlego de tão incrível, era meu sonho. E quase me arrancou os bolsos ao dizer o preço.

Por fim, acabei terminando a busca por hoje, o homem sorridente ao meu lado declarou que em poucos dias iria me apresentar a casa perfeita, então concordei em aguardar. Afinal, pressa é inimiga da perfeição e eu tinha muito o que fazer ainda, como por exemplo, contar a novidade ao Damien.

 

~x~

 

Dei uma passada no mercado antes de retornar, comprei algumas verduras na feira e dei uma volta no parque tomando um ar. Chegando em casa, parei em frente à porta ao ouvir vozes alteradas, cessei os passos e encarei a entrada por algum tempo. Reconheci Damien e Samantha discutindo por Noam, pelo o que entendi.

— Nosso filho é uma criança e não um boneco do Max Steel! – proclamou a investigadora, sua voz estava exaltada — Noam poderia ter morrido afogado nessa “brincadeira”!

— Mas ele não se afogou! – agora fora meu irmão quem respondeu.

— Você é um pai imaturo e irresponsável!

Girei a maçaneta e tentei abrir sem fazer um ruído sequer, avistei pela fresta os dois pairados no final da sala, ela estava de braços cruzados enquanto ele deixava os braços soltos. Notei também no cantinho, escorado na parede, o menino escondido observando a cena. Seus olhos arregalados e atentos à qualquer detalhe, estava assustado.

Fechei a porta atrás de mim, dando um passo de cada vez cautelosamente conforme atravessava a sala sem importunar os pais. Assim que Noam me viu, ele recuou e saiu apressado dali. O segui até o quarto — Oi? Posso entrar? – pedi, empurrando a porta.

Ele estava com uma careta de choro, sentado na beirada da cama com os pés suspensos do chão, balançando-os inquieto — Oi. – respondeu, apreensivo.

Peguei o tablet e o fone de ouvido sobre a cômoda, seguindo até ele — Quer assistir desenho? – ele fez que sim e eu coloquei um desenho com uma música alta para que ouvisse a canção e não a discussão.

Noam apoiou a cabeça no travesseiro, juntou as pernas e encostou o aparelho nas coxas para assistir. Cantarolava a melodia esquecendo por um segundo do clima tenso do lado de fora. Sei que ele não entendeu quase nada do que seus pais estavam falando, mas sabia que era sobre ele e isso o deixava triste. Ele é pequeno, sensível, porém muito esperto.

O menino já não ouvia mais nada, mas eu sim. O tom estava se elevando e mesmo que não desejasse ouvir, era impossível ignorar. Repentinamente, a gritaria parou e isso me deixou assustada, então andei até a porta entreaberta e contemplei os dois pela fresta.

Damien estava com a mão no rosto de Samantha, alisando sua face enquanto ela tentava conter a ira, no entanto sua expressão era clara — Você não pode me esconder essas coisas, está sabendo? – segurou sua mão para que não a tocasse mais.

— Eu não escondi.

— Jura?! Eu fiquei sabendo do que tinha acontecido com Noam pela boca da minha filha que estava alarmada com o irmão!

Fez uma careta — Ia te contar...

— É? Quando?! Quando Noam estiver na faculdade?

— Sabia que você ia ficar assim!

— Mas é claro! Você insinua que sou uma mãe irresponsável, pois fique sabendo que não abandonei meu filho em suas mãos e sumi daqui, ok? Eu deixei ele contigo porque, após muita relutância, acreditei que você seria a melhor pessoa para cuidar dele e que teria responsabilidade com o menino. – esclareceu, olhando-o nos olhos — Deixei ele em suas mãos por algumas horas e olha no que deu!

— Você foi trabalhar, como sempre!

— É, e estou arrependida amargamente disso! Se não tivesse confiado em você, nada disso teria acontecido.

Ele fechou os olhos, ouvindo o que ela tinha a dizer antes de retornar a falar — Você acha que não fiquei assustado também? Meu coração quase saiu pela boca, nem dormi essa noite pensando na desgraça que poderia ter acontecido, isso me serviu de lição, amo Noam mais que tudo nessa vida, ele é a minha razão. Eu nunca que faria isso de propósito! – sua voz carregada não a comoveu.

— Você me excluí da vida dele como se eu fosse uma peça solta.

