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História Freak Show - O Freak Show


Escrita por: AnaNMoraes

Notas do Autor


Tive essa ideia de tema ontem, eu sinceramente gostei e fiquei bastante empolgada. Eu espero que gostem tanto quanto eu estou gostando de escrevê-la. :D

Capítulo 1 - O Freak Show


Fanfic / Fanfiction Freak Show - O Freak Show

Extremamente entediada, chateada e revoltada. Era o estado de espírito de Frisk naquele momento, de cara emburrada olhando pela janela do fedorento ônibus amarelo escolar. Todos os seus colegas de classe, e até mesmo os de outras turmas, lotavam o velho ônibus, uma combinação de cheiro de suor e euforia barulhenta que não ajudavam nenhum pouco ao humor de Frisk, pelo contrário.

 

Em pensar que mesmo decidida com todas as forças, a negar o convite de seus pais e vizinhos. Ignorando todos os dias os alto falantes nas ruas, arrancando os cartazes que encontrava colados nos muros e postes no caminho que fazia de sua escola até a casa, tudo isso, a toa. Tudo, para simplesmente ser forçada a ir ao tal maldito circo por causa de sua escola!

 

- Mas professora Debby, eu esqueci a autorização que meus pais assinaram, de acordo com as regras estudantis, eu não tenho permissão para ir a excursão!

 

- Frisk, querida, seria pior ainda deixá-la sozinha no colégio, quando todos irão para excursão. Ainda mais, quando sabemos, que não há ninguém em sua casa. Temos os horários de trabalho dos seus pais, no seu formulário.

 

Frisk lutou por uma semana, para manter escondida dos pais a tal excursão, queria a todo modo evitar que eles assinassem e pagassem. Mas infelizmente, uma de suas colegas, que achava por si só que tinha intimidade com Frisk, acabou por falar sobre isso na frente deles, em uma dia que foram buscá-la no colégio.

 

Somente isso fez com que eles assinassem a papelada e pagassem a quantia diretamente na secretaria, aos olhos deles, era um excelente modo de fazer sua amada filha se socializar, sair do seu cárcere, chamado quarto, largar aqueles livros velhos e passar o dia fora, como uma garota normal faria.

 

Eles amavam a filha que tinham, mas certamente admitiam sua singularidade. Frisk desde nova, sempre foi diferente das outras crianças, mais curiosa e esperta, desde antes de começar a andar.

 

Flora, a mãe dela, certamente foi a primeira a notar os dotes da filha. Percebeu que a menina sempre era atenta a tudo, prestava atenção em todas as coisas ao seu redor. Certa vez, como contava aos outros se gabando, Frisk aos seis meses de idade, começou a tentar imitar tudo o que a mãe falava, repetindo os sons balbuciando. Tão logo aos oito meses já engatinhava e conseguia se equilibrar sozinha, e falar pelo menos dez palavras. Com um ano já corria pela casa e conversava com seus bichinhos de pelúcia. E qual não foi a admiração da mãe, a filha pedir aos dois anos a aprender a “entender” o que eram aqueles rabiscos juntos a figuras desenhadas que tinha em seus livrinhos. Frisk desde nova, já demonstrava que seria apaixonada pela leitura.

 

Mas com certeza, desde nova, também demonstrou a sua miserável capacidade de se socializar, sempre evitando as outras crianças, e preferindo brincar só. Interagindo o mínimo possível com as pessoas, somente sendo um pouco mais aberta com os pais.

 

E justamente por sua decante vida social, Flora e Paul assinaram o formulário para excursão. Seria a grande oportunidade da filha fazer amigos, e quem sabe, se divertir no circo.

 

Todavia, Frisk era totalmente contra isto, ela sabia muito bem quais eram os seus gostos e desejos, e logicamente, um espetáculo de falsas aberrações que só serve para cultivar a fantasia e irracionalidade das pessoas de mente pequena, estava longe de ser algo de seu agrado.

 

Uma garota cética, essa era a melhor descrição possível a Frisk. Uma menina esperta demais para a sua idade, que desconfiava de tudo e de todos, sempre questionando tudo ao redor desde criança. Nunca acreditou em contos de fadas, Papai Noel ou Coelhinho da Páscoa, e até mesmo assuntos mais relevantes e sérios como divindades e religião. Não era de se esperar, que Frisk também não acreditasse em monstros, fantasmas e essas besteiras, como ela mesma catalogava. E ir a um local que alimentava tais fantasias, só trazia desconforto a ela.

 

E ela se perguntava, o por que das instalações do circo serem tão distantes, já estavam a pelo menos quinze minutos dentro do ônibus, e a cidade era muito pequena para andarem tanto, mal poderia chamar Ebott de cidade, já que possuía menos de dez mil habitantes, quase como uma vila.

 

Olhando pela janela, já começava a ver a saída de Ebott, pegando a estrada no fim da cidade a caminho da floresta que a cercava. Ela observava os borrões verdes e marrons pela janela, das árvores e da estrada de terra. Seus colegas continuavam a gritar e pular no ônibus, como um bando de macacos eufóricos de zoológico com a hora dos funcionários jogarem as bananas, ou talvez como porcos ao verem lama fresca, ela não sabia ao certo qual analogia fazer. Só sabia que era previsível eles se comportarem assim por causa de uma mera excursão na saída da cidade, uma fuga da rotina escolar que detestavam.

 

Em menos de cinco minutos, o ônibus começou a diminuir a velocidade, e Frisk avistou mais para frente, uma enorme entrada. Um arco gigantesco, tão alto que dava passagem para o ônibus, com desenho de vários monstros no topo. Desde caveiras, fantasmas, e outras criaturas que ela não conseguiu identificar por passarem depressa, só conseguiu ler o letreiro iluminado com vários leds coloridos com os dizeres: FreakShowTale.

 

O ônibus parou, e a maioria daqueles pivetes saíram pisoteando uns aos outros, em uma manada violenta a caminho do circo. Frisk foi a última a sair. E por mais difícil que fosse admitir, ela estava surpreendida pelo tamanho e forma do lugar.

 

Várias, grandes e organizadas tendas por toda a instalação, todas coloridas e decoradas por um tema especifico cada uma, duas fileiras de tendas paralelas, que faziam um caminho a uma muito maior. A principal, do circo, nas cores vermelho e branco, em litras que desciam do topo até o chão, a tenda com três armações em formatos de cones em cima, pendentes ao corpo de cone principal, com um enorme letreiro a cima da entrada, novamente: FreakShowTale.

 

Mas antes de irem para o local, deveriam passar pela recepção. E seus colegas já estavam em frente a barraca pegando cada um seu ingresso, todos mais eufóricos que o normal, com alguma coisa que ocorreu. Frisk não estava nem um pouco afim de saber o motivo, mas tão logo descobriu quando foi sua vez de pegar o ingresso.

 

-  Aqui está o seu, pivete.

 

Frisk não conseguiu se mexer, ficou boquiaberta encarando o vendedor.

 

Um esqueleto sorridente, era o motivo da euforia dos colegas.

 

Um esqueleto sorridente, sem nenhum indicio de aquilo ser uma fantasia ou fantoche, esse era o espanto de Frisk.

 


Notas Finais


E aí, o que acharam? Obrigada por lerem e até o próximo!

Beijinhos ^3^


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