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História Freak Out - Resguarda


Escrita por: sammye

Notas do Autor


Hoy, tudo bom? ♡
Capítulo fresquinho acabando de sair do forno! No capítulo anterior, Avril fora reencontrar Louise e descobriu quem supostamente a visitou durante sua estadia fora de casa. Ah, também terão alguns "termos/expressões" usadas geralmente em Hóquei, mas está tudo explicadinho na própria descrição do ambiente, certo?

Desejo uma boa leitura, espero que gostem! 💛

Capítulo 42 - Resguarda


Fanfic / Fanfiction Freak Out - Resguarda

 

Apressei os passos até o carro segurando o álbum de fotografia em mãos com firmeza, abri a porta e quando estava prestes a entrar, Louise brotou em minha frente impedindo a passagem — Ei, Avril! – chamou com as sobrancelhas franzidas — Onde pensa que vai esbaforida desse jeito?

Não tinha tempo para responder um interrogatório — Lou, eu tenho que ir agora!

— Não, não vou permitir que você saia assim de casa, é perigoso – argumentou preocupada, soltei um suspiro tentando protestar e ela prosseguiu com seu discurso de que se algo acontecesse eu me sentiria mal e ela também — Então se acalme e respire fundo por um momento – aconselhou praticamente ordenando — Está mais calma agora?

— Estou – inspirei lentamente, expirando em seguida — Agora posso ir?

Ameacei dar um passo e Louise interviu novamente perguntando se eu estava indo tirar o pai da forca por ter tamanha pressa, tentei argumentar revirando os olhos ao dizer que tinha algo importante para fazer sendo mais uma vez barrada por sua curiosidade “E decidiu isso logo após ver uma imagem?”.

— É mais sério do que isso – proferi inquieta fazendo seus olhos crescerem de interesse — Não posso contar, é um segredo.

“Guardando um segredo de mim?”, questionou chateada. Por mais que estivesse ofendida, eu não pude deixar de comentar que ela também escondeu algo por um bom tempo, então um pouco impaciente respondi sussurrando para que ninguém ouvisse que esse segredo não é apenas meu.

Lou colocou cruzou os braços me encarando um tanto apreensiva — Não me diga que é aquilo da garota morta! – quis muito perguntar “Como você sabe?!”, mas isso seria uma confissão — Não precisa nem me responder que a sua cara já diz tudo, Ramona.

Mordi o lábio fazendo uma careta alegando que uma coisa dessas não dava para simplesmente esquecer da noite pro dia, eu tenho pesadelos todas as noites com isso, repassando aquela cena com a imagem dela cravada em minha mente ouvindo seu pedido de socorro.

Então após muita insistência expliquei por cima do assunto sem muito contar detalhes e em voz baixa que eu tinha me enfiado na investigação para tentar ajudar em algo, e que agora não estava mais envolvida, no entanto uma pessoa que aparentemente poderia ajudar veio me procurar e eu me sentia agitada.

Ela gritou dizendo que estou louca em me meter nessa história alertando-me também dos perigos que eu corria, contudo foi mudando o tom de preocupação para um ar mais de curiosidade instigada na adrenalina e emoção que seria participar de uma investigação. Muito embora eu quisesse poder participar desse jogo de adivinhações juntamente dela, no momento não posso dar mais detalhes e muito menos tenho tempo de contar tudo. Dessa forma, pedi licença dizendo que poderíamos conversar sobre isso numa próxima e, agora mais tranquila devolvi o álbum que quase “afanei” sem querer, entrei no carro em seguida rumo à minha casa.

 

...

 

Passei pelo portão direto para o posto de segurança procurando alguém que pudesse mostrar as filmagens da suposta visita de Keid, assim que entrei, encontrei dois deles com o rosto virado para o monitor vidrados na tela trocando um diálogo que não pude compreender, eles se prontificaram em me cumprimentar tentando esconder os resquícios do café deles.

Ajeitei a postura — Não precisam agir assim, eu não vim aqui para dar sermão – falei reclamando da rigidez que exibiam — Preciso saber se vocês conseguem exibir uma imagem nas filmagens.

— Qual, senhora? – perguntou Aaron que estava escorado na mesa.

Olhei para cima tentando relembrar o dia — Acho que tem por volta de um mês...

— A senhora não lembra o dia em questão? – dessa vez fora Zach quem perguntou, ele estava sentado em frente ao computador.

