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História Freak Out - Tem um bacon em minha banheira!


Escrita por: sammye

Notas do Autor


Oiiie! *♡*
Tudo bom? Venho trazer o terceiro capítulo toda ansiosa, então desejo que tenham uma boa leitura! sz

Pretendia postar amanhã, porém começarei um curso novo e aí ficarei com o dia corrido ;-;
*Gazua é aquele trequinho que usam para arrombar fechaduras.

Capítulo 3 - Tem um bacon em minha banheira!


Fanfic / Fanfiction Freak Out - Tem um bacon em minha banheira!

 

— Você é o detetive pervertido! – bradei, apontando em sua direção.

— Eu não sou, você quem não sabe identificar as coisas! – retrucou, fazendo uma careta.

Encarei-o — Quero saber seu envolvimento com a morte da garota, quer dizer, você a matou?

— Espera, e se eu tivesse matado isso não a colocaria em perigo? – recuei um passo e ele riu — Afinal, que garota você está falando?

Antes que pudesse responder, a porta atrás dele rangeu revelando uma mulher alta ao surgir, ela era morena, os cabelos escuros cacheados presos num coque alto, olhos castanhos escuros. Trajava um casaco estilo militar por cima da roupa com um semblante incontestável de sono interrompido — Que balbúrdia é essa? – resmungou, descendo um degrau ao lado de Damien. Ela era mais alta que ele.

— Essa doida veio aqui me atacar!

Agora me ofendeu — Doido é você que invade um vestiário feminino e não quer que eu suspeite de ti!

A mulher o encarou abismada — Você fez o que?! Seu pervertido! – ele fez cara de desgosto e eu quis rir.

Bufou — O que faz aqui?

— O que você faz aqui?!

— Eu perguntei primeiro! – acusou, dei de ombros.

A quiromante deu o ar da graça ao se pronunciar finalmente — Eles moram aqui. São meus filhos; Damien e Misty. – apresentou-os, pairando entre os dois e entrelaçando os braços envolta de seus ombros — Ele é um detetive e ela sua consultora. Agora diga você, o que veio fazer aqui além de acusar meu menino?

Ele arqueou a sobrancelha em sinal de protesto dizendo que não era mais uma criança, então decidi explicar o que havia acontecido desde o começo. Foi um pouco difícil retomar a cena do homicídio pois isso causava-me arrepios, contudo tomei coragem e reproduzi a cena quando os disparos foram feitos, erguendo a mão direita e gesticulando com as mãos como se fosse a arma.

Misty fez uma careta — Então teremos de investigar isso, começando pela suspeita principal.

— Que seria seu cliente?

— A esposa dele – respondeu. Como assim? — Ela era a cliente, pediu para investigarmos o companheiro a fim de descobrir se estava sendo traída. Poderia muito bem ter tido um ataque de ciúmes... Enfim, vamos lá?

— Claro – respondi e ela me encarou como se o chamado não fosse feito para mim — Preciso lembrar que sou a testemunha e que esse devasso invadiu o vestiário?

— Por que estamos discutindo isso mesmo?

Cruzei os braços — Vou junto ou eu o acuso de assédio perante um juiz, e é claro que não estou blefando. – impus determinada a ir, batendo o pé no chão. Ignorando o fato de que também estava ansiosa por qualquer coisa que me fizesse sentir viva novamente e que a curiosidade estava me matando.

— Ganhou no “acusar”. Vamos! – ela decidiu sem pestanejar, já Damien ficou praguejando que eu iria atrapalhar com meu amadorismo. Dane-se ele também.

 

...

 

Não havia neve caindo mas isso não era um empecilho para que o clima permanecesse gélido, o vento uivava e minhas mãos estavam praticamente congeladas. Paramos em frente à porta da senhora Devenporth. Janelas fechadas e luzes acesas, observei pelo canto a vista por detrás do vidro e vi um pássaro de relance numa gaiola imensa. Pobre ave encurralada, às vezes sentia-me como se fosse uma também.

Damien bateu na porta até que alguém atendesse. Uma senhora na faixa dos cinquenta anos atendeu, os cabelos castanhos soltos até os ombros, usava um casaco de lã que parecia ser tão quentinho e confortável — Ah, olá! Entrem – estendeu a passagem para que entrássemos, segui atrás de Misty.

Acomodei-me na poltrona enquanto os dois estavam no sofá de frente a ela, pedi gentilmente um copo d’água e enquanto ela se ausentava, os dois sussurravam algo que não pude distinguir. Retornou com uma bandeja de aperitivos e jarras, estendeu a mão para entregar o copo quando a morena ao lado apontou — A senhora é canhota? – ela assentiu, confusa.

O que isso tinha a ver? Bem, antes que pudesse comentar algo, Damien logo tomou nota — O que fez de bom ontem à noite?

— O que quer dizer com isso?

Misty me chamou para perto, cochichando em meu ouvido — Quando você imitou o assassino hoje mais cedo, ergueu a mão direita. Então poderia dizer se foi exatamente assim que viu ou estava representando do seu jeito?