— Eu sei, sei que estou errado. Mas é que dói ver ele perguntando sobre você o tempo todo e eu tendo que responder “mamãe está trabalhando”.

Olhei para trás de relance para ver ser Noam estava ouvindo algo, ele estava era rindo com o desenho — Trabalho muito porque quero proporcionar o melhor para ele! – prosseguiu a mãe.

— Eu sei, eu sei. – ele retornou a erguer a mão, tocando em sua face mais uma vez — Por favor, você não pode tirar meu filho de mim.

Arregalei os olhos, ela queria a guarda do Noam?! Meu Deus, o Damien vai ter um treco de vez!

— Você o tira de mim o tempo todo.

— Eu... Prometo que tentarei ser mais responsável e menos inflexível. – coçou a garganta, seus olhos brilhavam marejados e a mão tremia de nervosismo.

Agora fora ela quem suspirou — Não posso deixar mais isso acontecer...

— Se não for por mim, pense em Noam. Ele acabou de perder a vó a quem amava muito e agora perder o pai... Vai ser muita coisa para a cabecinha dele, se afastar assim das pessoas que ele ama tão repentinamente...

— Damien...

Ele ignorou, suplicando — Por favor, Sam. Ele é tudo que tenho, não o tire, eu imploro. – ele estava contendo as lágrimas com a voz embargada — Desculpa se fui cruel com você, mas poxa, você já é mãe há muito mais tempo, teve oportunidade de errar e consertar seus erros. Mas eu não, Noam é meu primeiro filho, ainda tenho muito que aprender. Me permita errar!

— Não posso te permitir errar – ela o olhou nos olhos e por mais que tentasse manter a pose de brava, ela também tremia e seus olhos estavam encharcados pela emoção. Sua voz estrangulada respondia com tensão — Um erro sequer e... Sabe? – ele fez que sim — Nunca mais diga que não amo Noam ou que não me importo com ele, posso trabalhar 24 horas por dia, mas 25 dessas horas eu passo pensando nele.

Dam assentiu, ficando em silêncio. Ele tocou em seu braço e a puxou para perto, envolvendo-a num abraço. Samantha também, assim como meu irmão, estava assustada com o que tinha acontecido. Noam achou que a aliança era importante, ele não entendia que era Noam nosso bem mais precioso.

Ela curvou para apoiar a cabeça no ombro dele, fechando os olhos por um tempo. Damien fez o mesmo e eu pensei em fechar a porta, afinal era feio ouvir a conversa alheia. Contudo, o assunto me interessava, se ela queria levar meu sobrinho embora, isso também me afetaria e eu não queria ter que vê-lo uma vez por semana.

— Você pode passar aqui após o trabalho para dar boa noite ao Noam. – anunciou, alisando seu cabelo num cafuné.

— Posso? – levantou a cabeça, sorrindo entusiasmada. Ele fez que sim e ela se recompôs — Damien, espero que esse seja meu último aviso. Compartilhamos a guarda dele sem nenhuma complicação, mas mais um passo em falso e eu entro na justiça pela guarda dele, entendeu? – agora sua sensibilidade se esvaiu e seu olhar continha uma chama raivosa.

Meu irmão concordou sem reclamar, afinal ele não queria ter que brigar pela guarda da criança, pois ele acredita que a justiça irá favorecer a mãe e ele considera isso correto em certos pontos.

— Posso ir vê-lo agora? Tenho que ir trabalhar daqui a pouco.

— Pode sim.

— Ele deve estar com sua irmã.

Ela me viu?! — Misty chegou?

— Sim, foi direto pro quarto.

Fechei a porta antes que olhassem pra cá, corri até meu sobrinho e despejei um beijo em sua testa, marchando até a saída. Encontrei sua mãe pronta para entrar, ela me cumprimentou ao passar. Observei meu irmão assinalando para que eu fosse até ele.

Parei ao seu lado — Você está bem?

Soltou um longo suspiro — Acho que sim. Você ouviu tudo né?

— Mais ou menos, eu não tive culpa...

Riu, dando de ombros e dizendo que não tinha problema. Logo Samantha foi embora e eu segui até a cozinha para guardar as sacolas de compras. Ela foi embora logo depois e Damien, após toda a tensão, foi brincar com Noam.