— Não, mas sei que foi um rapaz moreno de porte físico atlético, um jogador.

Entreolharam-se — Desculpe senhora, mas vai precisar informar um pouco mais do que isso se não tiver pressa, pois rever tudo até encontrar pode levar horas, a senhora tem noção de quantas pessoas aparecem por aqui querendo falar com a senhora?

— Temos que filtrar todos os visitantes.

Suspirei — Mas nem pelo nome? Derek Owens, ou Keid.

— Podemos dar uma olhada na lista – Aaron prontificou-se em buscar uma espécie de prontuário enquanto o outro pesquisava no computador — Nenhum Derek Owens ou Keid nos registros.

Zach se empolgou — Mas podemos buscar pelo sistema de reconhecimento, precisarei apenas de alguns minutos, senhora.

Fiquei aguardando de pé logo atrás deles enquanto buscavam por Keid no sistema. A porta abriu subitamente quando um terceiro segurança adentrou ao cômodo, ele não me viu e então chegou todo desleixado rindo de alguma coisa. Assim que notou minha presença, ele arregalou os olhos e se apressou em pedir desculpas — D-Desculpe, senhora – pediu educadamente, essa coisa de “senhora” pra todo lado estava começando a me incomodar — Minha avó está doente e eu fui visitá-la no hospital...

Fitei-o cética — Não vim aqui para reclamar do atraso, Asthon – proclamei fazendo-o esboçar uma careta surpresa por eu saber seu nome. Por mais que ele fosse recente na equipe, eu sempre gostei de saber quais pessoas compõem meu time — Você entrou aqui tem algumas semanas, certo?

Ele baixou o olhar ao observar seu irmão mais velho, Aaron, como se pedisse permissão para falar — Sim...

— Então se lembraria das visitas que ocorreram perto da sua chegada?

— Acho que sim... – Aaron coçou a garganta chamando sua atenção e isso o fez resetar a postura — Lembro sim, senhora.

Descruzei os braços — Ótimo, então se eu lhe der uma descrição de uma pessoa que veio aqui me visitar na época em que eu estive em Los Angeles, você poderia me ajudar?

Assim que citei a cidade ele logo informou as datas – tanto da última viagem quanto a da primeira – e com uma breve descrição conseguiu recordar de alguém vindo aqui na sexta em que estive ausente.

— Marlon? Marcus? Malcon?! – coçou o queixo com a barba recém feita tentando recordar o nome — Era alguma coisa com “Ma”. Mairon?

Arregalei os olhos — Mason!

— Isso!

Aaron exclamou — Fitch! – completou o sobrenome ao olhar a prancheta.

— Ele até mostrou uma imagem com a senhora para confirmar que era mesmo um amigo, uma fotografia do time de Hockey com ambos uniformizados.

Agora com um nome listado, Zach procurou nas gravações o dia e a hora da visita encontrando as filmagens de Keid passando pela entrada e seguindo até em casa onde Gianne o atendeu. Mas por que ele se identificou sendo o Mason? O que ele queria comigo? Ele sabia que eu queria falar com ele? E se sabia, então como?! Se for assim, Mason o encontrou e dessa forma ele reapareceu?

Eram infinitas as perguntas a respeito de sua aparição e isso me deixava maluca com tantas possibilidades. Agradeci o serviço prestado pelos três em perfeita harmonia e voltei para casa remoendo as hipóteses indagando-me se Derek viria a retornar.

 

...

 

Com os dias passando depressa, andei pensando que talvez fosse melhor esperar a situação amenizar para contar sobre Keid, afinal não fazia diferença alguma visto que, não chegamos a nos encontrar. E agora como Misty e Damien estavam se recuperando, a melhor opção era aguardar a poeira abaixar já que ambos não possuíam energias para continuar.

Decidi dar uma passada na casa deles hoje ao entardecer, havia alguns dias desde que os tinham visto e por mais que no momento não há mais investigação, eu estava um tanto alarmada. O clima estava gélido e a tendência era continuar a esfriar, enrosquei o cachecol envolta do pescoço e me aqueci num casaco quentinho cobrindo as orelhas com uma touca.

Damien disse para que eu entrasse assim que bati na porta, o encontrei esparramado no sofá em frente à TV com Noam atarracado a um ursinho dormindo em seu colo — Oi? – encostei a porta sutilmente.

— Oi.

Os diálogos com ele são sempre muito interessantes — Tudo bem?