— Não, foi exatamente assim que ele fez!

— Oh – exclamou, tornando a olhar para a senhora — Podemos conversar sobre seu marido?

— Ex-marido – anunciou com um certo rancor em seu timbre de voz — E o que insinuaram com essa pergunta? Vocês querem saber se eu tenho um álibi? Para quê?

Franzi o cenho — E como a senhora sabe que precisa de um?

Ofendida, levantou-se em imediato — Então é isso! – levei a mão até a testa, acertando um tapa. Como fui burra!

— Desculpe a indelicadeza dessa pessoa, senhora Aubrey. É que temos alguns pontos soltos, recentemente a jovem a qual pediu para investigar sofreu um atentado, levando a sua morte. – introduziu ele, ajeitando a postura e se pondo de frente a ela — Precisamos averiguar a situação antes que a polícia ligue os pontos sem nossa ajuda e venha ao encalço de todos nós!

Suspirou — Primeiro que para você é Devenporth e segundo que não tenho nada a ver com isso, nem preciso mais de seus serviços limitados. Gael pediu divórcio hoje cedo e quer saber, se vocês querem tanto acusar alguém, por que não ir atrás dele? – apontou para a saída assim que terminou a frase, suas bochechas estavam ruborizadas de tamanha ira — Ah, eu estava aqui em casa, não é um álibi dos melhores, porém posso provar com a câmera de vigilância da casa a frente.

— E a porta dos fundos? – questionou a outra.

— Tem também a da casa da frente dessa. Satisfeita?

Sem deixar com que titubeássemos, fomos expulsos para fora sem poder fazer mais nenhuma pergunta. O que tínhamos? Uma mulher traída ofendida, um ex marido, uma possível amante?

— Eu suspeito de que ela sabia que Everly não era amante de Gael e sim que a pobre vítima estava ajudando o ex marido a investigar a esposa. Ela nos usou para jogar essa caça ao rato e quando percebeu que estávamos chegando próximo dela, nos colocou para fora. – concluiu Misty, retirando um caderno de anotações do bolso.

Arqueei a sobrancelha — E isso tudo só porque ela ficou ofendida?

— Não, mas hoje cedo estivemos aqui e quando chegávamos perto do assunto, ela desviava. Talvez tivesse mesmo um amante, Aubrey não queria perder a quantia estimável por adultério no divórcio – explicou ele, apoiando a cabeça no poste.

Mordi o lábio inferior — Ela tem um álibi.

— Mas não podemos excluí-la só porque é canhota.

— Temos que procurar melhor, que tal ir procurar o senhor Devenporth? – sugeriu Damien, desencostando-se. Notei que sua irmã aparentava ter mais disposição e preparo que ele, isso seria uma “capa”? — Antes disso, agora iremos te levar para casa, está entardecendo.

Neguei — Pegarei um táxi, não se preocupem. Mas eu quero ir junto! – protestei, levando a mão ao bolso em busca do... Meu coração gelou, aonde estava o celular?! Eles me fitaram apreensivos — E-Eu preciso voltar, acho que esqueci meu telefone na casa dela!

Corri em direção à porta, batendo sem ser atendida. Pela janela, não avistei movimento algum — Vou lhe dar uma ajudinha – falou ele, pronto para tentar arrombar a porta, entretanto a irmã o interrompeu, retirando uma gazua do bolso e dando para que ele tentasse.

Após alguns segundos, a porta estava aberta. Chamei diversas vezes antes de entrar, ninguém respondeu. Caminhando pela ponta dos pés por entre o corredor, observei a porta entreaberta e gritei por Aubrey — Ei, aqui! – avisei, encontrando-a caída no chão se remexendo. Em sua mão esquerda estava um pote de comprimidos — Ela tentou suicídio?

Corri para perto conforme os dois se aproximavam. Misty analisou a senhora — Rápido, ela está engasgada! – proclamou, levantando-a e dando alguns tapas em suas costas. Nada.

Então o irmão tentou outro método até fazê-la cuspir o que tenha a engasgado, a mulher retornou a respirar aliviada com os olhos esbugalhados e mãos trêmulas — O-Obrigada!

Posei a mão em suas costas e a auxiliei para levantar — Como sabia?

— Vi o restante da broa caída ali ao lado, a senhora se afogou e depois escorregou no piso liso, certo? – ela assentiu — Perdoe-nos pela invasão, viemos pegar o celular esquecido e já estamos de saída, ok?

— Espere! Muito obrigada – pediu, recompondo-se lentamente. Jogou as madeixas para trás — Posso ajudar em algo?

— Poderia começar dizendo o nome de seu amante.

Arregalou os olhos como se tivesse se engasgando de novo, tossindo — Do quê?!

Damien riu — A senhora sabe do que estamos falando. Se não quiser cooperar, tudo bem. Iremos descobrir isso de qualquer jeito, porém da pior forma – reforçou a hipótese de sair buscando pelos quatro cantos e bastou essa sugestão para que ela dissesse um nome: Daren Hawes.

 

...