 

~x~

 

Enquanto preparava o almoço, divaguei pensando em como contar ao meu irmão que irei sair de casa para finalmente tentar meu próprio “negócio”. Quer dizer, estaria seguindo o conselho dele, mas agora que Samantha insinuou querer a guarda de Noam e que mamãe se fora, ele muito provavelmente ficaria chateado.

Conheço o irmão que tenho, e por mais que o mais apegado seja o Benedict, Damien não deixa de ser parecido. Fora que mãe Raziel o mimou muito, então agora teria que trabalhar no processo de desapego.

Quando o vi na sala, por impulso quase lhe contei a notícia. Sorte que ele interrompeu perguntando se vi seu o celular e isso fez o assunto desviar. Cocei a cabeça, acho melhor deixar isso para outra hora.

— Sil, você fica com Noam um pouquinho?

— Eu?

— Sim, preciso resolver um negócio.

— Mas...

— Obrigado – interrompeu. Como estava em frente à porta, nem tive tempo de protestar que ele já havia saído.

Grunhi, cortando o legume com furor. Fechei os olhos, respirando fundo e retornando aos afazeres repetindo mentalmente que em breve aquela folga dele iria chegar ao fim!

Alheia, senti alguém puxando a barra da minha calça, olhei para baixo e avistei meu sobrinho chamando. Ele pediu mamadeira, respondi que iria fazer e ele se contentou em roubar algo da bancada e seguir até o sofá para assistir tv. Se esparramou sobre as almofadas, deitado.

Após preparar o pedido, levei até ele, que agradeceu com seu belo sorriso. Havia um espaçamento entre seus dentes que deixava seu riso mais amável e travesso do que o normal, passei a mão por seu cabelo desgrenhado, afagando-o.

E quando estava pronta para retornar à cozinha, noto um caderno quase encoberto atrás da almofada. Caminhei até ele e o retirei de lá, contemplando a capa. Estava sem cadeado, parecia um diário. Era roxo com umas luzes, essa era a cor preferida da mamãe, na contracapa dizia “Pertencente à Raziel”.

Hesitei em abrir, pois isso era falta de ética e não fora essa a educação que recebi. Mas... Estava escondido lá por algum motivo, certo? Então virei a capa e após algumas páginas percebi ser o livro de registros da mamãe, então quer dizer que Damien o pegou e não quis falar, porque quando perguntei sobre a agenda, ele disse não ter encontrado e que Bene era inútil.

Quando se utiliza muito uma certa página, fica de alguma forma “marcada” ou com relevo, daí quando abre o caderno ele fica diretamente nessa página. Foi isso que aconteceu comigo, abriu na letra “L”. Mas Everly começa com “E”.

Passei os olhos pelos nomes em ordem alfabética até encontrar um em questão: Lanore Stowe. Era a mãe dele. Ali havia uma breve descrição do caso e a data de início e finalização do trabalho, contudo, ao contrário de duas datas – como esperado – ali possuía quatro e uma delas era o aniversário de Damien.

Foi por isso que ele se apoderou do caderno? Para ler resumidamente em poucas linhas o que podia saber a mais sobre sua mãe? Isso iria o corroer mais ainda!

Estava para guardar o caderno quando ouço a porta bater bruscamente, dei um salto assustada e joguei o caderno pro alto sem pensar direito. Do outro lado, ele me encarou risonho — Eita, o que deu em você? – gargalhou depois que notou o pulo de susto que dei. Isso não tinha graça, achei que fosse um invasor, ele quase me matou do coração!

— Droga, Damien! – ralhei, saindo esbravejando da sala até a cozinha enquanto ele ainda ria.

 


Notas Finais


Preciso avisar também que alguns dos próximos capítulos (daqui em diante) serão mais extensos – bem que eu tinha previsto cof cof – mas acho que pode começar a ter capítulos grandes depois do 25 né? Tá permitido? Okay! ♥ sz

Estava morrendo de saudades! Confesso que comecei a escrever da semana passada pra cá porque estava com a mente bagunçada, daí eu fiz todos os capítulos menos esse (o 26), "por quê?", porque é assim que eu funciono, à base dos bugs e de trás pra frente ou variado SKSAJK
Mas e aí, como vocês estão? Como foi o primeiro mês do ano? Férias acabaram né? :c

Obrigada por quem veio até aqui, estou empolgada pros próximos capítulos hihi Estão preparados meus caros "Watson"? *O* Nos vemos no próximo, sim? 💖


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