— É, acho que sim. – falou um tanto inquieto, notei que ainda estava lesionado — Eu não posso dar um passo sem ela dar um grito seja lá de onde “Damien!” – ralhou sussurrando e isso me fez rir — Socorro, está pior que minha mãe!

Contive outro riso — Ela só está preocupada com você.

— É, mas não me deixa fazer nada!

Balancei a cabeça, rindo — E ela como está hoje? – lembrei que Misty andava um pouco deprimida por causa do acontecido, estava isolada culpando-se por algo que não teve culpa.

Fez uma careta — Trancafiada no quarto remoendo diversas maneiras de ter sido “menos negligente”. Você sabe, Sil é muito certinha com essas coisas e por isso ela acha que eu a culpo pela atitude de Seth – proclamou alterando o tom de voz ao citar o nome dele esboçando raiva.

Assenti ouvindo com atenção o que ele tinha a dizer, questionei se Seth teria alguma “punição” e Damien respondeu que só não o matou ainda porque mal consegue sair de casa, mas assim que o encontrar irá esfolar “aquele crápula”, tomando cuidado com as palavras ao falar baixinho para que seu filho não ouvisse.

— Não é a primeira vez que ele faz isso.

Arqueei a sobrancelha — Não?

— Não – com tranquilidade ele poupou os detalhes sórdidos deixando-me atônita de toda forma — Seth não é gente e muito menos um animal, ele não sente remorso e não tem capacidade de ter empatia, por isso que eu digo para Misty não se culpar com as consequências das atitudes dele, mas ela não me ouve!

Pisquei imóvel apenas absorvendo o tanto de informações negativas que ouvi a respeito dele, Damien estava furioso – e com razão – por ele ter atingido Misty e levado seu filho como se fosse um boneco.

Depois de um tempo conversando perguntei se poderia ir conversar com ela e fui imediatamente direcionada até a porta de seu quarto com ele pedindo para que eu tentasse interceder e acalmar sua irmã, pois no momento tudo o que ela precisava era de uma amiga e uma visão de fora.

Bati na porta aguardando sua resposta para poder entrar, a consultora permitiu minha entrada, então girei a maçaneta e coloquei a cabeça no vão entre a parede e a porta — Misty?

— Avril, oi! – ela estava sentada na beirada da cabeceira de sua cama lendo uma espécie de diário — Tudo bem? – ergueu a cabeça para me fitar.

— Sim, e com você?

Sorriu fraco — Bem também – depois abaixou a cabeça fechando o que estava lendo e o guardando sobre a mesinha de cabeceira.

Entrei vagarosamente caminhando em sua direção a passos lentos pedindo licença para sentar na beirada da cama, eu não sabia como introduzir um diálogo sem parecer invasiva, porém vê-la desanimada desse jeito chegava a doer o coração.

— Como estão indo as coisas? – indaguei tentando não soar muito intrometida e ela fez uma careta — Seth, Noam... – agora murchou encurvando-se chateada — Damien disse que você se culpa pelo o que houve.

Soltou um suspiro pesaroso martirizando-se mais ainda — Eu fui irresponsável, negligente. Noam estava sob meus cuidados e eu deixei que o levasse...

— Você estava passando mal, não podia fazer nada!

— Não! Eu fiquei ali assistindo tudo enquanto Seth... – fez uma pausa respirando fundo e engolindo a saliva em seco antes de retomar — Meu dever é protegê-lo de todo mal e acabei deixando o próprio mal em pessoa o levar embora!

Pelo pouco que me fora dito a respeito dele e pelos calafrios que senti nas duas vezes que o vi, tentei alegar que ele tinha tudo planejado desde o início, pelo que pude perceber havia sido um perfeito jogo de manipulação. Ele sabia que iria atingi-la se a deixasse impossibilitada de evitar com que Noam fosse levado, sendo assim Misty faria de tudo para proteger seu sobrinho e então abriria mão de sua parte ao ponto de não cobrar nada por medo que o pequeno fosse afetado. Isso fora a conclusão que consegui numa junção do que Benedic e o detetive Thomas disseram juntamente com mais um pouco do que Damien mencionou.

— Seth sabe que se pressionar numa criança ele atingirá os responsáveis por ela diretamente.

E mesmo assim ela insistiu em reclamar sua parcela de culpa — Eu deveria ter desconfiado daquela gentileza toda, venho cometendo uma falha atrás da outra, mamãe contava comigo para cuidar de meus irmãos e olhe só pra isso, está uma bagunça! – protestou inconformada remexendo-se inquieta.