 

Após tamanho tumulto, marchei de volta ao plano inicial, buscando um táxi de volta para casa. Por fim, se não fosse pelo aparelho esquecido, não teríamos salvado uma vida e ainda encontrado um nome com esforço poupado. Sentia-me empolgada por ajudar, até fui elogiada! Nem parecia que tinha esquecido o celular de propósito.

Quando abri a porta de casa, encontrei um rastro lamacento pela saguão com pequenas pegadas de um ser que não soube identificar, segui o caminho atenciosa aos passos. Ouvi um ruído e quando ergui os olhos, um mini flash passou correndo por mim, esbarrando com força num empurrão. Recuei alguns passos, pisando em algo e indo ao chão. Pronto, minha poupança estava achatada de novo, argh!

Ergui a cabeça com esforço e encontrei um carrinho destruído do outro lado. Antes que pudesse levantar, uma garotinha passa pulando por mim — Ah me desculpe! – desfez o pulo de volta — Mamãe disse que quando pulamos alguém assim, essa pessoa nunca mais cresce! – grunhi, aceitando sua mão estendida para ajudar a me levantar. Quando fiquei de pé, a menina ficou boquiaberta — Eita que alguém te pulou muito na vida né!

Soltei os braços exasperada, fuzilando a praguinha em minha frente — Como você é gentil! – ironizei.

Sorriu, levando as mãos ao rosto corada, balançando-se — Obrigada, sempre me dizem isso!

Ah, esqueci que crianças não entendem ironias. “Mas sabem fazer umas que é uma beleza”, murmurei em pensamento.

O menino foguete retornou bradando pelo carrinho destruído exigindo outro imediatamente. Gianne apareceu toda descabelada, correndo sem fôlego, meu Deus o que fizeram com a pobre coitada?!

— Desculpe dona Avril, minha irmã adoeceu e eu fiquei de cuidar das crianças repentinamente, mal tive tempo de... – olhou para as crianças — Marco, Cecillie! Tratem de se desculpar agora! – ordenou, a garota curvou-se pedindo desculpas enquanto o outro dava de ombros.

Ri, seu rosto estava manchado de gotas de chocolate e a boca com um bigode de leite — Tudo bem, não tem problema – levei a mão à boca, tentando conter o riso. Não consegui, e ele ficou irado — Eu gosto de crianças, mas só gostaria de ter um aviso prévio para poder preparar algumas coisas. – remexi o bolso da blusa, retirando algumas balas que havia ganhando de Michelle — Aqui, para vocês.

Marco pegou com um certo receio, até parece que eu mordo! Mas se bem que com essas bochechas rechonchudas e fofas dele, dava vontade de apertar — De nada – falou, puxando o doce e entregando para a irmã.

Sorri, comentando que subiria para um banho. Apoiei no corrimão, dando passos largos exaurida. Assim que cheguei no topo, o celular tocou. Era Matt — Oi? – chamou, ao fundo pude ouvir vozes turvas e uma música abafada — Estamos aqui no club bar comemorando a vitória de ontem ainda, pensei que Randy tinha lhe avisado, mas ele falou que – deu um soluço — Você o chamou de bundão ou algo assim e ele se irritou.

Contive uma gargalhada — Talvez... Vou pensar no seu caso, você me chamando para beber? Só pode estar aprontando algo!

Riu — Você vai gostar! E... Ei Michelle! Não, você não pode morder ele, larga! – gritou para alguém ao fundo, depois voltou pra mim, rindo. Sorri torto — Não custa tentar.

— Não quero conhecer ninguém no momento, estou...

— Eu sei – interrompeu, agora sua voz continha um tom sóbrio — Sabe que eu não faria nada para ferir minha irmãzinha. Então, você vem?

Revirei os olhos — Irei pensar no seu caso – proclamei, desligando a chamada enquanto empurrava a porta do quarto. Joguei o celular sobre a cama, indo em direção à toalha. Antes de entrar no banheiro, peguei o celular de volta e liguei a rádio local. Estava um pouco ansiosa, não precisava de uma bola de cristal para saber que Matt aprontou ou vai aprontar algo.

Assim que puxei a cortina e olhei a banheira, soltei um grito pavorosamente agudo e escandaloso. Tapei a boca assustada comigo mesma com os olhos esbugalhados — Meu Deus! – recuei um passo e contemplei um porco farto tomando um banho de espuma, sua pelagem era branca meio rosada, com manchas do tom caramelo e até preto. Ele olhou para mim, o que me deixou mais apreensiva ainda — Calma, calminha – gesticulei “pause” com as mãos — Eu sou vegetariana!

 


Notas Finais


Avril fez uma jogada e tanto com o lance do celular, até que foi esperta :v qq Juro que Misty não é de "Pokemon", eu nem assistia quando menor e-e ~quase nada me segura em frente à tv~
Querem um "spoiler" para os próximos futuros capítulos? Então lá vai: Minha listinha já fora atualizada com dois nominhos sz

Espero que tenham gostado, nos vemos no próximo capítulo, sim? *u* 💖


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