Fitei-a compadecida — Não é sua responsabilidade cuidar de todos eles, algo me diz que Raziel iria querer que você ficasse bem e se cuidasse. E além do mais, seus irmãos são crescidos, você não pode ser culpada pelas atitudes deles, não é algo que você possa controlar – argumentei tentando a fazer enxergar pelo outro lado, um ângulo de fora, como Damien tinha previsto.

Ela esboçou um sorriso fraco relutando mais um pouco, mas no final agradeceu por minha ajuda e se aquietou novamente, acredito que estivesse matutando maneiras de evitar seu irmão mais velho para que isso não tornasse a acontecer.

Levantei após alguns minutos em silêncio antes de me despedir e ela chamou-me assim que cheguei na porta — Eu queria pedir desculpas.

Franzi o cenho — Pelo o quê?

— Eu me senti mal por ter que lhe dar uma notícia ruim como aquela e ainda por nem poder dar uma explicação sobre isso.

— Ah, aquilo? Não tem problema nenhum, eu já resolvi isso.

— E como foi?

Mordi o lábio — Bem... Descobri coisas que não queria, mas pelo menos agora sei que minha amiga continua leal – dei um passo de volta — Acredita que ela fez isso para me proteger? Na cabeça dela isso seria uma vingança pelo o que Deryck me fez sofrer e a exposição era apenas um caminho.

Piscou atônita com um semblante perplexo — É uma maneira muito... Intrigante de se defender alguém, não? – ri da careta que tinha feito e ela caiu no riso também.

— Obrigada por ter me ajudado – agradeci fazendo-a sorrir.

— Não há de quê, e também eu queria lhe dizer que você foi minha primeira cliente, sabia?

Juntei as sobrancelhas — Fui?

Fez que sim — Eu vou me mudar daqui alguns dias, encontrei um bom local e abrirei um escritório.

— Vocês irão separar a parceria?

— Digamos que iremos seguir nossos caminhos, Damien pretende tomar outro rumo e eu sempre quis ter o meu próprio cantinho.

Sorri empolgada com a notícia — Parabéns! – abracei-a festejando a novidade — Irei lhe recomendar para todo mundo!

No entanto, ela sorriu um pouco sem jeito — Mas é que eu não pretendo mais trabalhar apenas com casos familiares como adultério e essas coisas, não que eu vá abandonar totalmente, entretanto pretendo seguir pistas e encontrar alguns mistérios.

— Como o caso de Everly?

— Sim!

Ela exclamou com tamanha empolgação que seus olhos brilharam de ansiedade, fiquei feliz em saber que a consultora iria se tornar uma detetive particular. Misty também contou que ainda assim trabalhará um pouco com Damien, muito embora esse seja o último caso dos dois, ela não pretende deixar sua parceria. “Somos um time”, afirmou convicta demonstrando mais animação do que tinha minutos atrás quando a frustração a cercava.

— E mesmo assim farei questão de espalhar seu cartão e lhe recomendar para todos que procurarem uma detetive!

— Muito obrigada, Avril!

Sorri em resposta afirmando que não havia de quê agradecer. Depois disso, antes de sair ressaltei que caso ela quisesse alguém para conversar eu estaria a todo ouvido, pois por mais que não sejamos próximas, eu considero muito a sua amizade e vê-la sem luz era no mínimo lamentável. Sou grata por toda paciência que ela teve em me aturar em sua investigação, pela gentileza mesmo com Damien querendo me expulsar, e eu queria que ela pudesse se recuperar logo desse trauma tanto pela crise quanto pelo desespero causado por uma pessoa sem escrúpulos.

Retornei para casa com a noite caindo, tomei um banho quente e me arrumei apressada para não me atrasar, não queria perder o início da partida de Hockey, então peguei o ingresso que tinha guardado e corri pegar o carro.

 

...

 

Acomodei-me num dos assentos curvando o corpo e apoiando o antebraço nas coxas observando a partida um tanto alheia, meu time, ou melhor, meu antigo time estava jogando e era em desvantagem pelo time adversário. Meus pensamentos estavam longe muito além da barreira de proteção que impedia a passagem do disco para cá, como mais distante ainda da pista de gelo.

O ruído dos passes, a euforia e agitação dos torcedores, todo aquele barulho apenas contribuía para que eu me dispersasse.  Contemplei Mason no banco de espera no Penalty Bench, banco onde ficam os penalizados, ele acabou recebendo uma punição secundária ao segurar o uniforme do adversário levando dois minutos de penalidade.

Recordei de nossas partidas, quando Cord ainda era vivo e Randy estava na equipe, quando jogávamos sem imaginar o turbilhão que estava prestes a surgir. Um time deveria ter seis pessoas, quatro delas estão fora e até a equipe secundária está em desfalque. Será que Keid apareceu? Ou foi Mason quem o contatou? E se foi ele, por que raios tanto mistério? O que isso tinha a ver com Everly?! Num dia eu estou de volta ao campo e no final dessa mesma noite estou numa delegacia contando como vi alguém morrer. Em que momento isso tornou tão surreal?

Uma voz mansa sussurrou no pé do meu ouvido:

Avril?

Dei um pulo fazendo-o se afastar com o movimento brusco, arregalei os olhos desesperada buscando encontrar onde que era o incêndio porque com o susto que levei só podia ser isso.

— Hey, calma!

Ele ficou rindo do meu desespero e eu aqui atônita piscando freneticamente tentando recuperar o raciocínio.

— Quer me matar do coração, peste?!

Continuou rindo — Não tenho culpa se você se assustou – falou dando a volta e sentando ao meu lado.

Puxei a bebida que ele trazia consigo ainda fuzilando-o com o olhar — Eu estava aqui concentrada no jogo e você surge do além me dando um susto – ralhei entre os dentes.

— Concentrada?

— Aham.

— Você nem deve ter visto quem marcou o último gol.

— Vi sim!

— Ah é? E quem foi?

Um longo minuto de silêncio que não durou nem cinco segundos.

— Viu só?

Revirei os olhos impaciente — Me deixe em paz, Evan! – murmurei virando a cara e olhando a pista de gelo, nesse momento os veículos especiais que fazem a limpeza, os zambonis, estavam limpando a superfície do gelo durante o intervalo da partida, agora seria o terceiro período e eu nem tinha visto, ou seja, Evan me enganou — O que faz aqui?

— Vim ver o jogo, não posso mais?

Fitei-o cética pelo canto dos olhos — E desde quando você gosta de Hockey?

— Queria mudar um pouco de hábito, sabe?

Balancei a cabeça — O que o trouxe de volta a cidade?

— Vim visitar minha amiga – respondeu e eu ri desconfiada da resposta fazendo-o desembuchar de tanto insistir — Louise me ligou.

Ainda sem o encarar diretamente, perguntei — E o que ela falou?

— Disse que está preocupada com você.

— Sobre?

— Deryck, segundo ela, você anda meio decepcionada.

Assenti — E ela disse com o que seria?

— Não, mas disse que você andava alheia, mal humorada, estressada, e impaciente seria uma ótima definição também!

Fechei os olhos e soltei um longo suspiro deixando cair o peso dos ombros, levei a mão ao cabelo bagunçando-o — Problemas e mais problemas, não se preocupe com isso, no momento eu só quero relaxar e deixar isso para lá – proclamei quase suplicando por um momento de paz.

— Aquele lance de “pire e deixe rolar”?

— Exatamente!

Assentiu ouvindo com atenção. Evan contou que passaria uns dias por aqui e que veio especialmente para me arrancar de casa e me fazer esquecer os empecilhos que empatavam meu caminho. Convidou-me para ir ao boliche após a partida e depois poderíamos sair para comer, meu estômago logo aceitou o convite quando ele disse as duas palavrinhas mágicas chamadas “batata frita”. Também fiquei sabendo que fora Camille quem informou meu paradeiro, pois ela comentou estar preocupada com meu desânimo. Qual é, eu estou tão abatida assim?!

Mas apesar da preguiça, saber que meu melhor amigo largou seus afazeres, deixou o clima confortável de sua casa e atravessou cidades para vir me animar, isso já era o suficiente para me empolgar. Eu queria aproveitar esses poucos dias e curtir esse momento sem muito me preocupar.

 


Notas Finais


Capítulo leve e curtinho, passou rápido até? Eu levei um bom tempo para conseguir escrevê-lo, mas consegui u.u As atualizações estão fora de data por motivos de que ando com bloqueios e dificuldades, porém aos poucos se vai longe e eu pretendo finalizar FO mesmo que o caminho seja longo 💜

Obrigada a quem chegou até aqui, nos vemos no próximo, sim? 💖 *o*


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